CAPÍTULO ÚNICO
CERTEZAS E INCERTEZAS
por Aeshma
Shipers: Rony/Hermione, Harry/Gina
Uma short fic de Rony e Hermione – contém trechos (entre aspas) do último capítulo de EdP + o que a nossa imaginação pode construir...
“TODAS AS AULAS FORAM SUSPENSAS, todos os exames adiados... Harry, Rony, Hermione e Gina passavam o tempo todo juntos. O tempo bonito parecia zombar deles; Harry imaginava como teria sido se Dumbledore não tivesse morrido e eles contassem com todo aquele tempo juntos no finalzinho do ano, os exames de Gina já concluídos, a pressão dos deveres escolares aliviada... e, hora a hora, ele adiava dizer o que sabia que devia dizer, fazer o que sabia que era certo fazer, porque era difícil abrir mão de sua maior fonte de consolo.”
Mais tarde, naquela noite eles se sentaram ao lado da janela aberta da sala comunal da Grifinória contemplando os jardins ao crepúsculo. Sentaram-se frente a frente, em casais. Hermione lia o “Profeta Vespertino” e Rony a observava evitando olhar para Harry e Gina abraçados no outro sofá, trocando carinhos. Ele sentia vontade de poder estar fazendo a mesma coisa com Hermione, pois há muito já tinha certeza de que a amava profundamente, mas não conseguia entender porque se sentia tão inseguro diante dela... Nos últimos dias, já não brigavam... Ela parecia feliz ao lado dele e eles tinham feito um acordo silencioso de paz. Os pensamentos de Rony foram interrompidos por uma conversa de sua irmã em torno do casamento de Gui e Fleur. As antipatias iniciais pela moça passavam agora a uma velada admiração, pois perceberam que ela realmente o amava, considerando que Gui havia ficado muito ferido após ter lutado com Greyback.
“_ Acho que simplesmente vou ter de aceitar que Gui vá mesmo casar com ela – suspirou Gina...
..._ Ela não é tão ruim – comentou Harry. - Mas é feia - acrescentou depressa, quando Gina ergueu as sobrancelhas e deu uma risadinha relutante.
_ Bem, suponho que se mamãe pode suportar, eu também posso.
_ Morreu mais alguém que conhecemos? - perguntou Rony a Hermione,...” tentando puxar conversa com a amiga.
“... Hermione fez uma careta ao ouvir a forçada frieza na voz dele...” Porque Rony estaria tocando nesse assunto quando o papo que rolava era outro? Típico, pensou.
“..._ Não – respondeu em tom de censura, dobrando o jornal.- Ainda estão procurando o Snape, mas nem sinal...
_ Claro que não – retrucou Harry, que se irritava toda vez que tocavam neste assunto. _ Não acharão Snape enquanto não acharem Voldemort, considerando que nunca conseguiram fazer isso até hoje...
_ Vou me deitar – bocejou Gina.- Não tenho dormido bem desde... bem... estou bem precisada de um soninho.
Ela beijou Harry (Rony desviou o olhar oportunamente), fez um aceno com a mão para os outros dois e foi para o dormitório das garotas...”
Os três amigos ainda tiveram um conversa tensa sobre o Príncipe Mestiço, fato que deixava Harry extremamente irritado e se sentindo culpado, especialmente com a insistência de Hermione em mostrar como tinha razão sobre esse assunto. Rony a defendia. Entediado e cansado, Harry despediu-se dos dois amigos e subiu para seu quarto. Precisava ficar sozinho para por em ordem seus pensamentos.
O silêncio que havia se instalado após o término da conversa entre eles ficou ainda mais constrangedor quando Harry deixou a sala comunal. Rony olhou de lado para Hermione que agora esfregava uma mão na outra, de cabeça baixa, com evidente nervosimo. Instintivamente e já nervoso com aquele gesto, ele pegou uma das mãos dela entre as suas e a segurou firmemente. Corou, mas manteve-se firme em seu próposito. Hermione não se abalou, ou pelo menos, fingiu que não.
_ Ele está se sentindo culpado, Hermione. - disse Rony, sem encará-la.
_ Eu sei.- respondeu ela com voz fraca. - Mas não consigo deixar de pensar que poderia tê-lo ajudado mais.
_ Você estava certa, fez tudo que podia.
_ Não queria estar certa, Rony. Só queria que as coisas se resolvessem... que ele me escutasse...às vezes...com mais atenção... - uma lágrima teimosa insistiu em rolar por sua face e não passou despercebida pelo amigo que pressionou suavemente a mão dela no intuito de lhe passar mais conforto.
Hermione não resistiu e desabou encostando sua cabeça no peito de Rony, encharcando o suéter dele com lágrimas. Lágrimas de frustração, medo, ansiedade, pavor, impotência. Havia muitos sentimentos ali misturados. Vidas tão novas, mas que tinham um futuro incerto. Eles estavam absurdamente maduros, apesar da pouca idade; já não faziam planos. Apenas aguardavam os novos acontecimentos de uma guerra que não era deles, mas certamente lutariam para sobreviver, com todas as forças. Rony abraçou Hermione, aconchegando-a ainda mais e ali adormeceram.
♥Fim ♥
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