Vira-Tempo
Capítulo 2 - Vira-Tempo
2 semanas atrás...
- Ah, Harry, você chegou! Era o único que faltava – Fred Weasley era quem falava. Harry não sabia o motivo de estar ali, Fred o convocara para uma “reunião”, e dissera que ele não poderia faltar. Estavam no 2° andar da Gemialidades Weasley, loja de logros e brincadeiras, no Beco Diagonal. Havia ali uma mesa de médio porte, com 9 cadeiras. Harry se acomodou na única que ainda estava vaga, e observou os outros: A frente, estavam Fred e Jorge Weasley, os donos da Loja que haviam chamado todos ali; Ao seu lado, sua namorada, Gina Weasley, e ao lado desta Angelina Johnson, ex-colega de Hogwarts; Havia também um garoto de cabelos prateados do qual desconhecia; Rony estava do seu outro lado, Hermione ao lado dele; e, completando, havia uma mulher, loira, que Harry também não conhecia. Jorge tomou a palavra:
- Olá, espero que gostem dos aposentos da nossa loja. Em breve os elfos domésticos – ele fez uma pausa e olhou para Hermione, dizendo “remunerados” – trarão bebidas. – Fred pôs-se de pé também:
- O assunto da reunião é bem simples. Eu e meu irmão resolvemos patrocinar o Chuddley Cannons este ano, para a Liga Inglesa de Quadribol. Ele estava a beira da falência, então nós simplesmente...
- O compramos! – Jorge disse
- Sim, nós o compramos, e vocês foram convidados para esta reunião para serem convocados para disputar a Liga pelos Canhões! – Burburinhos de surpresa e dúvida – Bom, obviamente eu e Jorge seremos os batedores, e, para técnica, contratamos Emília Rockwood – A mulher loira se levantou – Como a maioria de vocês deve saber, ela foi técnica da seleção da Grã-Bretanha por 10 anos seguidos. – Ela fez um abano de cabeça, sem discursos. Jorge voltou a falar:
- Hermione foi convidada para ser nossa preparadora física, devido aos seus amplos conhecimento mágicos, e tenho o prazer de falar que ela aceitou a proposta; Para goleiro, nosso irmão, Ronald – “Hey, só Rony” disse ele de cara enfezada – ok, Rony Weasley, que demonstrou desempenho muito bom na Grifinória, pelo que soube.
- Angelina Johnson, Gina Weasley e Robert Jay – o garoto de cabelos prateados acenou com a cabeça – serão nossos artilheiros. Todos já foram contratados. Agora o único cargo vago é o de apanhador – Fred olhou para Harry – e é por isso que estamos aqui hoje, meus caros amigos.
- Vocês querem que eu seja o apanhador – disse Harry.
- Exato!
- Não sei não, é evidente que eu não gosto nem um pouco da mídia. Seria divertido, mas... – Jorge o cortou:
- Antes de sua recusa, deixe que nós apresentemos as cláusulas principais de seu contrato. Primeiramente, contrato de um ano, onde os Cannons ficam com seus direitos esportivos; Salário Inicial de 70 mil galeões por ano – todos boquiabriram-se, ninguém dali tinha um salário tão alto, nem mesmo Angelina, que já ganhava 30 mil – sim, isto mesmo Harry, 70 mil. O resto não tem grande importância, apenas alguns comerciais para a Gemialidades Weasley e umas outra coisinhas...
- Aham, sei. É um bom valor, mas não tenho certeza se devo.
- Ah, Harry, vamos lá, todo mundo tá no time! – Gina sorriu para ele.
- Ah, sim, mas não sei se eu sou realmente bom...
- Tá de brincadeira? – Jorge e Fred falaram em uníssono.
- Cara, você foi o melhor apanhador da história de Hogwarts, e também o mais jovem! Tem idéia do que é isso?
- E além disso está no seu sangue Harry. – Disse Hermione falando pela primeira vez.
- Vamos cara, vai ser legal! – Rony o apoiou.
- Olha, que tal me darem uns dias para pensar...
- Não podemos. As inscrições encerram amanhã. Caso contrário teremos que colocar o Malfoy no seu lugar. – Risos.
- Se tu não aceitar vai levar uns bofetões hein – Angelina também sorria.
- Ah, tá bom, posso fazer o que? – Todos comemoraram e bateram palmas.
- Foi mais fácil do que pensamos, não é Jorge?
- Realmente Fred.
- Parem com isso antes que eu desista. E se eu não jogar bem saio do time!
- Pára com isso, você é o melhor!
Os elfos chegaram com bebida e comida, e todos se alimentaram de forma magnífica. No dia seguinte a Mago-TV noticiava a incrível reerguida do Chuddley Cannons, e a contratação de última hora de Harry Potter para apanhador.
- Eu fiz bem, Gina? – Harry estava na Toca, morava lá há algum tempo.
- Fez bem o que?
- Em entrar para os Cannons, jogar quadribol. – Eles estavam no jardim cheio de gnomos. Fazia muito calor.
- Que dúvida, é claro! Você vai ficar mais famoso ainda, vai ver. Vai ser o melhor do campeonato.
- Sei não. Só entrei porque tinha vocês.
- Deixa de ser bobo. Já pensou o que você vai poder fazer com 70 mil galeões? E isto é só o começo. Espera uns três anos pra você. Fora o caxê da Seleção, aposto que você será convocado.
- Que as suas palavras virem realidade. – Harry realmente não estava muito confiante.
- Vão virar. – Os dois se abraçaram.
Longe dali, outros times também se organizavam, e um deles era o Warriors of the Hipogriff. E eles tinham Olívio Wood e Vítor Krum. Uma barreira nos aros e uma águia pronta a agarrar o pomo. O campeonato não seria fácil. Também tinham as Harpias, estavam com um ótimo time este ano. União de Puddlemere havia contratado Therry James, astro do quadribol mundial, ninguém segura aquele artilheiro Belgo.
Beco Diagonal. Mais precisamente casa de Rony Weasley e Hermione Granger. Os dois estavam namorando a um bom tempo, e já moravam juntos. Estavam na sala, assistindo um seriado hilário na Mago-TV, em seu aparelho de 52’ polegadas novinho.
- Você nem me contou. – Rony falava.
- O que? – Mione respondia.
- Que ia ser a preparadora física. Eu não esperava.
- Ah, os seus irmãos me convidaram umas duas semanas atrás, queria te fazer uma surpresa. Achei ótimo, vou poder andar sempre com vocês.
- Realmente.
- Não que eu ache uma boa idéia ficar voando numa vassoura a metros do chão, mas fazer o que. Não posso escolher por vocês.
- E também tem o Harry.
- Exato. Não podemos discuidar dele, ainda mais quando estiver voando. A posição dele é uma das mais perigosas.
- Mas as crises dele estão melhorando, a poção está dando certo.
- Por enquanto, Rony. Com o stress ele pode piorar. Já marquei um horário no St. Mungus para uns exames.
- Você pensa em tudo – Rony deu um sorriso e a abraçou.
Harry avistou uma coruja voando em direção A Toca. Pichi, a coruja de Rony. Trazia uma carta de Hermione, falando do insistente assunto das crises dele. Ela insistia em fazer consultas tendo em vista a temporada que se aproxima, mas as poções estavam funcionando, havia alguns dias não sofrera nenhum ataque.
- Amanhã vou ao St. Mungus. Hermione insisti em fazer alguns exames antes da temporada.
- Ótimo! – Gina exclamou.
- Mas a poção está funcionando, não há motivos para preocupações.
- Precaução nunca é demais, Harry, nunca.
- Tá, tá, tá. Se não fossem vocês.
Draco Malfoy estava acabado. Depois da derrota de Lord Voldemort seus pais foram rejeitados por toda a comunidade bruxa. A casa deles havia sido destruida e servia de abrigo para mendigos. Ele, Lúcio e Narcisa agora moravam em um barraco em Manchester. Se não fosse a magia, nem isto não teriam. Usavam roupas sujas e velhas, comiam o pouco que conseguiam com esmolas de trouxas, a situação era precária. Lúcio e Narcisa tiveram suas varinhas destruidas, e haviam sido proibidos de comprar novas ou usar magia. Apenas Draco ainda podia realizar feitiços.
- Vou tirar a gente da miséria – Ele falou para sua mãe, Narcisa.
- Ah, meu filho, se eu soubesse como, já o tinha feito.
- Eu sei como mãe. Vou ter que me humilhar mais ainda, mas será necessário. É impossível viver assim.
- Boa sorte, meu filho. Você vai precisar.
- Vai ser amanhã. Preciso pensar bastante antes de fazê-lo.
Hermione passara na Toca para buscar Harry. Iriam pelo Noitibûs, as crises do garoto não o deixavam usar a aparatação. Gina estava ocupada com alguns preparativos para a festa de aniversário que tanto insistia em fazer para seu namorado, e Rony, bem, Rony não era um cara que gostava de Hospitais. Estavam Harry e Mione um pouco ao oeste da Toca. Ela abanou sua varinha, e em alguns segundos o grande ônibus de três andares chegou até ali. Deste desceu um cara gordinho e bochecudo:
- Para onde?
- St. Mungus, por favor.
- Aqui estão suas passagens. Divirtam-se na viagem – Falou em tom irônico
O ônibus deu uma guinada e os dois se seguram realmente firme, a experiência de Harry aos 13 anos não era uma lembrança muito boa. Depois de várias curvas fechadas e manobras arriscadas chegaram. Não se demoraram na vitrine da loja disfarçada, e foram logo adentrando a grande recepção. Hermione se assustou ao ver um bruxo sem uma perna; este tinha estampado em sua boca um sorriso amarelo. Chegaram a mesa da secretária:
- Sim?
- Harry Potter tem uma consulta com o dr. Jonathan, às 15 horas.
- Harry Potter, aqui está: Andar 2, consultório número 10.
- Obrigada.
Os dois seguiram ao elevador. Logo adentraram o consultório 10, que estava vazio. Através de uma porta no fundo da sala de espera, apareceu a cabeça do dr., que chamou: - Harry Potter! – Este se impressionou um pouco com a pessoa a qual deveria examinar. Os dois se levantaram e dirijiram-se a sala, uma sala normal de um curandeiro bruxo.
- Olá, Sr. Potter. Um prazer conhecê-lo. Vejo que vocês gostariam de umas consultas sobre suas crises mentais, correto?
- Sim, doutor. Depois que ele derrotou você-sabe-quem, começou a ter umas crises em que, mesmo acordado, tinha sonhos, sonhos malignos e estranhos, que o deixavam muito atordoado, correndo sérios riscos de saúde. A doença até então era desconhecida, até que um curandeiro renomado descobriu uma poção para amenizar os efeitos das crises. – Harry continuou a fala da amiga:
- A poção vem funcionando bem, fazem alguns dias que não tenho nenhuma crise.
- Eu só marquei estes exames para ver se está tudo ok, é que logo ele começará a jogar quadribol na Liga.
- Ah, pelos Cannons? Torço por vocês – disse o doutor animado. – Pode se deitar aqui, farei alguns exames. – Após algum tempo em que o curandeiro usando a varinha e alguns aparelhos para examiná-lo, disse que por enquanto tudo estava normal. A poção parecia estar combatendo a doença.
- Isto quer dizer que ela pode sumir?
- Veremos, falta apenas um teste... – Ele colocou a varinha sobre a testa de Harry. Após alguns minutos, sua cara entristeceu. – Nada bom, Sr. Potter. Receio que temos um problema. Um problema sério.
- Diga logo doutor.
- Me desculpe dizer, mas há um tumor no seu cérebro. E está tomando conta dele.
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