Casas de Veraneio à parte
“Por que as mães têm que ser pessoas tão orgulhosas? É sério! É tão difícil assim ela reconhecer que não quer que a filha caçula sofra nas mãos da filha mais velha na casa de verão da família do namorado da referia irmã cavala?
E eu falei para ela: ‘Uma semana, mamãe. Só isso que eu vou agüentar de tortura. Depois você arranja um jeito e me manda de volta.’
E ela disse: ‘E você vai ficar em casa sozinha?’
E eu retruquei: ‘Mamãe, a Laís e a Stefany já disseram que me hospedam na casa delas.’
E a minha mãe: ‘Elas disseram isso, mas e as mães delas?’
E eu: ‘Elas disseram que adorariam a minha presença em suas casas.’
E minha mãe: ‘Voltaremos para casa no fim de julho. E você vai voltar com a gente, nem um dia antes.’
E deu a conversa por encerrada. E agora? Sabe o que eu estou fazendo? Estou tendo que arrumar minha mala para ir para uma casa de veraneio. Odeio Casas de Veraneio.
Lily Evans”
Fechando seu diário amarguradamente, Lily olhou para sua cama. Praticamente todas as roupas estavam ali em cima. Sentou-se em seu malão e ficou analisando cada peça.
“E se eu, sem querer manchasse todas as minhas roupas. Não teria como eu ir para lá. Que pena! Queria tanto ir!” pensou malevolamente. Antes que pudesse fazer algo, porém, Laís entrou em seu quarto.
-Nem pense nisso. – falou a guisa de cumprimento.
-Nisso o quê?
-Das duas uma, ou você está pensando em como se livrar da viagem à casa do namorado da sua irmã, ou em fugir para cá depois de ficar um tempo por lá.
-Sabe o que é? Estava pensando em, sei lá, procurar pousada na casa das minhas melhores amigas...
-Por isso que eu disse para não pensar nisso. Se fosse mês que vem, tudo bem.
-O que foi?
-Amanhã minha família estará indo para o Japão. – respondeu a outra, visivelmente feliz.
-Sério? Que legal! Você vai trazer lembrancinhas para mim? – pediu. Então pareceu perceber algo. – Peraí! Se você vai viajar, onde eu vou me refugiar?
-Não sei!
-Claro! Na casa da Tefy! – lembrou-se.
-O que tem a minha casa? – perguntou a referida pessoa, entrando no quarto pela porta aberta. – Nossa... mas que bagunça. Sabe Lily, inventaram algo chamado guarda-roupa, é onde você guarda as suas roupas.
-Muito engraçado, mas deixa eu adivinhar, você veio aqui me avisar que vai viajar...
-Isso... virou vidente agora?
-Não, foi apenas uma intuição. E, deixa eu ver, você vai para o Japão.
-Não... quem te disse essa asneira? Eu hem? Japão? Não, obrigada, Tem muitos...japoneses...
-Será que é porque é o Japão? – perguntou Laís, como se fosse óbvio. – E eu não tenho nada contra o Japão... Vou para lá amanhã! – anunciou vitoriosa.
-Bom proveito! Enquanto você estiver comendo sushi e sashimi, eu vou estar comendo deliciosos croissants.
-Croissants? – perguntou Lily.
-É... são uns pãezinhos feitos com massa folhadas e...
-Eu sei o que é um croissants, só não entendi porque você vai comer isso.
-Vou para Paris amanhã. Vou visitar minha avó.
-Sua avó mora em Paris?
-No verão. No inverno ela mora em Bariloche, na primavera ela vai para alguma das ilhas do Mediterrâneo e no outono ela fica aqui na Inglaterra mesmo.
As outras duas garotas ficaram olhando aparvalhadas para a amiga.
-Qual é a razão de a sua avó ficar trocando de residência?
-Trocar de ares.
-E quando você vai?
-Na verdade eu vim me despedir, meu vôo sai essa noite.
-Beleza! Agora eu não tenho mais onde me refugiar. Será que ainda tem um campo de refugiados do nazismo por aí? – perguntou Lily pensativamente.
-Lil’s, deixa de falar besteiras. Arruma sua mala logo, sua mãe me disse que vocês estarão indo amanhã.
-Mas eu não quero ir! – choramingou Lily.
-Lily, pense no que você vai poder aprontar com sua irmã... – falou James, entrando subitamente no quarto.
-O que é isso? Convenção Venham Incomodar Lily Evans Invadindo o Seu Quarto?
-Não... eu vim chamar a minha irmã... Vamos Tefy, nós temos que ir.
E os dois Potter saíram do quarto.
-Também vou saindo Lily. Beijos.
Depois que a Lupin saiu, Lily ficou pensando em como a sua vida em nada contribuía para que tudo desse certo para ela. Rapidamente arrumou suas malas, colocando tudo o que via pela frente.
-Droga, droga, droga! Mil vezes droga. – então se lembrou do que James dissera. “(...) pense no que você vai poder aprontar com sua irmã...”. Deu um sorriso e foi até o seu malão. Ainda bem que havia guardado um pouco de produtos da Zonko’s.
*DPII*
“Existe coisa mais entediante que viajar de carro? De carro para uma Casa de Veraneio? A Casa de Veraneio da família do seu cunhado? Namorado da sua irmã Cavala? É! Acho que não... Eu só queria que alguém me salvasse desse desespero!
É sério! Viajar de carro é muito entediante. ALGUÉM ME SALVA!
OK, melodramas à parte...”
-O que você tanto escreve? Hem, aberração?
-Nada o que te interessa Petúnia. – respondeu secamente.
-Se você estiver armando alguma coisa, Esquisita, você vai ter que se ver comigo.
-Ai meu Merlim, ops, Deus! E o que você poderia fazer comigo? Dar um coice?
-Mãe! Olha o que essa estranha está falando de mim!
-Você quem começa a briga insultando a sua irmã. – falou a senhora Evans sem levantar os olhos da revista que lia.
Lily mostrou a língua para a irmã.
-Mãe!
-Pet, fique quieta por um segundo. Estou lendo uma incrível matéria sobre o escândalo de Alice Stuart na última festa da Alta Sociedade, que eu não pude ir porque tive que ir numa reunião na escola de certo alguém que aprontou com o professor e com os colegas. - levantou os olhos e fitou a filha caçula.
-Mãe! Eu já disse! Não foi minha culpa! A idéia foi do Sirius Black!
-Black? Pensei que seus... amigos, odiassem a família Black. – intrometeu-se Petúnia.
-Não te interessa a opinião dos meus amigos acerca de outras famílias. Mas já que você comentou, duas das minhas quatro melhores amigas são Black, e um amigo meu é Black.
Lily passou o resto da viagem ignorando as tentativas infrutíferas da irmã em provocá-la.
Assim que seu pai estacionou o carro, Lily desceu contente por estar esticando as pernas. Aguardou impaciente enquanto os outros desciam. Olhou para a casa à sua frente. Não podia negar que era uma arquitetura arrojada e que muito lhe agradara, mas a simples lembrança de que ali teria que passar metade de suas férias escolares já apagou a beleza do lugar.
Viu que na entrada da residência estava um grupo de pessoas. Aquelas quatro à frente era a família Dursley: os dois jovens, um casal, tinham o corpo mais cheio do que o normal para a idade, de fato, as línguas mais afiadas diziam aquela infame piada de que os dois estavam em forma, em forma de bola. Já o senhor e a senhora Dursley eram um casal oposto. Não oposto aos filhos, mas opostos entre si, fisicamente falando. Os filhos obviamente puxaram ao pai, já a mãe, era alta e tinha o corpo esguio, sustentava nos lábios um sorriso generoso e amável e logo Lily descobriu que aquela mulher gostava de satisfazer todos os caprichos das pessoas. Já as outras pessoas atrás da família deviam ser os empregados da residência, todos aguardando a chegada dos Evans.
Assim que todos haviam descido do carro, avançaram até a frente da casa.
-Olá! Sejam bem-vindos à nossa humilde casa. – saudou o senhor Dursley, e Lily percebeu na hora que o homem não fingiu em nenhum momento ser humilde.
“Fútil!” pensou, sem remorso, sobre o sogro da irmã.
-Espero que tenham feito uma boa viagem. – falou a senhora da casa, e, ao olhar para seu sorriso, a pequena Evans não percebeu nenhuma afetação. Ia falar algo, mas se lembrou que, de acordo com a etiqueta, quem devia falar algo era seu pai. Olhou para ele.
-Foi, obrigado pela lembrança! Já conhecem minha caçula? Lily Evans. Lily, cumprimente o senhor e a senhora Dursley.
-Olá, prazer em conhecê-los. – cumprimentou, aproximando-se com a mão estendida, que logo foi apertada pelo patriarca.
-Uma mocinha educada. – comentou para o senhor Evans.
-Querida, essa é Guida. Creio que já se conhecem. – a senhora D. apresentou as duas.
-Oi. – cumprimentou Lily, após olhar disfarçadamente para a garota de sua idade.
-Oi. – foi a resposta seca. Guida ouvira do irmão que Lily Evans não era boa companhia. Válter, é claro, baseara-se nisso após ouvir as longas reclamações de Petúnia sobre a caçula Evans sem, é claro, alardear sobre a natureza mágica da irmã.
Depois dos cumprimentos gerais, o senhor Dursley conduziu a todos para o interior da casa enquanto um empregado se encarregava em descarregar o carro e levar as malas para os aposentos dos hóspedes.
Na sala de estar eles bebiam o chá, Válter e Petúnia conversavam num canto, os patriarcas das famílias conversavam sobre os negócios e Guida ouvia as duas matriarcas fofocando sobre a elite.
Olhando para a parede da sala, Lily pensava saudosa em Hogwarts.
-Algo errado querida? O chá não está do seu agrado? – perguntou a senhora Dursley ao perceber a desatenção da garota.
-Como? – olhou para a mulher que a encarava. – Não! Está ótimo, muito obrigada. Eu só estava me lembrando de minha escola.
-Ah sim! Sua mãe comentou. Um internato misto, não é mesmo?
-Sim!
-Onde é?
-Não sei especificar aonde, mas é ao norte do país. – Lily sabia que para manter uma mentira oculta, o melhor era mantê-la o mais próxima o possível da verdade. – Vamos de trem, saindo de King’s Cross, então não dá para saber onde fica exatamente.
-Mas deve ter alguma cidade próxima, não é? – perguntou, levemente alarmada.
-Claro! Só não me lembro o nome agora. – tudo bem, isso era uma mentira. Não é que sabia que o povoado se chamava Hogsmeade e que era o único povoado inteiramente bruxo da Grã-Bretanha? Só não podia dizê-lo para uma trouxa, não é mesmo? Deu um sorriso amarelo. – Nunca fui muito boa para guardar esse tipo de dado.
-Natural. – então falou como se estivesse confessando um segredo. – Até hoje não sei o endereço exato do meu cabeleireiro, em Londres. – Lily deu um sorriso, o que pareceu deixar a senhora mais contente. – Que tal irmos dar uma olhada na cozinha? Aposto que tem um sorvete.
Levantaram-se e foram para a cozinha sem que ninguém lhes desse mais atenção. Guida e a senhora Evans estava muito ocupadas comentando sobre o vestido de uma cantora famosa, que o usara duas vezes: uma na entrega do Emmy e outra numa das festas oferecidas pela família Winter.
Ao chegarem à cozinha, a senhora Dursley pediu uma tigela de sorvete para Lily. A ruiva, ao pegar o pote, não se conteve. Mandando toda aquela coisa refinada de quem teve aula de etiqueta (N/A:e aqui devo me intrometer...qm teve aula d etiqueta deve saber como eh... ateh q eh legal e td mais, vc se portar educadamente e tals...mas cara...agir assim a maior parte do tempo cansa...e sim, eu tive aula d etiqueta...¬¬’) para o alto, Lily abraçou aquela pequena vasilha e valsou pela cozinha cantarolando a Música Feliz do Sorvete. (N/A²:não me perguntem a letra da músik...ela surgiu do nada enquanto eu me servia de sorvete à cinco minutos atrás...) Rindo, a mulher comentou:
-Acertei com o sorvete, então.
-Oh! Muito obrigada! Eu amo sorvete...sorvete é tão...sorvete.
A mulher sorriu novamente, convidando Lily a se sentar à sua frente na mesa da cozinha.
-Como é sua escola Lily?
-Ah! É...grande.
-Grande? Só isso?
-Bom...o terreno é grande, tem uma floresta e um lago, além de um imenso jardim. Mas o prédio da escola é mesmo muito grande. É fácil se perder lá.
-E como que chama-se?
-Ih! Não posso dizer.
-Como não pode dizer? Como esperam promover a escola sem publicidade?
-Não esperam
-Como?
-Ninguém se matricula lá porque é a melhor escola de todo país. As pessoas que estudam lá, estão porque ganharam uma vaga. Por isso que não fazem publicidade. Só entram lá os alunos que a escola escolheu anteriormente.
-Então você foi escolhida. – constatou.
-Sim! – respondeu orgulhosa. Não podia dizer que era bruxa, mas podia se orgulhar de ser, não era?
-E não tem como você indicar a Guida para a próxima seleção deles? Sua mãe disse que essa escola está fazendo tão bem a você, e só Deus sabe em como preciso refinar mais a minha filha. Ela parece um cristal bruto, que precisa chegar nesse estado de lapidação que você está.
-Mas, senhora Dursley. Não foi a minha escola que me deu esta... refinação, como a senhora diz. – falou levemente assustada. – Lá eles não ensinam coisas refinadas, pelo contrário, ensinam coisas que vamos levar para a vida adulta. Lá, tecnicamente, não há diferença de classes sociais, pois existem alunos de todas elas. Isso não impede que certos alunos façam essa divisão naturalmente. De qualquer forma, minha escola não iria ajudar Guida.
-Mas... mas...
-Senhora Dursley, quer a minha opinião?
-Claro!
-Se você quer refinar mais a Guida, mande-a para o internato que meu pai iria me mandar: Internato Feminino para a Formação de Jovens Ladys. Fica na França, mas é renomadíssimo.
-Uma boa opinião.
-Me corrigindo. É uma sugestão. – sorriu. – Além do mais, para compensar minha ausência nesse ano, papai matriculou Petúnia lá, para terminar a escola. São só mais uns 2, 3 anos, já que minha irmã está com 15 anos.
-Quer dizer que Petúnia está indo para a França?
-Sim.
-Então os encontros de final de semana dela e de meu filho vão diminuir? Que pena!
-Se diminuir os encontros, as cartas aumentarão.
-Acho que esse ano terei que avisar na escola dele que cartas de Petúnia Evans estão autorizadas a serem entregues a ele. Na Smeltings nós temos que avisar tudo com tanta antecedência. – e ficou analisando as unhas.
Lily levantou-se e depositou a tigela vazia dentro da pia, sob o olhar surpreso da empregada. Levantando o olhar, Lily sorriu.
-Muito obrigada pelo sorvete em hora tão inadequada. – e voltou para o lado da dona da casa sem notar o olhar admirado da jovem serviçal. – Vamos sra. Dursley. Temos que retornar para junto dos outros.
E retornaram, mas ninguém pareceu notar que elas tinham saído da sala.
*DPII*
“Ok! Tudo aqui é estranho!
Sério! Para começar pela mãe. Ela é a única legal de toda a família. Estranho! Muito estranho. Já aquela Guida, é mais apegada ao cachorro que o irmão deu para ela do que à boneca que ganhou do pai. Detalhe: é um dobermann. Esse Válter, só o fato de ser namorado de Petúnia já mostra o tanto que é estranho. E o senhor D.? Merlim me livre dele, mas ele nem se importa direito com o que acontece com a família, está mais preocupado com a empresa de brocas dele.
Ah! Os empregados são legais! Gente fina. Pelo menos comigo.
E eu andei reparando na brincadeira particular deles, foi a Helena, a governanta, quem me contou (viu a intimidade? Só para quem pode!). Eles apostam todo dia quem vai pirraçar mais a ‘senhorita Guida’. Parece que a mimadinha aí passa o dia inteiro pedindo coisas para comer e beber, e os métodos de pirraça são dos mais variados. Alguns trocam os pedidos, levando para ela o pedido de Petúnia, ou trocam alguns ingredientes, e quando ela reclama do sabor eles experimentam e falam que não, está com o sabor de sempre. Nessa eu também entrei, mas como uma que se oferece para experimentar, e sempre afirmo que ‘está uma delícia, meus cumprimentos ao chefe’.
Aliás, hoje a Helena me explicou porque são tão gentis comigo: parece que eu sou a única que é educada com os empregados da mansão, pelo menos entre os quatro jovens aqui.
Puxa! Nem parece que se passou uma semana que estou aqui... E meu arsenal ainda está intacto. Mas ainda quero fazer algo contra a Cavala...Já sei!
Mas para isso preciso da ajuda do Francesco, o jardineiro.
Lily Evans, a Caçadora de Encrencas.”
Olhando pelo jardim, logo Lily achou quem era o responsável pelo mesmo.
-Francesco! – chamou.
-Srta. Lily! – cumprimentou o homem, se aproximando.
-Você pode me ajudar em uma coisa?
-Claro!
-Se alguém perguntar, você diz que é verdade?
-O que, senhorita?
-Que eu pedi um vaso de plantas para você e que você me viu plantando uma muda de uma planta que você nunca tinha visto antes.
-Mas...
-Por favor! Eu não vou deixar que metam você em encrencas.
-Promete?
-Obviamente.
-Tudo bem. – e ia se virando quando se lembrou. – Não vai precisar levar nenhum vaso? Se quiser que acreditem terão que te ver carregando um para a história parecer plausível.
-É mesmo! Pode me arranjar um vaso então, Francesco.
Segundos depois o homem retornou com o pedido da senhorita.
Lily entrou em casa alegre e saltitante. Ao passar pela cozinha deu olá a todos e tomou o devido cuidado par não sujar o aposento, caso contrário Pierre, o cozinheiro, ficaria furioso e eles teriam que comer Escargot.
Quando chegou em seu quarto, Lily colocou o vaso ao lado da janela. Sabia que a irmã estava dando uma volta com o namorado pela propriedade, e que logo eles estariam de volta, por isso não podia sair de seu posto de vigia. Até que eles apareceram.
Eles sempre entravam pela porta da cozinha, que ficava bem abaixo da janela do quarto ocupado por Lily, o que lhe concedeu essa chance única. Largou a bomba de bosta e deu um grito.
-Ops! Cuidado aí em baixo!
Petúnia parou ao ouvir a voz da irmã, e olhou para cima, recebendo toda a carga na testa. Não agüentou quando sentiu o cheiro.
-MAMÂE! – logo a adolescente estava rodeada por todos. Quando lhe perguntaram o que aconteceu, ela só apontou para o andar de cima, onde viram Lily olhando para baixo com cara de “Sinto muito mesmo! Não tinha te visto!”.
-Lily Ann Evans! Desça já agora! – chamou a mãe.
Assim que chegou ao andar de baixo, todos a encaravam.
-O que você fez com sua irmã?
-Foi sem querer! Juro! Eu estava apenas adubando uma planta que eu ganhei de uma professora, e ela falou várias vezes que para que eu tivesse um ótimo resultado com a planta, que eu usasse o adubo predileto dela. – e olhou significativamente para a mãe. – Só que o pacote do adubo escorregou da minha mão na hora e caiu em cima de Petúnia.
-Por que eu acho que ela está mentindo? – retrucou Pet, sarcasticamente.
-Tem como você provar, minha filha? – perguntou o senhor Evans, olhando severamente para Lily.
-Senhor Evans, me perdoe intrometer. – pediu Francesco, percebendo que aquela era a hora que Lily falara. – A senhorita Lily passou aqui hoje, mais cedo, me pedindo um vaso de plantas para uma plantinha especial. Vi-a plantando uma mudinha desconhecida e logo depois dançando alegre, com o vaso na mão, para o interior da casa.
-Obrigado Francesco. – agradeceu o pai de Lily. – Querida, mais alguém te viu com esse vaso?
-Acho que o pessoal da cozinha – Lily disse pensativamente, ou pelo menos fingindo estar assim.
O senhor Evans saiu, para logo depois retornar.
-Bom Petúnia, terá que reconhecer que foi um acidente. Todos na cozinha lembram-se de Lily cantando uma musiquinha de letra: “Vou plantar minha plantinha, e adubar com muito carinho. Adubinho, adubinho. Presente da Tia Sprout. Adubinho, adubinho. Não tem cheiro de chocolate. Adubinho, adubinho. Mais parece o excremento do meu mascote.”
-Lily, de onde você tira letra de música assim? – perguntou a mãe, horrorizada.
Nesse momento não só todos os moradores da casa, como todos os empregados, já estavam em volta da família Evans.
-Ah mãe! Não tem como explicar, é uma coisa que flui.
Todos os presentes seguraram os risos.
-Você é tão besta Lily. – sentenciou a senhora, que em seguida virou-se para a filha mais velha. – Vá já para o banheiro Petúnia. Você está exalando um fedor insuportável.
E todos se espalharam.
Lily foi para seu quarto, pensando no próximo passo do seu aplicadíssimo plano: Pirraçar Petúnia para compensar a temporada naquele lugar.
*DPII*
“Duas semanas.
Estamos sem água, sem comida, e a energia foi cortada. Estamos sem comunicação e...
Ah tá. Aqui é o diário e não a carta de resgate...droga!
Tudo continua na mesma. E nenhuma amiga minha veio me salvar. Por quê? Por quê?
Aah é... elas não estão neste país. Mas como eu sou azarada!
Eu, definitivamente, preciso de meus amigos. Cara! Aqui não tem nada para fazer.
Passar o dia inteiro com Guida Dursley não é bom, não é nada bom. Ela fica o tempo todo comentando deste ou daquele vestido, em como tal atriz ficou de tal jeito por causa de tal penteado.
AAAAAAAARRRRRGH! Odeio gente fútil...
Bem que o tempo podia passar mais rápido.
Lily Evans.”
-Manhê. – foi até a mãe, que lia uma revista à beira da piscina enquanto bebericava uma taça de Martini.
-Sim, Lily? – suspirou, cansada.
-Quando iremos voltar para casa? – apontou para a garagem. – Sabe, eu tenho muita tarefa para fazer e...
-Mais duas semanas, minha filha. Duas semanas...
-Mas...
-Duas semanas Lily. Foi esse o combinado!
-Foi essa a imposição, isso sim... – saiu reclamando.
-Essas crianças de hoje em dia. – logo depois estava cochilando com os raios de sol a lhe aquecer o corpo.
Vinte minutos mais tarde acordou com gritos de Petúnia.
-De novo não! – suspirou se levantando. Foi até o quarto que as irmãs dividiam. – Muito bem, o que está acontecendo aqui?
-Essa coisa esquisita que você chama de filha! – falou Petúnia, indignada, apontando para Lily. – Ela encheu minha cama com essas esquisitices que chama de material escolar.
-Mas eu avisei pra mamãe que eu tinha que estudar!
-Estudar o quê? – pegou o livro que estava nas mãos da ruiva. – meia mão de olho de salamandra, alcachofra, asfódelo? Menina, o que é isso?
-São ingredientes de uma poção.
-Você vai mesmo fazer dessas suas esquisitices na casa da família do meu namorado?
-Booom. Eu queria ir para casa, mas já que eu não posso... Vou ter que estudar aqui mesmo.
-Mãe! Ela não pode fazer as “aberracionices” dela em outro lugar não? Minha cama vai ficar fedendo... o que é isso? – apontou para a cama.
-Ah! – Lily se aproximou, olhando melhor. – Raiz de mandrágora. Olha! Achei o rabo de lagartixa escocesa que eu estava procurando! – comentou feliz, pegando um pedaço de alguma coisa.
-Eca! – Petúnia fez cara de nojo.
-Lily. Retire já tudo o que está em cima da cama de sua irmã!
-Mas mãe! Eu preciso estudar, aqui é o único lugar que serve!
-Você não pode estudar outra coisa? Precisa realmente fazer poções? Que tal um pouco de herbologia, história da magia?
Vendo que estava apenas ela, a mãe e a irmã no quarto, Lily sacou a varinha e, com um suspiro, falou:
-Vingardium Leviossa. – e os ingredientes flutuaram todos. Ainda com a varinha Lily os conduziu para dentro de seu malão escolar, que resolvera levar de última hora. (N/A:sabemos que é proibido realizar mágica fora da escola, mas pensem comigo, de acordo com Tia Petúnia em Harry Potter e a Pedra Filosofal sobre Lily: “...e voltava para casas nas férias com os bolsos cheios de ovas de sapo, transformando xícaras em ratos.”)
Petúnia ficou com os olhos arregalados, era a primeira vez que via a caçula fazendo mágicas com a varinha.
-AI MEU DEUS! – sim, ela ficou desesperada.
-Pronto mãe! Acho melhor eu estudar outra coisa então. – falou emburrada, jogando-se em sua cama e pegando um livro qualquer.
-Lily!
-Mãe, estou estudando.
-Seu livro está de cabeça para baixo!
-E como que a senhora sabe que a matéria que eu estou lendo não está escrita de cabeça para baixo?
-Num livro fechado?
-Qual é o problema? Não posso ler o verso dum livro em paz não?
A senhora Evans apenas rolou os olhos.
-Como quiser Lily, como quiser. – e saiu.
-Se você ficar fazendo dessas suas esquisitices aqui, você vai se ver comigo. – avisou Petúnia.
-Aceite Pet, eu estou apenas querendo estudar um pouco. – e finalmente abriu o livro de transfigurações.
*DPII*
“Tudo bem, eu acho que agüento mais uma semana. Só mais uma semana e pronto! Voltamos para casa e eu encontro a galera.
Isso Lily. Inspire, expire. Tudo vai dar certo. Isso é uma música? /cantarolando/ Mas tudo, tudo vai dar certo... tudo, tudo vai dar certo... /parando de cantarolar/ É...acho que não é música não.
Ou será que é?
Ah... sei lá... Só sei que estou com uma fome insana. Fome de chocolate. Acho que coisas desagradáveis estão para acontecer numa região imprópria para ser mencionada neste horário. Aff... enrolei tudo isso só para dizer que estou perto do significado do “m” em TPM.
Odeio ficar naqueles dias.
Lily Evans.”
Levantando-se da cama, Lily foi até a cozinha.
-Helena!
-Sim, senhorita Evans?
-Aqui tem leite condensado e chocolate?
-Sim. Por quê?
-É que eu queria fazer brigadeiro para mim. – respondeu com os olhos brilhando.
-Pode deixar que eu faço e levo para a senhorita.
-Sério?
-Sim. Pierre não gostaria de uma mão desconhecida em sua cozinha.
-Obrigada! Então... eu posso ficar aqui?
-Claro!
Cinco minutos depois Lily degustava seu apetitoso brigadeiro e conversava animadamente com a empregada.
Talvez guiada pelo cheiro, Guida apareceu na cozinha.
-O que é isso? – perguntou ao ver Lily tirar uma colher da panela e enfiar na boca.
-Brigadeiro, briga-briga-brigadeiro-ô. – cantarolou a ruiva, dando pequenos pulinhos na cadeira alta em que estava sentada.
-Eu adoro brigadeiro!
-Eu também, por isso que a Helena fez para mim.
Ignorando Lily, Guida pegou uma colher e tentou se servir.
-Não! – reclamou Lily, afastando a panela da outra. – É meu brigadeiro...
-Você está na minha casa!
-Mas o brigadeiro foi feito para mim! Eu preciso de chocolate.
-Foi feito com os ingredientes da minha casa...então é meu brigadeiro!
-Não! É meu... – choramingou, abraçando a panela e colocando a colher cheia na boca. Parou, então, e retirou a mesma de seus lábios. Olhou para o talher em suas mãos e disse – Nossa! Mas isso aqui está muito bom!
-Você quer é me passar vontade, né? – falou Guida, prestes a chorar. – Sua, sua... bruxa! – e então saiu, batendo a porta.
-Você nem imagina o quão perto da verdade está, querida. – sussurrou para a porta fechada.
Quando voltou para o quarto viu todas as páginas de seu diário espalhadas pelo aposento. Devido ao feitiço da senhora Lupin, nenhuma página demonstrava o que estava escrito. Possessa, Lily pegou sua varinha muito bem escondida e realizou o feitiço de reparação. Quando o feitiço de reconhecimento permitiu que ela visse as páginas, viu que o diário ficara intacto.
-Agora você está caçando encrenca Guida Dursley. Ninguém meche com Lily Evans, a Bad Girl. – avisou para a porta fechada.
*DPII*
“Último dia aqui. Graças à Merlim.
E eu deixei uma lembrancinha, para a minha querida ‘amiga’ Guida, preparada. Ela vai aprender a não rasgar o meu diário todo. Sou uma Bad Girl, e ninguém sai ileso depois de me provocar do jeito que ela me provocou. Sou brasileira e não desisto nunca. Ops. Não sou brasileira, sou inglesa! Mas deu para você entende o sentido da frase. Agora é só eu me levantar da cama, me trocar e ver se está tudinho arrumado. Descer para tomar café-da-manhã e terminar de comer antes de todo mundo. Como sei que a Guida e o Válter são os últimos a sair, ela não vai aparece tão cedo assim no quarto dela. É isso aí Lily! Valeu a pena ter reservado o resto do meu estoque de bomba de bosta! E como é bom gastá-lo sem a preocupação de ficar sem munição depois.
Assim que voltar para Londres vou pedir para minha mãe me dar algum dinheiro para eu passar na loja de logros e me abastecer de mais coisas. Mereço essa recompensa não? 1 mês na casa da Família Louca Dursley e não aprontei nada, que minha mãe saiba.
Lily Evans.”
Terminando de alimentar-se, Lily pediu licença.
-Temo ter esquecido de guardar algo em minhas malas.
-Claro! Pode se retirar. – falou o senhor Dursley. Quando Lily já estava no andar de cima, o dono da casa comentou com visitante. – Sua filha é de uma educação refinada.
-Obrigado! – agradeceu o casal Evans.
-Refinada. Sei! – cochichou Petúnia para seu prato de cereais.
-O que disse querida? – perguntou a senhora Dursley.
-Como? – sobressaltou-se. Virou para a anfitriã com um sorriso angelical. – Nada! Apenas concordava com a boa educação que meus pais me proporcionaram.
-A você e sua irmã. Não é?
-Claro, claro. À Lily também. – concordou como se não tivesse importância.
No andar superior a pequena ruiva colocava pacotes de bombas de bosta, todos juntos. Amarrou-os pela ponta e, com a ajuda do feitiço de levitação, passou a corda por cima da luminária daquele quarto. Amarrou uma última bomba de bosta na ponta e fez com que a porta entreaberta segurasse essa única bomba entre a madeira e a parede. Quando Guida abrir a porta irá liberar aquela bomba, que, por ser mais leve que o amontoado que Lily fizera com seu estoque preso na outra ponta da corda, irá para o teto e o pacote irá cair. Ao se arrebentar no chão, a bomba solteira no teto irá cair, já que não terá contra-peso.
-Isso é uma lembrancinha de uma Bad Girl. Pode ficar calma, ninguém vai saber. Vai ficar entre Marotos e Bad Girls, somente. – falou antes de ir correndo para a saída da casa com seu diário em mãos. Todos a aguardavam lá. – Perdão! Estava esquecendo meu diário. – mostrou seu caderno, registrando o olhar abismado de Guida ao vê-lo tão bem estruturado. Deu um sorriso acompanhando os pais e a irmã até o carro.
Entrou após as despedidas e o carro já avançava para os portões de saída da propriedade quando Lily, muito atenta a qualquer ruído vindo da mansão atrás de si, ouviu um pequeno barulho semelhante a uma explosão e um grito feminino. A muito custo segurou a risada que quis escapar de sua boca.
Viu apenas seus pais se entreolhando, agradecidos de estarem indo embora, e Petúnia olhava cautelosa para trás, visivelmente com medo do início das aulas, uma vez que duas noites antes os Dursley anunciaram que mandariam Guida para a mesma escola que a filha mais velha dos Evans.
“Isso é para você aprender a nunca mais provocar uma bruxa!” pensou, um sorriso malvado esboçando-se em seu rosto. Permitiu-se fechar os olhos e dormir o sono dos justos, ou daqueles que se sentem vingados, o que você achar melhor.
*DPII*
Duas figuras estavam sentadas num banco, conversando e olhando para o céu. O banco situava-se numa praça próxima às mansões onde moravam pessoas da alta sociedade.
-Onde estará Lily? – perguntava Stefany para Laís. – Só ela poderá me salvar...Preciso dos conselhos insanos daquela ruiva louca.
-Que conselho que nada. Você quer é que ela chegue logo para te livrar desse tédio que te consome.
-É... isso aí também vale.
-E a Lah aqui não vale para nada, não é?
-Não leve à mal, Laíszinha, mas você não é ruiva, não é canhota e muito menos baixinha. – olhou melhor a amiga. – Tá! Você quase se equivale à Lily no quesito altura.
-Sem graça! – retrucou, dando um tapa na cabeça da outra.
Rindo, Tefy se defendeu de novo, dizendo.
-O que eu quero dizer, é que você não é a Lily. Aquela ruiva sabe como conquistar os outros.
-Sim, eu sei. Eu sou demais, não é? – comentou Lily chegando do nada e ouvindo o que as amigas falavam.
-Aff... agora sim, Lah. Preciso de você para me livrar do ego da Lily.
-O que aconteceu? – perguntou Laís, vendo que a mais baixa estava feliz. Feliz até demais. – Já sei! Seu pai se perdeu e vocês acabaram descobrindo uma auto-estrada que levou vocês até o Brasil!
-Existe auto-estrada daqui até o Brasil? – perguntou confusa. Então abriu um sorriso. – Que legal! Será que se a gente sair daqui agora nós chegamos a tempo de comprar um burrito?
-Lily. Burrito não é comida brasileira. – falou Laís, também confusa. Então pareceu mudar de idéia. – Esquece o Brasil Lily! Eu só fiz uma metáfora!
-Então não existe uma auto-estrada daqui até o Brasil?
-Não!
-Por quê?
-Lily, existe um oceano nos separando do Brasil. Agora esquece o Brasil!
-Você quem começou falando do Brasil! Você sabe que eu gosto do Brasil!
-E o Brasil gosta de você, mas esquece o Brasil, só um segundo.
-Então por que você me falou do Brasil?
-Lily! Foi só uma metáfora.
-Com o Brasil?
-QUEREM PARAR DE FALAR BRASIL? Até agora foram 12 vezes! – berrou Stefany.
-13, se contar esse seu berro. – falou Lily.
-Ok, ok. Agora me responde. Por que você está tão feliz assim?
-Ah! Por isso que você falou da... – começou Lily, entendendo tudo.
-Isso! – cortou Stefany. – Finalmente ela entendeu!
Dando um sorriso, Lily falou para as amigas sobre a última vingança, aquela que fizera ainda de manhã contra Guida Dursley.
-Essa é a Lily Evans que nós conhecemos.
-Mas agora estou sem nenhum produto para logros e pegadinhas. – falou cabisbaixa.
-Sem artefatos para logros e pegadinhas? – perguntou James, chegando e falando como um locutor de propaganda na televisão.
-Sim! – respondeu Lily animada, confirmando o que dizia com a cabeça.
-E você quer renovar o seu estoque?
-Sim! – os olhos de Lily brilhavam. Virou-se para Stefany e disse. – Esse locutor é bom!
-Lily, é só o James. – retrucou entediada.
-A sua única dificuldade é se locomover até o Beco Diagonal?
-É isso!
-E seu nome é Lily Evans?
-ISSO! Eu disse que esse cara era bom! – exclamou apontando para o moreno. – Sim, meu nome é Lily Evans!
-Então você está falando com a pessoa certa! – falou feliz.
-Sério? O que eu devo fazer senhor locutor?
-Lily! Já chega com a brincadeira de “eu sou um locutor de televisão”. – falou James.
-Ah! – falou triste. – Mas eu estava gostando tanto. Tá. Mas e aí? O que eu ganho falando com você?
-Estou indo daqui a pouco ao Beco Diagonal com o Remo.
-E o que eu ganho com isso?
-Quero saber se você quer uma carona, sua besta!
-Ah tá! Você também não explica logo. – pareceu pensar um pouco. – Sim! Eu quero carona, sim!
-Então vamos! – chamou, dando meia-volta, logo sendo seguido por Lily.
-Lá-lá-lá... Trá-lá-lá! Bombas de bosta eu vou comprar! Lá-lá-lá... Trá-lá-lá! Frisbees Dentados também vou procurar! Lá-lá-lá... Trá-lá-lá! E para Hogwarts tudo vou levar! – Laís e Stefany ouviram a voz da amiga.
-Lily! Se você continuar cantando eu te deixo para trás! – ouviram James reclamando.
-Tá bom! Bico calado! Saquei.
*DPII*
“É tão emocionante!
Cheguei ontem, e estava procurando as meninas quando as ouvi comentando que eu sou a pessoa mais maravilhosa e incrível que elas conhecem. Tá que não foi exatamente com essas palavras, mas tudo bem.
E depois o James me ouviu comentando que eu tinha que comprar coisas de novo, para meu estoque de logros. E por causa disso, ele e Remo foram comigo renovar o meu estoque. E eu tenho algo a dizer. Ir numa loja de logros com eles é bem mais divertido do que ir com as meninas.
E hoje, quando acordei, minhas amigas estavam fazendo alguma coisa muito estranha lá fora no jardim, com a minha mãe! Só entendi que era alguma coisa que a Laís aprendeu lá no Japão. Estou ficando com medo dessas duas.
Laís voltou com mania de comer tudo cru. Tá bom... só de comer peixe cru. Mas é a mesma coisa, não?
Já Stefany voltou com mania de afetação: Ulálá Mon Dieu. E está viciada em comer massa. E minha mãe comprou croissants para dar para Stefany. Queria ser paparicada assim pela minha própria mãe.
Já que não tenho minha mãe. Vamos ao meu pai. Ele é tão legal comigo. Sempre me dar o que eu quero. E nesse momento quero um Big Mac!
Lily Evans, a esfomeada.”
-Paizinho! – chamou, ao ver que o pai estava chegando do trabalho.
-Não. – foi a única coisa que ele disse antes de começar a subir as escadas com as cartas nas mãos.
-Mas você nem me ouviu!
-Tudo bem! – virou-se e abaixou-se enquanto Lily subia correndo os degraus. – O que você quer, minha querida.
-Um gigante Big Mac!
- E Petúnia?
-Que que tem?
-Ela é sua irmã! Antes de fazer um pedido no McDonald’s, veja se ela também quer comer alguma coisa.
-Ah não pai!
-Lily! – olhou severamente para a filha caçula.
-PETÚNIA! – gritou por sobre o ombro. Ouviram um grito de resposta vindo da sala de televisão.
-NÃO SEI O QUE VOCÊ QUER, E NÃO QUERO SABER!
-Viu? – falou para o pai. – Ela não quer nada.
Fazendo um sinal de negação com a cabeça o senhor Evans tirou uma nota de 20 libras do bolso e o entregou à Lily.
-Peça o que quiser, dê gorjeta para o entregador e pode ficar com o que sobrar.
-Obrigada pai! – agradeceu, abraçando o pai pelo pescoço. Em seguida desceu correndo e ligou para o telefone.
40 minutos depois fechava a porta após dar 3 libras para o entregador.
O cheiro de hambúrguer atraiu Petúnia.
-O que é isso? – perguntou curiosa, seguindo a mais nova até a cozinha.
-Um super hiper mega power gigantesco Big Mac só para mim! – respondeu feliz.
-E quem te deu autorização para comprar um sanduíche?
-Papai me deu tanto autorização quanto dinheiro.
-E por que ele não me perguntou se eu queria também?
-Eu ia perguntar, mas... como foi que você disse? Ah! Claro “Não sei o que você quer, e não quero saber!” Isso refresca a sua memória?
-Paiê! – reclamou a mais velha, saindo correndo da cozinha.
Lily comia seu sanduíche alegremente quando Petúnia voltou.
-Você bem que podia ter me dito que ia comprar sanduíche. Você sabe que eu adoro um.
-E você sabe que daqui a alguns anos, vai parar tudo nas suas coxas.
-Não vai. Porque eu estou regulando a minha alimentação e uma besteirinha uma hora ou outra não vai me fazer mal.
-O problema Petúnia, é que você não quis me ouvir, e agora está pagando por isso.
-Lily! Quer saber? Vai se...
Antes que pudesse completar sua frase uma coruja entrou voando pela janela aberta, a assustando.
-AAH! O que é isso?
A coruja parou na frente de Lily.
-Ah! Uma carta para mim. Que graça. – pegou o envelope e a coruja levantou vôo.
-Vocês realmente se comunicam assim?
-Vocês?
-É! Aberrações.
-Nós somos bruxos. B-r-u-x-o-s! Vamos lá! Repita comigo. Bru...
-Bru... – começou Petúnia exasperada.
-...xos! – completou Lily com um sorriso.
-...xos. – deu um suspiro final.
-Bruxos.
-Bruxos. Pronto! Posso ir agora?
-Pode! – antes que a irmã saísse Lily completou. – E sim, nós mandamos cartas assim, com corujas. Boa noite Petúnia!
E finalmente Lily abriu a carta. Seu grito pode ser ouvido da casa de James.
*DPII*
“Muito bem galera! Acho que estou começando a descobrir qual é o problema com Remo. Vamos nos encontrar no Beco Diagonal amanhã, às duas da tarde. As cartas de Hogwarts já estão chegando. Pude ouvir o grito de Lily.
J. Potter.”
-Romeu, mande esses bilhetes para Diego Welling e Sirius Black.
A coruja deu apenas um pio de concordância antes de levantar vôo.
Aproximando-se da mesa de seu quarto, James leu superficialmente o livro aberto. Pegou as anotações que estavam ao lado, junto com um mapa lunar.
-À quanto tempo Remo? – perguntou para as folhas em suas mãos.
*DPII*
-Remo? – Laís bateu à porta do quarto do irmão, que estava deitado na cama.
-O que foi?
-Você está bem?
-Sim... – suspirou. – Apenas um pouco cansado.
Sentou-se ao lado do irmão, na cama.
-A transformação foi difícil?
-O que está sendo difícil é não poder contar nada para os Marotos.
-Então por que você não conta?
-Ah! Claro! “Oi galera! Tudo bem com vocês? Ah! Antes que eu me esqueça: eu sou um lobisomem!” Nem vem Laís. Não vou contar.
-Você acha que eles não vão te apoiar?
-Não tem como você apoiar um lobisomem. Você se aproxima dele quando ele está transformado que ele te morde, ai você também vira um lobisomem. Isso se você não for comido. Essa é a única forma de apoio que eles podem me dar.
-Ora! Vocês são os Marotos! Podem achar um modo!
-Hum... não rola. Eles não vão me apoiar. Vão sair correndo, vão dar gritinhos do estilo “se afaste de mim sua criatura estranha”!
-Isso pode ser o que as meninas vão falar. Não o que os meninos.
-Para mim tanto faz. Só o fato de que perderei meus amigos já é alguma coisa.
-Não adianta falar não é?
-Não.
-Você quem sabe. É quem deve contar para eles. Se eles forem seus amigos de verdade e você conversar com eles, eles te aceitarão. Mas eu vim aqui para outra coisa. Sua carta de Hogwarts.
E saiu antes que o irmão pudesse falar algo, deixando-o olhando para o envelope em suas mãos.
-É tudo uma questão de confiança. – falou para si mesmo.
*DPII*
-Boa noite. – falou Morgana, entrando se arrastando. Assustou-se ao ver as primas Narcisa, Andrômeda e Belatriz sentadas à mesa.
-Aprume-se Morgana! – ralhou a mãe. – Não vê que temos visitas?
-São apenas minhas primas!
-Mesmo assim! Visitas. Sente-se. Vai querer comer o quê? – antes que Morg pudesse escolher, porém, a senhora Black gritou. – MONSTRO!
-Sim, senhora? – o elfo apareceu.
-Traga um pouco de bolo de carne para Morgana e Sirius. Eles parecem dois trouxas famintos pedintes de rua. – olhou criticamente para os dois filhos gêmeos. E seu olhar recaiu sobre Andrômeda. – Traga o mesmo para Andrômeda. Ela está com a mesma cara. Para os outros pode servir o que quiserem.
-As caras deles estão assim, querida tia, pois eles são... – começou Narcisa, dizendo a palavra a seguir com extremo nojo. – Grifinórios.
Belatriz levantou uma sobrancelha e com um meio-sorriso afirmou.
-Eu, com certeza, não vou para a Grifinória. A Sonserina me espera.
-Ah é! Esqueci que uma hora negra se aproxima pra a nossa escola. – comentou Morgana para Andrômeda. – Sua irmã vai para Hogwarts este ano.
-Sem gracinhas com a sua prima! – ralhou a senhora Black.
-Ela apenas falou a verdade. – Sirius comentou baixinho, logo recebendo um chute do irmão caçula. – Ai Régulo!
-Fica quieto. Não a provoque mais ainda.
-Só quero ver o que ela seria capaz de fazer comigo. – falou no ouvido do outro.
-Quanto mais velho você for, maiores serão as torturas.
-Vocês dois! Quietos. Nada de conversas durante o jantar!
Olhando significativamente para o irmão mais velho, Régulo virou-se para frente e começou a comer.
Sirius fitou sua gêmea, que estava à sua frente. Com um movimento de cabeça indicou que era para ela procurá-lo depois.
-O que foi? – ela perguntou, entrando em seu quarto, horas mais tarde.
-Acho que mamãe está aproveitando que não estamos aqui para colocar coisas na cabeça de Régulo.
-Sirius! Ele terá que ser mais forte! Acha que pode falar sobre isso com ele? Só mais um ano e ele vai para Hogwarts! Lá poderemos proteger nosso irmão.
-Morg! Ele é meu irmãozinho! Não quero que ele sofra porque mamãe fica abusando mentalmente dele. Ele é fraco demais para se defender dela. E para papai tanto faz quanto tanto fez.
-Ele não é fraco! Aprenda a confiar nele Sirius! Só isso o que você tem que fazer. – a garota andava de um lado para o outro no aposento. – Afinal, o que as Inúteis estão fazendo aqui? E em Inúteis eu excluo a Andie.
-O que você acha? Os pais delas tinham que viajar e mamãe se ofereceu caridosamente para cuidar das nossas não tão queridas primas. E aqui eu excluo a Andie.
-Acho, caro irmão, que precisamos de mais itens da Gambol e Japes.
-Definitivamente um pouco de Fogos Dr. Filibusteiro que Não Molha faria bem para a nossa auto-estima.
Deram sorrisos idênticos antes que Morgana retornasse para seu quarto.
*DPII*
-Muito bem James, estamos aqui. Três dos quatro Marotos.
James, Sirius e Diego estavam sentados em uma mesa n’O Caldeirão Furado.
-Tenho que falar logo, pois Remo logo chega com Laís, Stefany e Lily. Acho que descobri a doença misteriosa do nosso querido amigo.
-E o que seria?
-Olhem esses papéis. – entregou as anotações deles e um mapa estelar. – Vamos vê se vocês desconfiam. Se descobrem um padrão. E depois, só para confirmar, leiam esse livro. Esta página. – depositou o livro na página aberta em cima da mesa.
Rapidamente os dois leram.
-Mas... mas...
-Isso é...
-Agora é só perguntar para ele. – então Jay apontou para uma pessoa atrás dos dois amigos.
-Me perguntar o quê? – perguntou Remo, surpreso.
-Por que não nos contou que é um lobisomem? – Perguntou James, em voz baixa, sem nenhum brilho brincalhão nos olhos.
*DPII*
N/A:isso aí... Capítulo 1 de Diário da Princesa II. O que vocês acharam? Vou ficar esperando comentários viu? Muitos comentários. Quanto mais comentários maior a minha produção...
Lily: você se esqueceu da parte em que tem milhões de fics para escrever?
Misty: Lily! Isso é o de menos. Aliás! Foi demais o que você fez com a Guida. AMEI!
Lily: eu sei! Afinal, eu sou uma BG...
Misty: BG? Bad Girl?
Lily: não eh q vc pegou rápido?
Misty: eu sei! Eu sou demais... mas é isso aí galeriha...qnt mais comentários, mais rápido eu faço outros capítulos para outras fics e, conseqüentemente, para essa Tb.
Lily: ta bom, eu confesso...eu quero um comentário...
Misty: sabia!
Agradecimentos Especiais à Vit por betar este capítulo!
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