Capítulo 7





Foi uma sorte não Ter sido apelidada de Cho Cover. Mas eu bem que merecia.



Acho que em quatro dias chorei por todos os meses de lágrimas derramadas daquela garota. Até em meus sonhos eu chorava.



Isso desencadeia alguns acontecimentos curiosos, pois em meus sonhos eu estava chorando, então lá me vinha Draco Malfoy com lecinhos, toalha, lençol, o que fosse, para acabar com minha angústia.



Havia uma certa irônia nos sonhos que eu tinha com ele. A gente quase não falava, ficava se olhando, e de repente estava se pegando das formas mais bizarras existentes. Isso me faz lembrar que...



Eu estava olhando para o dorso da cama, sem a menor vontade de secar aquela lágrima que descia pela lateral da minha face. Sentia sono. Mas não precisava dormir para sentí-lo chegando perto, com passos lentos.



Ele sentou-se ao meu lado, secando aquela lágrima por mim. Perguntou se havia demorado. Mas não deixou-me responder.



Ele me beijou.



Me beijou somente para que eu não pudesse impedí-lo de enfiar a mão no meio de minhas pernas.



E eu não o impedi, do contrário, deixei-o me usar. Eu sempre deixava. Eu gostava de me sentir assim. Usada. Desejada. Se Harry não me desejava havia alguém para fazê-lo por ele.

Havia...



Era uma droga acordar sendo sacudida. Eu simplesmente odiava. Odiava ser vista quando acordava. Descabelada.



- Levanta, dorminhoca!



Anote: Pior que ser vista descabelada e Ter um sonho interrompido é levar uma travesseirada na cara.



Mas eu não ia discutir, estava sem forças para isso. Chorar me arrancava as energias vitais.



Busquei um espelho no banheiro. Os banheiros do dormitório são realmente assustadores. Eu morro de medo daquele barulho de canos quando rangem, água pingando. Deve ser trauma.



Tempo para sentir medo eu também não tinha. Então estava eu lavando o rosto e me olhando no espelho.



Uma boa definição de Gina Weasley naquele exato momento: Acabada.



Acabada: descabelada, olhos inchados e vermelhos, aliás, rosto todo vermelho. Eu parecia mais uma coisa vermelha e disforme, e já estava odiando meu cabelo novamente.



Pisquei. Não ia chorar mais. Já estava cansada.



Não sei se dá pra cansar de chorar, mas eu havia cansado.



Mesmo porquê aquele seria o dia – ou melhor, a noite – que não deveria fazer parte do meu calendário. Eu não estava nem um pouco afim de pegar trauma do último dia do ano.



Fui informada das horas. Nove e trinta e cinco. O maldito Baile começaria às dez.



Ainda dava tempo de sair correndo sem ser percebida e se afogar no Lago?!



Não, não dava. Os corredores, àquela hora, estavam cheios de garotos de ternos e trajes de gala correndo dum lado à outro à espera de garotas em vestidos de festa.



Nem em mil anos eu morreria despercebida num lugar que devia estar cheio de casaizinhos patéticos se agarrando e trocando juras de amor.



Estava frio. Lutei durante quinze minutos com o roupão até criar vergonha na cara e entrar debaixo do chuveiro. Banhos quentes lavam a alma.



Eu poderia dormir ali debaixo, poderia dormir e continuar naquele devaneio de mãos que apertavam minhas coxas à procura de tantas outras partes do meu corpo. Era a mais pura loucura Ter Draco Malfoy dentro de um box no banheiro feminino das garotas do Sexto ano da Grifinória.



Era loucura mas na minha cabecinha ruiva fazia tanto sentido quanto o fato de dois mais dois serem quatro.



Precisei de muita determinação – e do fato da água estar esfriando considerávelmente – para sair dali e me vestir para o martírio.



Minha mãe havia me mandado pelo correio um vestido que segundo ela tinha sido escolhido por Tonks.



Peguei o pacote enrolado em papel pardo, desejando profundamente que minhas vestes não fossem nada capaz de me expor ao ridículo.



E... não eram.



Ninfadora Tonks. Uma grande anjo da guarda. Se havia alguma coisa capaz de me pôr para cima naquela noite era o meu vestido.



Parecia Ter sido feito somente para mim, de tão perfeito que ficava no meu corpo.



Rindo, eu girava diante do espelho, vendo a saia rodar levemente seguindo meus movimentos. Sua cor se alternava do negro para um tom avermelhado que, embora discreto, emitia uma espécie de brilho. Seu comprimento ia um pouco abaixo dos joelhos; as mangas caiam pelos ombros, deixando os mesmos à mostra. Delineava minha cintura – e eu agradecia por Ter o corpo que tinha. Eu me peguei olhando para baixo, vendo o decote dos seios, talvez um pouco ousado, mas muito bonito.



Era incrível. No meio de toda minha infelicidade eu estava me amando. Eu me amaria mais com o cabelo arrumado.



Então, quando finalmente aquele amontoado de fios vermelhos estava devidamente arrumado – a beleza que é Ter cabelos lisos – num coque propositalmente mal-feito, que deixava vários fios caindo pela testa e alguns atrás da orelha, eu me sentia linda, leve, solta, de salto e maquiada. Irresistível.



Queria ver quem ia se recusar a me Ter por perto.



Na verdade eu queria mesmo era ver o que Harry diria.



Me sinto idiota.



Tantas coisas boas no mundo e eu me preocupando com alguém que só sabia inferiorizar a própria vida buscando ser idolatrado.



~~~~~



N/A: huhuhu.. uu.. ai, eu já tô corrompendo a pobre fanfic, uma corrupção levezinha, neutra, mas tô.. Claro, eu não vou transformar a fic em NC 17, hahaah.. uu...



Ok, um pequeno rewiew: Gina está ficando louca - é o que eu penso -, Harry é um garoto muito estranho e estúpido - uu'' - e Draco tranformou-se num fantasma tarado que vem assombrar a probre Gininha.. uu²³²³... O Baile está chegandoooo ohohohho - *planos maléficos para o Baile uu*.



Deixem comentário ou eu não vou postar mais oo - *Alik's radical*.





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