Prólogo



Aos leitores:
Bom a fic é UA e, por isso, não considera a existência de ninguém chamado Harry Potter. Nem Marauders, nem Voldemort, nem mais ninguém que não seja da família Black. Eles não são bruxos, embora, curiosamente, eles tenham um elfo doméstico porque eu simplesmente adoro a devoção do Kreacher pelo Reg. *.* Bastante uncannon, então idades e mortes também não contam aqui! Talvez um pouco de OOC, mas ai vai da visão que cada um tem dos personagens...
Contém Crossover com a série Twilight escrita por Stephenie Meyer e, por isso, traz personagens que não pertencem ao universo de HP, o que pode confundir um pouco quem não conhece a série. Quanto a spoilers, acho que ninguém que já tenha lido Twilight/Crepúsculo deve ser preocupar em ter surpresas estragadas. Existe um quote de New Moon, mas ele está bastante diluído na fic, sem contar nada sobre o livro original, ainda que muitos acontecimentos no livro tenham, de certa forma, influenciado no enredo desta fic.
É uma fic slash e incest, então não é recomendada para que não gosta do estilo/orientação/ship.
E por hoje é só pessoal!
XD


[CENTER][B][U]DREAMS AND SPIRALS[/B][/U] [/CENTER]


[i][b]Prólogo[/i][/b]

Subia as escadas calmamente. A madrugada era sempre a melhor parte do dia naquela casa. Ninguém à vista para ordenar ou julgar coisa alguma. De madrugada eu poderia simplesmente vagar pela casa o quanto quisesse ou ir a cozinha e pedir a Kreacher para preparar-me o que me desse vontade de comer ou beber. Ele nunca recusava, não importava quão avançadas iam as horas. Para mim, ele sempre estava pronto para fazer uma gostosa xícara de café quente com biscoitos.

E, com o frio que andava fazendo nos últimos dias, este era um pedido constante nas minhas noites insones. O aroma daquele café gostoso – importado diretamente da América do Sul porque era o mais cheiroso e saboroso – trazia boas lembranças e abria ótimos precedentes. O problema era convencê-lo a preparar [i]duas[/i] xícaras de café e [i]duas[/i] porções de biscoitos. [i]Ele[/i] definitivamente precisava aprender a lidar com elfos um pouco melhor...

Quando cheguei ao corredor dos quartos, uma tosse forte seguida de um sonoro palavrão me avisou que não precisaria acordá-lo para nosso lanche noturno. Enquanto me aproximava, escutei o som de uma porta se abrindo com violência. Esperei vê-lo colocar a cabeça para fora do quarto e estragar a pequena surpresa que preparei para nós, mas isso não aconteceu. Não era a porta de entrada do quarto que fora aberta. Suspirei aliviado e segui meu caminho.

Nossos quartos eram posicionados de frente um para o outro no longo corredor do nosso andar. Meu quarto à direita, o quarto dele à esquerda. Parei entre as portas, pensando em qual dos quartos seria melhor fazermos nosso lanche. Deveria chamá-lo ao meu quarto ou levar a bandeja diretamente para o dele? Antes que eu me decidisse, mais alguns tossidos curtos e secos, seguidos de outro palavrão. Ri, pensando que ele realmente precisava dar um jeito naquela boca-suja. Talvez, [i]eu[/i] devesse me voluntariar para limpá-la...

A porta que havia sido aberta se fechou com ainda mais violência, tirando-me dos devaneios a respeito da boca de meu irmão. Havia ruídos difusos dentro do quarto, como se ele o estivesse revirando à procura de algo. Pela extrema falta de cuidado com barulhos denunciadores, presumi que ele devia estar realmente irritado. Em geral, ele era sempre cuidadoso para não acordar mais ninguém...

Acabei decidindo ir para o quarto dele. Ele provavelmente precisaria de ajuda para arrumar a bagunça que estava fazendo. Abri a porta e me assustei, ao ver que o quarto estava ainda mais revirado do que eu imaginava: roupas pelo chão, a cama desfeita, objetos pessoais jogados por todos os lados. Sirius estava agachado ao lado da cama, procurando algo debaixo dela.

_ O que, raios, você está fazendo? – Foi tudo o que eu consegui perguntar.

_ Nada que seja da sua conta. Vá para o seu quarto. – Ele respondeu.

Resolvi ignorar a grosseria. Ver a fumaça do café quente subir, formando sublimes espirais, e inalar aquele cheiro delicioso de café me deixava de muito bom humor, para permitir que o mau humor dele interferisse nos meus planos. E obviamente teria mesmo que ser no meu quarto, já que o dele estava uma completa zona.

_ Ok. Vou levar a bandeja para lá... – Respondi, calmamente.

_ Regulus... – Ele chamou, com um fio de voz que eu quase não escutei. Ele provavelmente iria se desculpar, mas eu não precisava forçá-lo a isso.

_ Não demore! – Eu o cortei, virando as costas e dirigindo-me para o meu quarto. – E, por favor, pare de tentar demolir seu quarto. Além de todo esse barulho desnecessário, mamãe vai ficar uma fera quando ver isso. Você sabe que Kreacher não vai ajudá-lo porque você não aprende nunca a tratar o pobre elfo com decência...

Um forte arrepio percorreu minha espinha quando um vento frio e cortante correu pelas duas portas abertas. As espirais do café foram varridas para longe pelo vento e um outro cheiro invadiu minhas narinas. Ele estava louco? Por que deixar a janela aberta com aquele frio? Virei-me, pronto para reclamar, mas congelei com a visão que tive. A janela continuava aberta, mas agora o ar passava por ela com dificuldade porque Sirius estava parado diante dela. Com uma grande mala de couro, na qual eu não havia reparado até ali, na mão.

_ O que é isso? Aonde você pensa que vai? – Meus pensamentos ficaram turvos e confusos. Meus pés não despregaram do chão do corredor por mais que eu quisesse correr até ele e tirar aquela mala de sua mão.

_ Embora. – Foi tudo o que ele disse, antes que eu compreendesse o insano motivo para a janela aberta: Sirius passou agilmente as pernas para fora dela e sumiu na noite fria.

A bandeja caiu, derramando todo o seu conteúdo. O piso absorveu rapidamente o líquido quente, impregnando a madeira de lei com aquele cheiro característico. A partir daquele momento, o cheiro do café seria, para mim, sinônimo de dor.

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