Não é justo



Capítulo 9: Não é justo!

“Bom dia, cabeça vermelha.”

“Bom dia, cabeça de cicatriz!”

Harry riu dissimuladamente. “Tiveste um bom serão com a tua namorada, ontem à noite?”

“Cala a boca, Harry! E isso não é da tua conta.”

“Oh, vá lá! Eu não sou surdo. Tu esqueceste de pôr o feitiço de Silencio na p--“

THUNK!!

“O que foi isto?” perguntou um Ron Weasley alertado.

“Veio da porta da entrada…” respondeu Harry. Ele foi e abriu a porta cuidadosamente, para revelar um frustrado Sirius Black, que esfregava a testa furiosamente.

“Vocês! Tenho de admitir que é chato que tenham posto feitiços à volta da vossa casa. As pessoas não podem simplesmente aparatar directamente para ela?”

“Ah… meu caro padrinho. Como a minha querida amiga Hermione, que foi quem o pôs diz, ‘tens que perder alguma coisa para ganhar outra’.” Harry disse numa voz intelectual, obviamente a gozar com a sua amiga.

“Harry! Não podes usar essa fala agora!” Hermione gritou do quarto dela.

“Olha quem fala! A ‘comer’ o meu amigo ruivo até quem sabe quando, e a dizer-me para me calar!”

“HARRY!!” Ambos, Ron e Hermione, gritaram. Ron olhava para Harry em horror, com a face vermelha.

Em instantes, Harry percebeu o que acabara de dizer e Ron tinha ido para o quarto como um furacão. Harry suspirou. “Bem, eles têm feito sexo desde o sétimo ano… o que há para manter em segredo?” disse, claramente a tentar defender-se.

O que Harry não notou foi a cara pálida do seu padrinho tinha agora. Ele tinha, sem saber, partido o coração do seu padrinho ainda mais.

..:Flashback:..

“Sirius, pára!”

“O que foi?” perguntou inocentemente, depois de continuar a deixar carreiras de beijos no braço esquerdo dela até ao fino pescoço.

“Pára de me tentar distrair! Estou a tentar ler aqui. É bom aprender alguma coisa sobre os Kexrosies depois da aula.”

“Hermione, o livro está na tua mão. E tu já estás no processo de lê-lo.”

Hermione rolou os olhos.”Não consigo se me continuas a beijar, morder E seduzir.”

“Estou?” Olhou para cima momentaneamente, imitando uma cara inocente.

“Argh! Tu és insuportável!”

Sem avisar, Hermione saltou para cima de Sirius, beijando-o furiosamente. Sirius sorriu secretamente a este avanço.

Línguas e dentes colidiam. Sirius puxava-a para si, a sua boca buscando-a e marcando-a, enquanto as mãos deslizavam da blusa para as costas nuas… com a excepção das costas do sutiã, claro. Continuaram a beijarem-se apaixonadamente, sem se preocuparem em serem apanhados. Ainda mais, era tarde. Todos os estudantes tinham ido para os seus dormitórios.

Sirius deixou escapar um suave gemido, enquanto Hermione lhe acariciou o pescoço, e num rápido movimento, ele estava em cima dela, com uma perna para cada lado. Mãos entrelaçadas no ar, explorando os corpos, sem quererem parar de se tocarem. Ele não sabia como é que a sua camisa ficou desabotoada, mas não se preocupou porque Hermione passava as mãos pelo seu estômago, acariciando de cima para baixo. Enquanto o contacto se tornava mais intimo, Hermione fez o que ele nunca tinha feito antes; lambia todo o peito e mamilos do seu amado, o que o fez pressionar a anca contra a dela, mostrando-lhe o quão excitado estava. Mas mesmo quando as mãos dele alcançavam o estômago dela, o que iria, obviamente, fazer desenvolver o momento, Hermione sentou-se abruptamente, empurrando-o para longe.

Hermione engasgou-se. “Ooo… Desculpa, Sirius. Estás bem?”

Sirius assentiu, respirando pesadamente.

“Nós tínhamos de parar.”

Sirius assentiu outra vez, depois de beijar a testa dela. “Eu sei. Não estás pronta. Não quero fazer nada do qual te arrependesses mais tarde.”

No fundo do seu coração, não pode evitar sentir-se desapontado. Aquilo acabava sempre daquela maneira quando as coisas se tornavam intimas entre eles. Já a teria tido se ela fosse uma dessas galdérias com quem tinha saído antes. Queria-a realmente, mas ao mesmo tempo, queria que fosse especial com Hermione. Ele tinha-lhe dito sempre que não estava pronta. Ele respeitava isso. Não queria apressar as coisas. Esperaria. Sim… ele esperaria.


..: Fim do Flashback:..

Sirius não conseguiu não sentir inveja de Ron. Hermione fazia sexo com ele desde o sétimo ano?! E eu?! Quando é comigo, ela… abandona-me?! Dando desculpas nas quais, estupidamente, eu caí?! Não estava pronta, uma ova!! Mas ela esteve pronta para o Ron no sétimo ano?!

“Então o que trás o meu padrinho a esta humilde casa?”

Sirius não ouviu as palavras de Harry depois de ter ficado imerso nos seus pensamentos. Harry suspirou alto, o que continuou a não atrair a atenção de Sirius.

“Boa. Agora não tenho ninguém com quem falar.”

Harry ficou especado a olhar para o padrinho, perguntando-se no que pensava ele. Revirou os olhos.

“SIRIUS!! Planeta Terra chama Sirius!” Harry gritou, abanado uma mão na frente da cara dele.

“Hã?”

“Importaste de dizer-me no que estás a meditar?”

“Nada.”

Harry olhou fixamente para a cara do seu padrinho. “Pareço-te um sapo idiota?”

“Bem, quando pões as coisas dessa maneira…” Sirius gargalhou.

Harry revirou os olhos outra vez, quando Sirius lhe perguntou, “Harry, quando é que o Ron e a Hermione começaram a sair juntos?” A sua voz soou falsamente casual. Sirius sabia, já que Remus lhe tinha dito, que eles tinham começado no sétimo ano, mas não conseguiu resistir a contar a Harry.

Harry olhou para Sirius nos olhos por um instante, como se estivesse a ler-lhe a mente.

“Bem, eles disseram-me que tinham começado a namorar no sétimo ano.”

“Oh.” Foi tudo o que Sirius pôde dizer. Houve ali um brilho de inveja no seu tom no qual Harry reparou.

“Então, voltando à minha pergunta original, o que te trás aqui?”

“Oh… hum… bem… er… Céus! Esqueci-me!”

Harry bufou. ” Sirius, só espero não ser tão esquecido como tu quando ficar velho.”

Sirius corrigiu. “Ei, eu não estou—“

“Eu sei, eu sei… meu jovem padrinho. Eu deixo-te pensar… e entretanto, deixa-me pedir desculpas àqueles pombinhos ali.”

Harry levantou-se e dirigiu-se à porta dos amigos. “Gente, eu quero pedir desculpas, ok. É um erro de linguagem… o que é que tu chamas a isso, Hermione? Ah! Lapso de Freud!” Harry disse, tentando fazer uma piada.

A porta abriu-se para mostrar uma sorridente Hermione Granger. Ron aparentemente caiu a dormir na cama. “Está tudo bem, Harry.”

Harry abanou a cabeça com a visão do seu amigo de cabelo vermelho. “Esse grande imbecil! Ele acordou esta amanhã!”

Hermione olhou carrancuda para Harry, aparentemente ofendida em nome do namorado. Harry levantou as mãos em sua defesa, “Oops! Desculpa!”

“Esquece. Ainda tenho de fazer o meu pequeno-almoço. O que é que fizeste?”

“Para ti, minha senhora…” Balançando a cabeça, “os restos de pizza pepperoni de ontem!”

Hermione revirou os olhos e foi directa para a cozinha. Harry sorriu abertamente com a ida da sua amiga, enquanto andava até Sirius.

“Então, a tua memória finalmente voltou?”

Sirius deitou a Harry um rápido mirado, mas sorriu.

“Sabes, estás a agir cada vez mais como James. Tão ultra-confiante. Tal pai, tal filho!”

Harry sorriu. “Ha! Sim. Remus disse-me isso uma vez.”

“Então, eu estava a pensar planear uma festa surpresa para o aniversário de Hermione.” Disse num sussurro.

Harry olhou incrédulo para o seu padrinho, obviamente não esperando ouvir aquilo.

“Ouvi-te correctamente?”

“Sim, ouviste. É uma espécie de… agradecimento por ela… ter salvado a minha vida.”

Harry abriu a boca para dizer alguma coisa. Percebendo que não tinha palavras para deixar sair, ele assentiu.

“Ok. Então o que queres fazer em relação a isso? Quero dizer, também temos de falar sobre isto com o Ron.”

Sirius franziu as sobrancelhas. Não tinha pensado em incluir o seu ‘rival’ no plano.

“Bem, vamos sair deste lugar. Vamos para algum ou assim café para falar sobre isso.”

“Queres que acorde o Ron?”

“Não.”

“Es-tá bem.”

Harry foi à cozinha informar a Hermione que ia sair com Sirius. No caminho para o café mais próximo, Harry parou subitamente.

“Espera um pouco. Como é que tu sabias do aniversário de Hermione?”

Sirius engoliu em seco, antes de olhar cautelosamente para Harry. “Er… eu … eu tenho as minhas fontes. Hehehheh!”

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