Escombros

Sirius Black estava passando por um dos melhores momentos de sua vida. Estava curtindo muito com seus amigos, tinha um afilhado, e estava namorando sério uma garota. Ah sim, havia aquela guerra contra Voldemort, mas Sirius não tinha medo, pra falar a verdade ele até gostava da adrenalina.

Sirius colocou sua chave na fechadura, a girou e depois girou a maçaneta.

-Sirius! Já chegou! – exclamou Mila se levantando do sofá para recebê-lo.

-É... A reunião da Ordem foi rápida. – respondeu Sirius.

-Aconteceu alguma coisa, My? – perguntou Sirius sério.

-Não. – respondeu Mila – Mas... Eu estava com medo... Medo que você se ferisse, ou algo assim...

Mila estava trêmula.

-Ah, Mila. – disse Sirius – Não precisa se preocupar... Sabe o que estaremos fazendo quando essa guerra acabar?

-O que? – perguntou Mila curiosa.

-Nos casando.

-Ah é? E eu já aceitei, por que eu não me lembro de...

Sirius a beijou.

-E agora? Vai ou não casar comigo? – perguntou Sirius – Pense bem, não é todo dia que se tem a chance de se casar com Sirius Black.

-Ah Sirius... Lógico que eu não poderia – fez uma pausa para encarar Sirius – Não poderia recusar!

-Isso é bom. – disse Sirius feliz – Bem eu tenho que sair – e deu um selinho nela.

-Aonde vai? – perguntou Mila.

-Na casa do Tiago. – respondeu Sirius – É rápido...

Foi pra garagem e montou em sua moto voadora. Um pouco depois estava em Godric’s Hollow, em frente a onde deveria estar a casa dos Potter. Sirius não acreditou no que via. Abriu e fechou os olhos varias vezes. Onde deveria estar a casa de Tiago e Lílian, estavam escombros. Escombros da casa deles. Sirius avançou desesperado, se assustou quando viu um homem enorme saindo dos escombros carregando um bebê com uma cicatriz em forma de raio.

-H-hagrid? O o que – Sirius soluçava, não era possível, não poderia estar acontecendo – O que ac – fez uma pausa – O que aconteceu?

Os olhos do meio gigante estavam vermelhos, ele estava triste.

-Tiago... Tiago e Lílian... Eles morreram, Sirius. – disse Hagrid trêmulo.

-Não... Não pode ser...

-Ele esteve aqui... – começou Hagrid – Você-Sabe-Quem esteve aqui. Matou Lílian e Tiago, mas Harry sobreviveu. Ele só conseguiu fazer essa cicatriz aqui – e mostrou a cicatriz no meio da testa do bebê. – Mas ele não morreu. Acho que agora deve ser o espírito mais insignificante que vaga neste planeta.

Sirius chegou mais perto dos escombros. Tiago... Lílian... Mortos... Pedro... Traidor... Miserável...

-Hagrid me da o Harry. – pediu Sirius – Me da o Harry, eu sou padrinho dele.

-Sinto muito, Sirius. – respondeu Hagrid – Tenho ordens de Dumbledore para levar Harry até ele.

-Me dá o Harry, Hagrid – pediu Sirius novamente – Eu sou padrinho dele... Sou tutor do Harry, tenho a guarda dele.

-Não – negou Hagrid – Tenho ordens de Dumbledore, não vai dar Sirius.

Sirius pensou, olhando tristemente para os escombros da casa de Lílian e Tiago.

-Aah... Tudo bem, depois eu falo com Dumbledore. – resignou Sirius – Use a minha moto, vai ser mais rápido.

-Tem certeza?

-Tenho.

Hagrid subiu na moto, olhou para Sirius tristemente e disse.

-Sinto muito Sirius – disse ele com os olhos cheios d’água. – Isso é tão tenebroso... Só por que eles eram gente decente... Isso é horrível, Sirius... Pobre, Harry. Ainda bem que tem a nós. Bem, até mais Sirius.

Ligou a moto, começou a sobrevoar os céus e em pouco tempo desaparecera.

Sirius tinha uma coisa a fazer, e sabia que devia agir agora. Sabia onde encontra-lo.

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