Gina Weasley, sacerdotisa de A
Capítulo 2 - Gina Weasley, sacerdotisa de Apolo
-Presentinho!
Gina quase desmaiou ao ver a quantidade de homens ávidos que olharam para ela. O que seria feito de si? Queria morrer só de pensar. Seu corpo amoleceu e o homem que a pegara a segurou mais firmemente. Os soldados deram gritos de alegria e começaram a brigar entre si.
Imaginou que disputavam quem seria o primeiro. Mas o homem que a segurava gritou, ferozmente.
-PAREM DE BRIGAR! - o silêncio seguiu. -Vocês sabem que sou o primeiro. - disse segurando bruscamente o rosto de Gina e dando um nojento beijo. A pegou no colo e ergueu como um troféu. -Acredito que hoje teremos mais cinco felizardos. Escolherei depois. Não me importunem, estou em minha barraca.
Saiu carregando Gina pelo meio do bando, no caminho os homens passavam a mão em seu corpo, onde alcançavam e diziam obscenidades. Neste momento as lágrimas começaram a cair dos olhos.
Seria pior do que poderia imaginar.
No meio do caminho ouviu alguém chamar 'Hedrius' e o homem parou, deveria ser seu nome. Ele conversou algo que ela não deu importância com o homem e continuou a andar, a empurrando pelo chão, não mais no colo. Gina sentia-se um boi indo para o abate.
Hedrius parou em frente a uma das barracas, deveria ser a dele.
-Bom, eu lhe prometi a mais cinco homens, mas se gostar de você, se fizer tudo direitinho, depois deles você ficará somente comigo. - ele disse abrindo a cortina da barraca.
Gina olhou para ele enojada. "Que amor! Depois de mais cinco, talvez fique comigo, espero ansiosamente." Queria correr, fugir para longe, mas nada a salvava daquela situação. "Ah, meu Merlin, me ajude!", pensou com tanta clemência que começou a pegar fogo na entrada da barraca. "Sou uma bruxa! Sou uma bruxa!", pelo menos os fenômenos espontâneos que causava serviam para algo.
Diante do fogo, Hedrius desviou sua atenção. Era a oportunidade que Gina esperava.
Correu desesperadamente, sem rumo. Até que, olhando para trás, não prestou atenção no que via a frente e colidiu com uma carroça. Uma moça, jovem, de uns vinte anos, branca, porém com a pele bronzeada, esguia e alta, de cabelos escuros e lisos, muito bonita, que parecia conduzir o veículo, desceu e a olhou como se já a conhecesse.
-Fique calma, sei o que está acontecendo. - ela disse segurando o braços de Gina, a observando com olhos profundos, amarelos com uma insinuação de vermelho no fundo, olhos brilhantes sombreados sob as pestanas compridas. -Vou te ajudar, não chore mais. Se te perguntarem, diga que é uma sacerdotisa de Apolo.
Gina respirou fundo, não sabia como isso ajudaria, mas faria o que a mulher dissera. "Na Grécia, aja como os gregos. Ou seria em Roma como os romanos?", pensou confusa. Hedrius as alcançou e puxou com força o braço de Gina. A moça interferiu, imponentemente.
-Solte-a! - a voz dela era energética.
-Quem é você para interferir? - Hedrius respondeu irritado, não soltando e ainda apertando o braço de Gina com mais força.
-Sou Kassandra, filha do rei Príamo, sacerdotisa de Apolo, e acho melhor você não interferir em uma mulher prometida, uma virgem de Apolo, que voltou dos reinos de Hades, da morte, para satisfazê-lo. - a moça respondeu tirando a capa gasta de cima de suas vestes e revelando um vestido branco, de um tecido fino, curiosamente, contrastando com o vestido leve, ela usava calças de couro, provavelmente para cavalgar.
O homem empalideceu. Rapidamente soltou o braço de Gina e respondeu.
-Não deveria dar crédito a Apolo, já que Akiles retornou da morte, mas como essa moça veio de lá para servi-lo, não vou causar ira no deus. Mas a senhora, princesa Kassandra, não deveria passar pelo acampamento akaio nessa guerra.
-Rá! Como se tivesse outra maneira de entrar em Tróia. - ela respondeu entediada. -Venho da Cólquida, estava com a Rainha Imandra, trago várias serpentes para o Templo de Apolo.
-Mas terei que confiscar as bagagens. - ele disse andando até a carroça e abrindo a cobertura. Chamou alguns homens que pegaram tudo, menos as serpentes, pois nenhum teve coragem de pegá-las. -Você nos leva uma mulher e não tem nenhuma em troca, nem para servir como faxineira. - ele resmungou. -Podem entrar na cidade.
Gina suspirou aliviada, escapara de seus temores. Sentou-se na carroça ao lado de Kassandra que guiava.
-Temos muito o que conversar. - ela disse. -Mas primeiro entraremos na cidade, aqui tenho que ficar atenta a atacantes.
Ficaram em silêncio.
-Acredito que ela não servirá mais para o senhor, mas sua esposa, Briseida, o aguarda em sua tenda. - ele parecia tentar consertar a situação.
-Você não acredita em nada. Abra agora essa tenda estúpida! - Draco tirou uma coragem do fundo de si, afinal o tal Hedrius não o atacaria, ele não era o famoso Akiles?
Entraram na tenda e imediatamente um homem moreno, como a maioria dos gregos, muito alto e forte, defrontou-se com Draco.
-Que invasão é esta? - ele parecia realmente irritado.
-Akiles está procurando a moça que você roubou, Hedrius. A de cabelos vermelhos. - o outro respondeu por Draco.
-Foi levada. - o homem respondeu, parecendo triste e irado ao mesmo tempo. -E nem pude me divertir antes, mas foi melhor porque ela é uma virgem de Apolo, seria castigado por sua ira no mesmo minuto.
"Esse homens não falam coisa com coisa! Isso é que é grego! Onde está a Weasley?", Draco pensava irritado, sem entender o que queriam dizer com "virgem de Apolo"... A Weasley era uma virgem de Apolo? Mas como se ela vinha de outra dimensão?
-Mas afinal, onde ela está?! Me disseram que ela estaria aqui. - Draco interrompeu a conversa dos dois homens.
-Está no Templo de Apolo, seu lugar. Ela não veio com o senhor do Mundo Inferior para servir ao deus? - o homem parecia desconfiado de algo.
-Sim. - na dúvida do que responder, era melhor afirmar. -Ela estará bem, naquele lugar?
-Ninguém fará mal a uma virgem de Apolo, não em Tróia, ela só correrá perigo se conseguirmos invadir a cidade. Ai sim, os soldados não respeitarão nenhuma mulher, sacerdotisa ou não. - Hedrius respondeu. -Eu mesmo, se entrarmos na cidade, a procurarei. Pode ter certeza!
Draco ficou irritado, achava que seu pai tratava sua mãe mal, mas a maneira como eles falavam das mulheres era muito pior, as tratavam como um objeto, ou coisa parecida. Draco não concordava com isso, era demais. Não deixaria que aquele homem nojento encostasse na Weasley.
-Não, aquela moça foi trazida por mim, e se alguém a tocar, se verá comigo! - ele não era forte? Não era o líder de todos aqueles homens? Pois então, queria ver algum deles o enfrentar.
-Se assim o senhor deseja. - Hedrius respondeu contrariado, mas ao mesmo tempo com um certo medo nos olhos.
-Vou levá-lo para sua tenda. - o outro homem disse e Draco saiu da tenda de Hedrius.
Já estava dentro da lendária Tróia.
A cidade era enorme atrás dos portões de entrada. Crescia em ruelas e avenidas, circundadas por muitas casas e alguns palácios, tudo construído em um tipo de pedra diferente de Hogwarts, era mais rústico, menos polido, e em vez de cinza, era bege. Kassandra a indicou o templo do deus Apolo, era a segunda construção mais alta, a primeira era o templo de Pala Atenas, a deusa. Ambos templos eram os mais importantes para a fé de todo o povo e eram de mármore branco, reluzindo à luz do sol.
Perto do portão foram paradas.
Kassandra fora recebida por muitas pessoas que Gina não conhecia dos livros. Mas soube reconhecer uma personagem dos livros: Helena, a moça era realmente muito linda, tinha uma simetria perfeita no rosto, emoldurado por brilhantes olhos azuis e o cabelo tão fino e louro quanto o melhor ouro batido caía sobre as costas, era alta e delicada. Um homem a segurava pela mão, só poderia ser Páris, ele olhava meio torto para Kassandra, não parecia gostar muito da irmã, incrível era a semelhança dele com Kassandra, somente poderiam ser gêmeos, os traços do rosto de ambos eram idênticos.
O rei, Príamo, assustou-se ao ver Gina.
-Kassandra! Você trouxe sua irmã do mundo dos mortos? Essa moça é exatamente igual à Polixena. - ele dizia com os olhos molhados.
-Não, meu pai. Ela é outra pessoa. Chama-se Gina Weasley e veio de um local muito distante, ficará comigo no templo do deus Sol. Apolo a aguarda. - Kassandra respondeu segurando o braço de Gina e levando-a para longe dos olhos do rei.
-Ele está desequilibrado depois de seis anos de guerra, não se importe. - ela disse quando andavam em direção ao templo. -Depois que Heitor morreu, ele não foi mais o mesmo.
O sol quente estava deixando Gina tonta. Nunca fazia um calor parecido com esse em Hogwarts, nem em sua casa. Apenas quando viajou para o Egito com sua família, sentiu temperatura semelhante. Quando notou estava em frente a uma grande escadaria branca, de mármore, que reluzia.
-Chegamos ao templo. Vamos subir. - Kassandra não parecia sentir o calor que Gina sentia.
-Mas está muito quente, não consigo dar mais nenhum passo! - Gina protestou, sentando-se no degrau mais baixo. Além do calor, sentia-se cansada, para o seu corpo, já era noite, havia sido transportada de Hogwarts depois das aulas.
Um homem lindo com brilhantes olhos castanhos, alto e esguio, cabelos castanho-claros encaracolados, um punhado de sardas escuras que apenas douravam seu rosto, aproximou-se das duas. Ele sorria especialmente para Kassandra.
-Retornou, minha cunhada. - ele disse cumprimentando-a. -Aguardei ansiosamente que saísse da Cólquida. - virou galantemente para Gina. -Quem é a jovem com roupas estranhas?
-Ela? Parte de meus delírios. Deve ter surgido da minha loucura. - Kassandra respondeu, meio melodramaticamente. -Enéias, essa é Gina Weasley. Não sei exatamente de onde veio, e nem o porquê. Mas já a esperava.
Enéias curvou-se em um comprimento à Gina. "Nossa, ele é mesmo lindo! Essa é a famosa beleza grega? Não, troiana!", Gina achou Enéias mais belo que Páris. Entretanto percebia que ele só tinha olhos para Kassandra.
-Ela não parece muito bem. - ele virou-se para Kassandra com um olhar preocupado. -Acho que está fraca com o calor, não agüentará subir as escadas, vou levá-la. - tornou a olhar para Gina, que realmente não estava bem. -Com licença, Gina. - ele disse, pegando-a gentilmente no colo.
Kassandra não pareceu se importar, logo estavam no alto e entravam no templo. Enéias colocou Gina sentada em um dos bancos de mármore do salão e foi acompanhado por Kassandra até a entrada. Conversaram um pouco, ele foi embora e ela retornou.
-Desculpe se disse coisas que você certamente não entendeu. - os olhos dela pareciam um pouco perdidos. -Está melhor? Aqui é sempre fresquinho.
-Sim, sinto-me com menos calor. Não estou acostumada.
-Eu sou uma sacerdotisa, isso quer dizer que trabalho neste templo, cuidando dos sacrifícios oferecidos da população para o deus Apolo, além de outros afazeres. Estou consagrada para o deus, desde que, quando era mais nova, ele me chamou e resolvi que seria assim. Fui chamada por Apolo, antes de passar anos com as Amazonas e ser chamada pela deusa, a Mãe Terra. - ela ficou um tempo sem dizer nada, Gina estava um pouco confusa, mas conseguiu entender. -Tenho o dom e a maldição da vidência. Já vi o que acontecerá em breve à Tróia, a cidade será destruída. Vi também a morte de Akiles, o próprio Apolo o acertou no calcanhar. Mas também vi que ele retornou e você veio junto.
-É tudo um engano. - Gina tinha que interferir. -O garoto que estava comigo não é o guerreiro Akiles, ele é Draco Malfoy, e muito covarde por sinal. Nós fomos transportados, de alguma forma, de nossa escola, em um local mais futuro e muito diferente desse.
-E o que é uma escola? - era mais difícil do que Gina imaginava conversar com alguém de outra época.
-É um local no qual nós vamos para aprender, crianças são mandadas. - achou prudente nem mencionar o fato de que aprendiam bruxaria. -Eu e ele estudamos juntos, contudo não somos amigos. Vivemos brigando porque nossas famílias são inimigas. Mas eu preciso voltar e levá-lo comigo.
-Creio que entendi, mas não tenho a mínima idéia de como ajudá-la. - Kassandra parecia um pouco confusa. -O que posso fazer no momento é protege-la dos homens, aqui no templo ninguém lhe importunará, nenhum soldado grego ou troiano. Direi para as outras sacerdotisas que você é prometida do deus, como eu fui, mas que ainda não foi iniciada. Não se importe se pensarem que você é minha irmã que morreu, porque você é idêntica. Apenas por este fato acredito que o garoto não é Akiles, se você é igual a ela, esse Draco é igual a Akiles.
Assim, Gina ficou entre as sacerdotisas de Apolo. Logo recebeu uma túnica parecida com a de Kassandra, só que em vez do branco puro, a sua tinha um tom azulado, bem clarinho. Recebeu também uma jóia que ficava na testa, chamada diadema, um tipo de tiara, muito lindo. E começou a aprender o serviço no templo.
-Esta é sua barraca, senhor. - o mesmo grego que recebeu Draco continuava servindo-o.
Draco olhou para ele desprezivelmente. Esperava que sua barraca fosse grande como a de Agamenon, não era o grande líder do exército? Mas era melhor que nada. Deu as costas para o homem e entrou na tenda.
Ainda não entendia tudo o que estava acontecendo, nem onde estava, só sabia que era uma posição social de poder, e isso não era nada mal. Uma coisa que Draco gostava de fazer era mandar nos outros. Estava no seu sangue, Malfoys sempre foram líderes, espontâneos ou à força.
Sentou-se suspirando em uma cama da tenda. Detestou aquela areia batida sob os pés. Ali era dia, mas em Hogwarts, antes de ser transportado, tivera um dia difícil e cansativo. Bocejou, suas pálpebras pesavam de sono, deitou-se.
"Será que a Weasley está mesmo bem? Pelo menos com aquele soldado sujo ela não está. Também não devo ser responsabilizado por tudo o que aquela maluca faz", Draco pensava enquanto não dormia.
-AKILES! - um grito de mulher o surpreendeu. Abriu os olhos e observou tudo a sua volta. -Você voltou! Voltou para mim! - uma moça o surpreendeu, abraçando-o por trás. Ela também estava na cama, Draco que não havia reparado.
Virou-se de frente e viu quem o abraçava, ficou meio sem fôlego, a mulher era muito bonita. Tinha pesados cabelos castanhos, compridos e cacheados, olhos amendoados, brilhantes, também castanhos, uma boca carnuda e um sorriso aberto. A moça sentou-se em cima dele e antes que percebesse alguma coisa, ela já o beijava, intensamente, desesperadamente. Draco ficou assustado, mas acabou cedendo e a beijando de volta.
-Nossa, você está diferente. - ela disse se afastando e olhando profundamente com seus olhos castanhos escuros nos olhos cinzas de Draco. -Acho que a morte mexeu com você. - ficou parada, sentada em cima de Draco, observando-o. -Não acreditei quando o boato chegou aqui, uma de nossas escravas disse que você estava vivo!
-Briseida? - perguntou relembrando que o homem dissera que a esposa de Akiles o esperava na barraca.
-Claro, esqueceu-se de mim? - ela pareceu magoada. -Você está aqui encarnado, não é um fantasma. Voltou da morte? Mas não é possível, o próprio Apolo acertou sua flecha dourada em seu calcanhar durante uma batalha, eu vi.
Draco não sabia o que dizer, ainda estava tonto pelos beijos e só queria ficar ali, beijando-a mais um pouco. O resto não estava importando. A moça era realmente linda, e não só de rosto, Draco pode reparar, e sentir sobre si, que ela tinha um corpo perfeito. Usava um vestido, um tipo de túnica, branco que parecia amarrado no corpo.
-Sou eu. Akiles. - disse colocando os lábios avidamente nos lábios da morena e passando as mãos em sua cintura.
Ela o beijou calorosamente e afastou-se mais uma vez.
-Que roupas são essas? Nunca vi algo parecido! - ela ria das calça e camisa dele.
-São as roupas do outro mundo. - Draco respondeu cinicamente. -Se quiser, posso me livrar delas.
-Eu faço isso. - ela respondeu surpreendendo-o e desabotoando os botões da camisa de Draco, ele mesmo tinha tirado o casaco quando chegou na barraca, devido ao calor. -O que aconteceu com seus músculos, Akiles? Estão tão... desaparecidos.
"Só faltava essa! O cara tinha que ser tão sarado? Mas ele não era mesmo igual a mim, poxa, eu até tenho meus músculos definidos.", Draco decepcionou-se.
-Conseqüência da viagem, pensa que é fácil ressuscitar? - "Essa resposta foi ótima!", orgulhou-se de sua criatividade.
Briseida tentou tirar as calças de Draco, mas não conseguia, ela começou a rir. Deveria ser a situação mais estranha que vivera. Draco ficou emburrado, não gostou que ela risse dele. Ele mesmo tirou a calça e ela desamarrou o vestido que ficava preso na nuca, deixando-o cair lentamente.
Ficou meio paralisado, já tinha dezesseis anos, mas ele nunca vira uma mulher nua, assim tão de perto, ao alcance das mãos. Ela pulou sobre ele e o ajudou em tudo que tinha que fazer. No fim achou que se deu bem, valeu a pena ser transportado para aquele local estranho. Pelo menos arranjara um namorada e muito linda por sinal. Depois, dormiram abraçados.
-Gina, acorde! - Kassandra a tirou do mundo dos sonhos. -Parece que Akiles, ou seu amigo, - diante do olhar irritado de Gina, reformulou. -inimigo... Ah, não sei! Bom, ele vai lutar hoje, contra uma grande parte do exército troiano, até Páris vai participar, ele quer matar Akiles, de novo, para vingar a morte de Heitor.
Com as notícias, Gina pulou da cama. O que aconteceria se voltasse para Hogwarts sem Draco? Certamente seria assassinada por Narcisa Malfoy, e depois por Lúcio, quando saísse de Azkaban. Não podia deixá-lo morrer.
Já estavam em Tróia há uma semana. E nada mais acontecera, não possuía nenhuma idéia de como voltar. Não tinha causado mais nenhum fenômeno espontâneo de magia. Também, nada mais a assustara como a possibilidade de ser agarrada por aquele homem. Com Draco não sabia o que acontecia. Só sabia que a notícia do retorno de Akiles se espalhara e os troianos estavam irados, queriam novamente vingar a morte de Heitor, príncipe de Tróia que sucederia o trono e fora morto pelo Akiles real.
Nessa uma semana, Gina ficou amiga de Kassandra e viu o quanto a moça sofria por ter as visões, previsões catastróficas que Gina sabia que se tornariam reais. Tróia ruiria, como Kassandra previa. Pelo menos conseguia apoiar a moça, dizendo que estava certa. Não que os outros acreditassem, pelo contrário, agora além de amaldiçoarem Kassandra, amaldiçoavam Gina por dar crédito à ela.
Gina também percebeu que estava certa, Enéias era casado com uma meia irmã de Kassandra, por parte de pai, Creusa, mas ambos se amavam. Com relutância, Kassandra contou a Gina como tudo acontecera, como haviam começado a se encontrar. Era uma história de amor linda, que deixava Gina suspirando pelos cantos, desejando que também acontecesse com ela.
Além do romance, Kassandra contou tudo de sua vida para Gina, que achou que seria um livro interessantíssimo, e contou a sua reciprocamente. Gina tinha certeza que Kassandra era uma bruxa, e infelizmente percebeu que se ela fosse para Hogwarts seria uma sonserina, era impressionante a facilidade que ela possuía em lidar com cobras.
-Vou deixar Mel no templo, é arriscado para ela assistir a batalha. - Kassandra se referia a menina que criava, Mel fora encontrada no deserto em uma de suas viagens a Cólquida, reino da rainha Imandra, parente de sua mãe. Gina gostava muito de Mel, que tinha apenas dois anos.
Deixaram a pequena com uma das sacerdotisas e correram para os portões, onde Gina fora recebida pela primeira vez em Tróia. Lá estavam o rei, a rainha e alguns guerreiros se armando para sair para a batalha. Entre eles Páris, causando lágrimas em Helena, e Enéias, o que deixava sua amiga agoniada ao seu lado, ninguém em especial se despedia dele, já que sua esposa havia sido mandada para um local mais seguro, outra cidade, Enéias acreditava nas coisas tristes que Kassandra via.
Os guerreiros desceram da muralha, ao lado do portão, onde elas estavam, e foram para o campo de batalha. Os demais que assistiriam as cenas, aproximaram-se da beira da muralha, inclusive Gina.
De longe pode ver Malfoy. Ele estava em um carro de corrida grego, usado apenas para uma pessoa, tinha o peito coberto de armadura, assim como um pesado elmo de metal na cabeça. Parecia terrificado diante do grande número de soldados inimigos.
Draco, no campo de batalha, sentia os resultados por não ter pensado mais antes de agir. Por culpa de Briseida, acabara dizendo que era mesmo Akiles e deixou-se levar pelos louros do forte guerreiro. No primeiro dia, quando acordou ao lado da bela, viu que estava fazendo tudo errado. Todavia, não teve mais como recuar, ela era linda e Draco não queria perdê-la, precisava ter uma vantagem no meio de toda aquela confusão.
Via que estava enganando a moça, que parecia realmente amar o falecido, mas não resistia aos belos olhos e belas pernas da morena. Quando ela acordou, após terem dormido juntos pela primeira vez, parecia um pouco decepcionada.
-Você está muito mudado. - ela disse o abraçando. -Fez tudo diferente, parece até outra pessoa, não era assim, doce.
Draco achou o doce um pouco demais, se ele era doce, o homem era uma animal! Para despistá-la Draco a beijou e alegou estar mudado pela morte, mas percebia que ela não engoliria a mentira por muito tempo. O quanto pudesse tê-la ao seu lado na tenda seria suficiente.
Agora Draco também vestia saias, a sensação era estranhíssima, mas não podia usar suas roupas de Hogwarts, Briseida o dissera que não o respeitariam se ele não se vestisse como os outros. O pior era que a saia de sua veste era branca e seria classificada como mini-saia.
Em uma semana Draco tivera várias reuniões com Agamenon e o astuto Odisseu, que contava com várias estratégias para invadir a cidade. Ambos o pressionavam. Cedo ou tarde teria que ir para o campo de batalha. O que Draco não tinha idéia era que essa história tinha um fundo real, pensava que era tudo ficção, que o livro no qual estava era um livro qualquer de guerra.
Havia adiado ao máximo, mas agora encarava definitivamente a morte. Antes de sair da tenda, na manhã, Draco aproveitou ao máximo a companhia de Briseida, se morresse, pelo menos teria valido a pena, há uma semana não morreria mais virgem. Despediram-se longamente e ela desejou boa sorte para ele.
-Mesmo estando tão diferente, não quero perdê-lo de novo. - a moça disse suavemente em seu ouvido, o abraçando do lado de fora da barraca. -Sofri demais no tempo que fiquei longe de você. Acredito que não morrerá mais, ou se morrer, voltará para mim! Como um gato que tem muitas vidas. - Briseida o beijou na frente de todos os soldados que aguardavam Akiles. -Te amo.
Assim, Draco foi para a batalha, com a consciência pesada por enganar uma moça tão apaixonada. Ele não era Akiles, por mais que fosse parecido com ele, que a fizesse pensar que era ele. Sentia-se culpado por não amar Briseida, não tinha jeito, ela era linda, inteligente, mas não causava nada de especial em Draco, a não ser desejo.
-Pronto, capitão? - o grego que o vira primeiramente, que agora Draco sabia chamar-se Péricles, o acordou de seus devaneios.
-P-pronto. - disse, nada pronto.
Quando percebeu seu cavalo já corria em direção aos soldados inimigos.
N.A.: Ai, gente!!! Mil perdões, mas não deu pra atualizar semana passada, eu arrumei um "estágio-bico" como assessora de imprensa e tô promovendo um jantar (dia 22), então não deu pra fazer mais nada da vida além disso e da facu! Tanto que foi o Vi que atualizou sozinho o Portal no dia de níver. Mudando de assunto: Valeu mesmo pelos reviews!!!! Vocês não têm noção de como me deixaram feliz =] Mas como sou exagerada, sempre aceito mais, viu? Quero saber o que acharam desse capítulo aqui: COMENTÁRIOS JÁÁÁÁ!!! Ah, deixe-me agradecer os reviews: becky-smyt, Bebely Black, Ninde Seregon, Kika Felton, Anaisa, Catarina, Jully-Li, Duda Amaral, miaka, Dani, Lina, Nick Malfoy, BiaMalfoy84, Pekena Malfoy, Ianê e Chi Dieh (que eu jurava ser a mesma pessoa! He, he!) ... E também aos e-mails: Yellowred, Mayara, Mariani Malfoy, Marita,Raisa e Nice, espero que não esteja esquecendo ninguém!!!! Mil bijinhos pra vcs, e juro que responderei todos os reviews e mails qdo sobrar um tempinho!!! E a Maira que deixou um comentário aqui no Floreios! ;)
Esclarecimentos: Como disse a fanfic também é inspirada no livro "O Incêndio de Tróia", ou "O Presságio de Fogo" (em Portugal, valeu becky!), e Kassandra é a personagem principal do livro, já no "Ilíada" que é o primeiro livro relatando a história da guerra, ela não é muito importante. Kassandra é irmã de Páris e Heitor, e no livro é gêmea de Páris, ela é sacerdotisa do deus Apolo e previu o desastre da cidade desde que Helena chegou. Ela tem um romance com o cunhado, Enéias, no livro que é mtoo fófis!
Gina, como Draco, tem alguém igual a ela no livro em que entraram, é a irmã de Kassandra, Polixena, uma personagem em "O incêndio..." que é ruiva, então acabei associando-as.
Briseida aparece no livro e no filme, em ambas obras ela é esposa de Akiles, só que no livro ela o ama muito mais do que ele a ela, porque ele é totalmente mal, frio e insensível, uma máquina de guerra. E ela também não é da família real, é apenas uma serva que se apaixona por Akiles quando ele vai ao palácio e pede para ser dada a ele, como um presente.
Nessa parte da história, Akiles já tinha matado Heitor, e sido morto por... (não devo dizer porque se alguém quiser ler o livro já vai saber), de qualquer maneira, pensam que o próprio deus Apolo o matou com uma flecha no calcanhar.
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