A surpresa de Rony



-Pra você! – ele me disse com um grande sorriso

Cheguei mais perto para ver melhor.

-Um tapete? – eu perguntei sem entender – Você me trouxe aqui pra isso? – eu apontei para o pedaço de carpete puído e estirado no chão

Rony fez cara de quem acaba de levar uma bofetada na cara, me repreendendo com o olhar – Não fale assim! – ele disse indignado – Isso não é um tapete comum.

Eu fiz cara de quem não entendi mais uma vez, e então, Rony sacou sua varinha, fez um movimento complicado e deu um leve toque no tapete. Na mesma hora o tapete, antes imóvel e estirado no chão, soltou algumas faíscas silenciosas, desprendeu uma fumaça vermelha leve, deu uma espécie de tremelique e começou flutuar a alguns poucos centímetros do chão.

Meus olhos se arregalaram e meu queixo caiu.

-Um tapete mágico?! – exclamei muito surpresa

Rony acenou afirmativamente com a cabeça, tinha um grande sorriso nos lábios

-Nossa Rony! – eu exclamei enquanto analisava o objeto mais de perto – Onde você conseguiu um desses?! São muito raros aqui na Inglaterra!

-O Carlinhos fez uma viajem para o Egito há pouco tempo, esse tipo de transporte é muito usado por lá, mais que as vassouras. Então pensei em pedir pra ele trazer um pra mim. – ele respondeu – É... Que... Eu queria fazer uma surpresa pra você – me disse corando muito – E... Bom... Me desculpe se ele está meio puído, é que o dinheiro só deu pra comprar um de segunda mão – completou sem jeito

Quando ouvi aquelas palavras eu não pude me conter, saí correndo ao encontro dele e me joguei em seus braços, dando-lhe um forte abraço – Ah... Rony é lindo! – exclamei sem conseguir conter meus lábios que pareciam querer sorrir mais do que a minha boca permitia.

-Você gostou mesmo? – ele me perguntou inseguro, com as pontas das orelhas ainda muito vermelhas

-É claro! É o presente mais lindo que já ganhei!

-Então o que estamos esperando? – ele disse pulando pra cima do tapete

Eu recuei receosa – Ah Rony... Não sei não, é que... Eu tenho um pouco de medo de altura e...

-Você confia em mim? – ele me perguntou

-O que? Eu...

-Você confia em mim? – Ele perguntou mais uma vez me estendendo a mão

Imediatamente me veio na cabeça uma cena daquele desenho chamado Aladdin, que eu costumava ver quando era pequena, e eu não pude deixar de sorrir, estava me sentindo a própria Jasmim

-Sabia que a Jasmim era uma das princesas que eu mais gostava?

Agora quem fez cara de que não entendeu foi ele – Quem é Jasmim? – ele me perguntou confuso

-Não acredito?! Você não sabe quem é Jasmim?! Aquela princesa do desenho do Aladdin

A expressão no rosto dele não se alterou e de repente eu me toquei que crianças bruxas não deviam ver desenhos trouxas quando pequenas.

-Deixa pra lá – eu disse sorrindo e dando a mão a ele

Ele me ajudou a subir no tapete e nós nos sentamos, lado a lado, porém, separados por um pequeno vão que, na minha opinião, era grande de mais, minha vontade era de sentar bem agarradinha com ele, mas infelizmente, minha timidez não permitia.

Ele tocou com a ponta da varinha na minha cabeça e eu senti um filete gelado escorrendo pelo meu corpo a partir do ponto em que a varinha batera. Logo entendi: Feitiço da desilusão. Ele fez o mesmo consigo e com o tapete que depois de alguns segundos começou a subir devagar.

-Mas... Para onde exatamente estamos indo? – eu perguntei curiosa

-Não sei – ele me respondeu de maneira simples

-Não sabe? Mas...

-Mione, você é muito certinha – ele me disse carinhosamente – Sempre programada, sempre seguindo as regras, sempre sabendo aonde vai... Deixe as coisas simplesmente acontecerem. Deixe seu coração falar mais alto. Deixe seu coração te guiar.

Eu sorri internamente, de maneira maliciosa, e agradecendo por Rony não poder ler meus pensamentos naquela hora (Rony era péssimo em Legiminência). Mal sabia ele que eu estava fazendo isso desde que deixei a sala comunal. Mal sabia ele que ultimamente isso era o que eu mais estava me esforçado em fazer. E, felizmente, mal sabia ele que o motivo disso tudo era ele próprio, Rony Weasley, o único capaz de virar minha cabeça e produzir todas essas mudanças em mim.

À medida que avançávamos em direção a imensidão de estrelas a nossa frente, a torre de astronomia ia ficando cada vez menor. Eu estava totalmente maravilhada com a situação, e também tomada por um nervosismo enorme, minha barriga fazia cosquinha toda vez que Rony olhava pra mim.

O tapete deu um solavanco repentino e eu, instintivamente, me agarrei no pescoço de Rony. Naquele momento pude sentir seu coração batendo forte e notei o que ele estava tão nervoso quanto eu.

-Desculpe – eu disse me endireitando rapidamente e largando o seu pescoço

-Sem problema – ele respondeu corando

Nós começamos a avançar lentamente pelo céu, deixando pra trás o castelo e os terrenos de Hogwarts. O vento, apesar de não estar frio, batia em minha face com intensidade e não demorou muito para eu me encolher toda. Rony percebeu e encostou as mãos dele nas minhas.

-Você está gelada – ele disse me olhando no fundo dos olhos “Ah... Como esse olhar me derrete” pensei.

-É que eu estou com um pouco de frio mesmo

-Chaga mais pra cá – ele pediu, abrindo os braços e fazendo sinal para que eu me aconchegasse ali

Mal pude acreditar no que estava acontecendo e chaguei a pensar que estava sonhando. Rony que antes era tão implicante e grosseiro agora estava agindo como um verdadeiro príncipe, gentil, educado e carinhoso. Logo me veio à cabeça outro desenho que costumava ver quando era criança: A Bela e a Fera, pois é, estava me sentindo a própria Bela. Pensei em comentar isso com Rony, mas logo lembrei que ele também não deveria conhecer esse desenho.

Nós começamos a avançar lentamente pelo céu, deixando pra trás o castelo e os terrenos de Hogwarts. O vento, apesar de não estar frio, batia em minha face com intensidade e não demorou muito para eu me encolher toda. Rony percebeu e encostou as mãos dele nas minhas.

-Você está gelada – ele disse me olhando no fundo dos olhos “Ah... Como esse olhar me derrete” pensei.

-É que eu estou com um pouco de frio mesmo

-Chaga mais pra cá – ele pediu, abrindo os braços e fazendo sinal para que eu me aconchegasse ali

Mal pude acreditar no que estava acontecendo e chaguei a pensar que estava sonhando. Rony que antes era tão implicante e grosseiro agora estava agindo como um verdadeiro príncipe, gentil, educado e carinhoso. Logo me veio à cabeça outro desenho que costumava ver quando era criança: A Bela e a Fera, pois é, estava me sentindo a própria Bela. Pensei em comentar isso com Rony, mas logo lembrei que ele também não deveria conhecer esse desenho.

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