Sonhos realizados, encontro am



Capítulo 1 – Sonhos relizados, encontro amoroso e promessas feitas

Harry estava extremamente feliz naquele dia. Finalmente havia conseguido se formar em advocacia e, logo de cara, arranjara um emprego ótimo numa das maiores empresas de engenharia da Inglaterra; para completar, trabalharia ao lado de seu melhor amigo, Rony, que conseguiu se formar em engenharia após muita luta e foi aceito como funcionário na empresa quase que de modo instantâneo, assim como Harry.

Mas o que havia deixado Harry realmente feliz foi uma certa pessoa e um certo acontecimento: Gina e o seu casamento. Afinal, iriam se casar dali a um mês e os preparativos do casório já estavam feitos e organizados, faltando somente chegar à data da cerimônia para tudo ficar em seu devido lugar. Rony e Luna iam ser os padrinhos do casamento, já que Hermione não poderia aceitar esse convite, pois estava fazendo faculdade de medicina na França e só ia para a Inglaterra uma vez ao ano, pelo Natal, dizendo estar cheia de trabalhos e assuntos para estudar (e deixando um Rony Weasley muito triste e solitário). Mas ela já havia mandado um presente ao casal, um cartão bem bonito aos noivos e ao Rony, que não se conformava em ficar sem ver “sua Mione” por um bom tempo.

Os dois noivos se amavam tanto que não se agüentavam de tanta ansiosidade; a espera só aumentava ainda mais o desejo de estarem juntos, lado a lado, dividindo a mesma casa, a mesma cama e a mesma vida. Harry e Gina eram muito mais do que simples noivos: eles eram amigos, confidentes, amantes, parceiros... Enfim, rolava muita cumplicidade no relacionamento dos dois. E muita compreensão e respeito também; não havia segredos entre os dois e, qualquer novidade ou problema, por mínimo que fosse, era revelado na mesma hora. Os dois nunca haviam mentido ou escondido nada um do outro, pois sabiam que isso só iria causar problemas futuros na vida deles. Qualquer erro que um cometesse era desculpado (afinal, eram pequenos)... Brigas? Umas poucas, mas nenhuma por trivialidades.

Eles formavam o casal perfeito, eram o que as pessoas e a mídia diziam. Afinal, Gina era uma das melhores jogadoras de futebol do mundo, fato que a tornava perseguida por jornalistas e paparazzi de todo o planeta; e Harry, além de ser conhecido como “o menino que sobreviveu”, era dono de uma pequena fortuna e, quando universitário, havia conseguido desvendar um dos maiores mistérios policiais do planeta, que era descobrir o local onde se encontrava Voldemort, líder de um grupo terrorista e neofacista que dominava e aterrorizava a Inglaterra anos atrás.

A vida do casal era um verdadeiro mar de rosas. Mas tinha gente que não gostava nem aprovava esse “casal perfeição”, como haviam sido apelidados pela mídia; jornalistas a procura de fofocas e intrigas, gente fofoqueira e invejosa, pessoas interesseiras... Eram tantas as pessoas contra esse relacionamento, mas nenhuma havia conseguido o seu objetivo, que era separar o casal. Nada conseguia abalá-los; eles estavam acostumados a tudo isso e sabiam lidar muito bem com essas intrigas; o amor deles parecia algo inabalável, inatingível, inseparável. Ainda assim, jornalistas de plantão e vários invejosos estavam tentando separá-los da forma mais discreta possível, apesar de não obterem resultado algum (pelo menos por enquanto).

Harry, após pensar em tudo que havia ocorrido com ele durante todos aqueles anos, pensou: “Lutei tanto... Passei por situações muito difíceis, mas consegui! Agora sou um advogado renomado, rodeado de amigos, tenho uma condição financeira estável, estou prestes a me casar com uma mulher perfeita e que amo muito e breve terei minha própria família! Espero que tudo continue indo tão bem como agora!” – Harry pensava consigo mesmo e aspirou o perfume que as rosas que ele carregava exalavam. Depois, ajeitou seu pulôver verde, olhou as horas em seu rolex prata, limpou seus óculos e deu uma mexidinha no cabelo rebelde que insistia em cair sobre os seus belos olhos verdes; mas antes que ele apertasse a campainha do apartamento que ficava adiante dele, uma ruiva muito bonita e contente abriu a porta e Harry, de um modo encantador e reverenciando-se na frente da moça, entregou-lhe um enorme ramalhete de rosas, dizendo-lhe:

- Flores para uma flor! – A ruiva, então, estendeu a mão para Harry, que a beijou numa delicadeza extrema, e ela, muito risonha, indagou de modo ingênuo: - A que devo tamanha gentileza, caro rapaz?!

- É uma prova minúscula, microscópica do meu amor por você, linda donzela! – E após a resposta do belo rapaz de olhos verdes, ela recebeu o ramalhete, aspirou o perfume das flores e disse-lhe com uma cara desapontada:

- Percebe-se que é uma prova de amor muito minúscula... Esperava algo a mais de você, meu belo e forte cavaleiro... Uma prova de amor maior que essa...

- Maior que essa? – O rapaz aproximou-se um pouco mais da ruiva e perguntou-lhe maliciosamente, mas sem perder a pose de “cavaleiro encantador e romântico”: - Que tipo de prova você está falando, bela dama? Essa? – E Harry deu um beijo leve e pequenino em Gina Weasley, a “bela e simplória dama”.

- Ainda é uma prova de amor muito pequenininha... – Retrucou Gina, de modo ingênuo e, ao mesmo tempo, maroto. O moreno, então, colou Gina ao seu corpo rapidamente e sussurrou-lhe ao ouvido de modo um tanto quanto malicioso: - É que a melhor prova eu deixei para o final... – E após acariciar o rosto de Gina e afastar algumas mechas do cabelo dela, deu-lhe um beijo tão apaixonado, que as pessoas que passavam pelo corredor do andar onde eles estavam (e que viram a cena romântica dos dois do começo ao fim) aplaudiram. Após alguns minutinhos, as bocas dos dois se separaram e Gina disse-lhe, ainda extasiada com o beijo:

- Agora sim... Você acertou na prova de amor, meu belo e forte cavaleiro! – Os dois sorriram e, ainda abraçados, deram um selinho, acenaram para as várias pessoas que admiravam e aplaudiam o casal, e entraram rapidamente no apartamento de Gina antes de serem perseguidos por fãs, pedidos de autógrafos e vizinhos curiosos.

Entrando no apartamento, Gina colocou as rosas num vaso d’água e, após fazer isso, ela e Harry passaram a correr por todo o apartamento, ambos sorrindo e fugindo um do outro. “Eu vou te pegar e quando te pegar, vou te encher de beijos”, dizia o moreno; “Você nunca vai me alcança-ar!” provocava a ruiva de modo meio infantil, até que depois de muito corre-corre, Harry agarrou Gina no quarto dela e passou a enchê-la de beijos, cada um interrompido por sorrisos, abraços e “reclamações” de Gina:

- Poxa, Harry, olha só o meu estado! Minha roupa nova está toda amassada!

- Não vem que não tem! Eu sei que você ama quando eu amasso sua roupa... – E beijou-a levemente durante algum tempo e depois, afastou-se devagar da moça e a olhou com um sorriso bobo no rosto, feliz por estar ao lado dela. Ela, por sua vez, admirava Harry. Ela adorava quando ele fazia aquela carinha de bobo, quando olhava pra ela; sentia-se amada e desejada. A ruiva então sentou-se na cama e chamou Harry com um sinal, que imediatamente deitou-se no colchão e pousou sua cabeça no colo de Gina, que passou a afagar os rebeldes cabelos de seu noivo:

- Você está tão lindo hoje... Mais do que de costume!

- Não, você é que está deslumbrante nesse vestido... Está se parecendo muito mesmo com uma “bela donzela, incauta e ingênua”!

- Engraçadinho! Você é que está muito galanteador vestido desse jeito e com um ramalhete de rosas na mão... Falando em rosas, elas são muito lindas, obrigada por ter me presenteado!

- Você merece isso e muito mais, meu bem! Mas só encontrei aquelas rosas daquela cor, senão teria comprado mais... É difícil encontrar rosas cor-de-rosa, sabia?

- E como você sabia que eu gosto de rosas cor-de-rosa?

- Ah, quando a gente estudava naquele internato e houve o baile de inverno, eu vi você dizendo pro Neville que havia amado a decoração, principalmente porque havia lírios espalhados por ele todo!

- E...?

- Bem, escutei você dizendo também que, além de lírios serem as suas flores prediletas, que você sentia uma “grande afeição” por rosas cor-de-rosa. Então eu pensei: “Já que no nosso casamento existem lírios até demais, por quê não comprar rosas cor-de-rosa pra presentear minha amada?!” – Gina, rindo do que Harry falou, comentou:

- Mas como você escutou, se eu ainda não namorava com você? Sem contar que isso foi há muito tempo!

- Ué, fazem só 7 anos! Sem contar que eu sempre fui apaixonado por você...

- Mentiroso! Eu que sempre fui! No começo, você nem me dava bola!

- É... Mas um certo tempo depois, você passou a me atrair muito, vamos combinar... – Gina então jogou-lhe um travesseiro e lhe disse:

- Seu galanteador barato duma figa!

- Ué, não tou mentindo! Onde você passa, todos te admiram! Sem contar que você adora esse galanteador barato duma figa, que eu sei... E aliás, só passou dois anos que isso aconteceu e eu te pedi em namoro, não foi? Acha que eu ia ficar longe de você durante muito tempo, é? Pééé! Resposta errada! Eu não agüentaria ficar um minuto sem você ao meu lado, porque você é tudo pra mim, você... – E Gina, rindo sem parar de Harry, beijou o moreno inesperadamente, e a ruiva, depois de alguns minutos dando uns “amassos” no moreno, sussurrou meio que sem fôlego:

- Eu te amo muito, sabia?

- Eu sei disso, assim como você sabe que eu te amo muito também, Gi...

- Olha, eu nem acredito que daqui a um mês irei me casar com você... Nem parece que passamos por tanta dificuldade... Mas finalmente conseguimos chegar até aqui!

- Gi, às vezes penso que isso tudo é um sonho... É tudo perfeito demais, bom demais para ser verdade... Penso também que dali a pouco tudo isso vai acabar e minha vida irá voltar a ser a mesma de antes, como quando eu era aquele garotinho que vivia na casa dos tios e era maltratado por eles. Tenho medo que tudo o que estou vivendo com você acabe de uma hora para outra! – O moreno falava tudo isso com o olhar triste e frio, sua voz havia ficado com um tom sombrio e ele falava pausadamente e muito sério, deixando Gina amedrontada com esses pensamentos:

- Harry, isso que nós estamos vivendo nunca foi e nunca será um sonho! Sei que tudo está indo bem até demais, apesar de muita gente querer nos separar, mas do que depender de mim, tudo irá continuar como está... Você aqui, do meu ladinho, bem juntinho, a minha carreira e a sua indo às mil maravilhas, minha família reunida e nenhum problema à volta. É quase impossível que isso aconteça, mas ver você falando me deu até arrepio!

- Eu sei, eu sei... Mas é o que eu sinto quando a mídia passa a especular sobre nós, o nosso casamento... Sem contar nos fãs loucos que vivem te perseguindo e das minhas colegas de trabalho que me assediam o tempo todo... É como se todos estivessem contra nós!

- Não é que todos estejam contra nós, lindinho! É que muita felicidade acaba chamando a atenção das pessoas e, como a maioria não é feliz, quer ver as outras pessoas na mesma situação que elas: tristes e sozinhas! Olha, me promete uma coisa?

- O que você pedir, minha flor! – disse Harry, acariciando o rosto de Gina, que lhe olhava fixamente.

- Nunca, JAMAIS pense nisso outra vez, ok? Pode até dar azar, sabia?! – A ruiva falava com um certo ar de preocupação e Harry, então, levantou-se do colo de Gina e abraçou-a, prometendo-lhe:

- Eu prometo, meu amor... E nada nem ninguém vai “azarar” os nossos planos, viu? Isso é outra promessa! – O moreno afastou-se um pouquinho de Gina e segurava com carinho o rosto da ruiva, que sorrindo, lhe falou:
- Você está prometendo tanta coisa... Deve estar querendo algo... Diga logo, seu interesseiro!

- Como você sabia que eu queria um beijo seu?

- Ah, era só um beijinho? Pensei que fossem vários...

- Não seja por isso... – E os dois, deitados naquela cama espaçosa, beijaram-se durante muito tempo, tamanha era a saudade que sentiam um do outro que saciavam-na com beijos, afagos e juras de amor.




* * * * * * * *



N/A: Gostaram do capítulo, meus caramelos? Espero que sim! Pode estar meio confuso pra vocês entenderem, mas com o desenrolar da trama vocês vão entender! Ah, e comentem (se possível)!

Carpe Diem

Hannah B. Cintra

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