Encontros



Narração Claire Zöhler.

Bem, o jantar ocorreu tranqüilo. Ficamos entre nós e os irmãos da Lilly. Hora ou outra alguém surgia falando com a gente, perguntando o que fizemos para sermos expulsas. Nós sorriamos marotas e respondíamos. Alguns nos repreendiam, outros elogiavam... Essas coisas. Jenni estava calada, o que nos preocupava. Mas nós tentávamos faze-la rir. Sabíamos exatamente o motivo mas não dissemos nada.
Quando o banquete terminou, seguimos os monitores chefes até a sala comunal deles lá. Jenni sumira. Mas nós tínhamos certeza que ela conseguiria voltar depois. Estávamos todos reunidos á sala comunal conversando, um montinho estava a nossa volta, outro estava a volta daquele que a tempos atrás chamavam de: “O eleito” ou “O menino que sobreviveu”, coisas desse nível. Mas naquele dia. Ele era apenas Harry Potter. Perto de nós cinco, não era muita coisa, claro, sem querer me gabar. Ele ainda não tinha ido falar com a Lilly, que estranhava profundamente. Estava tão calado que a ruiva ao seu lado começava a se irritar.
A primeira noite na escola foi bem tranqüila.Nós conversamos bastante, até que Harry Potter, e outras pessoas se aproximaram. Harry meio que liderava o grupo.
- Er... Oi... – Disse o garoto com seus olhos verdes esmeralda pousados nos meus olhos verde-água.
- Oi... – Eu disse sorridente. – Harry Potter, não é? – Perguntei. Ele assentiu com a cabeça e eu virei para a Emilly – Hei Lilly, olha quem ta aqui...
A morena levantou os olhos igualmente verdes levantou os olhos para Harry com seu sorriso habitual estampado nos lábios.
- Finalmente nos encontramos heim? – Ela disse entusiasmada mas Harry ficou calado.
- Eu posso te perguntar... Ahn... Uma coisa...? – Ele perguntou enquanto todos os observavam.
- Quer saber se eu sou uma Potter do seu sangue, não é? – Perguntou Emilly contente e Harry assentiu. – Sou filha do irmão do seu pai. Sua prima, Emilly Potter, prazer! – Falou estendendo-lhe a mão.
Harry não acreditava no que ouvira. Pelo menos pela cara dele foi o que pareceu. Mas ele apertou a mão de Emilly sorridente.
- Me falaram que eu não tinha familiares vivos...!
- É que meu pai mudou-se para a França cedo. Nunca estudou aqui... Mas ele mandou a Emma e o Ed para cá. Agora, você tem família, Harry!
E então todos se calaram. A passagem do retrato se abriu e Jenni passou por ele com os olhos marejados. Ela chorava tanto e nós arregalamos os olhos. Acho que nunca a vimos chorar daquela maneira...

Narração Jennivivy Malfoy.

Eu estava acabada. Acabara de brigar com o Draco, meu irmão e meu melhor amigo. Ele tinha razão. Eu manchei o nome dos Malfoy estando na Grifinória, aquilo tudo era irritante e vergonhoso! Nem ao menos reparei que tinha mais gente com as Mad’s. Meus olhos estavam totalmente vermelhos e eu soluçava tanto, sentada naquela poltrona confortável e aquecida pelo calor do fogo na lareira. Abracei meus joelhos escondendo meu rosto, quando senti uma mão quente sobre meu braço gelado. Levantei a cabeça a fim de xingar quem quer que fosse mas não consegui. Aqueles olhos verdes esmeralda me capturaram antes mesmo de eu distinguir quem era... Eu me perdi naquela imensidão verde como eu nunca me perdera nos olhos de alguém antes... Ele me fitava com um meio sorriso nos lábios, as palavras lhe saíam num sussurro e eu não compreendia direito.
- Desculpe... O que? – Perguntei sacudindo a cabeça de um lado para o outro.
- Eu perguntei se você está bem...? – Ele repetiu limpando as lagrimas que ainda escapavam dos meus olhos.
Eu congelei e dei um sorriso idiota, afirmando com a cabeça. Meu Merlin, ele era tão perfeito! Eu precisava saber mais sobre ele. Analisa-lo. E foi o que eu fiz. Ele falava, eu ouvia atenta, mas reparava seus pés, suas pernas, seu abdômen, seus ombros musculosos – e que ombros! – até chegar ao rosto. Aquele rosto conhecido. Seus lábios perfeitos. Seu sorriso largo, o nariz parecia que fora desenhado, a testa com aquela cicatriz em forma de raio que fora feita pelo bruxo mais temido que já existira... Seu cabelo negro e tão bagunçado, a medida que as palavras lhe escapavam a boca, ele levava a mão inconscientemente á cabeça, assanhando os fios rebeldes e despenteados... Harry Potter. Santíssimo Merlin o que eu tava pensando? O garoto era inimigo mortal do meu irmão. Se Draco me visse em tal estado me mandaria embora da mansão dos Malfoy. Coisa que ele não fez só por termos o mesmo sangue. Caso contrário me mandaria pastar por ter entrado na Grifinória. O Potter continuava falando. Eu fiz uma careta maneando a cabeça e murmurei algo inaudível.
- O que...? – Ele perguntou sorrindo.
Ah aquele sorriso. Tão lindo...!
- Eu... Eu tenho que ir... – Eu falei me levantando quase que o derrubando e indo em direção as escadas – Aqui é o dormitório feminino? – Perguntei olhando para as garotas.
Mas eu não via nenhuma delas. Só via aqueles olhos verdes esmeralda que me fitavam curiosos, sem entender onde eu tinha que ir, e principalmente por que. Se alguma delas me respondeu, só Merlin é que sabe, porque eu não ouvi, só ouvi as palavras que aqueles lábios deixaram escapar com simpatia.
- É, é aí mesmo... Boa noite... Jenn. – Ele falou, e eu sorri. Não sei por que. Mas sorri.
Subi as escadas correndo e me perguntando por que tinha sorrido. Se bem que não importava, ele havia me chamado de ‘Jenn’, um apelido único e exclusivo dele.
Bem. Fiz o que a maioria das garotas fazem quando esse tipo de coisa acontece... Deitei na cama designada a mim, fechei aquele cortinado velho e brega, abracei meu travesseiro imaginando como seria namorar Harry James Potter.

Narração por Emilly Boir.

Bem depois do incidente com a Jennivivy, e a troca de olhares da mesma com o Harry, nós acabamos conhecendo os amigos do meu primo, e a namorada. Haley foi a primeira a sair correndo atrás de Jennivivy, voltando instantes depois com um sorriso nos lábios. Nada importante, acho. Algo deveria ter mudado o rumo da visão da Jenni... Enfim, conversávamos meio que em grupo, não todo mundo junto... Claire falava com Harry, sobre Sirius. Gina estava lá com ele, mas não falava, só olhava. Mione estava grudada a Rony, falando com Louise, enquanto Rony tentava falar com a Haley. E eu, bem, tive o prazer de conhecer os gêmeos Weasley. Conversamos os três durante um bom tempo, até Rony chegar, deixando uma Mione cansada ao pé da escada dos dormitórios femininos e que um George Weasley pudesse conversar com a Hay.
Eu achei que meu encontro com Harry seria o mais surpreendentemente assustador e inesquecível naquela noite, mas na verdade, eu meio que fui capturada por um ruivo maior que eu, de brilhantes olhos castanhos esverdeados. Ele tinha tantas sardas, um sorriso bobo e ao mesmo tempo maroto nos lábios... Esse era Rony Weasley. O garoto que tinha uma namorada. E me deixou presa em si. Passei a fitar seu corpo... Os músculos aparecendo mesmo que estivesse com as vestes... Era alto e não desengonçado, simplesmente o melhor, eu poderia ficar olhando-o o tempo inteiro, se não fosse Fred para me tirar o transe.
- O que aconteceu, Lilly, só porque você estudava com garotas se desesperou com o meu irmão, idiota? – Ele riu.
Eu levantei meus olhos pra ele fitando-o de cima abaixo e depois abri um sorriso maroto nos lábios.
- Ora por favor, Fred, pra que ficar vidrada no Rony se tenho um garanhão como você pra me cortejar? – Eu pisquei o olho com um ar maroto, ouvindo uma sonora risada vindo dos dois lados, dele e de Rony.
Bem... A noite se seguiu assim para mim... Mas os dois ruivos, de olhos castanhos esverdeados me deixaram tão confusa... Eu me divertia tanto falando com Rony... Mas Fred me fazia rir, juntos já brincávamos que seriamos noivos e nos casaríamos em Hogwarts, fazendo Dumbledore de padre... Não sei bem o que foi aquilo, mas que eles eram os garotos que me fisgavam... Ah, eles eram.

Narração por Haley.

Juro que conversar com Rony não é bem a coisa mais interessante, pelo menos não era. Não pra mim, ainda mais naquela época. Eu o olhava, concordava, ria, conversava e fazia tantas brincadeiras... Até de repente outro ruivo chegar... Eu poderia dizer que iria dormir e mandar aquele ruivo ir embora, já que ele comentava do meu cabelo. E do meu cabelo cuido eu. Mas eu não o fiz. Fitei-o de cima a baixo e abri um sorriso malandro.
- Oi... – Disse quando ele chegou.
- Haley, não é? – Ele perguntou sorridente.
Eu concordei com a cabeça, fiz uma piada e nós rimos.
- E você, catinho? – Perguntei, tocando o “g” pelo “c” como eu sempre fazia quando falava com as garotas.
- George Weasley... – Falou, se apresentando. – Dono das Gemialidades Weasley, junto com o meu outro irmão... – Disse alargando o sorriso orgulhoso. – Soube que você gosta de azarar pessoas...
Quis por um momento que minha reputação fosse pros ares. Não dava nem pra se impressionar um garanhão desse jeito, que é isso. Bem, então eu dei um sorrisinho sem graça e concordei com a cabeça. Mas ele sorriu também, só que orgulhoso. Bem, isso indicava que ele não era monitor e eu estava livre!
- Podíamos andar juntos um dia... Azarar uns sonserinos metidos a inteligentes... – Comentou como quem não quisesse nada...
Merlin, isso só podia ser sorte, não é? Primeiras horas em Hogwarts e um cara perfeito já me chama para um encontro... Bem, tecnicamente um encontro, né...
- Ah! Você está me chamando para um encontro, senhor Georgete?! – Perguntei fingindo não estar ansiosa com uma pose de diva.
- É quase isso, só que sem a parte do encontro... – Falou piscando o olho maroto.
Eu dei de ombros.
- Como queira... Nada de beijinho, quem perde é sóooo você... – Eu ri ao ver a cara dele.
- Como você é convencida... – Ele falou começando a rir também...
- Ah, eu sei que você já me ama! – Falei.
Conversamos acho que no mínimo duas horas. A sala já estava quase vazia... As garotas haviam subido e só tinha eu e ele na sala, rindo alto, berrando, conversando, brincando... Divertindo-nos... Jogávamos snap explosivos, claro, que no meio de tantas partidas, ambos estávamos com o rosto sujo de uma falca pólvora... Com certeza, aquele jogo era muito, mas muito melhor que xadrez de bruxo... Xadrez de bruxo era coisa para nerds, e a ultima coisa que eu e ele éramos, era isso.
Contei-lhe o que nós fizemos á irmã de Fleur e ele riu estrondosamente.
- É verdade, a irmã da minha querida cunhada é saco... Tão nojenta quanto Gina, se bem que a Gina as vezes é meio machona... – Ele comentou e eu ri alto.
- A Fleur é sua cunhada, é? – Perguntei quando me recuperei.
- É... – Ele falou embaralhando as cartas me fitando – Ela casou com o meu irmão, o Bill... – Ele me esclareceu e eu só disse um “ah” e sorri levemente.
- Mas, G. Você parece ser alguns anos mais velho que eu, porque ta em Hogwarts ainda...? – Perguntei tentando não parecer muito curiosa.
- Eu sou dois anos mais velho que você, suponho... Mas estou na sua classe... – Ele começou a me contar como fugiu na escola e como foi divertido usar logros criados por ele mesmo em toda a escola.
Eu fiquei surpresa e ri mais ainda... Ele com certeza era o “catinho” mais “catinho” que eu tinha conhecido. Algo nele me fazia acha-lo mais bonito que Fred, mas os dois eram idênticos! E segundo ele, a própria mãe os confudia... Não sei porque, eu não conseguia confundi-los, para mim, na minha cabeça, no meu sub-consciente, Fred era totalmente diferente de George, até mesmo fisicamente... George era... O tipo de cara perfeito... Mas isso eu contarei depois...

Narração por Louise.

Quando acordei, no outro dia, era cedo demais para o café da manhã... E Claire me acompanhava. Coloquei o uniforme de inverno e Claire também o fez porém, colocou um shorts por baixo da saia longa do uniforme que nós alteramos para ficar mais curto, e pegou seus patins de gelo. Tinha certeza que ela iria “explorar” o imenso lago que havíamos visto... Mas eu não liguei, tinha intenção de ver cada canto da escola, desde a biblioteca até o armário de vassouras daquele castelo.
E foi isso que fiz, assim que Claire se distanciou de mim, procurei a biblioteca, mas acabei chegando à torre oeste do castelo, isto é, se minha geografia estivesse certa. Acho que meus grandes olhos azuis fitaram tão intensamente a estátua de Rowena Ravenclaw que chegava a arder. Os quadros me fitavam curiosos até que eu saísse do meu transe, quando a tal estátua me perguntou algo e eu fiquei olhando confusa, mas virei-me para ir embora. Aquela deveria ser a entrada de alguma sala comunal de CDF’s não sei... Mas continuei andando pelo corredor, completamente perdida, até ouvir passos atrás de mim. Girei os calcanhares para ver quem era.
Não fiquei surpresa, só meio abobada, porém não demonstrei. Era um garoto. Moreno de olhos claros, tão claros quanto o meu, um tipo de verde azulado... Ele tinha o rosto vivo, e um sorriso maroto nos lábios, a gravata pendurada no ombro esquerdo, enquanto segurava a capa pela mão direita apoiada no ombro direito. Uma cena de revista trouxa sabe como é... Mesmo que o uniforme de inverno fosse medonho, o deixava galante. Os primeiros botões de sua camisa estavam abertos, e o cabelo assanhado. Não sorri e não falei. Mas voltei a andar e aquela sensação de que olhavam para a minha parte traseira me incomodava.
- Ei, você... – Ouvi a voz grave dele chamar-me.
Parei de andar e me virei para fita-lo, mesmo que sem falar uma palavra sequer.
- Você é uma das madgirls não é? – Perguntou sorrindo maroto.
Arqueei a sobrancelha esquerda e assenti com a cabeça.
- Andrews Lovegood, prazer. – Disse assanhando o cabelo e estendendo a mão livre.
Apertei sua mão e nesse momento ele me puxou para mais perto.
- Queria te dar as boas vindas... – Murmurou baixinho perto do meu ouvido, o que criou arrepio inevitável.
Empurrei-o nervosa.
- Primeiro não quero “boas vindas” de uma pessoa que se acha bom o bastante para de agarrar. – Eu falei ficando alterada. – Segundo e mais importante, eu detesto nerds. – Falei piscando o olho com raiva, enquanto continuava meu caminho.
E ele segurou meu braço com delicadeza, fazendo-me fita-lo e eu bufei.
- Qual é Louise, é esse seu nome não é? – Perguntou, e sem me deixar respondeu continuou – Eu só vim ser gentil, te dar o privilégio de poder sair comigo. Vai reclamar é? – Perguntou com um ar maroto.
Irritada, soltei meu braço das mãos dele, olhando-o diretamente nos olhos.
- Escuta aqui, Lovegood. Para você, é Monteoux. E outra coisa. Não dirija sua palavra a mim, ok? Acho que isso é mais fácil de entender do que a formula de uma poção. Desinfeta e não enche meu saco. – Falei voltando a caminhar e depois parei, olhando-o por cima do ombro. – E você ta precisando de aulas de gentileza, viu? – Ri internamente ao ver sua cara de revoltado me fitando e continuei meu caminho.
Era incrível, como as garotas conseguiam encontrar pessoas legais para conversar, para ter inicio de uma amizade colorida, e eu só encontrava uma miniatura daquele cantor trouxa, Justin Timberlake, pra tentar me cortejar. Não podia dizer tal coisa, mas eu já o odiava. Andrews Lovegood só perdia de Gabrielle e Fleur na minha lista negra.

Narração por Claire.

Eu caminhava pelos jardins de Hogwarts maravilhada. Eu estava meio perdida, mas demorou pouco para eu chegar diante de um lado negro coberto por gelo firme e forte. O ar ali era frio, tão frio e sereno que chegava a ser tão relaxante, me deixando com vontade de ficar ali o dia todo se não fossem as aulas para me atrapalhar. Eu suspirei, toquei a superfície do gelo com a varinha deixando-a completamente lisa e depois, tirei meus sapatos estilo boneca substituindo-os por patins de gelo. Amarrei os cadarços dos patins, tirei as traves e me coloquei em pé no gelo, começando a patinar levemente... Eu rodopiava, patinava rapidamente, de costas, saltava... Dava saltos triplos, apoiava o pé direito no gelo e saltava novamente com um duplo. Com uma coreografia improvisada... E eu teria continuado. Se não fosse pela figura atrás de uma arvore se levantando com coisas nas mãos, distraído demais com suas coisas para me perceber... Assim que o vi, perdi o equilíbrio, caindo sentada no gelo, deslizando um pouco até a borda do lago, cheia de neve.
Eu coloquei novamente as traves nos patins, pegando meus sapatos e a varinha, me dirigindo para trás de uma roxa grande que havia ali. Ela era grande o bastante para me esconder eu supus...
Sei lá eu por que fiz aquilo, mas que aquela era a melhor visão de todas, ah isso era! Ele era tão perfeito. Estava longe demais, sem camisa, e suava um pouco, mesmo com o frio que fazia, uma fogueira diante dele parecia o aquecer, mesmo com o trabalho árduo que parecia fazer, com uma criatura em suas mãos. Eu bem reparei seus músculos perfeitos em forma e tamanho que ficavam a mostra, sua barriga tinha um bem notável tanquinho, com leves ferimentos já cicatrizados. Sua calça cobria o cano de sua bota de guerra que sumia na neve derretendo. Ele estava curvado, com o cabelo castanho claro meio grisalho levemente bagunçado, deixando que fios claros lhe caíssem sobre os olhos de maneira que os orbes cor de mel de seus olhos me deixassem perdidas. Não fazia idéia de quem era só tinha certeza de uma coisa. Eu estava amando!
O silêncio reinou ali, e eu tirei os patins, recolocando os sapatos e resolvi que seria melhor voltar para o castelo. O meu Deus Grego já parecia ter acabado de fazer o que quer que fosse com as criaturas minúsculas que tanto mexia... Então, levantei-me e comecei a andar em direção ao castelo, quando o ouvi falar com a voz grave:
- Ah, você já vai? – Perguntou olhando em minha direção.
Arregalei meus olhos olhando-o por cima do ombro. Como ele me vira?! Essa era a pergunta que não queria calar. Merlin! Eu tremia e minhas pernas falhavam em obediência! Eu caminhava até ele com um sorriso idiota nos lábios.
- Desculpe, eu não quis incomodar... – Falei enrolando um cacho loiro nos dedos. – Como vai? – Perguntei debilmente. Ah Claire, sempre tão tolinha, pff!
- Bem – ele declarou com um sorriso gentil – Mas acho que nunca te vi por aqui, é uma das garotas da Beauxbatons?
Eu corei. Por um momento, quis nunca ter sido uma MadGirls e ter estudado na França. Encolhi os ombros sorrindo amarelo.
- É... Claire Black, prazer... – Estendi-lhe a mão.
Os olhos dele se iluminaram por um momento e ele imediatamente limpou as mãos na calça antes de apertar a minha. Um arrepio invadiu meu corpo apenas com o seu toque...
- Remus Lupin, seu novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e amigo do seu primo, Sirius!
Eu ainda segurava a mão dele, abobada, e ele estava sem graça quando eu pude notar. Soltei corada a mão dele e notei a aliança dourada e lisa em seu dedo. Fitei o chão, triste, sem saber o certo motivo.
- Ah, então você deve ser o Moony (Aluado)... Sissí já me falou de você... O inteligente dos Marauders, não é? – Perguntei abrindo um leve sorriso fitando-o novamente – E... Casado com a auror Nimphadora Tonks... Certo?
Ele me fitou por um momento, concordou com a cabeça e começou a recolher suas coisas...
- É melhor entrar, se não vai perder o café da manhã, Senhorita Zöhler... – Comentou sorrindo gentilmente.
Eu o fitei por um instante e sorri como uma boa aluna.
- Me chame de Claire, por favor, Remus...? – Disse-lhe, chamando-o pelo primeiro nome.
Ele concordou comigo, sorrindo simpático, mas eu poderia jurar, que ele lutava contra alguma coisa, dentro de si próprio. Então, acenei para ele e caminhei em direção á escola parando apenas quando ouvi sua voz máscula atrás de mim.
- Ei, Claire... Você gosta de patinar, então...? – Perguntei.
Eu o olhei confusa mas sorri imediatamente.
- É eu gosto! – Falei virando-me para a escola novamente...
Antes de me juntar as garotas na mesa da Grifinória, no salão principal... Subi para a sala comunal, na qual eu me olhei no espelho, analisando meu tipo físico murmurando alguma coisa para mim mesma...
- Se príncipe encantado existia... Com certeza seria parecido com o meu querido professor... E de preferência... Não seria casado – Comentei para o meu reflexo e suspirei...

Fim de narração.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.