Capítulo 12
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Halls de Queijo
Ou,
O feitiço do patrono e a máfia da fofoca.
28 de outubro
Narrado por; Emmeline Vance
Aula de DCAT.
A aula que mais presta, por assim dizer. Depois desse mês FDP correndo de um lado pro outro com aqueles NOMs FDPs eu nem tive a chance de falar com qualquer pessoa sobre o que aconteceu com o Remus e comigo na minha festa. Foi foda – a festa, quero dizer – mas sei lá. Isso me deixou pra baixo.
Ergui os olhos pro professor Troubles, um carinha barrigudo que acha que é o Dumbledore ou algo assim. Eu sorri com escárnio pra ele, mas não sei se ele percebeu enquanto colocava todos os materiais na mesa de mogno dele e pigarreava pra chamar a atenção. Marlene suspirou entediada ao meu lado.
- Muito bem, crianças – o baixinho começou nos encarando animado. – Hoje vocês colocaram seu intimo pra fora através de animais.
Todo mundo o encarou com uma interrogação na testa.
Eu ri.
- Eu explico. – ele prosseguiu se empertigando. – Patronos.
Todo mundo o encarou com duas interrogações na testa.
Eu ri de novo ao mesmo tempo que ele suspirava.
- O que ser um Patrono? – Eu olhei na direção da voz curiosa. Lucius Malfoy não parecia entediado como em todas as aulas, inclinado na carteira ao lado de Snape, curioso.
- Expecto Patronum, o Feitiço do Patrono, é o feitiço utilizado para afastar dementadores, protegendo as pessoas, como uma espécie de guardião. ¹ - o professor explicou calmamente. Dava pra ver que ele gostaria de pular toda essa parte e ir logo pros animais. – Os dementadores não gostam de lembranças felizes. Por isso se alimentam delas. Quando uma pessoa tem todas as suas lembranças felizes sugadas, pode virar uma coisa sem alma.
Eu estremeci e ergui a mão indecisa.
- O que é um dementador? – perguntei cautelosa. Lembro de ter ouvido falar num desses aí, mas não tenho certeza.
- Dementadores são os guardas da prisão de Azkaban – ele explicou, parecendo desconfortável.
E eu lembrei.
Era pra onde o pai assassino-e-seqüestrador-de-Marlenes (?) da Dorcas tinha ido. Azkaban, quero dizer. Eu senti um arrepio ao ouvir o nome daquele lugar.
- Mas enfim – o professor prosseguiu puxando sua varinha do bolso interno da capa. – O Patrono é conjurado quando você pensa em uma lembrança muito feliz. A mais feliz que você tiver.
Um monte de coisas passou pela minha cabeça.
Quando o Remus me encarou pela primeira vez; quando eu percebi o que eles tramavam com a festa; quando o Remus me ajudou com aquela vampira que agarrou meu cabelo; quando a gente se conheceu; quando eu provei Halls pela primeira vez; quando o Remus segurou minha mão;
Sem pensar direito, ergui a varinha e ainda pensando na ultima lembrança, procurei deixar a voz firme e girando a varinha do jeito tradicional pronunciei calmamente:
- Expecto Patrono.
Da ponta da minha varinha surgiu uma parada prateada que meio que saiu lá de dentro. Ela começou a tomar uma forma à medida que eu pensava com mais concentração. Depois de uns cinco segundos, me toquei que tinha um cisne saindo da minha varinha.
Eu abri um sorriso enorme, mas quando me desconcentrei, o cisne que me encarava sumiu numa espécie de prateamento (?)
- Ora, ora, ora, Vance – o professor me encarou com um olhar indecifrável. – Muito bom.
- Obrigada – eu murmurei meio atordoada pelo cisne ter sumido assim de repente.
- Levantem-se, levantem-se. – mandou o professor entusiasmado. – Espalhem-se pela sala e conjurem seus Patronos.
Ele ergueu a varinha quando a gente se levantou e as cadeiras fizeram umas filas coladas nas paredes. Lene, Dor e Lily vieram para perto de mim.
- Ele fala isso como se fosse fácil. – Lene murmurou impaciente ao meu lado. Os cabelos dela voaram quando ela sacudiu a cabeça. – Como você fez?
- É, Emmy – Lily e Dorcas me encararam boquiabertas. – Como você fez aquilo? FOI DEMAIS! õ/
- Valeu, gente – eu sorri acanhada. – É só pensar numa lembrança feliz, oras. Vocês têm alguma, não têm?
E as três fizeram caretas pensativas.
De repente Lily pareceu ter lembrado alguma. Eu abri a boca pra perguntar qual era, mas antes que eu pudesse fazer isso, Sirius, Remus, James e Peter apareceram de repente e Lily corou.
Hm, suspeito.
- Caramba, Emmy – James exclamou, deslizando pro meu lado. – Aquele cisne foi demais :D.
- Qual o seu Patrono? :D – eu perguntei alegremente.
- Eu tenho uma idéia do que seja – ele respondeu sombrio. Não parecia ter precisado pensar muito na lembrança, mas eu vi o rosto dele ficar meio vermelho quando se lembrou dela. AÍ TEM TRETA! (?) – Expecto Patrono.
E um cervo lindo saiu da varinha dele. Ele galopou pela sala toda, subindo gradativamente e depois galopou pra baixo, majestoso. Ele curvou a cabeça numa reverencia pra todo mundo. E sumiu.
- Uaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaau – todo mundo sussurrou em uníssono.
James sorriu convencido.
- Olha eu, olha eu! :D – Sirius sorriu travesso e apontou a varinha pro nada. Invocou uma lembrança que pareceu causar dor a ele: sua voz tremeu. - Expecto Patrono.
Preciso dizer que um cachorro saiu da varinha dele?
Ele saiu correndo todo feliz pela sala e quando chegou perto de todos, deu pra encarar os olhos prateados dele. E de repente ele mostrou a língua pra todo mundo e sumiu.
- Há! – Sirius fez, convencido. Eu percebi que os olhos do cachorro eram idênticos aos dele.
- OEHAHEOAHEAUEHAUEAHEUAHEA – todo mundo riu.
- Nunca vi combinação melhor – Dorcas disse sarcástica. – Minha vez. Expecto Patrono.
E uma garça linda saiu da varinha dela. Como o cervo de James, ela deu uma volta pela sala e passou no meio de todo mundo. Eu sorri pra ela. De repente, ela sumiu também.
- Há! [2] – fez Dorcas, feliz da vida. Ela colocou as mãos na cintura com um sorriso de escárnio.
Ô, convivência. ¬¬
- Expecto Patrono. - murmurou Lene. Ela mordeu o lábio inferior quando alguma coisa estava prestes a sair de sua varinha. Não conseguiu. Tentou de novo. - Expecto Patrono.
- A lembrança não é feliz, Lene – Lily disse cautelosamente, parecendo ter uma boa idéia da lembrança que Lene estava usando. Remus, calado no seu canto, se empertigou. – Não o suficiente.
- Deixe-me ver – Lene disse, pensativa. E de repente ela sorriu, girando a varinha graciosamente. - Expecto Patrono.
Um gato de olhos castanhos saiu da varinha dela.
Engraçado como é exatamente o oposto do cachorro de Sirius, q. Ele saiu correndo por aí, felino e sorridente, com aqueles dentes enormes de gato e saltou por cima da cabeça de Lily se desfazendo na mesma fumaça prateada.
- Há! [3] – ela disse com um sorriso. Logo ele se apagou.
- Minha vez, minha vez – Remus se adiantou, tentando claramente impedir uma catástrofe. - Expecto Patrono.
E um lobo saiu da varinha dele.
Era muito gato aquele lobo (6). Ele não correu, apenas ficou parado no mesmo lugar olhando a sala com uns olhos inteligentes. Ele sorriu mostrando os dentes pra todo mundo e fez que uivava por uma lua inexistente. Depois ele se foi.
Como se o Remus fizesse isso todo dia.
HM, SUSPEEEEEEEITO.
- EU QUERO TENTAR, TAMBEM! – Lily gritou do nada. - Expecto Patrono.
Uma corça saiu da varinha dela.
Era bonita, tinha os olhos invejosamente verdes da Lily. Ela também ficou parada no mesmo lugar em que James – bem, o cervo dele – tinha parado pra fazer aquela reverencia. Lily deu tchauzinho pra corça, que depois de um tempinho sumiu.
- Nossa, que coisa – Peter comentou, tímido. Dorcas ergueu as sobrancelhas significativamente pra ele. – Ta, eu tento ¬¬. Expecto Patrono.
Um ratinho tímido saiu da varinha dele, tempo suficiente pra gente ver que era um rato. Não ficou tempo demais e depois sumiu.
- EI, WTF TÁ ACONTECENDO COM O PATRONO DO SNAPE? – eu ouvi um berro enorme do outro lado da sala e virei meu rosto pra lá, curiosa, a tempo de ver o que sobrou do patrono dele sofrer umas mutações esquisitas (?)
- OLHA O PALAVREADO! – o Troubles gritou, tentando afastar o circulo de gente que se agrupou a tempo de ver o Patrono se desfazendo pra passar.
- Acho que ta virando uma corça. – James murmurou distraído. Depois pareceu se tocar que alguma coisa tava rolando e eu vi um lampejo de raiva nos olhos esverdeados dele que se estreitaram em duas fendas.
- O que tem isso? – Lily murmurou. Então se tocou de alguma coisa. – UMA CORÇA! AQUELE IMITÃO DE PATRONOS! (?)
Ela bateu o pé impaciente.
- SNAPE! PARA DE ROUBAR MEU PATRONO! – ela gritou pra ele, enfurecida. Ou pro topo da cabeça dele, que era só o que dava pra ver no meio de tanta gente.
- EU NÃO TÔ FAZENDO DE PROPOSITO, EVANS! – ele gritou lá do meio do povo. – ACHA QUE EU TÔ CONTROLANDO ISSO?
- ACHO! – ela retrucou raivosamente.
- TÁ, PAREM COM ISSO! – Troubles gritou de novo, exasperado. Então ele se zangou, fez cara feia e sacou a varinha. - Impedimenta.
Todo mundo ficou paralisado.
Eu achei meio impossível que a criatura tenha conseguido deter uns trinta alunos com um feitiço só. Eu ergueria as sobrancelhas, mas o feitiço nem deixou. Quando ele encarava todo mundo ao mesmo tempo com uma veia latejando na têmpora finalmente falou alguma coisa.
- Que coisa vergonhosa! – ele exclamou com as mãos na cintura. – Uma turma toda de jovens de quinze anos - ele frisou o ‘quinze anos’ desnecessariamente – agindo como se tivessem onze.
Ele balançou a cabeça de desgosto, os olhos fechados.
Quando os abriu, começou a berrar.
- FORA, FORA, TODO MUNDO F-O-R-A!
Sirius sorriu e estendeu as mãos pra frente como se estivesse numa moto.
- Eu vou de lambretinha! De lambretinha eu vou pra fora! (?) – ele começou a cantar de um jeito esquisito. Jogou a cabeça pra trás e soltou uma gargalhada.
James e Remus o acompanharam colocando as mãos nos ombros dele, os três de lambretinha (?)
- EU VOOOOU DE LAMBRETINHA! DE LAAAAAAAAAAMBRETINHA EU VOOOOOOU PRA FOOOORA! – eles começaram a berrar.
Eu gargalhei e de repente todo mundo estava indo de lambretinha.
- EU VOOOOOOOOOOOOOOOOU DE LAMBRETIIIIINHAAAAA! DE LAAAAAAAAAAMBRETINHA EU VOOOOOOOOOOU PRA FORAAAAAAA! – e a gente foi de lambretinha (?) até o Salão Principal pra almoçar. O Sirius deu um jeito de abrir a porta e sair cantando Salão a dentro com 29 pessoas lambretando atrás dele.
- A GEEEEEEEEEEEEENTE VAI DE LAMBRETINHAAAAAAAA! DE LAAAAAAAAAAMBRETINHA A GENTE VAAAAAAAAAAI SENTAAAAAAAAAR! – e do nada, todo mundo parou de lambretar (¿) agindo como se a gente nem tivesse feito uma coisa ridicula.
Eu surtei legal aquela hora (y).
Me sentei entre o James e a Lene ainda tremendo de tanto rir e peguei com meus talheres um pouco de arroz e um pedaço enorme de lasanha de presunto e queijo pro meu prato, dando uma garfada na lasanha e comendo rapidamente.
- Ei, Lily – eu ouvi alguém chamar a Lily e vi a Enne empertigada no lugar dela nos encarando curiosamente.
- Oi – ela respondeu quando terminou de mastigar o pedaço de lasanha dela. Ela sorriu ao ver quem era. – Enne! :D
- Oi. – Enne também sorriu. – O que foi aquilo?
- Sei lá. – ela deu de ombros rindo de novo. – Pergunte pro Sirius. Ele que inventou esse lance de lambretinha.
Na minha frente, Sirius riu de novo.
- Vocês deveriam me agradecer por tirar todo mundo de lá – ele brandiu o garfo pra todo mundo. – O Troubles podia ter um ataque cardíaco e a gente que ia ser o culpado.
- Aham, total – Marlene concordou sarcástica ao lado dele. – Só se fosse você.
Sirius se limitou a mandar uma olhada pra ela e depois voltou pra sua lasanha.
LASAAAAAAAAAAANHA ♥
- Foi legal – Dorcas disse com um sorriso -, apesar de todo mundo ficasse olhando a gente com medo.
- E com razão – concordou Remus, com um sorriso torto. – A gente parecia um bando de bêbados.
- Culpe o Sirius – James disse brandindo o garfo pra ele.
- Não reclamem, seus ingratos – Sirius se defendeu indignado. – Vocês me seguiram, ta legal?
- Ele tem razão – admitiu Lily. – Se vocês acharam tão horrível, porque todo mundo em menos de cinco segundos tava lambretando pra fora da sala?
- Gente, calma com a polemica – Dorcas protestou. – A gente já bancou os bêbados o suficiente, ta?
- Ok, ok, que seja – Sirius deu de ombros. – Mas qualquer dia, vocês que vão começar a cantar algo esquisito, ahah.
- Quero só ver – Marlene murmurou com um sorriso malicioso.
- Vai ver – Sirius declarou sombrio. Seu sorriso espelhava o de Lene.
Depois de todo mundo ter comido e bebido, Dorcas ficou com vontade de ir ao banheiro, e como eu era a vitima mais próxima, ela acabou me arrastando junto.
O que me leva a esperar ela esvaziar sua bexiga consideravelmente cheia sentada na pia do banheiro.
- Anda logo, Dor – eu reclamei, encarando a porta do boxe onde ela estava.
- Calma – ela retrucou. – Eu não posso acelerar as coisas aqui sabe?
- Hm – eu murmurei, ainda encarando a porta; tinha me distraído com um barulho que escutei do lado de fora da porta.
Era a voz de alguém.
Eu sorri maliciosa com a perspectiva de escutar uma conversa no banheiro e bati o mais silenciosamente que pude no boxe da Dor e me esgueirei pra dentro quando ela, devidamente vestida abriu a porta.
As pessoas entraram apressadamente. Pareciam preocupadas.
- Sim – falou uma voz irritante. – O que tem de novo? Qual a importância disso tudo?
- Só algumas novidades direto da aula de DCAT do quinto ano – pela voz, a garota parecia estar sorrindo.
- Quais são? – perguntou uma terceira voz, impaciente. – Eu não tenho o dia todo, sabe?
- Patronos – a segunda voz respondeu, deliciando-se. – O de Severus Snape aderiu ao de Lily Evans.
- Lily Evans? – a primeira voz refletiu. Eu me empertiguei. – Interessante. O que vocês precisaram fazer pra conseguir a informação?
Eu percebi que a voz estava se aproximando desse boxe.
Ela parecia prestes a abrir a porta, como se soubesse que estávamos aqui. Não me pergunte como, já que a Dorcas estava tão imóvel quando eu. Quando girei para encará-la ela também parecia ter percebido o perigo.
- E agora? – seus lábios se moveram silenciosamente procurando a palavra.
Eu ergui os ombros, consciente da minha expressão torturada.
- Nada de mais – a segunda voz respondeu entediada. – O de sempre.
- Não deixaram rastros, não é? – a primeira voz se aproximava da gente.
Eu olhei em volta desesperada.
A melhor coisa que achei foi o vão que separava a outra cabine da nossa. O único jeito da gente escapar era passando por aquilo, e rápido.
- Claro que não. – a terceira voz respondeu agourenta. – Pare de perguntar isso toda vez que a gente consegue uma informação útil.
- Precaução – a primeira voz respondeu maliciosa.
Eu me agachei silenciosamente e apontei pro vão.
Dorcas me encarou como seu eu fosse louca, mas se agachou também e fez sinal pra eu ir primeiro.
- O que mais? – eu quase pirei quando a primeira voz estava do outro lado da porta.
Eu me deitei de barriga pra baixo no chão e franzi o nariz de nojo, mas me puxei pro outro boxe.
Amem que eu sou magra (h). Quando eu estava em segurança no outro boxe, vi as mãos pálidas de Dor se firmando aqui e deslizando também.
Ela hesitou, mas se lançou pra cá ao mesmo tempo que a porta do boxe dela se abria.
Narrado por; Marlene McKinnon
Eu e Lily estávamos esparramadas de barriga pra cima no carpete ridiculamente vermelho da Grifinoria, cada uma pensando na vida, enquanto os meninos fugiram pro campo de Quadribol pra supervisionar os testes pro novo time.
Eu suspirei ao encarar o lustre bonito lá do teto. Ao meu lado, Lily se ergueu e tirou alguma coisa do bolso da roupa.
- Quer Halls? – Lily perguntou distraída, segurando um pacotinho de Halls de morango para mim. Eu sorri.
- ‘Brigada. – agradeci tirando um bombom lá de dentro.
Me virei e fiquei de barriga pra baixo no chão, me apoiando nos cotovelos pra encarar a Lily ainda esparramada. Os cabelos dela estavam jogados em torno de sua cabeça, ela estava parecendo uma doida (?) com um monte de cabelo laranja saindo da cabeça.
Eu ri ao desembrulhar o papel do Halls e jogá-lo rapidamente na boca.
Lily girou a cabeça pro lado pra me encarar.
- ‘Tô entediada. – ela reclamou. – Cadê a Emmy e a Dor?
- Acho que elas foram ao banheiro – eu falei, deliciada com o gosto do Halls.
- Hm. – ela grunhiu. Depois parecia ter tido uma idéia. – Vamos nos inscrever no time de Quadribol? *-*
Eu ergui as sobrancelhas.
- ‘Tá – concordei cautelosamente. – Mas porque o interesse repentino em Quadribol, Evans?
Ela revirou os olhos.
- Sei lá. – ela deu de ombros. – Acho que de um desejo de estragar todo o trabalho dos garotos.
Ela riu maquiavelicamente.
- Mas antes eu tenho umas perguntas pra você – eu sorri com escárnio.
- Manda.
- Qual a lembrança que você pensou pra chamar o patrono? – eu fui direta. Lily girou pra ficar de barriga pra baixo igual a mim e me encarou de novo.
- Qual a sua lembrança? – ela desafiou, estreitando os olhos.
Eu apontei um dedo acusador pra ela.
- Eu perguntei primeiro. – falei convicta. – Desembuche.
Ela suspirou pesadamente.
Como se estivesse pensando se deveria me contar ou não.
- Ahn – ela corou de novo. – Você quer mesmo saber?
Eu ergui uma sobrancelha friamente.
- Tudo bem, tudo bem – ela escondeu o rosto vermelho nas mãos. – Quando o James ‘tava quase me beijando.
Meus olhos brilharam.
- JURA? *-* - eu perguntei maravilhada.
- Claro! – ela gritou. – Como eu poderia falar isso em voz alta se não fosse verdade?!
- Sei lá – eu dei de ombros, ainda feliz.
- Agora fale-me a sua (6) – ela tirou as mãos do rosto já normalmente pálido e me encarou maliciosa. Minha vez de corar.
Eu escondi o rosto nas mãos e cochichei baixinho.
- Meu beijo com... Ele. – eu corei mais ainda. Senti o calor do meu rosto debaixo das minhas mãos.
Eu senti Lily se empertigar ao meu lado.
Abri uma brecha nos meus dedos pra encarar ela.
- Que foi? – eu perguntei diante da expressão dela. Indecifrável.
- COMO VOCÊ PÔDE? – ela me acusou veemente, apontando um dedo no meu nariz. – ELE GOSTA DE VOCÊ! VOCÊ GOSTA DELE! COMO VOCÊ PÔDE ACABAR COM TUDO?
- O QUÊ? – eu gritei. Depois me arrependi e voei pra cima dela, tapando sua boca. – Fale baixo. – sibilei ameacadoramente.
Ela fez que sim com a cabeça e eu tirei minha mão da boca dela.
- Mas, serio, Lene – ela falou angustiada. – Como você pôde?
Eu mordi meu lábio.
- Pare de falar disso – eu reclamei, abraçando meus joelhos. – Dói.
- Mas a culpa é sua – ela sibilou pra mim.
- QUE SEJA! – eu senti meus olhos se encherem de lagrimas com as acusações verdadeiras dela. – Não tem volta.
Ela finalmente sacou que eu não gostava de falar disso.
Mudou de assunto tão bruscamente que eu a encarei com medo:
- Vamos procurar Emmy e Dorcas – ela falou, se empertigando e se levantando.
- ‘Tá. – concordei me levantando também. Não olhei seu rosto.
- Desculpe, Lene – ela falou. Eu finalmente levantei a cabeça pra encará-la. Ela me olhou preocupada. – Mas eu tinha que dar um toque pra você. Gostaria que alguém fizesse isso por mim, por mais duro que fosse.
- Vou pensar nisso – eu disse bruscamente. Comecei a andar e abri a porta do Salão Comunal.
- Onde você acha que as garotas estão? – Lily perguntou, visivelmente tentando amenizar o cilma.
- No banheiro? – eu sugeri com um sorriso de escárnio.
- Pode ser – Lily murmurou.
Viramos à esquerda no corredor.
Eu agradeci por ter colocado meus tênis favoritos hoje, os que não faziam barulhos; e foi aí que eu ouvi algumas pessoas falando, se aproximando da gente.
Puxei Lily pra detrás de uma tapeçaria qualquer que tinha no corredor e percebi com satisfação uma pequena passagem secreta lá dentro. Eu me encolhi junto com Lily lá e nos duas observamos quietas as três pessoas vestidas de rosa passarem e entrarem no banheiro.
- Vamos conversar aqui, então – eu ouvi uma voz irritante começar a falar, depois empurraram a porta e aí, mais nada.
Eu encarei a Lily.
- Vamos dar uma espiada? (6) – ela sugeriu maliciosa.
- Ok – eu dei uma piscadela. – Mas como a gente entra e ouve tudo sem ser pega? ¬¬
Lily olhou todo o cubículo em que estávamos encolhidas e eu a acompanhei. Meu olhar bateu direto numa espécie de grade que tinha em cima das nossas cabeças.
Eu sorri maliciosa e a empurrei gentilmente para cima e a afastei pro lado.
- Vamos – eu disse pra Lily, que apenas concordou.
Eu primeiro me agachei, olhando em volta, me certificando que não tinha nenhum rato por ali.
Depois me segurei e puxei meus pés para cima. Um segundo depois e Lily tinha feito o mesmo.
- Tudo bem por aqui, né? – ela perguntou cautelosa, olhando em volta quase dignamente, se nós duas não estivéssemos de quatro
- Claro. – eu falei, engatinhando pra frente. – Eu não entraria aqui se tivesse algo assim.
- Ok, então. – Lily concordou incerta.
Eu ri baixinho da cara dela e depois continuei engatinhando até que chegamos a uma espécie de tobogã, só que quadrado, da minha altura e largo o suficiente pra eu e Lily nos colocarmos cuidadosamente lá e olharmos pra cima.
Não dava pra ver muita coisa, mas dava pra ver e ouvir o suficiente. Como alguém sentado no vaso sanitário, ou pelo menos, seus pés. Pés fantasmagóricos.
Ah, beleza. Murta-Que-Geme.
Eu me encolhi, esperando pelos berros, que nem vieram. Ela estava calada, como se o que quer que as garotas estejam falando lá dentro fosse extremamente importante. Ou como se não quisesse que soubessem que estava ali.
Ouvi o nome da Lily, quando obviamente uma das garotas o pronunciou com nojo. Ela se empertigou ao meu lado, mas não falou nada, só que do jeito que ela é, deve estar xingando a garota. Eu fiquei distraída com uma coisa que eu vi pelo chão. Uma coisa que tinha a mesma cor do cabelo da Emmy.
Eu percebi que ela estava vindo pra cá. Ou pelo menos tentando. E a Dor junto com ela. Passaram pro boxe que estava ao lado do da Murta, sem aparentemente sacar que ela estava lá.
Emmy e Dor passaram suas cabeças pelo vão entre o boxe que o resto do corpo delas estava e o boxe da Murta. Elas empalideceram, mas Dor ergueu o braço e suplicou com um dedo sob os lábios que ela ficasse calada. Pela expressão das duas, ela resolveu obedecer.
Eu senti um alivio momentâneo: de qualquer forma só ia dar pra fugir.
Nem pra elas estarem com uma meia na cabeça ou algo assim (?). A Murta ia dedurar todo mundo.
Elas se esgueiraram pra dentro do boxe da Murta exatamente quando as garotas abriram o boxe onde o corpo delas estava. Olharam a gente aqui e fizeram um sinal pra gente se afastar, apesar de estarem claramente surpresas.
A gente se afastou, ficando de quatro de novo e Dor passou as pernas pelo buraco e se soltou, pousando agachada. Depois foi Emmy.
- Todo mundo resolveu explorar a escola hoje? – Emmy falou apenas mexendo os lábios, dando um sorriso sarcástico.
Eu sorri pra ela junto com Lily e Dor.
- Vamos dar o fora – eu falei do mesmo jeito que Emmy.
Quando atravessamos tudo àquilo de novo, nos acomodamos duas no quadrado atrás da tapeçaria – no caso, eu e Dor – e duas convenientemente sentadas na parte de cima, onde a gente passou da primeira vez, e nos encaramos.
- Qual foi a de vocês? – eu perguntei curiosa, mas baixinho. Era pedra, por sorte não tinha eco.
- A Emmy quis ouvir a conversa das garotas – Dorcas explicou rindo. – Mas por culpa dela eu tive que me esfregar no chão do banheiro.
Emmy deu língua pra ela.
- Eu não teria me arrastado assim se não tivesse um motivo – Emmy disse com dignidade. – O jeito delas era assustador.
- Eu sei – Dor falou simplesmente. – Se não fosse assim, eu teria deixado elas nos descobrirem.
- Aham – Lily concordou do lado de Emmy. – Eu ouvi como elas disseram meu nome. Com nojo.
Mesmo assim, Lily parecia lisonjeada.
Eu ri.
- Compreendo – eu coloquei a mão no queixo, pensativa. – Pareciam umas fofoqueiras.
- Jura? – debochou Lily do seu canto.
- Mas até a Murta tava na dela – eu continuei ignorando a Lily. -, como se estivesse com medo que descobrissem que ela estava lá.
- E ela vai nos dedurar – Dor disse com amargura. – Nós quatro somos inconfundíveis: Lily é ruiva, Emmy é loira, eu tenho olhos azuis demais e a Lene é uma branquela. – ela riu.
Nós três demos língua pra ela.
- Acho que aí tem treta (?) – Lily falou decidida.
- E elas falaram de um ‘’jeito de conseguir a informação’’ – Emmy falou, pensativa. – Parecem umas mafiosas (?)
- É isso aí. – Lily disse satisfeita. – Máfia da Fofoca.
- É! – eu concordei animada. – Mas ainda acho melhor que a gente saia daqui e vá logo dar uma espiada nos meninos.
- Só controle sua ansiedade pra ver o Sirius – Dor riu.
Eu não respondi, nem Lily.
Afastei a tapeçaria pro lado e saí de lá. Me arrependi total de ter feito isso. As três mafiosas (?) me encararam de cima, como se eu fosse uma coisa que não merecesse preocupação.
Eu disfarcadamente empurrei a tapeçaria pra esconder as garotas lá dentro e sorri zombeteira.
- Ora, ora, ora. – a primeira garota falou. Tinha sapatos feios e uma voz irritante. Esperei que elas pudessem ouvir o guincho dela e ficassem meio que alerta. – Se não é Marlene McKinnon.
- Oi. – eu respondi simplesmente.
A garota era loira, tinha cabelos loiro clarão e um rosto pálido. Era alta, magra e seu uniforme estava sem o símbolo da sua casa e sem gravata; usava um colar rosa choque. A segunda era quase idêntica a outra, mas seu rosto era largo e ela usava uma boina rosa choque. A terceira era igualmente idêntica as outras duas, mas usava uma pulseira rosa choque no braço esquerdo. Os olhos das três eram negros, mas eram hostis.
- A que devemos a honra da sua xeretisse? – a terceira, a da pulseira falou exigente.
- Sei lá – eu respondi casualmente. Elas não me davam medo, como se fossem inofensivas; apesar de eu saber que não eram e seus olhos concordarem comigo. – À vontade de sair por aí livremente.
- Num dia de sol? – a segunda perguntou rispidamente. – E com um teste pro time de Quadribol lá fora?
- É. – eu disse igualmente ríspida. – E alem do mais, eu não lhe devo satisfações.
A segunda sorriu, mostrando dentes brancos e restos.
Que mesmo assim me deram vontade de me mandar.
- Aham – a terceira concordou alegremente. – A gente saca.
Eu ergui uma sobrancelha.
- É mesmo?
- Aham, total – a primeira sacudiu a cabeça afirmativamente.
- Legal. – eu disse, ainda fria. – Então porque vocês não se vão?
- Porque a pressa? – a terceira perguntou num tom meio hostil. – Está escondendo alguma coisa aí?
- Aqui? – eu me fiz de inocente. – Aqui onde?
- Aí atrás dessa tapeçaria – a segunda disse, sem olhar; ainda me encarando. – O que tem aí?
- Uma passagem secreta? – eu sugeri ainda inocentemente. Uma pena que não podia usar o sarcasmo. Desejei que as meninas se mandassem.
E como se tivesse alguém lá em cima que gostasse de mim, ouvi a porta do banheiro da Murta se fechar. As meninas estavam fora dali.
Um plano se formou na minha cabeça (6).
- Querem olhar? – eu perguntei, me afastando pro lado gentilmente e apontando pra tapeçaria. – É toda de vocês.
Elas me encararam com desconfiança, mas finalmente se abaixaram pra olhar lá dentro.
Eu chutei todas as três pra lá e fechei a tapeçaria mais rápido do que você possa dizer Halls de morango.
Depois, com uma gargalhada saí correndo em disparada para o banheiro da Murta , fazendo um sinal pras meninas me seguirem. Num segundo , nós quatro corremos pra porta da frente alegres e serelepes. Eu ri de novo.
Narrado por; James Potter.
Eu encarei a prancheta com um ar determinado, e depois de passar a mão no meu cabelo, berrei os primeiros dez nomes da lista dos artilheiros:
- GIDEÃO PREWETT, FÁBIO PREWETT, MARLENE MCKINNON, LILY EVANS, DORCAS MEADOWES, EMMELINE VANCE, SIRIUS BLACK, REMUS LUPIN, PETER PETTIGREW (?) E FRANK LONGBOTTOM!
Demoraram dois segundos pra eu perceber que todo mundo, menos as garotas, estava lá me encarando interrogativamente.
Eu pigarreei.
- Legal. Podem pegar a goles e fazer uma fila pra arremessar – continuei autoritariamente. – Vão à frente das garotas, pelo jeito vão demorar.
Gideon Prewett sorriu malicioso antes de se juntar ao resto dos possíveis sofredores, ao mesmo tempo em que as garotas chegavam ofegantes ao campo e pararam de correr só pra respirar, então pegaram umas vassouras que eu tinha separado pra quem não tem.
O Gideão acertou as três vezes que tinham combinado; já o Fábio nem tanto: o coitado saiu voando em ziguezague atrás da bola até que quase deu de testa no aro do meio; -euri.
Das garotas, a Lene foi a única que se saiu bem: voava como se fizesse isso a vida toda e também acertou as três vezes. A Lily caiu da vassoura na primeira tentativa e ficou rindo estirada no gramado junto com a Dor; Emmy se manteve um pouco mais do que elas, acertando na primeira vez, mas na segunda caiu em cima da Lily.
O Sirius, bem, ficou se exibindo pras garotas, dando piscadelas e voando sem as mãos, e ficou fazendo acertos até que o Remus deu um pedala nele, fazendo o Sirius quase cair da vassoura. O Remus caiu que nem a Lily, na primeira tentativa. O Peter se distraiu com a grama (?), mas em compensação o Frank acertou dois arremessos.
Era obvio que o Peter, o Fabian, a Dor, a Emmy, a Lily, o Remus e o Frank não tinham jeito pra
Depois, eu berrei os cinco nomes da lista de batedores.
- JACKIE WENDEL (?), ALICE THOMPSON, JASON WOOMPS, SOPHIE MCPHEE E MACKENZIE MCPHEE.
Alice, Jackie e as gêmeas McPhee já estavam lá, prontas para serem testadas (6). Olhei em volta bobamente, esperando que o Jason pule de trás de uma arvore (?) e me poupe de ficar esperando, mas como não o vi, voltei minha atenção pras
- Legal. – aprovei. – Treinem com os bastões.
Jackie saiu correndo (?).
As gêmeas e Alice já estavam no canto. Alice não era muito boa, então desceu da vassoura quando escorregou pela terceira vez, de cara amarrada e foi se sentar com Dor. As gêmeas eram muito boas; pegaram uma maçã do bolso da Sophie e ficaram rebatendo uma pra outra. Pousaram alegremente e se sentaram junto com Lene, Sirius, Gideão e Frank.
Eu olhei a lista dos goleiros.
- JOHN CALLES, MUDD BUCKDUCK, EDWARD NIGGEL E JACOB FOREN! – Berrei.
Apareceu um grupo peculiar de gente; John, Mudd e Jacob eram baixos, acho que do tamanho do Peter, e eu logo notei que eram do terceiro ano, apesar de John e Mudd serem dois brutamontes. Edward era alto, esguio e era visivelmente da minha altura; parecia ser do sétimo ano.
- Ok . – eu fiz, encarando os guris com curiosidade. Depois me virei pra arquibancada. – SIRIUS! VEM FAZER UNS ARREMESSOS PRA ELES TREINAREM.
Sirius subiu na vassoura alegremente e com a Goles debaixo do braço, levantou vôo e esperou o povo subir.
Eles voaram. John não pegou nenhuma, sendo que o Sirius só fez dois arremessos. Eu pedi pra ele se mandar. Mudd conseguiu agarrar o terceiro arremesso, mas a bola passou pelas pontas dos dedos dele e penetrou no aro. Eu ergui as sobrancelhas.
Jacob e Edward foram os melhores; Jacob agarrou dois de três arremessos, mas Edward agarrou todos eles. Desceram de suas vassouras todos satisfeitos: Edward e Jacob porque acertaram os arremessos e Sirius por ter feito todo mundo ralar peito.
Eu sorri.
- Muito bem. – eu falei, satisfeito. – Podem ir. O resultado do time vai ser informado amanhã de certeza.
E eles se mandaram. Eu joguei a prancheta pro lado, me espreguicei e fui até Sirius, Remus, Peter, Lily, Emmy, Dor e Lene estavam sentados na arquibancada, rindo e conversando. Eu sorri e me sentei do lado da Lily, que sorriu pra mim em resposta.
- E aí? – perguntei vagamente.
- Tudo bem. – Sirius disse, dando de ombros.
- A gente tem novidades – anunciou Emmy com um sorriso malicioso.
- Jura? – Remus perguntou cínico. – Pensei que nem tivessem :D.
Emmy não respondeu, apenas lançou uma olhada pra ele.
- Existe uma máfia no colégio – ela prosseguiu; uma ruga de desconfiança surgiu entre as sobrancelhas loiras dela. – Máfia da fofoca.
- É verdade – Lene afirmou, ao ver o nosso olhar de descrença. – Eu mesma as chutei pra dentro da passagem secreta (?).
Eu ergui uma sobrancelha e Sirius latiu (?) a risada dele.
- Que cena linda – ele zombou. – Eu adoraria ver a Lene chutando as criaturas pra dentro de algum lugar.
Lene lançou pra ele um sorriso de escárnio.
- Eu sei dar um chute – ela disse satisfeita. – Não se mete comigo (6)’
- Ui – fez Dor, com um sorriso. – Só espero que esse chute não ferre com a gente.
- Aham, aham – disse Lily, sarcástica. – Elas já estavam fofocando sobre mim sem motivo, imagine quando a Lene chutou elas pra dentro de algum lugar. – ela riu sem humor.
- E qual foi a fofoca? – eu perguntei
Lily se virou pra me encarar.
- Não sei porque era tão importante – ela disse. – Era sobre o Patrono do Severus ter mudado pra ficar igual ao meu.
Eu rosnei (?).
A lembrança do Patrono do Ranhoso ter mudado pra ficar igual ao da Lily provocava uma sensação esquisita em mim; ciúmes? Ciúmes porque meu cervo não mudou? Que coisa esquisita. Será que... Não, não, não. Acho que não. Mas poderia rolar ¬¬. Olha pra Lily, com os cabelos ruivos, com os olhos esmeralda, com o corpo delicado...
Ah, merda.
Ah, merda, merda.
AH, MERDA, MERDA, M...
- James? – Lily me encarou com medo. – Porque você rosnou? (?)
Eu acordei pra vida.
- Nada, nada. – eu sorri malicioso. Gezuis, amém que ninguém é legilimente. – Quer dizer que você está nos lábios da máfia da fofoca, hein?
Não sei por que, mas isso não me surpreendeu nem um pouco; eu sabia que a Lily ia acabar virando motivo de fofoca, do jeito que ela é charmosa.
CHARMOSA?
C-H-A-R-M-O-S-A? DESDE QUANDO EU CHAMO UMA GAROTA DE CHARMOSA?
AH, MERDA, MERDA, MERDA, ME...
- Pois é – Lily interrompeu meus devaneios sobre merdas (?) de novo. – Só espero que as coisas não piorem pra Lene.
- Aham – Lene sorriu marota. – Mas eu sei me virar.
Dor sorriu maliciosa também.
- Isso vai ser interessante. – ela disse. – Apesar de eu achar que a Murta ainda vai ferrar com a gente.
- Murta-Que-Geme? – Remus perguntou incrédulo. – O que ela tem a ver com a máfia?
- Ela ajudou Emmy e eu, quando nós precisamos passar de um boxe pro outro sem que a máfia notasse. – Dor explicou. – Mas ela vai entregar a gente de qualquer forma.
- O que essa máfia tem de especial? – perguntou Sirius. – Parece que vocês têm medo das fofocas. Menos a Dor, ela parece que não ‘tá nem aí de verdade.
Dor sorriu.
- É porque você não viu as garotas – interrompeu Lene. – Elas parecem que não têm alma: pálidas hostis com aqueles olhos negros nem um pouco amistosos. – ela estremeceu.
- Isso é verdade – concordou Lily. – Elas são horríveis.
Sirius ergueu uma sobrancelha.
- Hm. – fez ele, colocando a mão no queixo. – Talvez possamos ajudar vocês.
- Se vocês não forem incluídos na tal fofoca – corrigiu Dor. – Sabem que são nossos amigos.
- Que seja – eu dei de ombros. – Nos somos os garotos mais populares da escola.
- Sabemos – disse Emmy impaciente. – Mas o problema de verdade é se elas resolverem fazer a gente esquecer o que ouviu.
- Como assim? – perguntou Lily, parecendo confusa. A cabeça dela pendeu pra um lado.
- O Feitiço do Esquecimento – explicou Emmy. – Esqueci o nome, mas é isso. O problema é que se lançarem uma parada dessas na gente, a gente vai perder não só as lembranças sobre a máfia, mas sim tudo.
Lene se empertigou visivelmente ao lado de Dor. Quando eu a encarei, captei um brilho de desespero em seus olhos, como se morresse de medo de perder as suas lembranças. HM, SUSPEITO .
- A gente tem que tomar cuidado – ela disse, ficando de joelhos e sentando encima dos calcanhares. – Eu não quero, de jeito maneira, sob hipótese alguma perder minhas lembranças.
- Eu também não quero – me defendi; o tom de suspeita em minha voz não tinha sumido. -, mas o que tem de tão importante nas suas lembranças?
Lily grunhiu ao meu lado.
- Gente – ela disse. – Vai chover.
Eu olhei pro céu que ainda agora estava incrivelmente azul. Agora estava quase completamente cinza de nuvens.
- Já? – eu perguntei, espantado.
- Já – Lily disse, se levantando e pulando pra fora da arquibancada. – Vamos logo pro Castelo. É uma longa caminhada.
- Ela tem razão – Lene apressou-se a concordar. – Não quero molhar meu cabelo.
AÍ TEM TRETA;
EU AINDA DESCUBRO O QUE A LENE NÃO QUER PERDER (6)
- Nem eu – Dor pulou pra fora da arquibancada com um sorriso se espalhando pelo rosto. – O John disse que vai fazer uma visita pra gente *-*
- Ui – fez Emmy com um sorriso malicioso. Ela também pulou pra fora. – Então o lance é serio, mesmo, né? Dor pegadora ;).
Dor corou, fazendo Lily rir e puxá-la mais pra perto dela, que já estava lá na frente.
- Você vai me contar primeiro, deixa essas daí pra lá (H) – ela disse no ouvido de Dor.
As duas riram e saíram correndo. Emmy e Lene as seguiram indignadas.
Eu me virei pro Sirius e pro Remus.
- Quem entende? – eu dei de ombros. E uma idéia do mal me ocorreu (!) – Vamos voltar pro castelo de vassoura? (6)
- Claro (6) – concordou Padfoot prontamente, mas Moony hesitou. – Você vem, Moony?
- Não sei – respondeu ele franzindo o nariz. – Esse troço me dá medo.
- Deixa disso, Moony – riu Padfoot. – É perfeitamente seguro.
- Aham, sei. – disse Moony cínico. – Depois eu caio da vassoura em cima da Minerva aí lá vai treta Oo.
- ¬¬.
- ¬¬ [2].
Eu desci da arquibancada e subi em cima da minha vassoura, acariciando o cabo, depois me virei pra eles lá atrás.
- Eu vou. – respondi. – Se quiserem vão a pé.
E com uma risada, eu dei impulso nos pés e subi.
Cara, não tem coisa melhor que voar; não sei como os trouxas ainda tem coragem de usar aquele negocio de metal ambulante: avelão, acho (?). Eu hein. Nada se compara a uma vassoura, nadinha. A sensação do vento no rosto, nos cabelos, o espaço livre sem uma arvore no meio do caminho (?); é demais.
Me lancei pra frente, passando rapidamente pelo gramado verde esmeralda da escola, chegando cada vez mais perto do Castelo. Aproveitando que a porta ‘tava aberta, uma coisa do mal perpassou minha mente (6). Eu sorri malicioso, enquanto me lançava pelas portas de carvalho e entrava voando dentro do Castelo.
Literalmente (H).
Voar dentro do Castelo rlz. As pessoas que ainda estavam pelos corredores me encaravam boquiabertas e eu sorria maroto pras garotas que me lançavam piscadelas. Passei por cima da cabeça de todo mundo e passei voando pelas escadas que se mexem.
Voei mais pra cima até chegar no andar da Grifinoria, o que eu reconheço de longe e entrei nos corredores calmamente. Passei por mais um corredor até chegar no quadro da Mulher Gorda.
- Olá, senhor Potter – ela me cumprimentou, quando eu desci da vassoura.
- Tia Gorda – eu sorri. – Como vai?
- Bem, obrigada – ela sorriu também. – Vai dizer a senha?
- Pedregulho Afoito. – eu murmurei.
Ela sorriu pra mim de novo
- CAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARA, A GENTE É FODA (H)’
- A GENTE É MUITO FODA (H)’
- EU TAMBEM SOU FODA (H)’
- EU SEI, PORQUE EU SEI RECONHECER UM FODA (H)’
- PORQUE VOCE É FODA (H)’
- EU SOU FODA (H)’ E VOCÊ É FODA (H)’
- VOCÊ TAMBEM É FODA (H)’
Eu os encarei com medo.
- Ei – falei.
- FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOODAS (H)’
- ÉÉÉÉ! FOOOOOOOOOODAS (H)’
- MUITO FODAS (H)’
- EI! – falei, mais alto.
- SIRIUS, VOCÊ É FODA (H)’
- EU SEI, REMUS, PORQUE VOCÊ É FODA, E VOCÊ SABE RECONHECER UM FODA QUE SOU EU, O FODA (H)’
- EI, PORRA! – eu berrei.
- QUE FOI? – berrou Remus.
- Porque o surto? – eu perguntei, arqueando uma sobrancelha.
- PORQUE A GENTE É FOOOODA (H)’
Eu bati com a mão na testa.
- ISSO EU JÁ ENTENDI – berrei. – QUERO SABER O MOTIVO! o.o’
- A GENTE ENTROU VOANDO NO CASTELO! – berrou Sirius em resposta. – ISSO É FODA (H)’
- ENTÃO EU SOU FODA TAMBÉM (H)’ – eu berrei, me sentindo. – PORQUE EU TAMBEM ENTREI NO CASTELO VOANDO (H)’
- ENTÀO VOCÊ TAMBÉM É FODA, JAMES! (H)’
- EU SEI, SIRIUS, VOCÊ É FODA (H)’
- O REMUS É FODA (H)’
- EU SOU FODA (H)’
N/A: CAAAP QUE VEEEM ♫
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