Encontros inesperados
Encontros inesperados
Gina ia a caminho do hospital chorando muito, apesar de Fred e sua mãe tentarem acalmá-la, sem muito sucesso:
- Meu Deus, não deixe que nada de grave aconteça a Harry, por favor!!! – Dizia Gina aos prantos, enquanto sua mãe falava-lhe em seguida:
- E não vai acontecer, Ginny, querida! A enfermeira nos falou pelo telefone que o acidente não causou grandes estragos.
- Olha, maninha, pare de se preocupar tanto, tá legal? Não foi culpa sua, foi um acidente não muito grave, nada demais, ok?!
- Nada demais?! Nada demais, Fred? Ele podia ter morrido sabia?! Ai, meu Deus, não quero nem... Nem pensar se isso tivesse acontecido! Ele... Ele é a minha vida! E foi m-minha culpa, sim! Se eu tivesse insistido, se... Se eu tivesse contado pra ele o porquê d’eu ter tanto medo de... De carro, ele poderia ter... Ter devolvido ou qualquer coisa do tipo. – Gina falava tudo isso entre muitos soluços.
- Gi, minha filha, não se culpe! Isso só vai piorar as coisas! Sem contar que Harry não vai gostar nem um pouco de te ver assim, chorando, toda desajeitada e triste. Foi muita sorte Fred ter chegado no seu quarto no exato instante que você desmaiou. E se você também se acidentasse também, querida? Meu Jesus, nem devia pensar nisso! – Gina, que havia parado de chorar e de se lamentar, passou a fazer isso ainda mais, no que Fred alertou sua mãe:
- Mãe, não vê que assim a senhora está piorando as coisas?! Sem contar que já estamos chegando no hospital e Ginny precisa se recompor. Afinal de contas, Harry precisa do apoio e do conforto de quem mais ama, ou seja, Gina; e ela não vai conseguir fazer isso no estado em que está. Toma isso, Gina, você tá precisando de um.
Fred, dizendo isso, deu um lenço a Gina. Nesse exato instante, o taxista dobrou uma esquina e parou o táxi em frente ao hospital onde Harry se encontrava. Molly, então, pagou a corrida e Fred, que abraçava Gina, foi guiando-a até a recepção, que estava lotada de repórteres, jornalistas e câmeras, que fazia perguntas por todo o lado:
- Gina, uma palavrinha para a imprensa, por favor!
- Senhorita Weasley, conte-nos um pouco sobre o que está acontecendo! É verdade que Harry está com traumatismo craniano?
- Os boatos que vocês se separaram é real? E o noivado? Não irá mais acontecer o casamento?
- Estão dizendo que ele estava a alta velocidade com uma garota no carro, isso tem fundamento, Senhorita Weasley? – Perguntas e mais perguntas eram feitas à grande jogadora de futebol, mas ela, sem condições e sem vontade de dizer uma palavrinha sequer pr’aqueles “fofoqueiros e intriguentos de plantão”, sussurrava frases como “ Sem comentários” ou “Nada a declarar” a todos. Fred tentava afastá-los e a Srª. Weasley, com seu jeito de mãe defensora, passou a repreender os jornalistas para tentar ajudar a filha a escapar daquela situação um tanto quanto embaraçosa:
- Vocês não vêem que ela está triste com essa situação? Que Harry se acidentou e que ela não está em condições de responder às suas perguntas, a maioria sem cabimento, desnecessária ou inventada pela fértil imaginação de vocês? Por favor, vão embora e deixem-na em paz, ela precisa ficar a sós com o noivo, e vocês só estão piorando tudo! – Todos os repórteres e jornalistas tiveram que ir embora após as palavras de Molly; alguns poucos se condoeram com a situação, mas a maioria nem se importava com aquilo; só queriam saber de fazer o “trabalho” deles.
Molly, após ter se livrado dos repórteres, foi atrás de Fred, Ginny e da enfermeira, que estavam a caminho do quarto de Harry. Quando Gina entrou no quarto, passou a lacrimejar novamente, dessa vez sem muitos exageros, porém com mais dor do que antes. O moreno estava com o braço engessado, uma atadura enorme encontrava-se em volta de sua cabeça e seu pescoço encontrava-se envolto por algumas ataduras e gaze; possuía alguns arranhões e, a sua volta, encontravam-se vários aparelhos e remédios. Dormia profundamente. Rony estava ao seu lado e com os olhos vermelhos, de tanto haver chorado, ela supôs. Molly foi até onde Rony, e Fred sentou-se numa das cadeiras existentes por ali.
- Gina, é melhor se sentar. Você não comeu nada o dia todo e não está em boas condições para...
- Fred, eu agüento! E parem de me tratar como uma criancinha! Eu tenho 21 anos e do que Harry mais precisa nesse momento é de carinho, amor e repouso. Caso não tenham percebido, estou mais calma e nem chorando estou mais.
- Gi, nós percebemos, mas entenda, talvez você não agüente. É melhor você voltar pra casa e...
- Voltar pra casa? Nem pensar! Rony, eu vou ficar e pronto, caramba! Será que é tão difícil entender? - Gina passou a acariciar o rosto do noivo, que estava bastante pálido e abatido; seus óculos, que estavam quebrados, encontravam-se sobre o criado-mudo que ficava ao lado de sua cama. Ela, então, foi tirar suas dúvidas com a enfermeira:
- O quê que ele tem, realmente?
- Bem, Srtª. Weasley, o acidente não foi tão grave como muitos especulam por aí. Por sorte, o seu noivo somente quebrou o braço, teve um mal jeito com o pescoço e levou um corte na cabeça. Mas não se preocupe tanto; em um mês, provavelmente ele estará recuperado. Olha, terei que sair para cuidar de um outro paciente numa outra ala, mas qualquer coisa é só me chamar, ok?
- Tudo bem, obrigada. – Agradecera Gina enquanto a enfermeira saíra do quarto. E, voltando-se para Rony, perguntou-lhe:
- Ron, como foi que tudo aconteceu? Você estava com ele no carro?
- Não, Gi. Ele me disse que ia atrás de você, me ofereceu carona, mas preferi não ir. O resto você sabe. – Depois de Ron dizer essas palavras, a Srª. Weasley levantou-se, acariciou o rosto de seu futuro genro que dormia profundamente e, após alguns minutos silenciosos observando Harry e Gina, falou a seus dois filhos:
- Fred, Rony, é melhor irmos embora, meus filhos.
- Mas, mãe, a Gina não pode ficar aqui sozinha! Ela não está em condições de...
- Eu a conheço bem, Fred. Ela sabe se cuidar. É muito forte. Sem contar que a presença dela por aqui é imprescindível agora, a nossa não. E podemos ficar mais tempo por aqui amanhã. Temos coisas para cuidar ainda. E sem mais, nem meio mais, senhor Ronald Weasley!
Apesar dos protestos, Fred e Rony foram embora juntamente com a mãe deles, que havia feito várias recomendações à Gina. E após a ida de seus familiares para casa, Gina passou a beijar e a acariciar a face de Harry várias vezes, todas seguidas de palavras esperançosas, frases e juras de amor, como “Eu te amo e sempre vou te amar”, “Minha vida sem você não faz sentido”, “Se recupere logo, meu amor”, entre várias outras; suas lágrimas agora eram poucas, mas bem densas; por dentro ela mantinha-se triste e inconsolável, mas tentava fazer a melhor cara possível, caso Harry acordasse de surpresa.
Então, percebendo que o seu moreno havia tomado uma grande dose de sedativo e que não iria acordar tão cedo, se aconchegou ao lado dele cuidadosamente, repousou sua cabeça perto da dele e sua mão em seu peito e dormiu profundamente, sonhando com os momentos felizes que havia passado ao lado do amado e com sua recuperação rápida.
* * * * * * * *
Draco roia-se de felicidade. Vendo o noticiário da TV que mostrava o acidente de seu maior rival, festejava aquilo com uma taça de champanhe de uma das melhores safras que possuía. Afinal, além de haver conseguido acidentar Harry, conseguira atrasar seu casamento com Gina Weasley, o seu grande amor desde os tempos do colégio. Assim, teria tempo de armar um plano para acabar com aquele casamento e com aquela história de amor definitivamente.
A cada gole do champanhe, um sorriso cínico e um pensamento maquiavélico formava-se naquele belo, mas diabólico rosto. Havia mandado Crabbe e Goyle cortarem os freios do carro de seu inimigo, pois sabia que ele andaria a alta velocidade em seu carro para tentar se reconciliar com Gina, idéia que ele não suportava. Resolveu atrasar os planos do “cicatriz” e adiantar os dele. No primeiro momento, iria se mostrar “bonzinho” e “condoído” com a situação do Santo Potter, para que Gina percebesse que ele havia mudado (o que era uma grande mentira) e tivesse uma brecha para se tornar amigo da ruivinha que ele adorava. Depois, pensaria em algo melhor... Ainda não sabia o quê ela havia achado de tão interessante naquele idiota, se havia um Draco Malfoy doido de amores por ela.
Com a taça de champanhe vazia, colocou-a sobre a mesa e foi até o seu quarto, para admirar o belo rosto de uma ruiva, em um enorme quadro pendurado na parede de seu quarto. Haviam várias e diferentes fotos daquela mesma ruiva espalhadas por toda a suíte, e Draco mirava-as todo o dia; já havia decorado cada detalhe de todos eles. Então, radiante com a imagem que via, deitou-se em sua enorme cama e dormiu, sonhando com a sua tão amada ruiva, Gineviéve Molly Weasley.
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Harry acordara sentindo-se estranho. Sua cabeça latejava um pouco, mas nada demais; seu pescoço doía e parecia que algo apertava-lhe a garganta; sentia o seu braço esquerdo frio e um tanto quanto dolorido, até que percebeu a imobilidade dele por causa do gesso.
Gesso? Foi então que se lembrou de ontem. Estava andando a mais de 160 Km/h no seu Porsche, quando dois carros fechavam a pista para ele. Tentou frear, mas percebeu a falta do breque e foi inevitável, se chocou com um dos carros. Daí em diante, não se lembrava de mais nada. O cheiro de éter, suas roupas, a brancura e a limpeza do local não o enganavam, estava em um hospital.
O moreno, então, olhou ao seu redor e via grande parte das coisas embaçadas, e se deu conta da falta de seus óculos. Após vê-los quebrados sobre o criado-mudo, um sentimento de assombro tomou conta de seu corpo. Mas algo o fez sentir-se imensamente feliz: a visão de uma enorme cabeleira flamejante, ruiva, em seu peito. Ginny, sua amada e querida Ginny, estava ali, ao seu lado. Ele a havia escutado durante a noite sussurrando-lhe maravilhosas palavras de amor, mas preferiu não dizer ou fazer nada.
Ele, para se acomodar melhor, tirou aquela gaze e atadura que cobriam o seu pescoço e passou a acariciar os cabelos de Gina. Ela dormia feito criança, com a boca aberta; já havia percebido isso algumas vezes. Adorava o jeito de sua noiva, tão menina e tão mulher ao mesmo tempo. Sussurrou-lhe bem baixinho um “Te amo”. E passou a admirar o sono de sua adorada por alguns instantes, até que ela acordou. Qual não foi o espanto dela ao vê-lo ali, acordado e acariciando seus cabelos.
- Harry! Meu amor! Fiquei tão preocupada! Você tá se sentindo bem? Quer comer alguma coisa? Quer que eu vá buscar alguma coisa pra você? Tá precisando de algo? É só me dizer!
- A única coisa de que preciso está aqui, do meu lado. Não se preocupe, Gi, eu tou bem, meu amor. Um pouquinho doído, mas estou.
- Ai, meu Deus, estou te incomodando deitada aqui, não estou? Se quiser, eu saio e...
- De maneira alguma! Me sinto até melhor com você aqui! E a única coisa que quero agora é um beijo seu, minha bela dama!
- Não seja por isso, meu lindo cavaleiro acidentado! – E rindo com a velha brincadeira deles de “A dama e o cavaleiro”, os dois se beijaram com todo o ardor e amor que sentiam um pelo outro.
* * * * * * * *
Draco resolveu chegar ao hospital perto da hora do almoço; assim, após puxar uma conversa com Gina, poderia convidá-la para almoçar. Com esse pensamento fixo, dirigiu-se à recepção, recebeu as informações que queria e foi em direção ao quarto onde o Harry se encontrava. Mas antes disso acontecer, esbarrou numa garota que passava, de tão distraído que estava, e derrubou sua pasta de trabalho no chão. Irritado, perguntou à garota berrando, mas sem olhar para o rosto da mesma:
- Não tem olhos, garota? Vê se olha por onde anda, sua estabanada!!! Sabe ao menos em quem esbarrou?
- Sei muito bem com quem: Draco Malfoy. O quê você está fazendo aqui, Malfoy? – Quando o loiro escutou a voz da garota, uma imensa felicidade tomou conta de seu corpo: era Gina, sua doce e querida Gina.
- Oh, mil perdões, Gina! Não deveria ter te tratado daquela forma, fui tão grosseiro com você, me desculpe!
- Vindo de um Malfoy, seus berros não me foram estranhos. Mas um pedido de desculpas? E falando o meu nome, ainda por cima? Isso não é típico de um frio e arrogante Malfoy... – Gina sempre tinha uma resposta na ponta da língua. Uma verdadeira atrevida, como Harry dizia.
- Eu mudei muito nesses últimos tempos, Gina. Aliás, Gineviéve. Combina muito mais com a mulher tão especial e linda que vejo. Gina é muito comum e infantil. – Draco estava usando de todo o pouco romantismo que possuía para tentar “conquistar” Gina, fato que ela percebia muito bem. E ele prosseguiu – E o seu... Noivo... Como está?
- Está relativamente bem... Daqui a um mês, provavelmente, ele estará completamente bem. Por causa disso, teremos que atrasar um pouco o nosso casamento. – “Isso”, pensou Draco, comemorando o atraso. Conseguira a primeira parte do plano. O resto, com o tempo e mais informações, bolaria. Enquanto isso, continuou com seus galanteios pra cima de Gina, que não se sentia nada bem com aquilo.
- Mas o quê você veio fazer aqui realmente, Malfoy?
- Por favor, não me chame assim... Não quero ser o seu inimigo... As intrigas ficaram no passado, ok?! Me chame de Draco, somente!
- Ok... Draco! O quê você veio fazer aqui?
- Vim saber como Potter está e... Tentar fazer as pazes com você!
- Como assim, Malf... Draco?! – Gina achava aquilo tudo muito estranho. Não podia negar, ele era um homem muito bonito e charmoso, mas muito arrogante e chato também. Nunca fora com a cara dele, e nem ele com a dela. O que ele queria com aquela história de “fazer as pazes”, na verdade? Resolveu escutar o que Draco tinha a dizer.
- Não quero mais brigar nem criar inimigos... Isso só atrapalha a minha vida, entende? Sem contar que sempre te admirei, apesar de nunca ter te dito isso... Você joga muito bem, é linda, legal, inteligente... Aprecio muito pessoas como você!
- Pena que eu não possa dizer o mesmo! Tchau, tenho que ir ficar com o Harry, o Rony e o Neville estão sozinhos com ele. – A ruiva já ia embora quando Malfoy agarrou-a pelo braço delicadamente e, com um olhar irresistível e um jeito bem comovente e convincente, pediu-lhe:
- Por favor! Adoraria ter a sua companhia! Sou um homem muito sozinho! Vamos, eu te levo pra almoçar e enquanto isso, podemos nos conhecer melhor, nos tornarmos amigos... Por favor, Gineviéve! Estou te implorando! Quer que eu me ajoelhe? Eu me ajoelho se quiser... – Draco ia se abaixando quando Gina disse, achando aquela cena um tanto quanto patética, estranha e bonita ao mesmo tempo, respondeu-lhe:
- Tudo bem, Draco. Eu aceito. Mas não posso demorar muito! Ainda tenho que ficar com Harry, tive que ir pra casa hoje e demorei muito...
- Não se preocupe, Gineviéve! Não vamos demorar! Vai ser muito legal, eu prometo! – E oferecendo-lhe o braço com um enorme sorriso no rosto, Draco acompanhou Gina até o seu carro e foram a um restaurante que ficava ali perto.
* * * * * * * *
Harry, Rony e Neville conversavam animadamente no quarto sobre tudo em quanto. Esportes, negócios, política, trabalho, tecnologia, a época de infância e adolescência, até que o assunto chegou nas mulheres:
- E aí, Neville, e as namoradas? Como é que vão?
- Namoradas? Mal tive uma, Rony! Putz, ela era muito bonita, mas muito chata também, sabe? Nunca me entendia, só queria saber dela, de presentes, das amigas... Sem contar que não sabia falar nada sobre nenhum assunto que eu gosto! Terminei com ela depois de 8 meses aturando-a!
- E as grudentas? Essas são mais chatas ainda, cara, ‘cê num tem noção! Eu tinha voltado com a Lilá faz um ano e meio. Mas não agüentei muito tempo, não. Toda hora ela me ligava, sempre queria saber com quem eu falava, não queria que eu falasse com nenhuma amiga, queria ficar cuidando de mim o dia todo, toda hora tava no meu pé, sempre queria namorar e namorar... Isso cansa! Nem conversar ela queria!
- Já eu, que sou um rapaz de sorte, encontrei a garota mais especial e linda do mundo pra casar e passar o resto da vida comigo... – E os rapazes lançaram travesseiros sobre Harry, que ria gostosamente.
- Ah, o amor... – brincava Neville com a cara de Harry.
- Deixa de ser palhaço, ô! – E deu um peteleco na cabeça dele.
- Quem aqui que vai pro circo? – Disse uma voz feminina que acabava de entrar pelo quarto; uma loira bem bonita, mas bem distraída, havia chegado no quarto de Harry silenciosamente, o que espantou a todos:
- Luna...? Luna, quanto tempo! – Dissera Rony, que abraçara a amiga fortemente, deixando-a mais alegre e bobinha do que já era. Depois foi Harry quem a chamou prum abraço bem forte.
- Luna, fazia tempo que eu não te via, garota! Você ta linda! Por onde andava?
- Obrigada pelo elogio! Estive estudando muito, Harry. Virei astrônoma, sabia?
- Astrônoma? – Rony estranhara a escolha da profissão tão... exótica.
- É. E estou amando o meu primeiro emprego, tou trabalhando num observatório. Lá é muito legal e me pagam bem. – Luna falava tudo com muito entusiasmo e todos se admiravam do quanto ela havia mudado, mas sem deixar seu jeitinho lunático. Somente Neville que nunca havia se pronunciado. Havia ficado sem fala quando vira a amiga novamente, após 5 anos sem vê-la; ela estava extremamente bonita e mudada; sua voz soava-lhe como acordes de uma bela música; sua beleza e seu perfume inebriavam-no. E continuava a admirá-la até escutar alguém chamando-o:
- Neville, o quê que você tem? Tá esquisito desde que a Luna chegou aqui!
- Ahn? Não, não é nada não, só tou com um pouquinho de dor de cabeça, nada demais... Eu vou ter que sair, viu Harry? Melhoras pra você, amigo. Er... E meus parabéns pelo seu emprego, Luna. Muita sorte pra você. Tchau, Rony! – E dizendo isso, o tímido amigo saiu do quarto.
- Acho que ele ficou triste porque eu não falei com ele... ‘Cês viram a carinha dele? Vou lá falar com ele, depois eu volto, tá Harry? Ainda quero falar com você, Rony e Gina!
- Tudo bem! – E após Harry dizer isso, Luna foi atrás de Neville, que andava distraídamente e lentamente pelo corredor, pensando “Como fui burro!”. Ela, então, foi até onde ele e colocando sua mão sobre a dele, lhe falou:
- Fui muito grosseira com você, Nev! Devia ter falado com você e nem te dei atenção. Você me perdoa? – Seu jeito inocente de ver as coisas era algo que mais chamava a atenção de Neville, desde os tempos de “internato”.
- Não tem problema, Luna. Sei que você não fez por mal; aliás, continua distraída como antes!
- Nem tanto assim, vai... – E os dois passaram a andar pelo corredor do hospital e foram conversado até chegarem na cantina, ainda de mãos dadas que, nem um, nem o outro, queriam soltar...
- Tem namorado, Lu?
- Não... Não encontrei nenhum que me entendesse, que falasse das mesmas coisas que eu e que gostasse do que eu gosto... Dizem que sou uma “lunática irrecuperável”, e que esse é meu maior defeito, vê se pode! – Luna havia achado Neville bem mais bonito do que da última vez que o vira, no dia da formatura da turma deles há 5 anos atrás. E ele se mostrara um perfeito cavalheiro até o momento e bem interessado sobre a sua vida... Ué, ela também estava interessada na vida dele, o quê podia fazer!
- Engraçado... Pra mim, o seu jeitinho de “lunática irrecuperável” é que te torna mais bonita e graciosa do que já é... – Luna havia ficado envergonhada com o comentário, ele percebera. Mas dali a pouco, ela conversava animadamente com o rapaz. Afinal, tinha que conhecer o que o seu futuro namorado estava fazendo durante esses 5 anos!
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N/A: Como estão, meus adorados leitores? Espero que estejam curtindo a fic, porque eu tou! Agradeço a vocês por terem postado seus comentários. Me alegraram muito, viram? E vamos comentar mais, meu povo! Vocês são meus críticos, se algo tiver errado, cometem! Eu conserto! xD
Um beijo na careca e até o próx. capítulo, que estará bem meloso!
Carpe Diem
Hannah B. Cintra
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