I Wanna Be First
N/T: Fanfic escrita para o Projeto Crespúsculo da Seção H/Hr do A3V. Não tem nenhuma ligação com a música "First" da Lohan. xD
I Wanna Be First
por Luna Black
~
Ginny nunca seria a primeira.
Era um dia de inverno. Todos usavam várias camadas de roupa, gorros e cachecóis coloridos. Ainda não era Natal. Minha família estava reunida na casa de Ron e Hermione. Harry contava alguma piada às crianças quando ela o chamou para ir até a cozinha. Estava servindo o ensopado e eu já me encontrava sentada à mesa, juntamente com Ron e as crianças.
Era uma sensação de falsa segurança, essa de ela deixar Harry e a si mesma por último. Assim como eu sempre dizia a mim mesma que era a primeira na vida de Harry, que era comigo, e não com ela, que ele havia se casado. Penso que Ron fazia o mesmo em relação à Hermione. Eu fazia todos os esforços possíveis para acreditar naquilo porque a realidade era dura demais, porque era mais fácil fingir que não em importava. Mas não passava de uma mera ilusão. Porque o coração dele a havia escolhido, em ordem de preferência e importância. E vice-versa.
Ela servia o prato dele. E Harry não parava de falar e ela o ouvia atentamente. Quando se virou e pôs o prato na frente dele, riu do que ele dizia e, naquela hora, eu a achei magnífica, deslumbrante. Porque os olhos dela brilhavam de forma diferente, porque tinha o olhar dele atento à ela.
Hermione passou a fazer o próprio prato, começou a falar e eu fiquei impressionada com a concentração que Harry a ouvia. Era como se todo o mundo tivesse desaparecido, ele ficava centrado, hipnotizado. Ele concordava com a cabeça com o que ela dizia, e dava para perceber que tinha lhe pedido a opinião sobre alguma coisa, e ela estava dando.
Ele nunca pedira a minha opinião. Sobre nada. E eu invejei Hermione. Também a odiei porque companheirismo foi à primeira palavra que me veio à mente. E esse era o primeiro passo para o felizes para sempre. E aquela cena me fez lembrar que desde o primeiro ano de nosso casamento, Harry jamais tinha olhado para mim daquela forma, tampouco me escutado com tanta atenção.
Hugo já havia chamado por Hermione duas vezes e agora gritava pela atenção da mãe. Ela se virou, pedindo que esperasse. Tornou a olhar para Harry e sorrir antes de largar seu prato e ir atender ao filho. Cheguei à conclusão que era impossível qualquer pessoa competir à atenção dela com Harry ou o contrário. Era uma luta perdida, um ato falho.
Eu não podia sequer contestar, porque, de fato, era tão inocente, tão ingênua e verdadeira aquela ligação, que chegava a beira a impossibilidade. Via-me de mãos atadas, fadada a viver com aquilo sempre e sempre. E a culpa era só minha por não ter enxergado antes, ou, quem sabe, admitido.
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