Prólogo •
Prólogo:
Narrado por Marlene McKinnon
Ficar sem ele realmente me faz mal, não tenho vontade de fazer nada. Ele conseguiu acabar com toda minha alegria em simplesmente cinco segundos. Os piores de toda a minha vida. Ele somente estava me usando! Como? Como pude acreditar naquelas palavras, e naqueles olhos brilhando por mim! Era tudo mentira!
Agora, estou aqui no dormitório, chorando! Na verdade eu queria estar com ele, somente com ele. Ele que me faz feliz, somente seu beijo e suas carícias me acalmam. Todos dizem que ele não estava me traindo... Mas teria sido melhor ter ouvido ela antes de ter me arriscado assim!
Amber Reid sempre foi minha inimiga, e Sirius sabia disso. Quando Sirius me pediu em namoro, ela foi a primeira a me dizer pra não aceitar. Eu pensei: O que essa garota acha que sabe pra vir me dizer pra desistir da felicidade? Agora vejo que ela sabia, e muito. Ela sabia que Sirius não era só de uma garota, eu também sabia, mas acreditava que ele mudaria, por mim, pelo nosso amor.
E ele me traiu justamente com ela, a garota mais desprezível de toda Hogwarts, uma garota que não se importa em pisar nos sentimentos dos outros, que não se importa em beijar o MEU namorado - ou pelo menos que era. Uma garota que merece morrer sozinha e seca, sem ninguém e nem um pingo de felicidade trazida de sua vida fútil e sem significado.
Sirius, alguém tão importante e agora... Tudo se acabou. Se vê-lo mais uma vez sou bem capaz de matá-lo. Ele que não me dirija a palavra, porque seria capaz de tapá-la com um tapa, ou até um soco. Alguém que ama como ele diz, realmente faz o que ele fez com a pessoa amada? Não. E eu achando que minha busca pelo príncipe encantado havia acabado, ao encontrar um porto seguro naqueles olhos tão lindos. Nada passou de ilusões...
- Marlene – era Lily entrando no quarto. – O trem sai em trinta minutos.
Decididamente o pior dia de minha vida. Um dia que deveria ser alegre como os dos outros alunos. Talvez Sirius esteja sorrindo abraçado com Amber, e encontrando console em sua boca. O meu último dia em Hogwarts, o pior de todos eles.
- Tudo bem... – Olhei pra ela e depois para minhas duas malas, e a gaiola de Ruth, minha coruja. – As malas já estão prontas, só não sei se eu estou preparada pra largar tudo isso.
- É claro que está – Lily se deitou ao meu lado, me olhando profundamente nos olhos. Ela estava preocupada – Sua tristeza não é por estar deixando Hogwarts pra sempre, é?
Uma lágrima me denunciou; tudo o que eu menos queria era falar sobre isso.
- É... – Menti.
- O que foi, Marlene? O que está te angustiando?
- Ele... – já havia voltado a chorar novamente. – Ele me traiu, Lily. E com ela... Eu os peguei aos beijos! Ele ignorou tudo o que passamos juntos. Pisou em cima dos meus sentimentos! Como ele pôde, Lily?
- Oh, Marlene querida! Eu não sabia, quando foi isso?
- Quando?! – me deu um nó na garganta. – Agora a pouco. Eles estavam nos jardins, era por isso que não o encontrava: ele estava com ela!
Ela me abraçou. Aquilo valeu como mais que mil palavras de consolo. Um abraço disse tudo o que eu queria ouvir: Marlene, estou do seu lado. Um abraço tão valoroso, mais valoroso que qualquer beijo dele.
Ela limpou minhas lágrimas e disfarçadamente as dela. Lily, você é realmente uma manteiga derretida. Sorri desconsertada.
- Vamos? O mundo nos espera, minha cara Marlene McKinnon!
Marlene já estava longe quando me dei conta do que havia acontecido ali; Amber ainda segurava o lado esquerdo da face, que estava vermelho pelo tapa que recebera dela. Marlene havia me visto com outra, uma ilusão, um estereótipo. Uma farsa...
- Querido... – Amber veio me abraçando. – Agora podemos ignorá-la e continuarmos?
- Continuarmos? – ela me olhou satisfeita.
- Sim! – então ela me abraçou.
Olhei em direção ao castelo, lá estava ela. Só via um pequeno corpo se locomovendo devagar. Eu precisava dela pra viver. Amber conseguira o que queria: me separar de Marlene.
- Me larga! – disse me soltando de Amber – Você não vê? É por isso que ninguém te quer, porque você não se importa com os outros e somente com seus interesses egoístas. É por isso que amo Marlene, porque ela é o contrário de você!
Corri em direção de Lene. Ela devia me escutar, me dar uma chance de explicar. Ouvi alguns resmungos vindos de Amber, porém ignorei. O que devia fazer era correr atrás da minha felicidade e não deixá-la escapar por entre os meus dedos.
Parece que Marlene havia percebido a minha presença, porque acelerara o passo. E eu então corri mais rápido, até pôr a minha mão direita no seu ombro esquerdo e virá-la. Com a virada veio o tapa na minha face. Doeu, porém doeu mais no meu amor do que no meu rosto.
- Marlene... – ela evitou me olhar nos olhos, pude ver que ela chorava. – Me desculpe.
- Desculpar?! – Agora ela deixava a tristeza de lado e deixava a raiva tomar conta dela. – Você me trai com a minha maior inimiga e quer que eu te desculpe. E mesmo que fosse com qualquer uma... Nunca!
- Ela que me beijou... Foi uma armação!
- Não importa, Sirius. O que vi não vai mudar, os meus olhos não mentem.
- Lene... – Eu lhe segurei a face. – Eu amo você. E isso serviu pra me comprovar de que só sou feliz do seu lado.
Puxei delicadamente seu corpo pra perto de mim, e sua face para um beijo - talvez o último. Quando estávamos com o lábios quase se tocando, ela se virou.
- Mas eu sei ser feliz sem você! – ela sussurrou quase num engasgo.
Ela foi saindo, ainda chorando. Segurei-lhe o pulso, e, sem nem virar, ela disse:
- Me larga agora! – foi o que fiz.
Fiquei ali vendo ela se distanciando, levando consigo a única chance de me tornar feliz. Marlene, talvez você nunca entenda, mas você foi o meu único amor. Só agora vejo como estava errado em procurar nos beijos de outras consolo por nunca ter sentido tal coisa.
Segui Lily pelos corredores de Hogwarts. Algo em mim queria ver Sirius, dar uma última olhada nele. Era difícil pra mim deixar tudo isso pra trás: por sete anos esse foi o meu segundo lar, um lar aconchegante e acolhedor. Um lugar onde fui feliz com meus amigos, agora tudo está acabando... Jamais poderei ver o luar da janela do meu quarto, sentar nas poltronas de couro do Salão Comunal e fofocar com as gurias, nada mais será possível.
- Marlene? – disse Lily ligeiramente nervosa.
- Sim?
- É melhor não passarmos por aqui! – disse ela tentando me arrastar para longe do corredor da esquerda.
- O que foi? – ela segurava meu braço firmemente. - Me larga.
Ela me soltou e então fui cautelosa em direção ao corredor da esquerda. Lá estavam elas: Amber e suas amiguinhas populares.
- Foi tão incrível! Tudo deu tão certo, ela chegou bem na hora em que eu agarrava o Sirius, e caiu. – ela ria maliciosamente, me fazendo perceber o erro que havia cometido. Devia ter acreditado em Sirius. – Bem, ela me bateu. Algo tolerável. Mas no total: ela acabou com Sirius e no momento deve estar chorando no seu quartinho.
- Não! – Ela se sobressaltou assustada ao ouvir minha voz. – Não estou no quarto chorando.
- Mas estava... Isso já basta!
Lily estava pronta pra me segurar caso necessário. Mas se fosse era melhor não me segurar...
- O meu erro foi ter acreditado na sua maldita farsa. Agora minha felicidade se vai e eu não tenho nem coragem de correr atrás dela.
- Que peninha. – sorriu ela ironicamente.
- Vamos! – sussurrou Lily no meu ouvido. – É melhor, essa garota não merece nem um pingo da nossa atenção...
- Garanto que Sirius aprecia a minha companhia. – sorriu ela, vendo que dera o cheque-mate.
Saí daquele corredor arrastada por Lily, que dizia que não devia levar em conta o que aquela loura oxigenada havia dito. Ainda me abraçava, se certificando que eu não fugiria. Mas era necessário, então me soltei dos braços dela e retornei àquele corredor.
Esbofeteei a cara daquela medíocre mais uma vez e então disse:
- Sirius não teria dúvida em trocar a sua companhia pela minha.
Indo em direção ao trem, ainda encontramos Sirius e os Marotos. Se eu tivesse o deixado falar, talvez agora pudesse estar ao seu lado, beijando-lhe. Porém, a minha incompetência e orgulho não lhe permitiu a chance de se explicar.
A viagem foi tranqüila. Ignorei todos e quaisquer barulhos. Lily, Dorcas e Emmeline ficaram conversando a viagem de volta inteira, talvez sobre como fora viver em Hogwarts nos últimos dois anos, ou sobre suas paqueras, talvez os dois. Não sei, só sei que pensei em Sirius o tempo todo.
Amber passou uma vez pela cabine, chegou perto de mim, me deu um beijo na bochecha e sussurrou:
- Você e aquela vadia me pagam, ouviu? – ela tentou disfarçar a raiva dos Marotos, e até conseguiu, pois ninguém percebeu.
Virou-se e saiu da cabine. Os garotos continuaram a conversar, falavam de garotas. E a única que naquele momento me vinha à cabeça era Marlene. Seu sorriso, seus beijos, seus sonhos... Tudo nela me fazia bem.
O trem foi parando devagar. Quando ele finalmente parou os marotos se levantaram pra pegar suas coisas e eu continuei ali sentado pensando, até que vi Marlene abraçando seus pais. Aquilo me fez acordar e perceber que a vida não havia acabado o que eu deveria continuar, mesmo que sem ela.
Dez anos se passam Marlene Mckinnon, mesmo não querendo, ainda se lembra de Sirius.
Sirius Black nem se lembra de Marlene, até reencontrá-la!
N/A: Tá aí gente o Prólogo. Espero que vocês gostem e comentem, por que to adorando escrever essa fic. Ah! Esse capitulo ficou um pouco sentimental... Não é costume da fic. HAUAHUAUAHU! Beijos. Obrigado pelos comentários gente.
[Caso queira um guia de formatação: Procure a fic da Nine Black, Operação: Garotos a vista] VLEWWWW! Até o próximo capitulo.
N/B: AE AE AE! *-* fic finalmente postada, minha gente! O Arty tá se superando nessa fic! *________* Acho que esse enredo da fic é bem criativo, e poderia virar um livro, então, façamos uma campanha: QUEREMOS LIVRO DE LOVE IN THE KITCHEN! õ/ /parei/ Muito bem povão. Leiam a fic e se divirtam, and remember: C&A - Abuse e use (?). Nossa, como estou Mongol hoje. ¬¬' Aliás, como TODOS os dias. Shit.
Tenham uma boa viagem e voltem sempre. :*
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