Por Acaso



- Hermione, vou passar hoje a noite na sua casa pra gente sair.
- Ok Draco, te espero as oito como sempre?
- Claro minha linda.


- Vai entrar? – Hermione perguntou.
- Você quer que eu entre?
- Claro, faz tempo que não ficamos a sós. – ela fez cara de anjinha.
- Ótimo, estou carente de Hermione hoje. – Draco deu um beijo em Hermione e foi a guiando até o quarto.
- Te quero Draco. – Hermione lhe mordeu a orelha e foi descendo pelo pescoço.
- E então, gostou do jantar? – Draco perguntou enquanto lhe beijava o pescoço e a despia.
- Muito, estava maravilhoso. – Hermione respondeu acariciando o noivo.
- Então acho que devemos aproveitar a sobremesa.
- Preciso ir pra clinica, pode ficar dormindo mais um pouco. – Hermione disse enquanto colocava as roupas.
- Almoçamos juntos?
- Hoje não vai dar, combinei com a Gina.
- Então à noite posso te buscar?
- Só se quiser ir comigo comprar lingerie...
- Ok você venceu, te ligo depois.
- Sinto muito Draco, mas você sabe que ultimamente estou sem tempo.
- É mas amanhã vou viajar a negócios e não sei quando volto.
- Não se preocupe, ainda vou te amar. – Hermione disse sorrindo e dando um beijo em Draco e saindo pro trabalho.
- HERMIONE! – ele gritou, a garota colocou a cabeça pra dentro do quarto e viu Draco se levantando da cama (nu) e caminhando até ela.
- O que foi? Quer mostrar o que já vi? – disse ela fitando o corpo do loiro.
- Não, só queria um beijo descente. – Draco puxou a mulher pela cintura, a pensou na parede e a beijou intensamente.
- Draco... – ela sussurrou.
- Que foi. – ele respondeu roucamente.
- Preciso ir, boa viajem.
- Odeio esse seu jeito, só de olhar pra você, você já me provoca e sempre vai embora e me deixa te esperando.
- Draquinho, sem dramas, por favor, você que vai viajar amanhã e nem tem previsão de volta...
- Bom trabalho Hermione, te ligo hoje a noite pra me despedir. – Draco disse serio, achava Hermione relativamente fria a algum tempo.
- Tchau. – lhe deu um selinho e foi pro trabalho.

O dia de Hermione foi calmo, na hora do almoço Gina lhe ligou dizendo que não poderia ir, mas fora isso foi tudo bem, quando saiu da clínica, 18:00hr, ela foi pra casa, tomou um banho e foi pra um shopping e pretendia jantar por lá.
Quando foi voltar para casa viu uma noite tão linda que preferiu ir andando para casa já que não era tão longe, a lua estava cheia num brilho intenso, Hermione andava calmamente pela rua observando as pessoas, ela costumava estudar as pessoas devido ao seu trabalho.
Ela andava distraída quando alguém esbarra nela e a derruba no chão, Hermione viu a pessoa que estava de costas se virar pra ver a merda que havia feito um homem de cabelos escuros, olhos verdes, aparentemente beirando seus 25 anos, lhe estendeu a mão.

- Me desculpe, não te vi. – ele disse friamente. Ele vestia um sobretudo preto, com as colas levantadas e arqueava um pouco para frente.
- Sem problemas, mas você não deveria andar tão arcado para frente dessa maneira, faz com que as pessoas te vejam como um ser fraco.
- Não sou forte. – ele já ia dando as costas pra ir embora.
- Espere... me chamo Hermione Granger. – ela lhe estendeu a mão, mas o rapaz lhe devolveu um olhar penetrante e deu as costas novamente.

“Quem esse cara pensa que é pra me deixar falando sozinha? Ele acaba de fazer a pior merda da vida dele, acaba de ganhar uma psicóloga.”

Hermione correu até o rapaz, colocou a mão sobre o ombro dele, imediatamente ele se virou.
- Acho que você esqueceu de se apresentar. – Hermione disse sorridente, ele apenas a encarou. – que acha de começarmos novamente? Olá me chamo Hermione qual o seu nome?
- Harry Potter... Agora já pode me deixar em paz? – ele disse seriamente como se a qualquer momento fosse voar no pescoço dela.
- Não! – ela disse como se não fosse a resposta mais obvia do mundo.
- Escute aqui, qual o seu problema? Não pode ver ninguém querendo ficar sozinho?
- Na verdade até posso, mas conheço muito bem as pessoas e sei quando estão sozinhas ou quando se isolam do mundo.
- Ótimo então faça bom uso do seu dom, mas vá pra longe de mim.
- Mas eu quero te ajudar. – ela disse seriamente agora.
- Odeio ser grosso com mulheres... Mas não pedi a sua ajuda, você não é ninguém pra querer se meter na minha vida, se quiser treinar analisar pessoas vá fazer isso com outro idiota, não quero ninguém perto de mim. – ele já estava alterado.
- Não precisa me ver como mulher, me veja como um homem gordo, peludo, bêbado, seja lá o que for, mas não adianta já cismei com você. Quero te ajudar.
- É Hermione né? – ela assentiu com a cabeça. – esquece de mim garota, vá fazer compras e larga de ser mimada. Como você pode chegar em um desconhecido e querer se meter na vida dele, e se eu for um maníaco.
- Não sou mimada, trabalho muito pra me manter, você não é um desconhecido, é o Harry, se você fosse um maníaco não estaria me evitando, já teria me matado ou coisa pior, se ninguém nunca demonstrou se preocupar com você não é culpa minha, mas hoje eu estou me preocupando. – Harry não respondeu nada, simplesmente continuou a andar, uma meia hora depois ele finalmente olhou pra trás e não viu ninguém, quando ia continuar a andar havia um sorriso enorme e dois olhinhos brilhantes a encará-lo. Ele acabou sorrindo.
- Toma meu telefone, me liga pra conversar então, sempre passo por ai a esse horário, se quiser fazer alguma coisa estarei aqui amanhã. – ele entregou um papel escrito alguns números, ela simplesmente pelou o papel, assentiu com a cabeça e partiu.

Harry foi pra sua casa, ainda rindo da situação, que tipo de pessoa era aquela louca?
Ela lhe passara o numero verdadeiro e lhe falara a verdade, sempre passava por aquela praça naquele horário, ele foi trabalhar um pouco tinha que construir um site pra uma empresa até o fim da semana.
Quando Hermione chegou em casa estava feliz pois achava outra pessoa a poderia ajudar, sabia como falar com as pessoas, algum tempo depois Draco ligou, ficaram umas 2:00 horas no telefone depois ela foi dormir.
No dia seguinte Draco foi viajar, acompanhado de Gina, sua secretaria. Hermione foi trabalhar, por motivos de doença precisou visitar sua mãe imediatamente, não podendo se encontrar com Harry.

“Afinal de contas, por que achei que ela viria? É apenas mais uma garota que quer me atormentar, tenho mais o que fazer do que ficar me iludindo que alguém pode se preocupar comigo.” - Esse era o pensamento de Harry, depois de ficar mais de uma hora na praça esperando Hermione aparecer.

- Mãe como a senhora está?
- Bem Mione, foi só um acidente...
- Mãe a senhora teve um infarto não pode chamar isso de acidente, é uma coisa séria e a senhora já não vem estando bem desde que o papai morreu.
- Filha não se preocupe... – a senhora de cabelos castanhos estava em cima de uma cama de hospital, cheia de fios, monitorada, medicada, mas ainda assim sorria.
- Mãe já falei com o médico, deixei meu numero com ele e à qualquer hora ele pode me ligar, nem precisa falar nada, vou cuidar da senhora. – Hermione estava se mostrando forte, mas na verdade morria de medo por dentro, amava muito sua mãe e nos últimos meses sua mãe não saia do hospital, desde que seu pai morrera.
- Filha quero te ver bem, vou ficar bem, por mim estaria em casa fazendo um bolo pra você.
- Só não quero que nada te aconteça... – Hermione abraçou a mãe.
- Hermione te amo, você foi o melhor presente que Deus me deu, seja sempre maravilhosa assim. – A idosa estava com lágrimas nos olhos.
- Mãe não fale assim...
- Espere. – ela colocou o dedo sobre os lábios da filha. – Sei que você é muito inteligente e sabe o que faz, mas acho que sua felicidade não está com Draco, procure sua verdadeira felicidade minha filha, siga seu coração e procure ser feliz como eu fui com seu pai.
- Mãe por que está falando assim? – Hermione já deixava escapar algumas lágrimas.
- Minha filha não sei o que o futuro nos reserva, mas olharei por você. – A senhora segurou a mão da filha fortemente. – Prometa que irá seguir seu coração e não guardar mágoas.
- Mãe do que a senhora está falando? – Hermione chorava abertamente.
- Apenas me prometa...
- Eu prometo! – E dito isso a mão da senhora se afrouxou e seus olhos se fecharam para nunca mais se abrirem. – MÉDICO, SOCORRO! – Hermione gritava, médicos entraram na sala tentaram várias vezes reanimar a mulher, mas sua hora havia chego.
- Sinto muito, não podemos fazer mais nada. – o médico disse tristemente.
- Preciso respirar... –Hermione saiu da sala chorando muito, pegou o celular e discou um numero amassado num pedaço de papel.
- Alô – uma voz rouca atendeu o telefone.
- Harry? – Ela disse com uma voz chorosa.
- Quem fala?
- É a Hermione.
- O que você tem, por que está chorando? – ele perguntou preocupado.
- Minha mãe acaba te falecer...
- Onde você está?
- No hospital de Londres, o principal.
- Estou indo pra’i me espere que eu te acho.
- Obrigada. – e desligou o telefone, em 20 minutos ele adentrava o hospital.
- Hermione. – ela estava sentada no chão, chorando feito criança com as mãos na cabeça.
- Harry. – ela se levantou e abraçou o moreno, chorando em seu ombro.
- Calma pequena, vem vamos lá pra fora. – eles foram pra fora e se sentaram em um murinho que havia lá, ele a abraçou e ela chorava mais ainda.
- Ela parecia saber o que ia acontecer, começou a falar um monte de coisa.
- Calma eu sei o que você está sentindo, perdi meus pais em um acidente de carro, apenas eu sobrevivi, mas se ela conversou com você... ela morreu em paz.
- Mas ela não podia morrer, ela era meu esconderijo, meu porto seguro.
- Mas Hermione, ela nunca vai deixar de ser tudo isso, Mãe é Mãe, sei que ela está olhando por você agora.
- Harry juro que não sei o que seria de mim agora se eu não tivesse você.
- Hermione, você me fez sorrir e esse é meu jeito de agradecer... Agora espere aqui um pouco, vou lá dentro resolver a parte burocrática, se acalma pequena sei que a dor nunca acabará, mas com o tempo ficará menos pior, chore, não tenha vergonha disso. – ele se levantou e entrou novamente no hospital.
- Obrigada. – Ela o olhou com gratidão no olhar.
- Pronto _ 1:00 hora depois_ o velório será amanhã pela manhã e o velório logo em seguida.
- Acho melhor eu ir lá pagar... – ela ia se levantando, mas Harry a impediu.
- Acha mesmo que eu sou não ignorante assim? Já está tudo pago Pequena.
- Harry não precisava, eu podia...
- Chega, vem vou te levar em casa, você precisa dormir.
- Obrigada, não tenho condições pra dirigir hoje.
- Sem problemas. – foram para o estacionamento, 30 minutos depois estavam na frente da casa de Hermione.
- Quer entrar? – Ela perguntou.
- Acho melhor não, passo aqui amanhã as 8:00am pra te buscar pra ir ao velório.
- Por favor, preciso de alguém pra avisar algumas pessoas que mamãe morreu, não vou conseguir fazer isso.
- Ok. – ele estacionou e entraram, Hermione passou os números e foi tomar um banho. Harry ligou pra todos, estava até abalado de tantas pessoas chorando, esperou Hermione descer para a sala novamente se despediu e foi embora.

No dia seguinte Harry passou no horário combinado para apanhar Hermione, foram ao velório e ao enterro, no fim da tarde Harry deixou Hermione em casa e voltou para o Hospital para apanhar o carro dela, depois voltou para a casa dela.

- Por que está fazendo tudo isso por mim? – ela perguntou quando estavam sentados na sala.
- Aquele dia lá na rua, porque você começou a me seguir e encher minha paciência?
- Pois queria te ajudar, senti que você tem algum problema.
- Então, eu tenho mas agora quem precisa de ajuda é você, não se incomode em me ligar, em falar comigo, agora estou ao seu lado.
- Como você pode, nos conhecemos a menos de 4 dias.
- Do mesmo jeito que você teve coragem de me seguir, não importa o tempo, o que importa é o futuro, sabe que estou com você. – Harry disse sorrindo olhando a pessoa indefesa e frágil que estava sentada a sua frente.
- Obrigada novamente. – ela disse sorrindo.
- Que fique claro que você não precisa agradecer.

Um mês se passou, Hermione já estava, melhor via Harry todos os dias, Draco já havia voltado, mas ainda não conhecia o misterioso Harry. Depois de tanta demora Hermione resolveu começar a ajudar quem tanto havia lhe ajudado.

- Alô, Harry.
- Pequena, tudo bem?
- Tudo sim... estava pensando, topa jantar comigo hoje?
- Claro, mas hoje você escolhe, estou me sentindo até mal sempre escolher. – Hermione era a única pessoa com quem Harry era educado e mantinha um relacionamento amigável.
- Ok, mas que fique claro que adoro suas escolhas. – ela disse brincando.
- Tah certo, que horas eu passo na sua casa? – ele perguntou.
- Ei quero te fazer uma surpresa, deixa que eu passo ai, esteja pronto, 7:30pm eu estou chegando por ai. – a casa de Harry era enorme, uma verdadeira mansão, mas onde não entrava um raio de sol, ele tinha muito dinheiro mas mesmo assim trabalhava por gostar, amava a internet.
- Pode deixar, mas não se atrase, pois esse horário eu tenho fome.
- Ok, até mais Harry.
- Se cuida minha Pequena.


- Eai Harry o que achou do restaurante? – era um restaurante tipicamente Brasileiro
- Adorei, sempre quis vir aqui, mas não sou muito sociável.
- Mas você tem a mim. – ela disse sorrindo.
- Ok eu concordo – desde que Harry e Hermione se conheceram, Harry passou a ser mais feliz, não tinha amigos, mas tinha Hermione, eles ainda não haviam conversado sobre o que afligia Harry, pois não tiveram tempo, mas Hermione resolveu se concentrar nisso.
- E então Harry, hoje a noite é sua, quero saber de tudo, teus meus, teus problemas, tuas desilusões... Tudo.
- Hermione estamos indo bem, acho que não precisamos falar do meu passado.
- Comecei a te encher porque queria te ajudar, agora quero saber o que aconteceu pra você se afastar de tudo e todos. - ela disse seriamente.
- Você vai me chamar de louco...
- Por que chamaria? – a comida chegara, ele pediu Baião de dois e ela uma boa feijoada.
- Por eu me isolar por besteiras.
- Tenho certeza de que não são besteiras, todo mundo tem problemas e tem sua maneira de lidar com eles.
- Como você consegue ser assim, mesmo eu não estando bem quando estou ao seu lado parece que estou perfeito.
- Bom saber disso, sinto a mesma coisa... – Ela disse corando levemente.
- Está certo vou contar tudo o que você quiser saber...
- Era tudo o que eu queria ouvir Harry.
- Então comece minha Pequena.
- O que te deixou revoltado com o mundo.
- Uma serie de coisas, primeiro a morte dos meus pais quando eu tinha 13 anos, depois o orfanato, eu sendo tratado como cachorro, mas quando acharam a herança que meus pais me deixaram começaram a me tratar diferente.
- Você tinha nenhum parente para cuidar de você?
- Até tinha, mais ninguém queria um pobre órfão e supostamente pobre, fiquei no orfanato até meus 18 anos, me recusei a morar com parentes interesseiros.
- E depois, o que aconteceu? – ela perguntou curiosa.
- Depois comprei uma casa e fui morar sozinho, terminei os estudos e infelizmente conheci uma garota...
- E isso não foi bom?
- No começo foi a melhor época da minha vida, até fiquei noivo dela, eu tinha alguns amigos, poucos em quem eu confiava, precisamente um, mas eu estava feliz.
- E qual foi o problema?
- O problema foi eu ter me casado com apenas 20 anos, vivemos bem uns 6 meses, depois precisei viajar pra cuidar de negócios, voltei um dia antes e encontrei os dois na minha cama.
- Nossa Harry. – Hermione ficara impressionada.
- Quando vi a cena perdi a cabeça sai do quarto e ela veio me seguindo... Eu estava irado... – Harry tinha lagrimas nos olhos.
- O que aconteceu?
- Chega Pequena, não quero mais falar sobre isso, não hoje.
- Mas...
- Outro dia, se preferir talvez até amanhã. – ele limpou os olhos e terminou de comer.
- Ok Harry, prometo não te forçar, mas sabe que estou ao seu lado.
- Eu sei disso. – ele disse lhe dando um sorriso sincero.

Depois do jantar Harry dirigiu o carro até sua casa.

- Quer entrar? – ele perguntou.
- Até quero, mas não vou incomodar?
- Claro que não, você é o único sol que ilumina essa casa.
- Ok então eu entro.
- Já sabe que pode ficar a vontade, vou buscar um vinho.
- Ainda vou dirigir...
- Pode dormir aqui Pequena.
- Eu sei, mas prefiro dormir em casa.
- Você quem sabe. – ele saiu, foi até a cozinha, quando ia voltar para a sala se deparou com uma mulher apoiada no vão da porta o observando.
- Você fica linda com essa carinha de curiosa. – ele disse a fitando.
- Não estou curiosa. - ela disse corando levemente.
- Está sim, te conheço. – Ele segurava duas taças e a garrafa, seguiu até ela chegando bem próximo e beijando a face dela. – você é perfeita - ele sussurrou.
- Harry para com isso.
- Não posso mentir. – ele disse com um sorrisinho.
- Mas não precisar falar. – ela disse vermelha e séria.
- Vem vamos pra sala. – ele se afastou e foi na frente.
- Aham. – ela sentiu suas pernas bambearem enquanto ele ia.
- Sempre quis dançar com você. – ele disse colocando vinho nas taças e lhe entregando uma
- Vamos a uma discoteca da próxima vez. – ela respondeu.
- Pra que, tenho som aqui. – ele foi até o aparelho e colocou uma música, primeiro saiu Hatuna Matata, mas depois ele achou Wherever You Will Go/ The Calling. – me permite? – ele pediu lhe estendendo a mão.
- Claro. – ela deu um grande gole no vinho e aceitou a mão, enlaçou os braços no pescoço do moreno e começaram a dançar, ele depositara as mãos na cintura da dela e ia guiando os passos da música.
- Minha vida tem sido perfeita desde que você apareceu. – Harry afastou a cabeça da dela e disse olhando nos olhos da garota.
- Você tem me ajudado tanto Harry. – Ela disse mergulhada naqueles olhos verdes.
- Acho que nunca amei alguém como amo você...
- Como assim? – ela perguntou assustada com o que ele dissera.
- Te amo Hermione, me perdoe se não queria ouvir isso, mas eu te amo. – ela não respondeu nada, apenas puxou o moreno pela nuca e o beijou intensamente, era como se estivessem no seu, Harry estava eufórico mas pareceu que Hermione se dava conta do que fazia e parou o beijo.
- Hermione. – Ela se afastou dele percebendo o que havia feito e saiu correndo pela porta. – Hermione espere. – já era tarde ela já saíra rápido com o carro.
- HERMIONE! – ele gritou na rua, mas nem adiantava, esperou meia hora e ligou pra ela, inutilmente, pois ela não atendia. No dia seguinte ele foi até a clinica esperar que ela saísse, mas quando chegou lá viu que já havia um outro alguém com ela, Draco tinha ido busca-la para almoçar, Harry viu eles se beijando e foi embora.


- Ah minha linda, nem tivemos tempo de nos falarmos ultimamente, sinto muito mas é a correria. – ele falava feliz da vida.
- Tudo bem Draco. – Hermione respondeu brincando com a comida, com uma cara triste.
- O que foi Mione?
- Nada...
- Tenho uma coisa pra te falar que espero que te deixará feliz. – ele disse mexendo no paletó.
- O que é Draco?
- Hermione Jane Granger, casa comigo? – ele pediu se ajoelhando aos pés da castanha.
- Draco... Eu não imaginava... – por mais que ela tentasse não conseguia sorrir direito, não parava de pensar no beijo da noite passada e no que sua mãe lhe disse.
- Só quero ouvir sua resposta. – ele disse estendendo um anel de diamantes.
- Eu aceito. – ela nem mesmo sabia o motivo de ter respondido, o que mais queria era sair correndo e chorar no seu quarto.
- Você acaba de me fazer o homem mais feliz do mundo. – ela simplesmente sorriu em resposta.
- Draco preciso ir, hoje tenho muita coisa pra resolver. – ela disse se levantando.
- Mas achei que gostaria de tomar ao menos uma taça de vinho. – ele disse tristemente.
- Agora não, até mais preciso ir.
- Então a noite passo na sua casa para comemorarmos. – ele disse dando um sorriso maroto.
- Ta. – ela respondeu e saiu.

Hermione mentira grandemente, estava confusa, foi até um lago há uns 15 minutos dali, já havia resolvido tudo na clinica, teria o resto do dia livre, ficou no lago horas e horas, não queria ir pra casa, pois sabia que Draco iria pra lá a noite e sabia o que iria acontecer.
Sua mãe tinha lhe dito para seguir o coração, mas será que estava certa? Draco era seu amigo a anos, havia perdido sua virgindade com ele, sempre esteve ao seu lado, será que ela queria trocar aqui por uma duvida? Harry era maravilhoso, esteve ao seu lado quando mais precisou, sim era pouco tempo mais se conheciam como infância. Por que aquele beijo tinha que ter acontecido? Mas ela não podia negar que desejava beija-lo já a algum tempo, mas se sentia culpada por estar com Draco e acabara de aceitar se casar com ele.
Era 20:00h ela foi pra casa, tomou um banho e saiu novamente, Draco tinha a chave do AP mais ela sabia que se ela não estivesse lá ele iria embora.

- “Estava satisfeita em ser sua amiga mais o que será que aconteceu comigo?” Seu celular tocou, numero desconhecido. – Alô?
- Minha Pequena, por favor, não desliga. – uma voz já conhecida.
- Oi Harry, não vou desligar.
- Podemos conversar, estou me odiando...
- Harry estou indo pra sua casa então. – ela disse num tom triste.
- Ótimo, estou te esperando. – 30 minutos depois ela chegou, eles mal se cumprimentaram, e foram para a sala, necessitavam conversar.
- Hermione, sobre ontem... – ele ia começando.
- VoumecasarcomDraco. – ela disse tudo de uma vez, acho que fosse doer menos, Harry ficou quieto e a olhava tristonho.
- É isso o que você quer? – foi tudo o que ele disse depois de alguns minutos.
- Não sei...
- Então pense! – ele se levantou e foi para a cozinha fazer sei-lá-o-que.
- Harry... – ela foi atrás.
- Você veio pra gente conversar não foi? – ele perguntou sério e ela assentiu com a cabeça. – ótimo então antes de você acabar comigo vai me ouvir.
- Aham. – ela apenas soltou um muxoxo.
- Lembra da história que eu comecei a te contar no restaurante? – ela fez que sim. – então, Quando Cho veio atrás de mim eu estava enfurecido e a empurrei, ela caiu da escada e foi parar no hospital, só então descobri que ela estava grávida, uma semana depois ela morreu, pois deu hemorragia interna e complicações com o feto. Meu melhor amigo-traidor Cedrico se sentiu no direito de querer me crucificar, desde de então mantive distancia das pessoas pois todos que se aproximaram de mim só queriam me usar.
- Mas... – ela ia dizer algo.
- Me isolei do mundo durante 5 anos até você se meter na minha vida, agradeço a Deus por você ser teimosa e não ter desistido de mim quando me conheceu, voltei e ver o mundo novamente, até abri as janelas de casa, o sol voltou a brilhar na minha vida.
- Harry... – ela tentou falar outra vez mas ele interrompeu.
- Sabe o que é abandonar o mundo e de uma hora pra outra alguém te tirar daquela prisão? Você fez isso por mim, não queria ter me apaixonado por você, mas não pude evitar você é maravilhosa, perfeita, um anjo, Minha Pequena, se você for ficar com Draco não me abandone, só te ver sorrindo me enche de alegria, não pode me privar da felicidade novamente... – ele falava já chorando, sempre fora sem ninguém, nunca teve quem se preocupasse com ele como Hermione fez nos últimos tempos.
- Harry...
- Que. – ele disse de cabeça baixa.
- Me perdoe. – ela amparou o rosto dele nas mãos e o beijou, como se fosse seu ultimo momento de vida, ambos choravam, ela terminou o beijo e partiu, foi para casa, já era tarde, contudo não conseguiu dormir.

- Alô Mione?
- Oi Ginny. – Hermione atendeu ao telefone na clinica.
- Onde você foi parar ontem à noite, te liguei a noite toda.
- Fui falar com o Harry. – Hermione se entristeceu ao lembrar.
- Esse misterioso Harry heim, quando vou conhecê-lo?
- Talvez nunca...
- O que aconteceu amiga?
- A gente brigou, nada de importante. – Hermione não queria falar a historia pra ninguém.
- Então ele é um idiota, não sabe a amiga que perdeu, amanhã é sábado, vamos sair?
- Não vai dar vou passar o fim de semana fora, talvez volte apenas segunda de manhã.
- Onde você vai Mione?
- Para a casa do meu avô.
- Que legal, mande lembranças ao srº Dumbledore.
- Pode deixar Ginny, agora preciso desligar, tenho consulta marcada.


- Oi vô. – ela deu um abraço apertado no idoso.
- Mione, quanta saudade de você minha querida. – Dumbledore morava em um sitio, bem no interior, tinha uma vida bem calma, trabalhara a vida toda e agora aproveitava sem escrúpulos o que a vida tinha de melhor.
- E então vovô como o senhor está?
- Muito bem meu anjo, ontem mesmo comprei um barco novo.
- Eba então vamos pescar? – Hermione perguntou com os olhinhos brilhando.
- Achei que estivesse grandinha pra isso.
- Nunca grande demais para o meu vô. – passaram um dia muito bom, Hermione lhe contara toda a história com Harry e Draco e seu vô disse a mesma coisa “siga seu coração”.
- Ginny mandou um beijo.
- Faz tempo que não a vejo, acho que a ultima vez vocês ainda estudavam e vinham passar as férias por aqui, quando sua avó ainda era viva.
- É mesmo, nem tinha parado para pensar, mas faz tempo mesmo...
- Prometa que irá se cuidar Minha Pequena. – Hermione já ia embora, resolveu voltar domingo a tarde.
- Prometo sim vô. – Hermione enchendo os olhos d’agua quando ouviu as palavras “minha pequena”. Deu um abraço apertado no idoso e foi embora, prometendo voltar em breve.

Hermione viu que estava cedo e resolveu passar na casa da amiga para contar as novidades do avô, afinal era pleno domingo e pelo que ela conhecia de Gina deveria estar dormindo, mas estava louca para acordar a amiga.
Chegando na casa da ruiva Hermione nota um carro familiar parado na frente da casa, mas nem liga e entra, vê todas as luzes apagadas, adivinhara a amiga estava dormindo, subiu até o quarto e encontrou a porta entreaberta e ouviu alguns gemidos, Hermione ficara chocada com a cena que viu quando abriu toda a porta.
Um Draco nu dando uma de Cowboy em cima de uma ruiva que gemia loucamente.

- Gi... – Hermione sequer soltou uma lágrima, apenas ficou a olhar assustada.
- Mione. – Draco diz assustado, saindo de cima da ruiva.
- Hermione? – Gina grita apavorada.
- Acabo de tomar minha decisão. – Hermione arranca a aliança e joga em cima da cama, pega o carro e sai rapidamente.
- Droga, você não disse que ela só voltava amanhã cedo? – Draco disse zangado.
- Eu disse também não esperava isso.
- E porque você não trancou a porta? – Draco perguntou indignado.
- Ela tem a chave. – Gina respondeu indo pro banheiro.


- Harry! Harry! Harry! – Hermione espancava a porta, todas as janelas estavam fechadas, ela pensou “ele voltou a se isolar!”
- Ei mocinha. – a vizinha disse.
- Senhora, sabe onde está o rapaz que mora aqui?
- Ele se mudou, e deixou essa carta pra uma garota, acho que é pra você, afinal é a única pessoa que ele conversava. – a senhora entregou uma carta endereçada para Hermione.
- Ele foi quando?
- Sexta à noite ele passou aqui e deixou a carta. – disse a mulher tristemente.
- Obrigada. – Hermione fora pra casa sem coragem de ler a carta, chegou tomou um banho demorado se sentou do sofá e abriu o envelope.

“ Minha Pequena, tenho quase certeza de que você está lendo esta carta no domingo, não sei como foi seu sim de semana nem nada.
Quando você me deu aquele ultimo beijo entendi tudo, você fez sua escolha, escolheu os braços seguros de quem vai casar com você, cada um escolhe seu destino, você poderia ser infeliz comigo e se arrepender pro resto de sua vida, só espero que seja feliz com o homem que você ama.
Te amo e sempre te amarei, você trouxe a felicidade pra minha vida, fui embora e você não imagina o quanto estou sofrendo, vou te deixar apenas essa carta, espero que guarde pois estou me despedindo.
Vou seguir minha vida, arrumei uma boa casa e um emprego, foi tudo rápido demais, mas era tudo o que eu precisava.
Te amo demais, nunca vou te esquecer, talvez nunca arrume outra pessoa, mas espero em um dia de sol poder sentir o brilho do teu sorriso.
Se cuida Minha Pequena.
Seu eterno amante
Harry J. P.”

- Hermione Jane Granger, grande médica, doutora sabe cuidar apenas da vida dos outros e não consegue ver o obvio. Preciso achá-lo agora mais que nunca, perdi um grande amor sem nunca ter dito nada. – Hermione pensava desesperada, tentou das maneiras que pode, mas 1 ano se passou, ela andava triste, sem nenhum contado com Harry até receber um convite para um jantar comemorativo da Lócus, uma empresa nova que iria inaugurar, mesmo sem vontade ela foi, não saia muito, havia tentado um relacionamento mas não tinha dado certo, resolveu sair pra se distrair.

O dia do jantar chegara, ela se arrumara, com um vestido até o joelho, tomara que caia preto (lindo), alguns cachos bem feitos. Estava linda.

- Seu nome? – um rapaz na recepção perguntou.
- Hermione Granger.
- Ah sim, convidada especial, pode entrar. – o rapaz indicou a porta, realmente Hermione não sabia quem a havia chamado, mas nem ligou, queria apenas se divertir um pouco.
- Olá Hermione! – uma loira simpática disse se aproximando.
- Luna, minha amiga, a quanto tempo que saudade de você – as amigas se abraçaram fortemente.
- O que tem feito de bom Mione?
- Ah nada demais ultimamente, apenas trabalhando e você loira?
- Ixi tenho viajado tanto, mas hoje vim aqui por motivos de trabalho e você?
- Nem sei, recebi um convite e resolvi vir, precisava me distrair.
- Veio com alguém Mione?
- Vim nada e você?
- Vim com o meu namorado Rony, vamos lá à mesa com a gente. – a loira apontou para um ruivo com cara de perdido.
- Já vou Luna, pode ir, daqui a pouco eu vou, quero dar uma olhada no local.
- Ok Mione, te espero lá ta?
- Aham, pode esperar. – Hermione deu mais um abraço em Luna e a loira foi até o ruivo.
- Deseja alguma coisa senhorita? – um garçom perguntou.
- Agora não obrigada. – ela respondeu educadamente.
- Senhoras e senhores, gostaria da atenção total de vocês. – Hermione conhecera imediatamente aquela voz, era Draco, o que ele estava fazendo lá? – hoje é a inauguração da minha mais nova filial, a primeira Lócus de Londres gostaria de agradecer a todos pela presença. – nessa hora Gina subiu para o palco ao lado de Draco. – Mas aqui hoje está uma pessoa a quem eu quero pedir desculpas e prestar uma homenagem. – Draco disse mostrando o telão.
- Hermione Jane Granger, gostaria que assistisse a esse vídeo. – Gina disse e um vídeo começou a ser exposto, Hermione e Gina brincando quando eram pequenas, fotos dela e Draco, todas lembranças dos tempos bons que Hermione, Gina e Draco passaram juntos. – E gostaríamos de pedir desculpas pelo que aconteceu, sei que você não merecia isso, mas espero que entenda.
- Entender? – Hermione gritou, estava irada. – Como vou entender se foi por sua causa que perdi o grande amor da minha vida. – Hermione apontava o dedo na cara de Draco. – E foi você que me enganou durante anos, não quero saber de desculpas, desculpas não fazem o tempo voltar e hoje nem posso imaginar o que perdi enquanto estava ao seu lado Draco Malfoy e quanto a você Gina, bela amiga de infância, engulam essa droga de homenagem. – Hermione disse exaltada e saiu de lá, queria ir embora o mais rápido que podia.
- Hermione! HERMIONE! HERMIONE! – uma voz era ouvida a grande distancia.
- Quem é agora, quem me fazer sofrer novamente? Quem uma palhaça? – Ela disse alto sem virar o rosto.
- Não quero uma palhaça, quero apenas a mulher da minha vida de volta. – ele disse tristemente.
- Harry? – ela disse assustada se virando imediatamente.
- Hermione, não sabia que... – ele nem conseguiu terminar a frase, a mulher já estava pendurada em seu pescoço.
- Harry é você? Me diz que nunca mais vai embora, me diz que eu sou uma idiota, me diz que me ama. –ela disse rapidamente.
- Sou eu, nunca mais vou te deixar, você não é uma idiota, eu que sou deveria ter esperado mais, nem te deixei um telefone pra contato... Te amo mais que a própria vida. – dito isso ele a beijou novamente.
- Como você estava na festa? – Ela perguntou curiosa.
- Sou um dos investidores da empresa, estou multiplicando o dinheiro que herdei.
- Você ia vir até aqui e ia me ver?
- Ia sim, vim pra passar uma semana, pois alem da empresa queria pelo menos passar na frente da sua casa pra tentar te ver, mas ainda bem que te achei Minha Pequena.
- Que saudade de ouvir isso, como eu te amo Harry, como fui idiota...
- Agora isso não interessa mais, o que importa é que estamos juntos, você vem comigo? – Ele perguntou receoso. – estou morando na... – ela colocou um dedo sobre os lábios do moreno.
- Iria com você até o fim do mundo. – ela respondeu sorridente, ele a envolveu em seus braços fortes e selou a conversa com um beijo.


THE END

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