Provas em Azkaban



01 de Novembro de 1981 – 17:00
Azkaban – Inglaterra


Alastor Moody queria estar nas comemorações que se espalhavam por todo Reino Unido, e até quem sabe, pelo mundo. Queria estar particularmente em Kent na festa do colega Diggle. Mas, estava andando pelos pátios externos da tenebrosa prisão de Azkaban. Pelo menos a tempestade da noite anterior tinha parado, e o sol apareceu com toda a força. Mesmo assim, tudo ali era meio sombrio e deprimente.
Sabia o caminho décor até a sala de interrogatórios, não queria pedir ajuda para nenhum dementador. O homem que procurava já estava ali o esperando. Karkaroff foi o primeiro comensal da morte que prendeu, e ainda fora nos tempos que tudo parecia perdido, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado ainda não havia desaparecido e estava no auge do poder. Foi uma luta difícil, o Comensal lutou como um bruxo desesperado. E mesmo preso à apenas quatro meses, mantinha uma esperança que nem os Dementadores conseguiam sugar. A notícia que um simples bebê venceu seu amo, o desmoronou de vez.
- Pegamos mais um colega seu...Sírius Black.
- Quem? O colega de Potter?
Alastor empurou o bruxo da cadeira, fazendo cair no chão e apontou a varinha em seu rosto. A varinha soltava até faíscas.
- Não ouse colocar o nome daquele traidor desgraçado no mesmo dialogo que o nome de um grande bruxo. Conheço as mesmas magias que você, e uma dela solta uma bela luz verde.
- Ouça, desculpa! Não foi de propósito. Eu não sei quem eram todos os fieis de meu amo, por segurança. Estou falando a verdade. Mas, sim, era verdade, havia um traidor entre vocês, pertencente aquela maldita Ordem.
O Auror saiu da sala, e assim que bateu a porta, a parede de pedras da sala transformou numa parede de vidro. Atrás dela, estavam assistindo tudo os dois bruxos mais poderosos politicamente depois do Ministro da Magia: Bartolomeu Crouch, chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia. E Cornelius Fudge, chefe do Departamento de Catástrofes Mágicas.
- Vocês queriam provas sobre a existência de um traidor na Ordem de Fênix, ai está.
- Sim, não há dúvida. Podem trazer Sírius para cá. – disse o Sr. Crouch.
- Sem nenhum julgamento, Bartô?
- Você mesmo viu a cena do crime, Cornelius. Ele matou treze pessoas de uma só vez! – disse Bartolomeu – E você leu os relatórios, o jovem Pedro Pettigrew achou que podia prende-lo e a única parte que sobrou dele foi um dedo!
- Um trouxa disse que ouviu Pedro dizer: “Lílian e Tiago, Sírius! Como é que você pode?” E Croaker confirmou: os restos das vestes que encontramos realmente eram de Pedro. – completou Alastor.
Nem uma palavra mais foi dita, todos concordavam qual era o fim de Sírius Black. E as emoções que sentiam não seriam acalmadas nem que um dementador beija-se o traidor e sugasse sua alma. E usariam essas forças internas para limpar do mundo qualquer traço das trevas. Os Aurores caçariam todos os aliados de Lord Voldermont.

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