A Cerimônia de Apresentação
Capítulo 8: A Cerimônia de Apresentação
Harry piscou os olhos. Um vulto de cabelos azul-turquesa passou por sua cama e abriu as cortinas com um puxão, fazendo a luz abundante do sol entrar com toda força pelo aposento.
- Ah não! – exclama Rony na cama ao lado, se levantando sonsamente.
- Vamos meninos!!! Temos que tomar o café-da-manhã para sairmos às compras!!! – dizia uma Tonks visivelmente animada.
- Dá um tempo, ainda é cedo! – disse Harry se levantando e tentando, inutilmente, tapar a luz do sol com as mãos.
- Ah, você deveria obedecer a sua superiora, Harry Potter. – disse a mulher sorrindo e jogando um travesseiro no menino. Rony e Neville riram. Harry se levantou com uma falsa careta de raiva e jogou o travesseiro bem no rosto de Rony. O garoto bufou e imediatamente os quatro começaram uma intensa guerra. Só pararam ao escutar risadas vindas da porta.
Melissa e Lupin se acabavam de rir olhando para o estado deplorável dos garotos enquanto Mione mantinha uma cara de “vocês-não-têm-mais-seis-anos”, fazendo com que Melissa e Lupin rissem ainda mais.
- Tudo bem crianças, por hoje já chega de travessuras. – disse um Lupin sorridente, fazendo com que Tonks ficasse vermelha e com um toque de varinha arrumasse todo o quarto. Lupin abriu ainda mais o sorriso ao ver a mulher constrangida. – Bom... agora troquem de roupa para irmos, mas antes disso o prof. Dumbledore pediu para falar com você Harry, sugiro que vá imediatamente. – terminou, se esforçando para fazer cara de sério, mas ainda olhando Tonks de esguelha. Harry concordou com um gesto de cabeça, foi até malão e pegou uma roupa para se trocar. Antes de fechar a porta do banheiro pode ouvir Hermione dando um sermão em Rony.
Harry sorria...
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- Com licença professor. O senhor pediu para que eu viesse. – disse Harry à porta. Dumbledore se encontrava no escritório de Fudge, sentado a uma poltrona perto da janela.
- Sim, entre Harry. Gostaria de conversar com você antes da volta a Hogwarts. – o velho professor apontava uma cadeira a sua frente. Harry se sentou, esperando que Dumbledore começasse.
- Bom Harry, primeiro gostaria de te parabenizar pelo cargo e dizer que estou muito feliz com sua evolução como bruxo. Isso me orgulha bastante, e creio eu que você também está satisfeito com suas vitórias. – Harry não pode deixar de esboçar um sorriso, Dumbledore retribuiu. – Pois bem, mas espero que esteja ciente que esse cargo é de grande responsabilidade...
- Sim senhor. Eu sei das dificuldades, mas não poderia recusar, sendo que meus amigos confiam em mim. Espero fazer o máximo possível para não decepcionar eles, o senhor, e os alunos da escola. – disse Harry sério, ele tinha certeza de que não era esse o motivo principal da conversa, mas esperaria até o professor tomar a iniciativa. E pelo visto Dumbledore entendeu muito bem o que Harry pensava.
- Acredito em você Harry, e sei que Hogwarts está em boas mãos. Mas, já que você tem um compromisso e amigos te esperando, não prolongarei mais a conversa. – ele se arrumou na cadeira, entrelaçando os longos e finos dedos e olhando para Harry por cima dos óculos. – O que você viu ontem, durante o duelo com Shacklebolt, Harry?
A pergunta pegou o garoto desprevenido. Ele pensava que o professor o interrogaria sobre a magia sem varinha e nunca sobre a visão. O coração do garoto se comprimiu e ele olhou assuntado para o diretor.
- Tudo bem Harry, não precisa se assustar. Creio que deduzir sobre uma certa visão é fácil, já que se precisa de muita força de vontade para realizar uma magia sem varinha. – Harry continuava a olhar receado para Dumbledore. – Pense assim Harry: ninguém é capaz de “fazer” a força de vontade aparecer. Essa força de vontade é a manifestação de seu espírito no mundo real. A felicidade, o ódio, o desejo, o medo e o amor são apenas alguns dos sentimentos que aguçam ou reprimem essa manifestação. Mas isso depende do espírito de cada pessoa! Aquela que é fraca, o é por não permitir que a vontade predomine. Por isso a magia sem varinha é considerada avançada Harry. Nem todos conseguem se libertar da razão para dar lugar ao espírito. – os olhos azuis de Dumbledore brilhavam – Você tem que deixar que o espírito o domine, mas ao mesmo tempo tem que dosar essa liberdade, para que você consiga produzir o feitiço desejado. O espírito deve ser forte, extremamente forte, mas a pessoa deve ter uma concentração em igual intensidade para alcançar o sucesso. E por ser você quem fez a magia nos surpreendeu mais ainda, pois você já deu provas o suficiente de que tem uma força muito grande dentro de si e por isso é perigoso você se aventurar nesse campo sem supervisão, pois pode perder o controle e acabar fazendo algo que não queira.
Harry se sentia tonto. Se errasse e tivesse acreditado que era Voldemort na sua frente, ele poderia ter atingido Quim seriamente, ou pior, poderia tê-lo matado...
- Mas... mas então como consegui fazer o feitiço certo se me lembrei de Voldemort?... – Harry olhava para o professor suplicante, um nó insistia em se formar em sua garganta.
- Por isso perguntei qual tinha sido a visão Harry! Presumi que você tivesse se lembrado de Voldemort, e isso é o mais perigoso, pois o ódio é um sentimento muito estimulante Harry, você sabe.
Harry abaixou os olhos, o nó agora mais forte.
- Quando Quim sorriu ao me ver sem varinha, aquele sorrisinho vitorioso, me lembrei do duelo com Voldemort, no meu quarto ano – sussurrou Harry – Eu não podia perder para ele, não para Voldemort. Não poderia deixar a profecia se cumprir com a minha morte, as pessoas dependem disso. – Harry suspirou, ainda olhando para o chão – Assim, concentrei todas as minhas forças em trazer a varinha de volta e com um tranco sentia ela nas minha mão. E, não sei como, a imagem de Voldemort desapareceu e em seu lugar estava Quim. Foi aí que me lembrei onde estava e tratei de terminar o duelo, porque sabia que não conseguiria mais...
Harry sentiu a mão de Dumbledore sobre seu ombro e levantou os olhos, se surpreendendo ao encontrar um sorriso brincando nos olhos do velho professor.
- Por que Voldemort sumiu Harry?
- Porque... porque Quim deixou de sorrir... acho! – terminou inseguro.
- Isso! A ligação foi rompida. O susto que Quim levou ao vê-lo fazendo uma magia avançada fez com que seu pensamento voltasse ao duelo, mas o que me deixou mais impressionado foi sua ágil decisão de terminar logo com a luta e não se deixar dominar pelo susto... isso demonstrou muito sangue-frio Harry! Vejo que se tornará um ótimo auror. – completou Dumbledore sorrindo e voltando a se sentar confortavelmente na cadeira, olhando o amanhecer de Londres.
- Mas eu gostaria de poder dominar esse talento professor! – disse Harry antes que Dumbledore deixasse claro que a conversa terminara. – Acho que seria muito útil para mim... e me sentiria mais confiante... não teria como o senhor me supervisionar?
O garoto olhava esperançoso para o diretor, mas esse continuava a olhar a paisagem. Quando Harry se cansou de esperar uma resposta e seu estomago já reclamava de fome, ele se levantou e se dirigiu à porta.
- Não poderei te ajudar Harry. – Dumbledore finalmente falou e o garoto parou de súbito, não esperava que o professor recusasse tão veementemente. – Mas poderei ajudá-lo a encontrar ajuda... quando retornar a Hogwarts te dou uma resposta.
Harry se virou para Dumbledore e confirmou com um meneio de cabeça. Saiu da sala preocupado, ele queria dominar a técnica da magia avançada, mas não podia fazê-lo sem um supervisor. Ele sentia que o duelo com Quim acordara alguma coisa em si, e não queria cometer nenhum erro. Não queria perder mais ninguém por uma infantilidade sua, ele sabia o que estava em jogo e a morte de Sirius ainda estava muito viva em sua memória.
Harry balançou a cabeça, se obrigando a afastar esses pensamentos. Não poderia preocupar seus amigos, e esperaria o momento certo para falar a sós com Rony e Mione sobre isso. Harry precisava contar para eles sobre a profecia. Duvidava que Melissa aceitasse ficar de fora, mas ele tinha ainda algum receio de contar isso para a menina, e ao mesmo tempo sabia que ela podia ajudá-lo, afinal, segundo ela mesma deixara escapar, ela era capaz de realizar magias sem varinha e estudara isso durante anos.
Harry resolveu parar de pensar sobre isso e ir ao refeitório. Sabia que todos o esperavam e tratou de fazer uma cara despreocupada...
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- Vamos! Já estamos muito atrasados. Vamos, peguem o pó de flu de se organizem em fila. Iremos à Madame Malkin! – dizia Tonks um pouco séria demais.
Harry havia tomado café muito rápido, evitando atrasar ainda mais o passeio, e também porque as garotas pareciam muito animadas com a perspectiva de passar o dia fazendo compras, pois haviam decidido aproveitar para comprar todo o material escolar. Os meninos estavam com cara de sono, e Rony não parecia nada feliz por logo cedo receber um sermão de Hermione. Segundo Gina os dois brigaram feio e nenhum dos dois comera muito.
De um segundo para o outro Harry se viu dentro de uma lojinha um pouco pequena mas bem-decorada. Uma bruxa baixa, gorda e sorridente os recebeu. Harry tinha a impressão de que a senhora não envelhecera um único ano desde que a conhecera, a única diferença era que agora vestia uma veste verde.
- Bom-dia queridos, os esperava a um certo tempo. Separei algumas vetes cerimoniais como me pediu a Srta. Tonks ontem. Creio que a ocasião é bastante importante.
- Sim, os garotos participarão de um baile oferecido pelo ministério hoje a noite, por isso precisam estar muito bonitos, principalmente este. – disse Lupin, apontando para Harry e rindo da cara de desagrado do garoto.
- Ah... Sr. Potter. É um prazer recebê-lo novamente em minha loja. Como vão os estudos? – perguntou a bruxa enquanto uma fita métrica voava até ele e começava a tirar suas medidas.
- Hum, muito bem, obrigado senhora.
A mulher sorriu e virou-se para o fundo da loja, onde se viam algumas vestes penduradas. Separou algumas e logo depois voltou, se dirigindo a Rony e também o medindo, vez isso várias vezes e quando todos já tinham sido medidos – incluindo Tonks e Lupin, ela voltou com mudas de vestes separadas.
- Geralmente não faço esse tipo de serviço, mas como é um pedido do próprio ministro farei. De qualquer forma isso será pago pelo ministério mesmo. – ela sorriu, feliz - Vestes prontas não são as melhores, mas podemos fazer ajustes realmente bons. – ela entregou uma muda para cada um. – Verei primeiro os meninos, que são mais rápidos, depois voltarei para as meninas, enquanto isso pensem nas cores que melhor combinem com vocês, queridas. Assim terminaremos mais rápido.
Harry examinou as roupas que tinha em mãos. Eram vestes luxuosas, de tecidos caros e cores muito bonitas. Ele entrou no provador e resolveu vestir uma veste marrom. Madame Malkin entrou e examinou o garoto, logo fez uma cara de desgosto e estendeu a ele uma veste verde, mas assim que o garoto se trocou ela pediu que trocasse por outra, essa de veludo azul-escuro. Como todas as outras ela olhou com desgosto para o garoto e lhe deu mais meia dúzia de vestes, mas todas foram rejeitadas. Logo ela chamou as meninas para ajudarem.
Harry estava extremamente desconfortável. Depois do que lhe pareceram horas Melissa apareceu com uma veste negra, de aparência comum.
- Preto não Mel – disse Tonks – É muito normal, Harry tem que ficar muito bonito.
O garoto estava pronto para dizer que o problema não era com as vestes, e sim com ele mesmo - que não tinha nenhum jeito para usar aquilo, quando Madame Malkin soltou um gritinho e saiu correndo para dentro de uma saleta no lado direito da loja.
A mulher voltou em segundos, trazendo nos braços uma veste negra que parecia estar sem acabamento.
- Ela é preta, mas é um modelo novo que estava experimentando. Tem botões prateados com detalhes verdes. Creio que esta vai ficar perfeita!!! Como não pensei nisso antes? Ah, Sr. Potter, o senhor ficará lindo. – Harry sentiu seu rosto ficando vermelho, enquanto as meninas concordavam. – Mas vocês podem voltar aos seus provadores, a partir daqui quero que todos se surpreendam, portanto Harry, não deixe que elas te vejam vestido até a hora do baile, tudo bem? – Harry concordou rindo, as garotas fizeram uma careta e voltaram para os provadores enquanto Harry se vestia e Madame Malkin fazia os últimos retoques na veste.
Eles saíram bem tarde da loja, mas as garotas parecia estar flutuando, enquanto comentavam sobre seus vestidos, baixinho para os meninos não ouvirem. Eles foram almoçar n’O Caldeirão Furado e logo depois compraram os materiais, e quando voltaram para o ministério já estava bastante tarde.
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Harry foi o último a tomar banho, e quando saiu já era 20:30, e o baile começaria em breve. Colocou as vestes rapidamente e se olhou no espelho. Ficou impressionado com a vista: ele parecia mais velho, a veste lhe torneava bem o tórax, fazendo com que ele não parecesse tão franzino e os botões prateados reluziam. De repente Harry se lembrou do broche que Melissa lhe dera, correu até o malão e o pegou, colocando do lado esquerdo. Instantaneamente ele adquiriu uma tonalidade verde, casando perfeitamente com os entalhes dos botões e os olhos do garoto. Harry não pode deixar de sorrir.
- Nossa Harry... você está lindo!!! – disse ela com uma voz estranhamente aguda, andando em volta dele.
Mas Harry nem pareceu escutar o comentário. Olhava boquiaberto para Tonks, que estava simplesmente fascinante: vestia um longo vestido vinho frente-única, tinha os cabelos de um loiro-escuro e cacheados até o ombro, deixando as costas aparecerem. A mulher percebeu que o garoto a olhava impressionado e corou levemente.
- Ah... pára Harry! Assim fico sem graça.
- Isso tudo é para o Remo, Tonks? – disse o garoto, olhando ela agora nos olhos e sorrindo.
- Hum... é... quer dizer... – ela ficara ainda mais vermelha! – Ahhhh... vamos parar com isso e ir de uma vez. Você só precisa pentear o cabelo Harry.
- Mas não dá! Já tentei, mas ele é rebelde demais...
- Então passa o pente pra cá que eu dou um jeito. – ela bugunçou o cabelo de Harry de um jeito que ficou bastante legal, meio de lado e escondendo a cicatriz. Quando ela se deu por satisfeita eles saíram, já era 21:05.
Pelo o que Harry ouvira, o baile seria em um salão no primeiro andar do ministério e ele e Tonks correram para lá. Harry ficou deslumbrado quando viu as meninas. Hermione vestia um logo vestido bege clarinho, que combinava perfeitamente com seu tom de pele, seus cabelos presos em cascata. Luna vestia um vestido vermelho-sangue, que a deixou com um ar de mulher que Harry nunca havia percebido, seus cabelos loiros e longos estavam presos em um rabo-de-cavalo alto e lhe caiam suave sobre as costas. Gina estava com um deslumbrante modelito sereia verde-musgo, que acentuava o ruivo de suas madeixas, que estavam presas em um coque casual, com alguns fios soltos que lhe caiam sensualmente sobre os olhos.
Mas quando Harry viu Melissa vindo em sua direção perdeu o fôlego: a menina usava um longo tomara-que-caia azul-escuro – da cor de seus olhos, e enquanto andava a fenda lateral do vestido se abria, revelando a perna bem-torneada, seus longos e brilhantes cabelos negros estavam soltos e voavam com o vento que saia da porta aberta do salão, os grandes cachos caindo harmoniosamente sobre o ombro dela, revelando as costas. Ela usava um colar de prata-escura, no qual estava incrustada uma pedra azul lapidada perfeitamente.
- Você está maravilhosa Mel... tem certeza que não prefere entrar no salão com um par mais bonito? – perguntou Harry galante, dando o braço para a menina, mas não parava de olhar para ela. Seu coração estava estranhamente descompassado.
- Ah... – disse ela o avaliando de cima a baixo. – Acho que você dá para o gasto Harry... além do que, ganho status entrando no salão com o Chefe dos Guardiões-Específicos de Hogwarts. – respondeu ela em igual tom.
- Quer dizer que você só está comigo por interesse? – Harry fazia uma careta de indignação.
- Sinto iludi-lo Harry, mas essa é a verdade. – disse séria, mas logo depois caindo na risada. – Brincadeira, eu não acharia um par mais bonito em todo salão! Você também está maravilhoso, e o broche ficou perfeito, fico feliz em saber que você se lembrou dele.
Harry sentia que estava corando, mas não queria que ela percebesse. Logo olhou para os lados e encontrou Neville conversando com Luna. O menino estava bastante elegante com vestes vermelho-escuro, contrastando com o vestido da garota. Fazia um belo casal, pensou Harry. E passou a procurar Rony com o olhar, mas encontrou Dino que estava abraçado a Gina, o garoto usava vestes marrom-claro. Harry desviou os olhos rapidamente do casal e encontrou Rony junto a Mione e Tonks, que parecia conversar sério com os dois. O garoto usava uma veste azul-claro, que Harry achou que combinava bem mais com ele que a outra que ganhara da Sra. Weasley e, sorrindo, deu o braço a Melissa e andou até os amigos.
Nessa hora Lupin desceu as escadas, elegantemente vestido de cinza, que caia bem com seus olhos e os cabelos brancos precoces. Ouviu-se um suspiro por parte das meninas, e os olhos de Tonks estavam visivelmente brilhantes.
- Oh... como está bela, cara Ninfadora. – disse galantemente, ela sorriu feliz lhe oferecendo o braço. Ele piscou para os garotos enquanto Tonks cochichava algo para as meninas, que sorriram.
Eles entraram no salão, que a essa hora já se encontrava cheio.
Todos olharam para os recém-chegados, e muitos se assustaram a perceber quem eram. Eles fora recebidos pelo próprio Ministro, que a essa hora já parecia mais calmo.
- Ora, vejo que todos estão muito bonitos. Bom... isso dará uma boa impressão para a imprensa. Nós anunciaremos primeiro a criação do Departamento, depois dos Guardiões e por fim dos Específicos. Vocês serão apresentados ao público por Quim, aguardem o chamado e até lá aproveitem a festa. – e deu as costas a eles para cumprimentar um homem que parecia ser importante, visto a quantidade de anéis de ouro que tinha nos dedos.
Harry achava difícil aproveitar a festa, que parecia só ter adultos e uma música baixa e lenta. Eles se sentaram em uma mesa um pouco afastada e logo começou a cerimônia. Houve um burburinho no salão quando o Ministro anunciou a o novo Departamento e vários flashes dispararam. Uma reação ainda mais explosiva se viu quando Quim subiu ao palanque e falou sobre os Guardiões. Vários aplaudiram a medida em pé, incluindo os garotos.
- Bom... mas todos sabemos que na nossa sociedade existem áreas de risco, como grandes centros populacionais, comerciais e educacionais. Por isso esses centros terão uma atenção permanente e exclusiva por parte do Departamento. Afinal precisamos de segurança no Beco Diagonal, em Londres, Hogsmead e Hogwarts. – ouviu-se vários aplausos e exclamações de concordância. – Para isso criamos uma divisão de guardiões, denominados Guardiões-Específicos, que serão encarregados dessa área exclusiva. – vários aplausos. Harry estava ficando nervoso. Quim apresentou os guardiões do Beco, da cidade de Londres e de Hogsmead e seus respectivos superiores. Era chegada a hora...
- Para Hogwarts armamos um esquema diferente. Pedimos auxílio ao diretor Alvo Dumbledore e dentre todos os alunos escolhemos aqueles que se destacavam mais em Defesa Contra as Artes das Trevas. Eles foram submetidos a testes e os que passaram foram qualificados como os Guardiões de Hogwarts. – nenhum aplauso. O salão estava em silêncio. – Eles serão treinados ao longo do ano para melhor desempenhar suas tarefas, mas os resultados dos exames foram simplesmente impressionantes. – alguns sussurros. Harry estava nervoso, mas sentiu Melissa lhe dando a mão e o apoiando. Ele respirou fundo. – Senhores, os Guardiões-Específicos de Hogwarts...
Harry subiu no palanque. E pode escutar os sussurros de avolumando a uma crescente onda de exclamações do público. De repente vários flashes e ele sentiu Melissa apertando fortemente sua mão, olhou para ela e viu que sorria, resolveu sorrir também. Quando todos se acalmaram Quim voltou a falar, mas foi interrompido por um repórter do Profeta Diário.
- Sr. Shacklebolt, porque apenas os conhecidos como amigos do Harry Potter e o próprio são os Guardiões de Hogwarts? Não tem representantes de outras casas? E que se baseou a escolha? Os alunos foram informados dos testes?
Quim sorriu e começava a responder quando foi interrompido novamente, desta vez por Harry.
- Senhores, sendo Chefe dos Guardiões-Específicos de Hogwarts, os assuntos referentes ao meu serviço eu mesmo responderei. – olhou para Quim e esse consentiu, Harry virou-se para seus amigos e Tonks, que também consentiram. Ele voltou-se para a imprensa. – Como disse o Sr. Shacklebolt os alunos selecionados foram aqueles que tinham maior destreza em DCAT e os alunos com experiência foram privilegiados. Sendo assim todos os aprovados já enfrentaram pelo menos uma vez os Comensais da Morte e têm experiência de duelo. Os alunos que estavam no Departamento de Mistérios no final do período passado foram submetidos a testes frente a uma Comissão. Os critérios avaliativos podem ser discutidos com o próprio Ministro, que também fazia parte da Comissão. Esses são: Melissa Handrix, Hermione Granger, Ronald e Ginevra Weasley, Neville Longbottom e Luna Lovegood – os Guardiões de Hogwarts. – Harry falava lenta e pausadamente, segurando a insegurança que sentia. Todos olharam espantados para o garoto, que parecia outro. Nesse momento Harry pode ver Dumbledore, que estava parado à porta, escutando-o. Mesmo de longe Harry viu o sorriso do diretor. Continuou mais confiante. – Mais alguma dúvida?
Os repórteres se agitaram.
- Sr. Potter, você tem algum trauma de infância por ter perdido seus pais?
- Pretende ir atrás de Você-sabe-quem para se vingar?
- Sua cicatriz realmente dói?
Eram tantas perguntas que Harry se perdeu e com isso toda a confiança foi embora. Quim tomou conta da situação e se livrou das perguntas inoportunas, assim os garotos puderam descer do palanque, sendo recebidos por alguns funcionários do ministério que estavam na cerimônia.
Harry foi cumprimentado por muitos e todos parabenizaram a contratação deles, elogiando tanto a beleza das garotas como a coragem deles no episódio do Departamento de Mistérios. O garoto se sentia um pouco incomodado com o assunto, o que chamou a atenção de Hermione, que prontamente começou um discurso sobre o direito dos elfos-domésticos.
Harry virou o rosto, procurando por Melissa, cansado de escutar Mione fazendo o mesmo discurso que ele praticamente já sabia de cor. O garoto ficara impressionado com a quantidade de homens que apareceram para conversar com Melissa, mas não podia impedir porque se via preso em uma roda de homens do alto escalão do Ministério. Mas pediu licença a eles quando viu um rapaz tentar levá-la para um canto mais reservado.
- Com licença. – disse Harry para o rapaz, que era no mínimo 20 centímetros mais alto que ele, e bem mais forte. Harry o reconheceu como um dos Guardiões-Específicos de Hogsmead. O rapaz o olhou de cima para baixo, mas Harry não se importou e virou-se para Melissa.
- Mel, gostaria de te apresentar a uns amigos. – disse Harry a envolvendo pela cintura pelo braço. Passando o outro pelos cabelos dela. A menina sorriu agradecida e concordou com um meneio de cabeça. Ele olhou para o rapaz e comentou com um falso tom amigo. – A levarei comigo, depois devolvo.
Ele sorriu ironicamente. E puxou a menina consigo e levando para um canto do salão.
- O que ele queria com você? – perguntou, irritado.
- Bom... me trazer para o canto do salão, assim como você fez. – comentou calmamente. Harry ficou escarlate.
- Na..não... Melissa, não é nada disso. Eu pensei que ele estava te enchendo... eu não...
- Tudo bem Harry! – disse ela rindo do embaraço do garoto. – Eu estava mesmo querendo fugir dele, você me ajudou... – disse ela se aproximando e lhe dando um beijo na bochecha. A tentação de virar o rosto na mesma hora corroeu o coração de Harry, mas ele se controlou. “Em que eu estou pensando?”, mas um flash os atingiu bem na hora, e Harry soltou uma imprecação. Olhou para os lados e viu uma mulher magra vestida de roxo sorrindo para eles, Melissa a xingou em uma língua que Harry não conhecia, mas ele podia jurar que era espanhol. A repórter a olhou assustada e saiu de fininho.
- Aii... car*jo ,!!! Esses repórteres ingleses chegam a irritar! Por Díos... que hago?.. Droga... imagina só o que vão falar?!
- Bom... no máximo vão falar que sou o cara mais sortudo do mundo, porque tenho eu emprego e uma namorada linda antes mesmo de ter 18 anos... – comentou Harry olhando para o salão de uma forma sonhadora.
-HARRY POTTER! Agora você brinca não é? – mas vendo que o garoto ria dela, Melissa parou de brigar e fechou a cara para ele. - Era uma repórter do Seminário das Bruxas, Harry!!! O mundo mágico inteiro vai ver uma foto nossa em uma pose nada convencional...
Harry sentiu o coração apertar.
- Ah não...
- Isso mesmo! Agora você já sabe o que vem pela frente não é? Mierda! – xingou e foi na direção de Mione, que estava próxima ao palanque conversando com o repórter do Profeta, Harry seguiu ela a contragosto. A festa até agora não tinha ido nada bem... Harry só não esperava que ficasse pior ainda.
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De repente uma dor alucinante pareceu partir a cabeça de Harry. Sua cicatriz ardia intensamente. Ele caiu no chão, mas pode escutar Hermione gritando. Harry olhou para o lado, sentia alguma coisa se movimentando na parede oposta à porta principal do salão. Rony se dirigia para lá, conversando com uma garota loira e alta que aparentava ter uns 25 anos. Um pressentimento surgiu em Harry: o amigo corria perigo.
- RONY, SAIA DAÍ! – o amigo olhou espantado para Harry, todos no salão pararam da falar, olhando para o garoto estranhamente, que tinha as duas mãos ainda sobre a testa e os olhos estranhamente estrábicos.
Mas era tarde demais. Fez-se ouvir uma explosão. A parede desmoronou estrondosamente e por ela entraram cerca de 30 pessoas, todas vestidas de negro, com mascaras e capuzes. Uma onda de terror percorreu o salão. As pessoas que se encontravam lá começaram a correr descontroladamente, fazendo com que a confusão aumentasse. Muitas eram atropeladas pelo desespero de outras. A porta foi bloqueada, o terror tomou conta do salão.
Harry olhou espantado, Rony desaparecera, do local em que estava a pouco sobrara apenas escombros. Seu coração parou de bater por instantes, sentia-se tonto, tudo se tornou turvo. Viu Lupin correr para onde Rony estava e retirar os escombros com a varinha: o garoto estava por baixo de uma mesa parcialmente destruída. Harry pode ver Lupin olhando o pulso do amigo. O homem levantou os olhos:
- Ele ainda está vivo, mas muito mal... – disse Remo rapidamente, e logo depois tirando Rony de lá, enquanto Tonks o protegia de ataques.
O ódio pelos comensais ressurgiu em Harry de uma forma avassaladora. Ele se adiantou e começou a duelar com os primeiros que entraram, a fúria o dominando. Segundos depois todos os aurores presentes fizeram uma linha junto a Harry e o restante dos garotos trataram de evacuar o salão, juntamente com Lupin e Tonks que retiravam os feridos dos escombros.
Mas os comensais não pareciam predispostos a lutar. Eles estavam planejando alguma coisa, e mais três comensais entraram no salão, olhando a confusão calmamente. Um deles tinha uma estranha corda prateada no ombros, ele levantou os braços e a tirou, preparando-se para lança-la. Nesse instante Harry viu um brilho prateado sob a manga do homem.
- PETTIGREW!!! – gritou Harry, em fúria extrema. O comensal pareceu ouvi-lo, pois tremeu. Algumas pessoas pareceram ouvir Harry, pois o olharam assustados. Na mesma hora Lupin se levantou, sendo segurado por Tonks.
Os outros dois comensais se irritaram com a demora e pegaram a corda das mãos de Pettigrew. Miraram um ponto do salão a esquerda de Harry, e enquanto o garoto tentava se desvencilhar de alguns comensais à sua frente a corda foi lançada e ouviu-se um grito. Grito de mulher.
Com um nó na garganta Harry se virou em tempo de ver Melissa sendo arrastada pelos três comensais. Ela gritava de dor... eles, de vitória.
- ME SOLTEM! HARRY... HARRY SOCORRO!!! – eles ainda escutaram antes de a levarem.
Harry tentou chegar onde estavam os três comensais, que pareciam liderar o ataque. Mas um grupo de oito inimigos se postou entre Harry e os outros, que já saiam do salão. O garoto lutou como nunca, mas parecia tarde demais. Com um estalido todos aqueles que estavam em condições aparataram. Em volta de Harry jaziam cinco corpos, todos desmaiados.
Ele ouvia os gritos de Melissa. Ele sentia sua dor. Ele sabia onde ela estava. Imediatamente saiu correndo para a porta, mas foi parado por Quim.
- Onde pensa que vai garoto?
- EU SEI ONDE ELA ESTÁ! ELA ESTÁ ME CHAMANDO... EU PRECISO IR! – gritava Harry enquanto se desvencilhava dos braços do homem. De repente todos os seus amigos estavam a sua volta. Hermione chorava baixinho.
- Montaremos um grupo de busca. Iremos agora. Nos mostre onde ela está Harry. – disse Lupin sério.
Harry concordou e eles saíram rapidamente do salão, o garoto ainda ouvindo os gritos de Melissa ecoarem em sua cabeça...
N/A: ENOOOORME esse capítulo.... mas tudo acabou saindo de uma forma que não gostei muito no cap. 7, por isso espero ter melhorado nesse!!!! Se estiver muuuuito tedioso me desculpem... acho que fiquei bastante abalada quando decidi que a Mel seria seqüestrada nesse cap... hehehe.... me desculpem se apelei ou fiz um cap muito ruim! Mas a conversa com o Dumby e o seqüestro estavam planejados... e tudo ficou grande d+... aiai!!!!!! COMENTEM E VOTEM POR FAVOR!!!!!!!! Eu preciso!!!!!!!!!
Agora... agradecendo reviews!!!!! Brigadim Lele, fanny, Bruna Maira Potter... vcs saum d++++....
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