Prólogo
Prólogo
Hermione Granger sentia uma dor extremamente forte no braço por pegar tanto peso e fazer tanta força, há aproximadamente quinze minutos “espancava” a esteira de seu marido com o taco de beisebol, do mesmo, para ver se conseguia extravasar sua raiva de alguma maneira. O monstro de metal, popularmente conhecido com esteira, parecia gozar de sua cara, por tentar e não conseguir. Isso só fazia com que seu ego feminino afundasse cada vez mais, fazendo o oposto com sua raiva, a raiva ia subindo aos poucos, estava sentindo que em breve iria explodir. Ia tentando cada vez com mais força, a força que a raiva fazia a mulher ter dentro de si.
Não acreditava que Vítor tinha sido tão baixo, a ponto de fazer isso. Ela sabia que era traída, mas não sabia que chegava a tal intensidade.
Escutou o barulho da campainha, um som melódico e de certa forma alegre, coisa que não combinava nem um pouco com seu estado de humor.
Girou em 180º em seus saltos e saiu andando elegantemente, mesmo com raiva da sala de ginástica de seu marido e foi atender a porta, pelo vidro fumê que lá existia reconheceu os cabelos louros de sua melhor amiga, Luna Lovegood. Luna esteve presente nos melhores e piores momentos de sua vida, por isso considerava tanto a mulher.
- Luna! Quanto tempo – Hermione fala com falso entusiasmo na voz
- Mione, o que houve? Ele fez aquilo de novo? – a loura falou já ficando vermelha e pensando em como defender a amiga, já fazia isso há dois anos.
- Não, ele não fez, mas dessa vez foi pior – ela falou – dessa vez, eu o vi me traindo.
- Não acredito! Como, onde, quando? – Luna fala com o seu habitual tom de voz alto e contagiante.
Hermione nunca iria esquecer da cena que presenciara mais cedo no mesmo dia. Tinha ido ao escritório de seu marido perguntar se o mesmo iria almoçar em casa, ou iria ir a outro lugar, como já havia virado costume. Assim que chegou ao corredor do escritório estranhou a música que tocava, o local normalmente ficava em completo silêncio, ela estranhou, mas continuou sua caminhada até a porta. Quando chegou ao lado da porta escutou um barulho estranho, algo parecido com um gemido meio abafado. Girou a maçaneta do mesmo modo em que veio silenciosamente. Assim que abriu a porta entrou em choque. Vítor estava nu, ela estranhou a imagem, já que não via o marido assim há um ano, mas não estava sozinho, estava com uma mulher “colada” na parede, não conseguiu identificar o rosto dela, mas o que mais surpreendeu a mulher foi perceber que havia mais um homem ali dentro. Não foi percebida por nenhum deles, estavam tão concentrados que não escutaram uma leve batida na porta, no momento em que Hermione saiu do escritório.
Contou tudo a mulher que estava em sua frente, que estava mais branca que o normal, e de boca aberta, não sabia se era de choque ou de repulsa a cara de Luna.
- Quem era a mulher? A mais nova secretária dele? – Luna perguntou meio que para não imaginar a cena
- Não sei – Hermione respondeu calmamente – como disse não consegui ver o rosto dela.
- Mas eu ainda não acredito que você encontrou o Vítor fazendo... Fazendo...
- Nem eu.
Ficaram apenas se olhando até que Luna percebeu que a mulher a sua frente estava suada e parecia ligeiramente cansada.
- O que você estava fazendo? Para estar tão cansada assim?
- Ah! Eu estava tentando quebrar à esteira ergométrica de Vítor, para me acalmar um pouco, mas ela parece ser feita de chumbo. Indestrutível. – ela fala categoricamente
- Humm... Já sei como resolver seu problema, vamos até a caixa de ferramentas – foram andando até a garagem da casa, que Hermione, mesmo morando a dois anos em uma linda mansão no sul da Califórnia, não se sentia bem, não sentia como sendo sua casa. Quando chegaram ao lugar onde estava a caixa de ferramentas, Luna olhou de forma inquisidora – ele tem de ter uma chave de fenda elétrica – ela sussurra.
- Uma o quê? – Hermione pergunta confusa
- Uma chave de fenda elétrica, todo homem mesmo os mais burros que não conseguem saber a diferença entre um prego e um parafuso tem em casa, nem que seja só para se gabar – ela explica – esqueceu que moro sozinha?
- Ahh! Entendo – Hermione fala após uma pausa.
Após procurarem por alguns minutos, acham à chave de fenda elétrica, mas como Vítor parecia ser muito exibido, conseguiram duas. Voltaram à sala olharam em volta e foram em direção à academia particular de Vítor. Em minutos Hermione já sabia manusear corretamente a chave e a primeira coisa que pensou em destruir foi à esteira.
- Como faremos? – Hermione indaga à amiga
- Vamos fazer o seguinte, vamos desmontar a esteira e o que mais você quiser, depois iremos deixar um pedaço em cada parte da cidade, depois a gente pensa no que fazer – ela explica seu plano.
- Ok! Vamos fazer assim – Hermione concorda.
Após algum tempo as duas mulheres vêm centenas de milhares de pedaços da esteira soltos pelo chão, Hermione estava orgulhosa de si própria, seu orgulho ainda estava muito ferido, mas estava significativamente melhor.
- Gostaria de poder fazer o mesmo com meus Dvd’s de aeróbica – Luna fala sonhadoramente – Hei! É uma boa idéia! Onde estão os DVD’s de aeróbica dele? – ela pergunta alegre
- Na estante, vamos até lá – Hermione responde empolgada.
- Uhu! Hora da vingança! – quando chega à estante indicada pela amiga, Luna olha e faz uma cara pensativa – Destruímos com tacos de beisebol, queimamos ou molharemos? – ela pergunta como se falasse do tempo.
- Eu pensei nos tacos de beisebol – Hermione responde no mesmo tom
- Ok! Ótima idéia! – Luna aprova
Cada uma pegou um taco e bateu na estante que estava cheia de DVD’s que o marido de Hermione regularmente usava. Quase metade deles caiu no chão, os que não eram acertados pelos tacos, eram pisoteados pelas duas mulheres. Quinze minutos depois estava tudo destruído, mas elas ainda não estavam totalmente felizes, tinha de fazer mais alguma coisa.
- Tive uma idéia! – Hermione disse de supetão
- Qual? – Luna indagou
- Sala de TV, lá vamos nós – Hermione fala meio que cantarolando.
Assim que chagaram a sala de TV encontraram dois sofás grandes de cor meio amarronzada, que na opinião de Hermione eram horríveis e desconfortáveis, mas o que prendeu a atenção das duas mulheres foi a televisão, uma TV de última geração, de LCD 70” encomendado e que custou uma nota.
- Mione amei a tua idéia! – Luna fala empolgada
- Sabia que você iria gostar – Hermione fala orgulhosa de si própria
Com a ajuda da chave de fenda, elas vão desmontando tudo o que encontram pela frente na televisão, após um tempo fazendo o “trabalho” se afastam da televisão e vêm o vidro se espatifar em mil pedacinhos, diante de seus olhos.
Hermione fica com um sorriso no rosto vendo a cena da televisão desmontada, relembrando da esteira também desmontada e dos DVD’s de Vítor destruídos, viu que já estava satisfeita e que não queria ficar mais dentro daquela casa, que por tanto tempo a fez mal.
- Vamos Luna, acho que já acabei o que tinha de fazer por aqui – ela fala de maneira decidida.
- Não quer mais nada? – Luna pergunta com um fiozinho de esperança de quebrar algo a mais de Vítor Krum.
- Não, não vamos mais mexer em nada – ela fala categoricamente – só vou pegar minhas coisas e sair daqui, para nunca mais voltar! – após dizer isso foi a todos os lugares que podia ter algo seu. Mas antes de sair deixou um recado para seu “marido”.
“Otário” era o que se lia no papel que foi deixado em cima da cama.
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