Um show de... ballet.



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-Então ela disse: esse é o Matt. E eu disse: Oi Matt. E então completou: O Matt é o meu namorado. E eu respondi: Eu... acho que tenho que.. ir ao banheiro.

- Eu não acredito que você disse isso Pontas. – Sirius falou em um meio sorriso. Oh, grandes amigos, os meus.

- Sim Almofadinhas, eu disse.

- Ok, eu daria tudo para ver sua cara! Ele é um idiota?

- Sabe o que é o pior Almofadinhas? O cara é parece muito legal!

- Poxa... Eu sinto... Eu acho... Quero dizer, ela é uma garota. Você está gostando dela e ela... Não está gostando de você?

- É. – falei suspirando.

- Estranha... Essa Evans.

- Isso é o que eu estou dizendo! Como ela pode não desistir dele por mim? Eu sou James Potter no fim das contas.

- Mas... O que você achou dele... Falo fisicamente? Por que eu o imagino que o critério da Evans deve ser inteligência, logo ele é um muggle nerd magrelo com óculos redondos e... – eu não soube se ele estava me fazendo uma critica ou um elogio..

- Eu tenho óculos redondos Almofadinhas... – ele revirou os olhos. O Sirius era, às vezes, mais infantil do que qualquer outro. – Mas não... Não era. Ele é da sua altura, loiro de olhos verdes e perfeitos, sem nenhum problema de visão ou qualquer outro problema físico. Acho até que ele deve jogar algum desses esportes muggles. E tem uma magia tão forte que eu pude sentir faíscas saindo dos dedos... A propósito, ele tem uma irmã, bem legal...

- Você vai atacar a irmãzinha agora que a Lily está comprometida? – em outras épocas, em outra situação... Quem sabe... – James?

-Ah, não! Ela é estranha.

-Feia?

-Não, ela é muito bonita, mas ainda assim é estranha. Muito estranha. – falei me lembrando do pouco que havia aprendido sobre ela.

-Oh, eu não tenho preconceito mesmo...

-Certo... Certo, depois agente se fala, vou tentar dar uma volta sem esbarrar na Evans e no seu namorado perfeito.

Despedi-me do Sirius e sentei-me na cama, até que vi uma luz acessa na casa ao lado, a luz do quarto dela...

E então o som.

Era ela...

Hoje em especial ela estava linda, cabelos soltos, meio encaracolados. E dançava... Aparentemente não era nada sexy nem provocante, era mais como um dança infantil, enquanto ela pulava, saltava, rodopiava, pulava e mais uma vez saltava. Talvez estivesse em um tipo de ballet; não era vergonhoso admitir, eu conhecia bem o ballet, eu costumava ir todos os verões aos concertos no grande teatro de Londres. Sim, não havia dúvida, além de Rippie e Lily também era bailarina.

Piruetas e Grand fouetté sauté em tournant.

Cinco... seis... sete... oito.

Mais um passo gracioso. Coupé.

Grand jete.

Então, graciosamente, Lily agradece ao seu publico imaginário... Me agradece involuntariamente... E como se esquecesse de alguma coisa, fica parada em frente ao espelho treinando o devant, la second e o deriere.

Como ele é perfeita, a Lily bailarina.

Mas então, como em um sonho bom que rapidamente se acaba ela entra em uma porta, não a principal, outra que eu imagino ser o banheiro... Ou quem sabe o closed...
Só então, após o show posso me deitar e finalmente fechar os olhos, com a certeza de uma boa noite de sono, com a certeza de que Lily um dia ainda vai ter o seu final feliz comigo...
Ou não...

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Primeiro eu senti o vento gelado, e então a incrível sensação de saber que provavelmente já se passam das nove e a senhora Figg ainda não veio me acordar. Eu me lembro da Lily bailarina e solto um rizinho involuntário, eu ainda posso me lembra... cinco, seis...
-Pontas?

Ah... aonde foi que eu parei... ah sim! Lily indo para o Coupé...

-Pontas?

Vejo a Lily da janela, ela acena para mim, Ela sabe que estou observando e dança para mim, e então começa a abrir a boca, prestes a declarar seu amor eterno, eu posso sentir sua voz aveludada roçando aos meus ouvidos, ela me chama de...

-Idiota.

Ah... Porque isso sempre acontece?

-Droga Sirius Black, o que diabos você está fazendo no meu quarto?

Eu poderia esperar muitas coisas para aquele dia, eu poderia imaginar alguma maneira de desaparecer como namorado da Lily, eu poderia perguntar se a Nell está em seu juízo perfeito... mas eu não poderia acreditar que o Sirius tinha abandonado Londres, durante as feria de verão, no seu primeiro mês no novo apartamento... E aparecer na casa da senhora Figg.

-Sim, já que perguntou eu estou bem... Minha mãe? Continua uma doce megera. É bom saber que você... – Sirius é sempre tão dramático...

Ele era o tipo de rapaz que as mães adoravam e os pais temiam. Tinha um rosto sério e maduro demais para seus meros dezessete anos, cabelos negros um pouco maiores que os meu, enquanto seus olhos azuis eram de uma cor rara de se ver, algo entre o marinho e o azul que se vê nas noites estreladas. Ele era centímetros mais alto que eu, e gostava de conservar seu rosto sempre barbeado dando a impressão de ser algo como um cavaleiro esperado pelas garotas.

-O que você está fazendo aqui? – repeti amarrando o lençol na minha cintura, por sorte não estava mais pelado, graças à infeliz experiência de ver a senhora figg me olhando na manhã passada.

-Eu... não queria deixar o meu melhor amigo preso sozinho no fim do mundo.

-Almofadinhas...

-Certo, queria conhecer... Ah... A vizinhança. – ela falou sorrindo maliciosamente. –Garotas?

-Não me venha com enrolação, o que você veio fazer aqui?

Ele suspirou.

-Não é obvio Pontas? Vim conhecer a irmã do namorado da Evans, ela é realmente bonita? Espero que sim... Espero que não seja loira, você sabe o quanto ela são grudentas...

-Sirius Black. – falei com paciência. – Será que você poderia tirar essa suas botas imundas de cima da minha cama? – ele me olhou de cima risonho.

Sim, ele estava em pé em cima da cama.

-Ora, porque não falou antes?

-Porque você está tagarelando ai por horas, provavelmente a Nell nem vai ligar para você, ela não é o seu tipo... – Sirius sorriu e aparatou.

Desde que passou no teste ele vive aparatando, aparentemente ele não pode andar mais três ou quatro passos...

-Então o nome dela é Nell.. Interessante, me conte mais...

-Almofadinhas...

-Ela é loira?

-Não.

-Morena?

-Não

-Bem, então serão duas ruivinhas com os marotos...

-Também não... – Sirius parou pensativo, ele era um tipo muito inteligente, mas se tratando de garotas era um tremendo panaca...

-Então... Bem, eu não tenho idéia. Afinal, que cor tem os cabelos dessa menina?

Eu pensei um pouco antes de falar, e me preparei para gravar bem o rosto do Sirius.

-Verdes, bem verdes, quase um verde limão, mas um pouco mais verde... Com mechas.. loiras... bem discretas.

Ele suspirou enquanto seu formoso rosto se contraia num misto de felicidade e surpresa.

-Eu sempre fui um pioneiro... – Oh sim, havia me esquecido, a ovelha negra da família....

***

Eu estava sentado no banco da praça olhando o parquinho. Sirius em pé procurando algo que aparentemente olhos mortais não veriam. O sol estava tão quente que podia jurar que a fumaça estava aturdindo minha visão. Nem uma alma viva, nada... até mesmo os cachorros e passarinhos, tão comuns durante o verão, estava se escondendo.

-Pontas... Você é um idiota.

Sirius falou como se a culpa fosse realmente minha. Eu não tinha escolhido Surrey, eu nem ao menos tinha pedido a companhia dele...

-Você é um idiota...

-Não. È você.

-Você que é.

-Você.

-Vo... – eu parei ao ouvir uma risadinha. Uma risadinha familiar. Era ela... Não a Lily, a Nell.


Ela parecia um tanto mais bonita do que da outra vez, talvez a roupa “normal”, ou então, simplesmente era alguma alucinação minha provocada pelo sol. Os cabelos curtos, um pouco acima do ombro, chamavam a atenção naquela paisagem seca mesmo estando sobre um boné, os olhos, mais escuros do que nunca, um verde quase negro, pantanoso, uma calça larga branca e uma regata levemente justa na cor verde...

E então, antes que eu pudesse dizer: Nell este é o Sirius. Ele já estava beijando a mão da garota de forma cortês, ela sorria, e eu fui, rapidamente, excluído e ignorado.

- Sirius Black, ao seu inteiro dispor... –Blé.

- Ok... Pode me chamar de Nell... – ela disse sem graça. Isso era tão desconcertante, ter um amigo como o Sirius.

- Ele é meu amigo, de Hogwarts, sabe, eu te falei ontem... Antes de... Antes de o seu irmão chegar... – e agarrar o provável único amor da minha vida....

- Ah, ele também é estudante de magia? – ela falou sorridente, não em uma real pergunta, era mais uma coisa retórica. Eu acho...

- Na verdade eu sou um... Auror disfarçado... Mas você sabe, essas coisas têm que se manter segredo....

Então ela arregalou os olhos com se realmente houvesse acreditado em cada palavra, soltando um “Nossa”... O que... Era idiota, mas... Eu nunca a vi como uma garota.. eh... Normal.

E... Só porque ela acredita em cada palavra dita, não significa que ela seja... Idiota. Na verdade, agora, eu estou me sentindo idiota... Por achar a Nell, uma pessoa tão legal, idiota...

Oh Droga!

- Eu sou um idiota!

Sirius olhou para mim, aparentemente eu havia realmente falado aquilo. Agora é oficial eu sou um grande idiota. Primeiro com Lily e agora...

- Potter?

- Ah, me desculpe eu estava... Falando comigo mesmo...

-Bem... O Sirius estava me contando sobre como é trabalhar na... – ela realmente estava acreditando nisso?

- É James. – disse num sussurro.

- Ah?

- Meu nome, pode me chamar de James, e o Sirius não é um Auror... - Ela me pareceu verdadeiramente desapontada. E o Sirius, bem, mais tarde eu conversaria com aquele cretino.

- A.. Legal. – ela se virou sorridente. – As pessoas às vezes fazem isso.

- Isso? - Sirius perguntou sem graça. O que foi totalmente bem feito para ele.

- Abusar da fé das pessoas...

E o que começou com uma simples brincadeira, mais uma das famosas cantadas do Sirius, acabou como uma novela mexicana...

Mas antes que eu pudesse cortar toda aquela tensão com uma costumeira piada com (ou sem) graça, eu vi o inesperado.

O inimaginável.

O inacreditável.

O apocalipse.

Eu vi Severo Snape... Sorrindo...

Ao lado de Lily Evans.

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Dicionário bailarina:
COUPÉ - Cortado. Um passo de ligação para transferir o peso do corpo de uma perna para outra; basicamente consiste apenas em colocar um pé no chão enquanto se levanta o outro.O bailarino traz o pé esquerdo, que pode estar em extensão ou perto do outro para substituir o direito, que levanta ligeiramente e toca o tornozelo esquerdo. Como passo de allegro é feito com pequenos saltos para a troca do peso
Grand fouetté sauté en tournant: - Este mesmo passo pode ser executado com um salto em vez do relevé. O passo que antecede o fouetté pode ser outro que não um grand battement; do momento que se tem a perna no ar em 4a devant, o fouetté pode ser executado. Esta observação refere-se ao fouetté simples relevé ou sauté.
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Obrigado a todos, eu realmente adoro ler os comentarios, e espero continuar a te-los. Se vcs quiserem dar uma sugestão, sintam-se a vontade... Em fiim, muito obrigado.

PS: Esse capitulo era para ser "Um show de namorado" mas eu decidi coloca-lo no mais para frente....

Então, SE TIVER UM PROXIMO SERÁ:

Capitulo 04 – Sem.. shows.

"Eu arregalei meus olhos. Era uma alucinação. E então ele me viu.

É uma alucinação.

É uma alucinação.

É uma alucinação.

Ele fez uma careta e o Sirius me beliscou. Droga, não era uma alucinação"

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