PRÓLOGO
N/A: Olá. Que saudade. rs.
Novamente pesso desculpas pela demora para postar o prologo, mas realmente estava sem tempo. Mtos trabalhos da faculdade, e tb estou sem computador. Por sorte, deixei um cópia da metado de prologo em meu email, tive que escrever novamente o que faltava. ok?
Espero que gostem, e porfavor, comentem bastante, tá? Porque ai eu fico contente e escreco mais e mais.
Beijos, e novamente obrigada pela paciencia, e pelos coments que já estão ai.
Boa leitura.
_-_-_
**PRÓLOGO**
– Não se preocupe, July... Eu já passei por isso esqueceu? – disse indicando com a cabeça o lindo bebe de olhos verdes que brincava no berço.
– Lily, mas um filho é muita responsabilidade e se Remo não quiser?
– Se aquele “vira-lata” se atrever a fazer isso, ele vai descobrir o sentido da frase ... Animal bom é animal morto! – Lily completou rindo para mim. Conversar com a Lily sempre me fez bem, e eu quase me esqueci disso.
No segundo seguinte não estava mais na cozinha dos Potter’s, mas em um quarto totalmente escuro e destruído.
– Remo, eu sei o quanto Thiago significava pra você e também estou muito triste. Thiago e Lílian não merecia aquilo, mas você está se destruindo fazendo isso – eu tentava catar as coisas jogadas no chão.
– Me destruindo? Talvez seja exatamente isso que eu queira, como você acha que eu estou me sentindo em saber que meus melhores amigos morreram porque aquele CANALHA nos traiu?
– Remo, você tem que seguir em frente, Thiago e Lílian não gostaria de te ver assim – Me sentei ao seu lado.
– Eu sei, July – ele encostou a cabeça em meu ombro. Estava na hora de eu contar.
– Remo, o que você acha de termos um bebê?
– Bebê? – ele riu irônico – July, como você consegue ser tão egoísta de pensar em termos um bebê numa hora dessas.
– Então você não ia querer? - me espantei com suas palavras.
– Não eu não ia querer – ele começou a gritar comigo – Claro que não ia querer, nunca ia querer um bebê agora, entendeu – Ele me sacudiu devagar.
– Entendi. - disse com a voz fraca.
Novamente tudo mudou de cenário agora estava em um banheiro, pequeno e delicado.
– July, eu sei que você brigou com Remo e que não quer conversar sobre isso, mas uma hora você vai ter que sair desse banheiro.– Aline batia sem para na porta do banheiro. –July, me responde! Você está bem?
Eu não queria responder, queria poder ficar sentada ali e poder esquecer de tudo. Mas se aquele enjôo e aquela tontura passe-se ficaria satisfeita.
– Line, me deixa.– Acho que não foi uma boa idéia, não tomar café... Porque tudo tinha que rodar tanto.
– July, não acredito que você vai fazer eu arrombar a porta do meu próprio banheiro. July, abre essa porta ag... – as palavras de Line ficavam cada vez mais enroladas até não passarem de ruídos , assim como minha vista começou escurecer na mesma proporção que minha força se esvaia e finalmente cedi para aquele mar escura que me puxava cada vez para mais fundo...
Quanto tempo fiquei ali, não poderia dizer se foram longos dias ou poucos minutos, o que importava é que cada nervo do meu corpo estava relaxado, não havia preocupações nem mesmo um resquício de dor. Eu não queria sair daquela escuridão, por mim ficaria naquele mar negro para sempre.
Nunca passaria pela minha cabeça que aquele seria o ultimo momento em que seria capaz de sentir aqueles sentimentos.
Foi um longo mergulho até que comecei a ouvir vozes...Estava de volta a realidade, tentei abrir os olhos mas a claridade me obrigou a fechá-los novamente.
– Line, não está certo! Temos que levar minha irmã agora para o hospital, ela pode ter algo sério. - ouvi uma voz conhecida.
– Assim como pode ter ficado sem comer ou simplesmente ter desmaiado de exaustão não é mesmo? Vamos esperá-la acordar e ai se houver necessidade vamos para o St. Mungus.
Pode se ouvir um baixo consentimento e porta sendo batida logo em seguida.
“Está na hora de encarar Aline” pensei antes de finalmente abrir os olhos sem se importar com a luz.
– Então, você acordou? – Line passou a mão pela minha testa. – Você nos deu um baita susto.
– Eu sei, me desculpe! – falei quase em um sussurro.
– E então...?
– E então o quê? – falei confusa, ela não poderia saber de nada, não é mesmo?
– July, eu não sou boba... Você tem passado mal nas ultimas semanas, antes da tragédia de... – ela não precisou falar em Tiago e Lily, pois ambas sabíamos que era isso que deveria ter sido dito. Lily era como uma irmã para nós, e sua perda era recente demais para ser lembra ou dita em voz alta – bem, antes daquilo você estava toda serelepe e de segredos com a Lily agora está ai, toda deprimida, agoniada e devo dizer que parece que seu mundo acabou desde que você terminou com o Remo.
– E...? – eu temia pela resposta que eu sabia que viria.
– Você está grávida, não é? – ela me encarou séria.
– Estou, de 3 meses e meio. – respondi no mesmo tom, mas me arrependendo em seguida.
– Por Merlim, July ! Isso é maravilhoso, tudo bem que a hora não é tão boa mas uma criança – Line pareceu meditar – Traria vida de novo para nós.
– Talvez para a gente, mas não para Remo. Ele não quer essa criança. – falei puxando a coberta e me virando para o outro lado.
– Você contou para ele e ele disse que não queria? – Line falou incrédula.
– Eu perguntei se ele gostaria de ter um bebê agora e ele respondeu que nunca iria querer, para mim isso basta. - disse fechando os olhos por um momento.
–July Sanders,– Aline me puxou pelos ombros me virando para ela – você tem que conversar direito com ele. É óbvio que ele falou isso por falar, se ele souber desse bebezinho que você espera, ele vai querer ter um filho.
– Aline, eu já me decidi! – falei alto e depois voltei a sussurrar – Eu não vou voltar para Remo depois dele negar nosso bebê. Agora você está proibida de contar para Remo sobre minha gravidez, eu te proíbo está me ouvindo?
–Mas não...
– Você está do meu lado ou do dele?
– Estou do seu lado mesmo eu achando errado o que está fazendo com Remo e ele também é meu amigo, eu sempre estarei ao seu lado.
– Então nunca fale para Remo sobre meu bebê. - disse mirando fixamente nos olhos, ela me encarou por um momento e fez um sim com a cabeça.
Soltei um suspiro e voltei a fechar os olhos, era incrível como a sala voltara a rodar derrepente.
O cenário foi trocado por outro e outro cada vez mais rápido, como momentos em que me encontrava sozinha a chorar, outros a encarrar Remo, o nascimento do meu bebê, até eu acordar suada em minha cama. Era só mais uma noite difícil que eu tinha passado, havia passado 16 anos daquela primeira lembrança...O qual compartilhava seu grande segredo com a primeira pessoa, um segredo que ela guardava te hoje e que a atormentava quase todas as noites. Eu olhei para fora e vi que ainda era escuro, pensei em dormir de novo, mas sabia que não conseguiria então simplesmente fiquei parada ali esperando o sol nascer, para conviver mais um dia com um grande peso em meu coração, um peso que eu amava com todas as minhas forças: Katherine.
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O sol começava a se mostrar forte entre as frestas da janela do quarto, e mesmo sabendo que havia que levantar os seus olhos e o seu corpo parecia dizer ao contrario. Um rangido na porta despertou seu interesse mas como antes seu corpo não obedecera e continuava deitada, com o edredom macio cobrindo até abaixo dos olhos.
Katherine mirou a mãe com cuidado, estava totalmente arrependida do que fizera noite passada. Mas não podia admitir isto, como?Não mesmo! Ela sempre fora uma menina que fazia tudo o que queria e nunca sentiu necessidade de dar explicações, mas então o por que desse ressentimento? Ela sabia...
Sentou-se a beira da cama e cutucou a mãe com o dedo indicador. Julia percebeu que ela queria acorda-la como quase sempre fazia em pelo menos uma semana seguida em todo o mês. Já sabendo que a menina ficaria ali a cutuca-la decidiu pelo menos abrir os seus olhos, e desta vez o corpo a obedecera.
July abriu seus olhos extremamente azul, onde tomou destaque naquele edredom branco como flocos de neve.
Katy espantou-se a ver a mãe acordar tão rápido e deu um sorriso quase que forçado, levantou-se da cama e saiu.
Era assim quase todas as manhãs ela já se acostumara, e num suspiro levantou-se.
E mas um dia começara para a Familia Sanders. Julia sempre costumava brincar com seus filha que elas eram uma família pequena e incompleta mas era boa...
Depois de uma ducha rápida desceu para o café da manhã, e como sabia já estava tudo pronto para o café da manhã, sentou-se e colocou a olhar a mesa. Havia pães caseiros quentinhos, torrada, chocolate quente, café e seu suco preferido, de maracujá. Percebeu que sua barriga estava a dar saltos com o cheiro da comida.
Abriu um sorriso enorme, pelo visto Katy queria se redimir, mas como sempre não iria fazer isso com palavras mas com gestos - “melhor que nada” - pensou ela.
- Katy! - chamou July se sentando a mesa.
- Oi mãe! - gritou Katy, que em alguns minutos apareceu na porta – Me chamou?
July assentiu seriamente colocando suco em um copo. Katy a mirou e um frio passou pela sua barriga, fora longe demais, sabia disso...
Tomando um gole do suco olhou para a filha e indicou com o olhar que ela se sentasse, a menina não pensou duas vezes e assim o fez. Se sentara, mas na cadeira de fronte a sua mãe, não sabia por qual razão, mas achara que os formigamentos em sua barriga diminuiria se mante-se um distancia razoável da mulher.
July tomou mais um gole de seu suco e mordeu os lábios inferiores. Ela não tinha nenhuma intenção de brigar com a filha, por que para ela Katy não era culpada de nada, nada que errado que ela fazia era por vontade própria, mas sim culpa de seu instinto “lupino”.
- Onde passou a semana Katy. - foi a única coisa que saiu de seus lábios, mas foi o suficiente para o formigamentos da barriga de Katy se transformar em furação.
Não!Não deixaria que esse turbilhão que se encontrava dentro de si transparece-se, e apenas respondeu...
- Por ai... uma hora lá, uma hora ali, em fim, por ai... - disse ela encostando-se na cadeira, colocando os pés sobre uma das cadeiras e fazendo a melhor cara de desleixo que sabia.
- Tire os pés da cadeira, por favor! - disse July sem levantar o tom de voz, e mordendo uma torrada – Isso é falta de higiene, e ainda por cima com essa botinas!
Botinas?Bo-ti-nas? Higiene? Era isso que sua mãe estava dizendo depois de uma resposta como aquela? Ela merecia é um belo puxão de orelha. Isso fez o sangue de Katy ferver, e ela abaixou o pé.
- Como você consegue? - disse Katy se levantando e encarando a mãe de olhos semicerrados – Como consegue?
July a fitou por cima do copo em meio a um cole de seu café.
- Não vai me dizer nada? - disse a menina agora irada.
- O café esta ótimo!
Katy revirou os olhos e saiu da cozinha, batendo as botinas. July encostou na cadeira e soltou um risinho.
“Como posso brigar com você filha? Não mesmo... se tem esses problemas a culpa é minha, apenas minha!”pensei me lembrando do sonho da ultima semana.
Nesse pensamento terminou de tomar o seu café.
Mesmo em período de férias de verão July não parava de trabalhar, ficava o dia todo preparando as aulas para voltar com força total no próximo ano letivo. Nunca fora seu sonho, nunca quis tornar-se professora primária de trouxas mas foi o que o destino reservou para ela, e com muito gosto fazia de sua profissão uma das coisas mais importantes. Adorava dar aula, principalmente sendo para crianças.
Achava-as engraçadissímas, mas o que mais gostava, era a alegria e a esperança que conseguiam transmitir. Katherine, ou melhor, Kath, como todos a chamavam, não gostava muito do trabalho da mãe, para falar a verdade, tudo que houvesse qualquer tipo de ligação com Julia ela dava algum jeito de torcer o nariz. Mas July parecia não ligar para o comportamento rude da filha, ao contrario sempre dava boas gargalhadas quando podia, dizendo "rabugenta".
Sua vida era tranqüila; moravam em uma casa não muito grande, mas perfeita para July. Era simples e bem feminina, com flores em todos os cômodos, menos é claro no quarto de Kath, o único comodo a propósito que não foi July que decorara, mas a filha mesma, flores ali era uma coisa fora de cogitação, já que para Kath flores espalhadas lembrava velório, e no seu caso velório antecipado. July desconfiava que isto era apenas um fingimento para poder disser que elas eram diferentes, como água e vinho.
July nunca se importara de ter criado a filha sozinha, ao contrario, ela adorava este fato, não que as vezes não chegasse em sua cabeça a idéia de um pai, mas quem?Quem enfrentaria a barra "Lupina" com ela? Ninguém, a não ser é claro a única pessoa que seria capaz de entende-la, ele...Remo.
Mas a idéia de contar a ele sobre a menina não estava nos planos de July, ele sempre dissera que seria errado ter um bebê, um filho, uma filha, ele não merecia conhecer Kath, não merecia ter um pouco de seu amor, e Kath não precisara do amor dele, já que possuía o coração de sua mãe por inteiro.
Diante desses pensamento July voltava para o pensamento de produção independente. Mesmo nas ocasiões em que a filha a colocava contra a parede exigindo saber quem é seu pai. July se esquivava, falando que ele morrera jamais querendo conhecer a filha, a menina chorava por horas, noites as vezes, mas a mãe não voltava a trás, sabia que era o melhor que podia fazer. Jamais permitiria que ela procurasse Remo.
Havia momento em que Kath ainda nem falava, mais já era possivel ver que se perguntava de seu pai, pois andava pela casa com uma enorme chupeta na boca, subia em sua cadeirinha de madeira e apontava para uma foto da época do colégio, onde ELE estava.
Com o tempo ela foi crescendo e July se desfez da foto, juntamente com a camiseta que Remo lhe dera ainda quando namoravam, naquela noite fria na caverna, na primeira vez que ela se entregou a ele. Colocou tudo dentro de uma caixa de madeira e escondeu sob o assoalho velho do quarto. Com o tempo ela esqueça da foto, da camiseta, de tudo que pudesse faze-la lembrar de um pai.
Mas é claro que mesmo assim, ela crescera com essa pulga atras da orelha, mas jamais voltara a perguntar. Kath era uma menina maravilhosa, mesmo com o seu gênio forte que mudara de acordo com a lua cheia, ela sempre fora encantadora, não se vestia adequadamente quando a lua irria mudar, e maquiava bem o rosto em tons fortes. Mas sempre encantadora. Quando pequena tinha pequenos ataques de raiva e saia mordendo tudo que encontrava pela casa, graças a Merlin isso passaram com o tempo. Agora ela era apenas uma garota, ou melhor, uma bruxa, uma bruxinha incrível, com seus poderes arrasadores, causando panico na escola que estudava.
Agora essa história de pai já não importava tanto, ela era uma menina quase mulher, e a única a pensar neste pai, era July, que ainda guardava em seu coração um amor... um amor puro de seus tempos de adolescentes.
***
O apito da chaleira fez com que Remo se levantasse da velha poltrona, jogando os classificados em cima da mesinha de madeira da sala, ele correu para a cozinha e desligou o fogo depressa.
Pegou a chaleira ainda quente, quase queimando sua mão e despejou um pouco da agua na xícara que tinha a boca trincada. Com um suspiro escolheu um sache e depositou na xícara. Tomou um gole quase queimando sua garganta, e olhou pela janelinha da cozinha. A noite estava lindíssima, com o seu azul escuro tendo milhares de estrelas a brilhas, a lua estava escondida entre as nuvens, mas este fato não pareceu nem incomodar o homem.
Para falar a verdade, preferia assim, não gostava de nenhuma fase da lua. Bom, talvez tivesse alguma consideração pela lua minguante, porque era quando acabava seu sofrimento e começava a esperar pelas próximas fases que logo chegariam em sua janela
Pegou a xícara tomou mais um gole, e vendo que a lua começara a aparecer a olhou com um certo desprezo e voltou para a sala, sentado-se na velha poltrona. Ali se sentiria melhor, mesmo que já não tivesse mais a energia para poder ler com precisão o resto dos classificados.
Na mesinha de madeira em sua frente lá estava o classificados abandonado, junto co outros jornais, revistas e um velho Projeta Diário, havia também, um castiçal, mas ao invés de vela, continha uma varinha acessa fortemente. A energia não era a única coisa que faltava na velha casa de Remo Lupin, mas a aguá também estava acabando, e a da rua já havia sido cortada. A sua sorte era ser um bruxo, onde conseguia alguma água extra e um pouco de luz.
A conta de energia de sua livraria-biblioteca também estava acabando o prazo de vencimento, junto com a sua falta de esperança. Mas já estava acostumado, pois sua vida inteira foi tratada como indigente pelo seu mundo, o único lugar que conseguirá algo de valor foi no mundo trouxa, onde as pessoas não sabiam a sua verdadeira identidade. Lupin era um lobisomem, e junto com a sua maldição também levava a abominação e preconceitos das pessoas.
Graças a seu bom amigo Alvo Dumbledore, conseguira se formar, como um bruxo normal, mas isso não fez com que as pessoas o olhassem como tal. Alguns anos atrás, ele trabalhava em Hogwarts, mas infelizmente teve que sair, e o dinheiro ganho ali já estava se dissolvendo.
O seu ganha pão de cada dia, vinha de sua velha livraria, que conseguirá comprar, em sociedade com um velho trouxa que já falecera deixando a sua parte para o bruxo. Ali Remo passava a maioria de seus dias, escrevendo nas páginas vidas de pessoas que sua imaginação inventará
Adora seu trabalho, não ganhava muito,pois não era um escritor conhecido,mas algumas pessoas da região gostava de suas histórias sobre bruxos e seres mágicos.
Mesmo conseguindo sobreviver a tudo aquilo, ele ainda sonhava que algum dia poderia voltar para o mundo bruxo, onde seria reconhecido como um homem digno. Mas enquanto este dia não chegava ele escrevia e reescrevia. A obra que mais gostava de escrever era "O Cometa" onde estava relatada uma historia de adolescentes, a sua história... este livro não estava a venda, mas sim guardado no fundo de um baú em seu quarto, trancado a sete chaves. Era intimo demais para publicar, era constrangedor demais... aquela historia só pertencia a ele e a ela. A mulher de sua vida, que por desventura do destino perdera.
Não havia nenhum dia em que Remo não pensasse em July, ela ainda ocupava o top dez em seu coração e não havia como substitui-la. Desde que ela se fora de sua vida, não lembrava como, nem quando, já não tinha mais aquela alegria. Já não mais cantava, nunca mais tocava as notas em sua velho piano.
Apenas a lembrança de seu último encontro com a morena.
“Ele caminhava rapidamente na rua trouxa, tinha que chegar logo a casa de Aline. Ao virar a esquina viu o portão e correu até ele, sem bater adentrou na casa.
A primeira imagem que vira era de Julio encostado na lareira.
Como ela está, Julio? - sua voz saiu preocupada.
Nada bem, ela ainda não acordou. - disse o rapaz passando a mão pelo rosto.
Está enganado, meu amor, ela acabou de acordar. Está...está ótima! - disse Aline descendo as escadas – Porque não vai vê-la, Remo? Tenho certeza que tem algumas coisas a serem conversadas.
Ele assentiu e subiu as escadas. Sabia em qual porta entrar, não era a primeira vez naquela semana que precisava ver July na casa do irmão. Ultimamente, ela se esquivava do namorado. Sempre arrumando desculpas para não vê-lo. Mas agora, não tinha mais como se esconder.
Abriu a porta delicadamente, e viu July deitada com os olhos fechados na cama. Seu rosto estava mais pálido do que de costume.
Entrou e se sentou a beira da cama. A moça sentiu o colchão afundar e abriu os olhos lentamente, a luz ainda a incomodava, mas pelo menos o quarto parara de rodar. Não acreditou com se deparou com aquele olhos.
- Oi. - disse ele encabulado – Estava preocupado, vim correndo quando soube de seu...seu desmaio.
- Coisa se importância. Meu irmão não deveria incomoda-lo com essas besteiras.
- Não é besteira, July. - ele se aproximou mais da mulher, e pegou a sua mão – Você é a mulher que eu amo, não quero perde-la, não quero que se sinta mal. - ele suspirou e fitou a janela – Não agora que já perdi os meus amigos.
July engoliu a bile que se formara em sua boca, e encarou o maroto, com dificuldade se sentou na cama, por um momento achou que tudo voltaria a rodar, mas nada aconteceu.
- Remo, acho que temos que conversar. Eu... tenho algo a dizer a você.
- Então diga. - disse ele dando um leve sorriso – Não temos segredos um para o outro, pode me dizer tudo que quiser.
- Bom, - ela começou tirando a sua mão da do rapaz – Eu não quero mais, Remo.
Disse aquilo em poucas palavras, mais pedindo a Merlin que ele entendesse daquela forma.
- Não quer mais o que? - disse ele sem entender.
- Não quero mais ficar com você. Você está muito mudado, e eu, eu estou frágil com os acontecimentos, não quero uma relação agora.
Ele piscou algumas coisas, para tentar colocar as coisas na cabeça.
- Mas, July, nós nos amamos, nesse momentos precisamos ficar juntos, eu... eu preciso de você.
Ela segurou as lágrimas, e deu o golpe final.
- Mas eu não preciso mais de você, Remo. Não quero mais.
- Porque? Porque está me dizendo essas coisas? - disse ele se levantando – Sempre fizemos de tudo para ficarmos juntos, o que te deu?
- Nada, Remo. Não me deu nada. Eu só percebi que você necessita mais de mim do que eu de...de você. - gaguejou.
- Confessor que é verdade.
- Ainda bem que reconhece. Eu preciso de um tempo pra mim.
- Então você cansou?
Ela não respondeu, abaixou a cabeça, e uma lágrima caiu.
- Sim. Cansei de viver por você, cansei de te apoiar.
Ele deu um leve sorriso, e as lagrimas caíram.
- Não vou forçar você a ficar com um lobisomem.
- Remo, não diga isso! - ela se levantou rápido demais, e tudo girou novamente, Remo correu para ela e a segurou – Não quero que pense que estou terminando com você por ser um lobisomem, você sabe que nunca me importei com isso.
- Não vejo outra explicação além dessa.
Ele estava perto demais, e ela se arrepiou a senti-lo tão perto.
- Porfavor, me entenda.
- Eu te entendo. Mas só quero saber uma coisa.
- O que?
- Você não me ama mais?
Ela abaixou a cabeça, não iria conseguir mentirar. As palavras que tinham que ser ditar não sairiam.
Remo levantou sua cabeça com uma das mãos, e a beijou docemente. Ela correspondeu o beijo com ternura, pois sabia que aquele seria o ultimo de sua vida, e o afastou.
- Porfavor...
- Você ainda me ama.
- Isso não faz diferença. Eu quero ficar sozinha, Remo.
Ele não a soltou, mas a abraçou com mais força, e a beijou mais uma vez. Agora ela não iria suportar, ele venceria... isso não podia acontecer. E ela disse com a voz rouca entre o beijo.
- Eu não amo mais você.
Ele a soltou.
- Então, não há o que fazer.”
Uma lagrima cairá com as lembranças, mas já nada mais importava, o que ele queria apenas agora, era sobreviver...
O que ele não sabia, e nem imaginava, é que seu destino estava prestes a mudar.
Tomando mais um gole do seu chá ouviu um barulho vindo da janela, algo estava batendo no vidro. O que poderia ser? Largou o chá na mesa pegou a sua varinha ainda acessa e com ela em punho abriu a cortina, lá estava uma coruja que picava a janela batia as asas descontrolada. Ele abriu a janela com um empurrão e a ave pousou sobre o encostro da poltrona esticando a patinha para mostrar a carta. Ela foi até ela, e retirou o pergaminha enrrolado, abriu o mais rápido possível, e reconhecer com precisão a fina caligrafia.
Olá Remo,
Sinto muito não poder falar com você pessoalmente, mas ando muito atarefado nos últimos dias.
Mas vamos deixar as desculpas para depois, preciso vê-lo com máxima urgência em meu escritório, estou organizando uma pequena reunião com alguns amigos, e gostaria muito que você se juntasse a nós, no próximo fim de semana. Assim poderei contar melhor o que está acontecendo.
Estou-lhe aguardando.
Esperando que esteja bem,
Alvo Dumbledore
Remo releu a carta algumas vezes tentando achar ali alguma coisa que Dumbledor deixara escapar, mas não havia nada. O que o diretor poderia querer com ele?
Não conseguia imaginar, mas estava ansioso.
***
N/A: Então? Gostaram? Porfavor comentem, espero postar o mais rápido possivel.
Bjos.
Malfeito, feito! ;)
Giullia Galvão
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