Capítulo 5
Narrado por: Dorcas Meadowes.
15h39min.
Chegamos em casa, e eu senti – novamente – a tonteira vindo; corri logo pra rede e me sentei. Remus ficou ao meu lado, e disse:
- Acho melhor eu ir agora... – ele foi dizendo, e uma sensação súbita de agonia veio a mim.
- Fique, por favor! – eu pedi, tentando me levantar, mas eu vacilei; droga! Eu não agüento mais perder o equilíbrio perto dele!
- O.k., mas só porque você não está legal... – E sorriu.
- Eu estou bem, é só que você me deixa tonta! – Pronto, falei (?).
- É mesmo? – Ele fez uma cara não muito surpresa; boboca. – Não precisa me xingar, também. – ele bufou.
- Perdão.
- Tudo o.k.
Triiim...
Ouço ruídos (?). Claro, o telefone!
Sem me lembrar de que ainda estava tonta, saí correndo pra porta da frente e entrei apressada em casa; o telefone ficava numa mesinha ao lado do sofá da sala. Me sentei nele e atendi o telefone, eufórica. Remus me acompanhou tranqüilamente, e fechou a porta quando entrou depois de mim. Eu o encarava enquanto atendia:
- Alô? – eu disse, esperando.
- Hey, Dorcas, é a Lene! – Aleluia, Senhor! A sumida resolveu ligar!
- Oi, Lene! Cara, onde tu 'tava hoje? Por que não foi pra escola? – eu fui perguntando, quase berrando ao telefone. Remus franziu o cenho.
- Ih, foi mau. - mau?! Muuito mau. Muito mesmo - Eu me esqueci completamente. - Eu sei disso, pô - Mas e aí, quais são as novidades? - ela perguntou, curiosíssima.
- Ah, um garoto novo, e uma garota nova. Remus Lupin e Lílian Evans. Já ouviu falar? – eu respondi, sem conseguir desviar meu olhar do de Remus. Eu estava me sentindo uma idiota.
- Não. Mas e aí, o menino é gatinho? - Gelei. Remus deve ter ouvido, e soltou um riso baixo. Ele estava esperando. Meu estômago estava cheio de borboletas; o que eu iria responder?
- Bom, er... que tal se você tirasse suas próprias conclusões? Você vai pra escola amanhã, não vai? – eu perguntei, incerta. Remus sorria. Seu olhar estava exercendo um poder sobrenatural em mim.
Eu esqueci como se respira.
- Vou, sim! Mas eu vou chegar na terceira aula. Eu tenho uma entrevista de estágio amanhã. - Entrevista?! Uou, Marlene Rulez.
- Ah, que demais, Lene! Boa sorte, amiga. Olha, eu vou ter que desligar agora, vou tomar um banho e relaxar, hoje foi um dia muito cansativo. Te vejo amanhã, beijão.
- Hm, bom descanso. Beijos, amiga! – E ela desligou o telefone, meio que depressa demais, na minha opinião. Eu fiz o mesmo. Eu não conseguia tirar o olhar de Remus nem por um minuto sequer.
Mas isso não importava agora; eu estava em casa com Remus Lupin, e isso já era motivo o suficiente para me fazer ter tonturas que não eram devidas a uma corrida pela mata em suas costas...
Meus pais chegariam a qualquer momento. Eles ficavam o dia todo fora, fazendo-se sei lá o quê. Quando eu perguntava, eles respondiam qualquer coisa sem nexo, então eu simplesmente desisti de tentar persuadi-los.
Eu suspirei; não por ele, mas porque finalmente havia me lembrado de como se respirava.
Eu tentei me levantar, mas ele se aproximou de mim mais rápido do que o normal, e sentou-se ao meu lado, pousando suas mãos de mármores em meus ombros.
- Continue sentada, você vai ficar mais tonta ainda se continuar a se movimentar desse jeito.
- Eu nunca fui assim.
- Assim como?
- Eu nunca fiquei tonta por qualquer coisinha. Eu sempre mantive o equilíbrio em tudo. Foi só você chegar e... e... urgh. – eu gemi, e botei minha mão direita na testa, e joguei minha cabeça pra trás. – Eu não sei o que está acontecendo...
Remus abaixou a cabeça, pensativo.
- Alguma teoria? – perguntei, rindo.
- Não. – Ele soltou o riso pelo nariz.
- Bem, eu vou tomar um banho, pois, como eu disse à Lene, preciso relaxar; hoje foi um dia cheio.
- Tudo bem. – Ele se levantou.
- Vai embora? – Parte de mim queria que ele fosse, para que eu enfim pudesse relaxar, mas outra suplicava que ele ficasse.
De repente, começara uma chuva estrondosa lá fora. Eu levantei a cabeça e olhei pela janela. Chuva, como eu te amo!
- Depende de você. – Ele me olhou, incisivo.
- Bem, pode ficar, se quiser. Mas se os meus pais chegarem, você...
- Eu vou embora sem eles perceberem, pode deixar.
Meu pescoço estava doendo; havia uma fraca luz iluminando a sala escura, um abajur.
A sala tinha paredes num tom amarelo-canário e cortinas vermelhas, o que deixava o ar aconchegante. Os dois sofás eram macios de cor de creme. Entre uma poltrona e outra, ficava o abajur, na curva da parede, em cima de uma mesinha; o telefone ficava ali também. A TV ficava de frente pra onde eu estava agora.
Eu me levantei, firme; a tontura já havia passado.
- Já volto. - eu disse, e fui pro meu quarto pegar uma muda de roupa, toalha etc.
Tomei um banho quente, pois o tempo estava frio. Meus músculos se relaxaram instantaneamente, e eu estava me sentindo superbem. Tentei demorar no banho o máximo que pude, mas eu estava eufórica para ver Remus lá embaixo. Era uma sensação estranha, porém contagiante.
Mas e se meus pais tivessem chegado? Provavelmente eu ficaria de mau humor, mas não queria pensar naquilo.
Pus uma roupa para ficar à vontade: uma blusa vermelha de manga curta e um pouco pequena pra mim – eu estava em casa, oi -, e aparecia uma parte dos quadris, mas não muito, apenas um pedaço de carne branca exposta (?). Vesti uma bermuda jeans escura até os joelhos e desfiadinha nas pontas e pus umas pantufas pra aquecer meus pés.
Sequei meus cabelos com um cuidado desnecessário, escovei os dentes, escovei o cabelo, guardei minhas coisas e desci para o andar de baixo cuidadosamente. Fui para a sala e ele estava lá imóvel, lindo, perfeito, a mais bela estátua que eu já havia visto até então.
Ele olhou para mim, sorrindo; me arrepiei momentaneamente com seu olhar hipnotizador.
- Fico grato pelos elogios. – God! Me matem, por favor? Ele ouviu tudo! T U D O! – Não se preocupe. – E sorriu pra mim.
Eu dei uma olhada de esguelha pra janela; ainda chovia estrondosamente.
- O que você pretende fazer agora? – ele perguntou, levantando e aproximando-se.
- Não sei. – Aleluia, consegui ser firme!
- Ótima escolha. – Ele revirou os olhos, enquanto eu ria.
- Venha – E eu me sentei no sofá, e ele imediatamente se postou a meu lado. – Como é sua relação com a Lily?
- Ela é como uma irmã pra mim, a conheço desde o ano passado, quando ela se mudou pro condomínio onde moramos.
- Hmmm... como são seus pais?
- Eles são legais. Minha mãe foi transformada por alguém que ela desconhece, então ela achou meu pai morrendo de uma espécie de infecção, e, mesmo achando que poderia matá-lo, conseguiu transformar ele. Foi logo após isso que eles me acharam. – Ele, do nada, pegou minha mão e a entrelaçou com a sua.
“Eu estava jogado numa estrada deserta; eles estavam caçando, e então sentiram meu cheiro, ainda humano. Eles me transformaram porque perceberam que eu estava sozinho e não tinha uma família. – Ele estava analisando todos os meus dedos. Me esqueci por um momento de como se respirava – again. – Logo depois, veio a Bredget, ou Bree. Ela era uma vampira selvagem quando a achamos na floresta encurralando um caçador de veados. Quando ela se juntou a nós, tudo mudou na vida dela.”
- Quantos anos ela tinha na época?
- Quinze. Estava recém-transformada.
O tempo passava enquanto conversávamos; quando dei por mim, eram cinco horas da tarde.
- Meus pais devem chegar daqui a pouco – eu fui falando, e ele fez uma careta.
- Isso não será problema, juro.
- Eu sei.
As luzes da sala e da cozinha estavam acesas, mas, de repente, tudo ficou escuro.
Acabou a luz. Shit.
Remus riu.
- Eu vou na cozinha pegar umas velas. – eu disse, enquanto me levantava do sofá; o único ruído que eu ouvia era o da chuva temerosa lá fora.
Estava tudo escuro como breu, eu não via nada, nada mesmo.
Eu fui apalpando as coisas até chegar ao armário, onde deviam estar as velas... é, deviam estar, porque não estavam.
Eu escutei um ruído e me virei em tempo de sentir duas mãos frias e fortes envolverem a minha cintura – eu sentia aquela temperatura em minha pele – e me puxar de encontro a algo duro que estava na minha frente, parecido com uma parede.
Eu não conseguia respirar; meu coração estava causando um ruído estrondoso ao bater tão forte e rápido. Eu mal podia ouvir minha respiração. Eu descobri que a coisa dura com a qual eu colidira era seu corpo.
Seus olhos queimavam de desejo, eu podia perceber; minhas mãos, na hora do susto, foram parar em seus braços fortes.
Eu estava lutando para minhas pernas me obedecerem, mas elas travaram, elas não me atendiam.
Foi então que em seu rosto sério, traços de um sorriso começavam a se delinear. Um sorriso quebrado, torto. O mais lindo que eu já vi - e aquilo me paralisou.
Quando finalmente seu corpo tocou o meu por inteiro, senti que ele aproximava seus lábios
- Acho que agora podemos finalizar o que tentamos mais cedo, não é? – Eu arregalei meus olhos ao sentir sua respiração em meu pescoço.
Remus voltou a encarar meus olhos; roçando suavemente uma de suas mãos de leve pelo meu rosto, enquanto eu tentava arrumar um meio de relaxar. E foi então que me afoguei naqueles olhos dourados. O mundo em volta simplesmente desapareceu. Estava imersa no turbilhão de sentimentos - dispersos e confusos - que havia naqueles olhos dourados.
Quando me dei conta da situação, já não sentia mais o ar em meus pulmões. Minhas pernas fraquejaram, e então eu caí; desabei em seus braços inconsciente.
A última coisa do qual me lembro era dos olhos dele, e então não vi mais nada.
09h30min.
Depois daquela entrevista, eu liguei para o meu pai e ele disse que já estava saindo do escritório dele para vir me buscar e me levar para a escola. Ele insistiu para que eu o contasse se eu tinha conseguido o estágio ou não, mas eu fiz surpresa, e disse que só ia contar quando ele chegasse.
Mas quando eu desliguei meu celular, apenas tive outra surpresa.
- Sirius? – perguntei espantada, deixando meu celular cair.
- Me desculpe se eu te assustei. - ele disse suavemente se abaixando e pegando o celular.
- N-não, não me assustou. - eu respondi com dificuldade, ainda mantendo o contato com os olhos dele. - Apenas não o esperava por aqui. - respondi com um fio de voz.
- Pois é, nem eu. - Sirius disse sorrindo. - Porém, parabéns pelo seu novo estágio.
Eu sorri, contente. Mas, pára tudo: como ele sabia que eu tinha conseguido?
- Obrigada mas... como você sabe que eu consegui? - perguntei erguendo uma das sobrancelhas.
- Chute. - ele sussurrou no meu ouvido, o que me deixou mais nervosa anda. - Então, quer uma carona pra escola?
- Não, obrigada. Meu pai já está vindo. - eu respondi. O Sirius estava começando a me deixar com medo. Primeiro: como ele sabia que eu estava ali, justo naquela empresa? Afinal, poderia ter um monte de outras empresas contratando estagiários por aí, não é mesmo? E segundo: ele estava me assustando!
- Ah... o.k. Se mudar de idéia, estarei aqui. - ele disse apenas se postando do meu lado, com aquela cara de paisagem dele.
- Sirius...
- Hã? - ele continuou com as mãos na frente do corpo.
- Eu disse que meu pai está vindo, você já pode ir... e... pára de fazer essa cara de paisagem perto de mim, você 'tá me assustando. - eu disse dando alguns passos para longe dele.
E sabe o que ele fez? Riu. Apenas riu, e continuou parado ali.
- Sirius! Vai. - eu insisti, começando a ficar com raiva dele.
- Não se preocupe comigo, Lene, eu vou ficar aqui, acaso você mude de idéia. - ele respondeu chegando mais perto de mim.
Eu tentei fugir, mas do meu lado só tinha a parede da sala de espera. Então... o que eu poderia fazer?
- Eu não vou mudar de idéia, Sirius. - Acabando a minha frase, o meu celular começou a tocar, e eu atendi. - Alô?
- Lene, me desculpa, mas aconteceu um imprevisto aqui... você acha que pode ir pra escola de ônibus? - Era a voz do meu pai, e, se ele estava me ligando, era porque algo realmente estava errado. Ele nunca me deixaria na mão por alguma coisa boba. - Me desculpe mesmo, Lenezita. Eu te vejo em casa depois da escola, o.k.? E você vai me contar se conseguiu o estágio. Beijos e boa aula.
Meu pai nem me deixou responder, e logo desligou o telefone. Eu bufei olhando para o Sirius, que agora fazia 'cara-de-paisagem-sorrindo'.
- O.k., você venceu. Vamos. - eu bufei caminhando até o estacionamento da fábrica.
Chegamos até o carro do Sirius que era rebaixado, preto e insulfilmado.
- Uau, onde você conseguiu esse carro? - eu perguntei olhando, admirada.
Sirius apenas riu da minha pergunta. Mas eu realmente queria uma resposta. Ê, que menino mais incomunicável, hein?!
Ele abriu a porta para mim, e eu pude perceber que todo o interior era de couro preto, e bem cheiroso. Ele entrou pelo outro lado do carro, e começou a dirigir.
- Você sabe onde eu estudo? - perguntei depois de algum tempo de silêncio, que posso constatar que não foi nada agradável.
- Sim. - ele respondeu me olhando e sorrindo.
Tem algum problema comigo? Quer dizer, eu estou com algum nariz de palhaço ou algo do tipo?
- Chegamos. - Sirius disse estacionando o carro na frente da escola, e então eu realmente acordei dos meus devaneios, e vi que já tínhamos chegado.
- Nossa, er... obrigada, Six, eu realmente não sei como agradecer. Parece que você sempre vem nas horas certas. - eu disse sorrindo pra ele, e ele apenas ficou vermelho. Eu sorri pelo fato de suas bochechas estarem vermelhas, e ele ficou me encarando seriamente. - Obrigada mais uma vez, Six. Tchau.
- Te vejo mais tarde? - Essa pergunta foi a que me fez voltar para dentro do carro, quando eu estava quase saindo.
- Mais tarde? - perguntei confusa. Afinal, não era ele quem sempre fugia de mim? - Claro!
Eu sorri e fui em direção a ele para lhe dar um beijo na bochecha. Mas
- Me desculpe. - ele disse virando o seu rosto para a janela, e eu entendi o recado.
- Tudo bem, não foi culpa sua. - eu disse saindo do carro abruptamente, e batendo a porta.
Eu não sabia como e nem porquê, mas lágrimas se formavam nos meus olhos. Com certeza não era pelo fato de ter sido o meu primeiro beijo recusado, afinal nunca teriam recusado um beijo meu antes. Mas ele... ele era o primeiro.
Eu segui em direção à secretaria da escola, e, depois de justificar o meu atraso, eu segui para a terceira aula.
Andei pelos corredores pensando no que havia acabado de acontecer, meus pensamentos estavam confusos, e tudo parecia girar. Quando me dei conta, eu já estava com a maçaneta da sala de aula nas minhas mãos, e todos me olhavam surpresos.
- Ah, oi, professor. - falei piscando várias vezes.
- Bom dia, Marlene. Entre e sente-se. Eu já fui avisado do seu atraso. – o Sr. Lion me disse, e eu segui para a mesa de uma Dorcas que me acenava freneticamente.
Ela estava sentada com uma ruiva, em uma mesa de três, então eu me sentei na cadeira que estava sobrando, e sorri para as duas.
- Lílian Evans? - perguntei sorrindo para a ruiva.
- Sim. Desculpa, mas eu te conheço? - ela perguntou, me encarando com uma cara do tipo 'Estou tentando lembrar-me de você'.
- Não, mas a Dorcas me falou sobre você. - Eu sorri. - Prazer, Marlene McKinnon.
- Bom, prazer, eu sou você-já-sabe-quem. - A Ruiva parecia ser bem legal e simpática. Vai ser uma das nossas.
Olhei para o lado, e reparei no menino novo que a Dorcas tinha comentado também. Ele estava sentado com ninguém mais e ninguém menos do que James Potter.
- Hey, Jay! - eu cumprimentei-o sorrindo e erguendo um dos braços.
- Fala, Lene. Como você tá? Cara, você sumiu, hein? - Eu sorri, como quem dissesse 'apenas estive ocupada', e ele sorriu de volta.
- E então, Dorcas? Não vai me dizer quem é aquele garoto com o Jay, de quem você comentou? - eu sussurrei, apenas para a Lílian e a Dorcas ouvirem.
Ela apenas me deu um cutucão e ficou toda vermelha. Ah, que fofa.
A aula passou voando, e eu também parecia estar voando. Mas que droga! Por que Sirius não saía da minha cabeça, afinal? Ele estava me confundindo.
- Lene? - Dorcas me chamou, me acordando dos meus profundos pensamentos.
- Hã? Quê? - eu disse levantando rapidamente.
- A aula acabou. - Ela disse pegando o material dela, e me esperando.
- Ah, sim. - eu respondi me levantando também e pegando os meus cadernos.
- Você tá bem? - ela perguntou, olhando-me.
- Hã? Bem? Aham, estou sim. Por que não estaria?
11h45min.
Eu ainda estava pensando no que aconteceu ontem a noite... Bem, resumindo tudo, depois que o carinha deu no pé e o James tentou me beijar, eu não consegui dar um basta na situacao, só fiquei olhando pra ele com cara de idiota. Então ele sorriu, um daqueles sorrisos lindos que ele dá – EPA! O QUE ESTOU DIZENDO? Mas tudo bem, abafe.
- Você ‘tá bem? – Dorcas perguntou pra Lene me tirando dos meus pensamentos de repente.
Hã? Bem? Aham, estou sim. Por quê eu não estaria? – ela disse rápido demais.
Procurei Remus com o olhar. Ele já estava me encarando. Coloquei a mochila nas costas e esperei ele entrar na minha mente.
Caso você não tenha percebido, ela está mentindo, ele falou cínico.
Senhor Espertalhão, é claro que sei, eu respondi áspera. Quero que você me diga porque.
Bem, supondo que eu não estou a fim de violar a privacidade da sua amiga... Não, ele disse rindo em voz alta.
Lancei um olhar flamejante a ele, que se calou, mas continuou sorrindo.
Ok. Ok, eu falo. Ela está assim porque foi rejeitada, MAS QUE GROSSO! E não me chame de grosso! Lembre-se que foi você quem quis saber a verdade.
Tem razão..., eu concordei um tanto cabisbaixa.
- Lily você está bem? Parece que todo mundo ‘tá meio desligado hoje – Dorcas comentou me olhando com uma sobrancelha erguida.
E foi aí que eu me toquei que estávamos no estacionamento da escola.
- Ah, claro. – eu sorri. – Não se preocupe, eu estava muito distraída.
Remus riu na minha mente e eu chamei um palavrão.
Na mente, claro.
A gente se vê, irmãzinha.
Espero que isso demore pra acontecer, maninho.
- Vocês querem dar uma volta, meninas? – eu perguntei, olhando da Dorcas pra Lene. Só que senti uma mao fria em meu ombro.
Me sobressaltei tanto que comecei a tremer.
- James! – eu exclamei, me virando pra encará-lo, ainda tremendo feito uma vara verde. – Você me assustou, droga! Eu ‘tô tremendo aqui!
- Desculpa, ruiva. – ele falou passando um braço pelos meus ombros. Eu saí com facilidade debaixo dele e o lancei um olhar penetrante de desaprovação.
- Preciso falar com você – eu falei com aspereza.
E parando finalmente de tremer – aliás eu nunca mais tinha tremido assim desde que o Remus me falou que era um vampiro, haha. -, eu o puxei com tanta força que ele quase tropeçou nos próprios pés. Chapinhei numa poça de água que tinha no caminho só de raiva, mesmo.
O larguei quando estávamos longe o suficiente praquela gente (?), vulgo, nossos amigos, não nos ouvirem nem falarem que a estamos totalmente malucos.
- QUAL É A SUA? – eu gritei, colocando as maos na cintura e batendo o pé no chão.
- Você ama essa pergunta, né, Evans? – ele respondeu cínico se encostando numa arvore qualquer.
- SIM! Porque eu preciso saber disso! – esse cara adora me irritar, mas que merda, ¬¬.
Percebi que ele estava começando a se irritar. Seus olhos se estreitaram por trás dos óculos.
- Deixa de ser compulsiva. É isso a sua que eu sei. Ser compulsiva – ele sorriu com um tanto de escárnio depois disso.
Você não sabe nada sobre mim! – berrei.
- Como se você soubesse algo de mim, né? – berrou ele em resposta.
Sacudi os braços, e imediatamente o arbusto ao meu lado pegou fogo. Ah, não! Ele sacudiu suas mãos, fazendo a água da chuva se elevar da poça pra apagar lentamente o fogo da moita,antes que alarmasse alguém que passasse por aqui.
- Devo agradecer? – perguntei cinicamente.
Ele sorriu e começou a controlar a
Eu fiquei nas pontas dos pés. Ele já tinha sacado qual era a minha. Então segurou minhas maos, fazendo o fogo se apagar rapidinho. E quando a gente ia se beijar...
- Bu! – ouço uma voz idiota vindo de atrás da arvore.
Soltei rapidamente minhas maos da do James, mesmo sabendo que o Remus já sabia (?) que estávamos num clima total.
- Remus, eu te odeio (?) – eu falei, apontando o dedo na cara dele que ria feito um desesperado.
- UOEAUEHAUEAUHEUAHUEHAUEHAUEHAUEHOAEHAEHAUA.
Eu fui até ele e tapei a sua respiração. O que foi total e completamente inútil já que ele bem, não precisa respirar, só faz isso porque é um habito. E o meu ato de burrice só o fez rir mais; o James ainda estava com cara de bunda.
- Bara, Lily – ele conseguiu falar alguma coisa, com a voz saindo esquisita. Eu sacudi a cabeça. – Por favor?
E fez uma carinha fofa. Mas eu sou a irmã – ou quase – dele, poxa! Isso é pra enfeitiçar a Dorcas, Remmie (?).
Não me chame de Remmie!, ouvi ele gritar na minha mente.
Ri.
- Guarda pra Dorcas, beiber – eu falei, dando uma piscadela.
- Quem me chama? – gelei.
Olhei preocupada pra James. Ele me olhava do mesmo jeito. Será que ela tinha nos visto? Controlando o fogo/a água, quero dizer. Olhei pro Remus, ele me entrou rápido na minha mente.
Calma, Lil’s. Ela não viu, não.
Você tem certeza? Não que eu não confie nela, mas ela não está pronta (?) pra saber ainda. E esse nem é o jeito certo de saber, pra ser mais exata, eu rebati, olhando pra ele ainda com fisionomia preocupada.
E soltei o nariz dele.
- Obrigado, Lil’s. – ele agradeceu, com um sorriso torto.
- De nada, Remmie. – eu dei uma piscadela.
- Não me chame de Remmie! [2] – ele grunhiu, olhando de canto pra Dorcas.
Eu ri de novo.
- Ei, obrigada por me deixar no vácuo! – Dorcas falou, me olhando chateada.
- Ah, Dorquinhas (?) – eu fui até ela e apertei a sua bochecha, a fazendo rir.
- Ah, Lilyzitcha (?) – ela fez o mesmo.
- Ok. Ok – James nos interrompeu. – Vamos antes que vocês arranque, a bochecha um do outro.
- Sim, senhor, capitão! – Remus falou, batendo continência.
- Deixa de ser idiota – James retrucou, dando língua.
- Olha que eu posso ir puxar teu pé a noite, hein – Remus ameaçou, fazendo uma cara de psicopata que me fez ter um ataque de riso.
- OUEAUEHOEAEHOAUEHUAHEUAHOEHEUAEHOAEUAHUEAUOEAUEAUEAHEU – Dorcas me acompanhou.
- Que foi? – James não entendeu, haha.
- OUEAHEAHEUAHEUAUEUAEHUAAHEAUEHAUEHUAEHUEAHEU.
- Malucos. – ele bufou indo a frente.
- Não sei como você pode gostar dele – Remus disse no meu ouvido quando passou e foi até a Dorcas, que corou de longe.
Ele ainda não tinha tocado nela, mas quando eu passei por eles pra entrar no meu carro, vi ele segurando a mao dela. Só que meus olhos, brilharam, eu tropecei, caí em cima de James e meu braço deu na marcha do carro, que foi pra frente e atravessou o gramado indo desgovernado.
- AAAAAAAAAAAH! WTF? – eu berrei, toda troncha.
Deixe-me explicar a situação. Um carro desgovernado esta indo a toda pelo estacionamento da escola. Eu estou toda torta, com meu troco em cima do freio de mao, tentando alcançar o volante. James de algum jeito foi parar no banco de trás.
- DEIXA EU PASSAR! – ele berrou.
- COMO? EU TO TENTANDO AGARRAR O VOLANTE – eu berrei de volta.
Então eu consegui me levantar e percebi que a porta ‘tava aberta.
- AAAAAAAAAAAH! A PORTA TÁ ABERTA – eu berrei inutilmente.
- CONTA UMA NOVIDAD... OLHA A ARVORE!
E depois eu senti o carro se chocando contra a arvore. Mas também senti alguém me puxando pro banco de trás. Só que antes de eu agradecer, ficou tudo escuro.
Hey, galerë (k.
Primeiramente, quero pedir desculpas à Juh, porque postei sem ela. Mas é que eu achei que estávamos demorando muito a atualizar, e decidi postar logo e tal e tal. Desculpa mesmo, Juh, depois coloca tua N/A aí, tá? Te amo. <3
E, olha, tá faltando a parte da Lily, que é a Juh quem faz. Por isso eu postei somente os 80%, o.k.? Juh, não se esqueça de postar sua parte depois, sim? (:
Ah, gente, domingo (21/09) é meu aniversário. *-* Palmas para mim! \o/
/vácuo.
Tá, parei. :~
Pois bem, a tia Mari aqui vai fazer 14 anitchos! Palmas para mim! \o/
/vácuo. [2]
O.k., eu supero. :x
Eu queria deixar um recadinho aqui também.
Gente, será que não dá pra vocês aumentarem só um pouquinho os comentários não? :/
Tipo, eu não to falando de ter 1000 comentários, mas eu to só pedindo pra vocês dizerem alguma coisa do capítulo no comentário. As pessoas só dizem que tá perfeito. ‘-‘
Não, tudo bem, é bom saber que a fic tá boa, e isso nos deixa muito felizes... mas será que dá pra definir por que tá perfeito? Por favor? Por favorzinho? Please? *-* Agradeço, q. :D
E tipo, eu peguei vírus no pc. Yeah. Podem me chamar de mula agora. x_x’
A parada é que eu não consigo mandar arquivos pelo msn, nem receber. E ainda repasso o vírus sem nem saber. ‘-‘
Então, quem me tiver no msn e receber algum arquivo meu em espanhol, não aceita, o.k.? (Y
Galerë, quem tem fake de Twilight aí? Eu adiciono vocês na minha fake, se tiverem. *-*
É só passar o link do profile. \o
Well, agora eu tenho que ir. Arrumar minhas malas e tal e tal. Yeah, eu vou viajar. :D
Amanhã (20/09), e volto segunda-feira (22/09).
Amo vocês.
Kisses, galerë. :*
Tia Mari. #) -oiq
CARA, DESCULPA A DEMORA, EU SOU UMA JUMENTINHA. (Y
Oie, galera boa. :D
EI, PARABÉNS PRA TI, MARI. *-*
/mata quem deixou ela no vácuo. (?)
Enfim, eu te perdôo (?) por ter postado sem mim 8). Sobre o capítulo, eu não tenho muito a falar. (6) Só que a parte das meninas foi demais. Das meninas, porque a Lê tava aqui quando elas escreveram a parte delas a um mês. :x
Um mês o capt espera por mim. Podem me matar, eu deixo. :D
Enfim, obrigada pelos comentários gente. e eu concordo com a Mari. :x A gente fica tão feliz quando recebe um comentário falando literalmente sobre o capítulo...
Sério, a gente não ta pedindo um MUNDO de comentários não. E MARIANE FERRARI MACABÚ, eu fiquei feliz quando tu comentou em Halls. *-* Tu nunca mais tinha aparecido, HOHO.
Parando de tagarelar, obrigada pela paciência, gente.
Amo vocês. :*
- iguana desgraçada. :3
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