Pensamentos interligados
Capitulo VI: Pensamentos interligados
Abriu os olhos e sentiu-se tonta. Embora já aparatasse desde pequena, ainda sentia-se um tanto mal. Preferia chave portal; não que houvesse muita opção, levando em conta que ela e seu primo inconsequente estavam fugindo de Hogwarts. Só esperava que Sirius soubesse o que estava fazendo, porque, embora fosse sexta-feira, quase noite, Liechtenstein não ficava ali na esquina. Definitivamente não.
Se bem que, para variar, era bastante agradável estar fora do castelo. Isso era. Sem todos aqueles sangues ruins e idiotas a rodeá-la. E, sem contar que as festas que Novak Klawik davam eram absolutamente perfeitas. Magníficas. Bellatrix podia apostar que ninguém sabia dar uma festa como aquele rapaz.
Olhou em volta novamente. Nunca gostara muito de Londres, mas agora, indo para lá de forma rebelde e impulsiva, era tão... Estava agindo como uma inconsequente, exatamente o tipo de coisa que Sirius fazia, mas e daí? Sinceramente, de vez em quando é bom endoidecer um pouco. Mas somente de vez em quando.
- Bom, é ali.
A voz de Sirius a tirou de seus pensamentos. Estavam andando há bastante tempo até, e já estava ficando cansada. Andar nunca fora sua atividade preferida, mas se era necessário.
Levou seus olhos até um prédio, não muito grande, de tijolos marrons e janelas grandes. Perguntou-se o que seria ali. E resolveu verbalizar a dúvida.
- Ali o que Sirius?
- Ow, ali é minha nova moradia. Comprei nessas férias, de um velho bruxo inútil. É realmente muito espaçoso.
Bellatrix olhou Sirius com certo desprezo, e exclamou:
-Não acredito que você deixou sua família para viver nesse monturo de trouxas! Faça-me o favor Sirius! E com que dinheiro você comprou isso?
- Comprei com o dinheiro que tio Alphard me deixou. E eu preferiria viver em baixo da ponte do que continuar a morar naquela casa – concluiu com desprezo.
Bellatrix olhou para o rapaz com incredulidade e percebeu que ele parecia estar tentando não perder a paciência. Soltou um muxoxo de impaciência e se encaminhou ao prédio, seguindo Sirius.
- Sabe priminho, você é muito estranho. Teriam pessoas que venderiam sua alma para nascer na sua condição social. Com dinheiro, propriedades, status, nome...
- Pessoas essas que só enxergam o que nossa querida família as permite ver – interrompeu Sirius – pessoas essas que não enxergam o quão pútrida é nossa família. Se é que se pode chamar aquele monturo de família – falou fazendo referência a menção da prima.
Ela apenas deu de ombros e continuou caminhando. Estava bastante frio. E quando uma rajada de vento passou deixando-a com mais frio ainda, a garota se encolheu na capa da escola. Lembrou-se de agradecer a Narcisa por ter colocado um feitiço fixante no penteado. Se bem que não, ela iria fazer muitas perguntas.
Assim que chegaram à porta do prédio, antes de abri-lo seu primo disse displicentemente:
- Pelo que eu bem me lembro você nunca foi muito materialista. O que foi que aconteceu?
- Eu realmente não me importo com o dinheiro Sirius. Pra mim ele não tem muita importância. Que diferença fará na minha vida se eu já tenho tanto? Realmente, o poder é mais importante. Para travar laços com alguém, o que realmente avalio é a importância dessa pessoa. Não o dinheiro, porque esse vem depois – argumentou. Olhou bem para Sirius, somente para ver sua reação. Entrou com ele para dentro do lugar e prosseguiu – Se a pessoa for esperta e inteligente, e não tiver medo do poder, não importa muito o dinheiro. Isso é consequência.
Sirius não disse nada, apenas se dirigiu ao elevador no final do corredor e apertou um botão. Depois de um tempo, o silêncio reinou entre os primos. Bellatrix apenas se perguntava se ele estava refletindo sobre o que ela havia dito. Por fim, o silêncio foi interrompido pelo barulho do elevador.
Plin.
Bellatrix tomou um susto e recuou um pouco. Era somente o elevador idiota, mas aquele barulho vindo do nada a assustou. Sirius, ao ver a reação da garota, soltou uma estrondosa gargalhada. Ela apenas o fuzilou com o olhar, e perguntou aborrecida:
- Do que você está rindo? Por algum acaso eu tenho cara de palhaça para você estar rindo de mim? – perguntou, num sussurro mortífero.
Sirius continuou rindo, agora com lágrimas nos olhos. Ignorou o fato de que o elevador não iria esperar para sempre, se escorou na parede e começou a escorregar para o chão.
Bellatrix apenas bufou com irritação e o olhou com desprezo. Caminhou em direção ao elevador e abriu sua pesada porta de madeira. A manteve aberta, olhando para Sirius a espera de uma reação deste. Qualquer uma que envolvesse não rir da sua cara.
Até que, perdendo a paciência com ele, falou com a voz carregada de tamanho ódio que ninguém imaginaria que, alguns minutos atrás cogitara estar sentindo-se atraída por ele. Mal imaginava que aquilo iria acontecer com bastante frequência.
- Sirius seu retardado, não era você que estava falando que tinha pressa? Então porque diabos você está rindo, sua grande anta?
-É que... você... – se engasgou com a própria risada, antes de inspirar e tentar continuar a falar – Foi tão engraçado Bella, me desculpe.
Ela ignorou o fato dele ter usado seu apelido e expressou seu desprezo por ele em palavras.
- Seu idiota.
Ele se levantou, recompondo-se caminhou em direção ao elevador. Segurou a porta para ela entrar, deixando sua mão esbarrar na dela, sem querer. Ambos ignoraram o fato de que desejaram não estarem usando suas grossas luvas de lã.
- Entre – convidou Sirius.
Realmente sentiu muita vontade de socá-lo quando este fez isso. Quem ele pensava que era? Achava que poderia rir da sua cara e simplesmente dar uma de cavalheiro depois?
- Escute aqui Black – sibilou quando já estavam dentro do elevador - se você acha que pode rir de mim a vontad...
- Se você voltou a me chamar de Black é porque a coisa tá ficando feia pro meu lado – gracejou. Olhou para a prima e recebeu apenas um olhar mortal vindo desta–. Agora é sério Bella. Eu estou realmente cansado do número de vezes que ouvi de você “Escute aqui Black...” – disse imitando sua voz – Você deveria parar com essa mania. Pro seu próprio bem.
Antes que Bellatrix tivesse a oportunidade de mandá-lo ir àquele lugar, o elevador abriu e, repetindo o gesto cavalheiresco de antes, ele segurou a porta para ela passar. Quando passou por ele, a garota fez questão de esbarrar com força nele, o que provocou apenas uma risadinha no rapaz.
Ele realmente estava morrendo de vontade de trazê-la para bem perto dele desde que a vira com cara de zangada no hall do prédio. Mas, por razões obvias não o fez. E, olhando-a mais uma vez constatou que a prima ficava ainda mais atraente quando estava brava. Perigosamente atraente. E, por algum tempo, antes de ouvir a voz raivosa da morena, imaginou como seria beijar os atraentes lábios rosados e macios dela.
Precisava tirar esses pensamentos perigosos da cabeça antes que cometesse alguma loucura.
- Você não vai abrir a porta? – murmurou Bella friamente.
Apenas deixou seu olhar pousar sobre ela por mais algum tempo. Bellatrix apenas bufou irritada, detestava quando alguém ficava lhe olhando fixamente.
- Você vai continuar com essa cara de pateta me olhando ou vai abrir a porta do seu maldito apartamento? – perguntou com raiva e ansiedade.
- Acho que vou continuar te olhando. Brincadeirinha.
Meteu a mão nos bolsos da calça e tirou um molho de chaves. Dirigiu-se até o lado esquerdo do corredor, parando diante de uma porta de tom escuro com uma maçaneta cor de bronze. A sonserina não pôde deixar de reparar que além desta porta, só havia mais uma na extremidade do corredor. O apartamento devia ser realmente grande.
Entrou no apartamento e percebeu que estavam no hall deste. Sirius, que seguia na sua frente, continuou andando em direção ao que deveria ser a sala.
E que sala.
Era bastante ampla, com grandes janelas, cobertas por cortinas blackout, e uma parede de menor largura na diagonal, onde havia uma grande lareira. Havia um sofá azul cobalto, onde o encosto de costas tinha a forma de ondulação. O sofá, diga-se de passagem, era muito brega. Tanto que Bellatrix sentiu necessidade de fazer um comentário:
- Você tem um bom gosto que impressiona Sirius, decididamente. O lado positivo de você ter escolhido esse sofá brega é que quando sua sala estiver desarrumada ele irá chamar tanta atenção que ninguém nem vai notar sua bagunça.
- Obrigado pela observação Bella. Sua preocupação realmente me toca – ironizou.
Continuou a passar os olhos pela sala, e se surpreendeu ao perceber que queria guardar cada detalhe daquele lugar. Continuou a varrer seu olhar pela sala, observando o tapete felpudo e marrom, que ficava defronte ao sofá, e a pequena estante encostada na parede em frente ao dito sofá. Nela, alem de algumas fotos que ela reconheceu ser dos amigos de Sirius, havia uma caixa preta com vidro cinza na frente. Ela achou aquilo curioso e resolveu perguntar a ele o que era aquilo:
- O que seria essa caixa preta em cima da estante?
- Ah, isso. É uma televisão.
- O que é tevelisão?
- É televisão, te-le-vi-são. O antigo dono deixou aí. Ele disse que é a mágica dos trouxas. É uma forma de entretenimento quando não se tem o que fazer.
De repente, ela o viu pegar um retângulo cinza e apontar para o troço, e aquilo acendeu.
Tomou um baita susto, e Sirius se segurou para não rir dela novamente. E, como mágica, ela viu uma série de imagens coloridas passarem, em tempo real, com algumas pessoas falando. (N/A: Bom, detesto interromper a fic, mas eu pesquisei e a 1ª TV em cores saiu em 1972, então aqui tá ok, já que é 1975!)
- Essa é a mágica dos trouxas – falou Sirius em tom divertido.
E, desligou o troço tão rápido como ligou.
- Nós temos que nos apressar Bella. Daqui a uma hora a chave portal vai se ativar, e se agente não pegar ela... Bom, dá pra imaginar o que vai acontecer.
Bellatrix levantou uma sobrancelha inquisidoramente, e falou com desdém:
- Quem vai sair perdendo será ele Sirius. Eu sinceramente acho que se duas pessoas de sangue extremamente nobre e puro não comparecerem a sua festa...
- Eu também estou incluído no sangue nobre e puro? – perguntou maliciosamente.
- Você pode tentar renegar suas origens, mas querendo ou não você continua a ser um Black, e continuará eternamente tendo o sangue puro – falou convictamente.
- É, desse carma eu não consegui me livrar ainda. Pelo menos tenho o consolo de que quando eu morrer, não serei mais um Black. Serei apenas um saco de ossos sem vida – brincou.
Bella revirou os olhos e se manifestou antes que Sirius falasse mais bobagens ainda:
- Bom, e aonde nós vamos arranjar roupas para ir nessa festa?
- Ah, não se preocupe, eu já providenciei isso. Agora apenas me siga.
E foi andando em direção reta, em um corredor que Bellatrix ainda não havia reparado. Passaram por duas portas, até que Sirius parou em frente a terceira e a abriu.
Por detrás dela, havia um quarto simples, com uma cama de solteiro no centro (cama essa cheia de pacotes e caixas), uma mesinha de cabeceira ao lado, e um guarda-roupa de três portas, com um enorme espelho oval na porta do meio.
- É aqui que você fica. Dentro das caixas estão coisas pra você se arrumar. Eu volto daqui a pouco, preciso tomar um banho.
E saiu do quarto, fechando a porta ao passar.
Olhou ao redor, analisando minuciosamente o cômodo. Voltou sua atenção para as caixas e pacotes. Foi em direção aquela que chamava mais sua atenção, uma grande caixa quadrada. Abriu sua tampa, e viu que dentro havia algo parecendo renda negra. Pegou o que julgou ser o vestido e realmente se impressionou.
Era um vestido longo de renda renascença negra, com o corpete justo, saia volumosa e tomara que caia com decote de coração. Bellatrix ficou um pouco cismada com o decote.
Devolveu o vestido na caixa e abriu uma menor ao lado. Dentro havia um sapato preto de bico redondo e salto bastante alto e fino. Amaldiçoou mentalmente seu primo, que sabia que ela detestava saltos muito altos e finos. Mas a surpresa estava definitivamente por vir quando abriu uma pequena arca de madeira escura.
Dentro haviam jóias, não muitas, mas o suficiente para deixarem Bellatrix intrigada. Onde diabos, Sirius havia conseguido-as? Quer dizer, ele havia fugido de casa, da família e qualquer coisa que os ligasse. E Bellatrix tinha a impressão de que já havia visto estas antes.
Mas olhando o relógio sobre a mesa-de-cabeceira achou melhor se apressar.
- Bella, você já está pronta?
Sirius havia saído do banho já fazia algum tempo, só estava se arrumando. Esperava que Bellatrix se indignasse com as roupas que havia arranjado para ela, e que tivesse de convencê-la de vesti-las, mas realmente não imaginava que elas a vestiria sem relutância e ficasse tão...
A porta do quarto estava entreaberta, e o rapaz se permitiu entrar. De queixo caído. Bem, sabia que Bellatrix era mais bonita do que o comum. Não, bonita era definitivamente pouco, ela era linda.
O vestido lhe caía perfeitamente bem. A garota havia prendido os cabelos com falsos cachos em um meio rabo, com uma presilha de flores negras que ele tinha deixado na arca. Estava usando também as luvas de veludo negro que batiam acima do cotovelo, combinado com o tecido que tinha por baixo da renda do vestido. Mas ainda não havia colocado as jóias.
“ E nem precisa”, pensou.
- O que foi? – perguntou ela, percebendo a presença do primo.
“Eu não consigo parar de olhar para o seu decote .”
- Você ainda não... ainda não colocou as jóias?
- Eu não sei quais usar – disse simplesmente.
- Ah.
Percebeu que ela o estava olhando um tanto fixamente também. E como se esperasse uma resposta dele. Claro.
Mas não imaginava que Bella estava tendo os mesmos tipos de pensamento dele. Porque Sirius era muito bonito, muito mesmo. Mas ele estava... de tirar o fôlego em seus conjuntos de veste negras.
“ Pelo amor de Deus Bellatrix, pare de pensar NISSO!”
Mas quem disse que a razão comanda quando dois adolescentes na flor da idade, cheios de hormônios, bonitos e desimpedidos fogem da escola para ir a uma festa?
- Acho você usar as pérolas – sugeriu Sirius.
- Hã, certo – respondeu laconicamente.
Pegou dentro da arca aberta uma pulseira de muitas voltas, colocando no seu pulso esquerdo; nos dedos um belo anel de prata ornamentado com uma grande perola. Os brincos seguiam o exemplo do anel. Pegou o colar, de muitas voltas que ocuparia todo seu pescoço.
- Você quer que eu coloque para você? – ofereceu Sirius.
- É, acho que uma ajudinha viria a calhar.
Sirius pegou a jóia de Bellatrix e postou-se atrás dela. Colocou seu cabelo sobre o ombro direito, aspirando o cheiro de rosas que provinha dele. Colocou o colar no pescoço alvo da garota, fechando-o. Não sem antes esbarrar sua mão nas costas dela, e perceber que o fecho do vestido estava aberto.
- Seu vestido está aberto Bellatrix – avisou à garota.
“ Se você quiser eu te ajudo a tirar.”
- Eu não consegui fechá-lo, ia fazer isso com a varinha. Você pode dar um jeito pra mim? – perguntou inocentemente, ou pelo menos tentou.
Sirius aproximou sua mão das costas dela. Odiou-se por ter comprado o espartilho preto que vinha junto ao vestido. Certamente seria mais interessante ver – mesmo que só um pedacinho – o sutiã dela.
E fechando ganchinho por ganchinho do vestido, terminou.
- Pronto – murmurou.
E, saindo apressado do quarto, fechando a porta ao passar, se dirigiu a sala. Sentou no sofá, bufando irritado.
Quer dizer, ela fizera de propósito, disso ele tinha certeza. Fez somente para atiçá-lo, endiabrada com ela era não duvidava nada.
Se dirigiu até a cozinha, onde abriu a porta da geladeira e tirou uma garrafa de licor que James havia dado a ele de presente. E pegando um copo com cinco vezes o volume de um copo de licor, despejou o líquido cor de âmbar dentro.
Inspirou e expirou diversas vezes, sentindo seu corpo se acalmar. E tentou, com algum sucesso, não deixar seus pensamentos vagarem até o quarto, onde sua prima deveria estar dando o último retoque e atrasando-os. Mas eles não podiam se atrasar, porque senão não iriam até aquela maldita festa.
Enquanto terminava de saborear o licor Chartreuse, lembrou-se que sua prima nunca havia sido muito vaidosa, nem ligada a perfumes. Enquanto Narcisa era um verdadeira boneca, sempre com os melhores modelos de roupas, do melhor tecido, com as melhores maquiagens e o mais caro perfume francês, Bellatrix não dava a minima para isso. Andava desde pequena durante o verão com um vestido de alcinhas feito de chiffon, e durante o inverno com seu vestido de mangas compridas e veludo que lhe batia nos joelhos, uma meia grossa, e uma bota de cano alto, sempre vagando pelos jardins.
E lembrou-se da festa de debutante de Bellatrix. Ela tinha dezesseis e Narcissa quinze. A mãe das duas quis que sua filha mais velha usasse um vestido lilás, tomara que caia, com a saia de um tecido vaporoso e fofo, cheio de babados. Era até bonito, mas como Bellatrix fez questão de ressaltar, combinava com Narcisa, e sua irmã, bastante feliz aceitou usá-lo. E a aniversariante usou um belo vestido de cor jade. Como os olhos. Porque Bellatrix a capacidade de mudar a cor dos olhos.
Quando pequenos, todos achavam que ela era metamorfaga. Porque ninguém ficava simplesmente mudando a cor dos olhos do nada. Mas com o tempo, Andromeda, a irmã quatro anos mais velha que Bellatrix, percebeu que não era assim. A cor dos olhos variavam com o humor de sua irmã. E então Bella não tardou a perceber uma fraqueza ali. Afinal de contas, depois de conviver um tempo com algumas pessoas, elas perceberiam o que estava sentindo de acordo com a cor dos olhos. E aquilo para ela era ruim, afinal ficar demonstrando seus sentimentos pode ser um erro fatal. E, aos dez anos começou a aprender oclumência. E depois de um tempo, como uma consequência inevitável, legilimência.
Desde então, Bellatrix conseguia escolher que cor de olhos iria ter, e como achava preto a cor mais inexpressiva, acabou adotando-a. Durante o periodo letivo – quase todo – seus olhos eram cor de ônix. Mas, embora somente os familiares soubessem, os olhos de Bellatrix não eram cor de jade, cor de ônix ou qualquer cor do tipo. Era como se eles não tivessem cor definida, porque tinham varias. Era uma mistura explosiva de azul, dourado e tons de lilás. Como em uma galáxia. Embora, por um motivo desconehcido por Sirius, ele não soubesse o porque de ela nunca utilizar seus olhos da cor que vieram. Ainda mais porque, segundo rezava a lenda, somente uma pessoa a cada geração de Black’s teriam olhos únicos. A outra pessoa era o pai de Bellatrix, outro ser muito estranho.
O pai dela era irmão de sua mãe e de seu tio que lhe deixara a herança, Alphard. Depois que sua irmã se casara com o primo mais velho (tendo de engravidar primeiro para depois casar, pois, contavam que seu avô materno era um porco chauvinista apaixonado pela irmã e filha) resolvera se casar com a maior promessa de beleza da Inglaterra. Mais linda até mesmo que sua mãe, uma mulher daquelas que dava vontade de domar. Porque Druella Black, neé Rosier, era uma daquelas mulheres que despertava o lado paterno dos homens, aquela vontade de tomá-la nos braços e protejer – e um misto de louco desejo carnal.
Porque, com seus longos cabelos loiros claros, olhos azul topázio e pele rosea ela coseguia enlouquecer os homens. Mas, ao que parece aquela beleza angelical não chegava ao interior. Segundo as palavras de sua mãe, a mulher era uma meretriz golpista e esperta. Ao que parecia, ela detestava a filha do meio – Bellatrix – somente por essa ser mais bonita que ela. Mas, para Sirius havia algo mais.
E, de repente pensou em Anromeda. Em seus cabelos lidos e castanhos, olhos azul topázio e pele rosea. Andy, que tinha vaidade, mas não exagerada, nem falta dela. Que tinha uma beleza comum e olhos doces e gentis, embora tivessem o memso formato dos olhos de Bellatrix, olhos oblíquos, de cigana. Andy, que não tinha variações bruscas de humor e que tiha se casado com um nascido trouxa e tinha um filha de três anos.
Sentiu falta dela.
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Oiie pessoal capitulo demorado, mas a inspiração tava fugindo de mim!!!
Espero que gostem e comente – estou realmente ficando magoada com esse negocio de ngm comentar!!!
Como prometi, um capitulo maior – de nove pgnas. Se os comentes vieram, caps maiores viram!!!
Bjaum
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