O casamento dementado
O casamento dementado
Era cedo, mas o movimento n’Toca era grande. Tão grande que Harry acordou. Era impossível dormir com aquela barulheira.
- Gui! Volte aqui agora! – Harry ouviu Sra. Weasley gritar.
- Mamãe, preciso vê-la. – o filho retrucou.
- Não! Você vem aqui. Precisa ajudar os outros a arrumar o jardim. Deixe que eu cuido dela.
Harry ficou sem entender o motivo daquela gritaria. Será que havia acontecido algum outro ataque? Quem seria “ela”? Arrumar o jardim?
Harry foi em direção à Hermione e Gina que estavam no jardim, e enquanto conversavam, colocavam fadinhas por ali e enfeitavam os gnomos.
- Olá Harry! – disse Hermione.
Gina apenas sorriu.
- Mas o que está havendo aqui? Por que o jardim está todo enfeitado? – perguntou Harry.
- Como por que? – perguntou Gina assustada. – Você se esqueceu Harry?
Casamento do Gui e da Fleuma. Quer dizer... Fleur.
Harry se espantou. Como pôde esquecer? Desde a morte de Dumbledore haviam acontecido coisas horríveis com ambos os mundos. Tão horríveis que o fez esquecer que coisas normais como um casamento existia.
Harry resolveu ajudar Rony a colocar fadinhas no alto das árvores. O que era irritante, pois Rony não parava de aparatar do lado que Harry estava, para o lado de Hermione e Gina estavam.
- Quer parar Ronald? – disse Hermione mais severa do que nunca.
- Tenho 17 anos Hermione. Eu posso aparatar! – respondeu Rony com um enorme ar de fúria.
- Sei que pode! Mas isso é infantilidade. Você quer provar que pode? É isso?
- Quer saber Hermione? Infantilidade é não aceitar uma coisa que você tanto quer. – disse Rony segundos antes de desaparatar para o lado de Harry novamente.
- Voltaram a brigar? – perguntou Harry quando acabou de colocar uma fada na árvore.
- Não exatamente. – disse Rony que agora espumava de fúria.
Harry queria perguntar o que ela não aceitava, mas tanto queria, porém, foi interrompido pela Sra. Weasley que os chamou para almoçar.
Todos estavam com muita fome, mas o almoço foi rápido, pois ainda havia muita coisa para fazer.
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Logo chegou a noite e todos estavam prontos. O jardim estava cheio de fadas brilhantes voando e gnomos.
Logo Lupin e Ninfadora chegaram.
- E então Gui. Como está se sentindo? – perguntou Lupin que agora lhe dava palmadinhas nas costas.
- Não muito bem Remo. – respondeu Gui nervoso. – Prepare-se que o próximo deve ser você. – e deu um breve sorriso para o amigo.
Harry achou que Gui não estava bem mesmo. Não que ele parecesse saudável após a mordida do semestre passado, mas estava com uma aparência nervosa e pálida.
Logo Sra. Weasley desceu juntamente com Hermione. Harry percebeu que o queixo de Rony caiu alguns centímetros quando Hermione apareceu. Minutos depois vieram Gina e Grabrielle. Atrás delas, Harry viu Fleur descer. Seu vestido era branco e suave. Tinha bordados lindos. Seus cabelos loiros estavam soltos e esvoaçantes. Tinha uma coroa de brilhantes. Harry se lembrou do momento em que a Sra. Weasley ofereceu a coroa a ela.
Gui levou Fleur ao altar e a cerimônia aconteceu rápida e logo a festa começou.
- Oh Arry! Muite obrrrigade por virr. – disse Fleur quando lhe deu um beijo estalado nas bochechas.
Harry foi se juntar a Rony, Hermione, Fred, Jorge e Gina.
- Precisam ver os fogos que fizemos agora. – disse Fred animado.
- Trouxemos para a organização da festa. – completou Jorge.
- Tenho que admitir que a festa da Fleur está bonita. – disse Gina.
- Até que em fim parou de chamá-la de Fleuma. – falou Hermione feliz.
- Uma hora ia ter que parar. – retrucou Rony. – Não poderia ficar a vida toda a chamando assim. Quero dizer, ela casou com Gui.
- Você acha que devia parar porque está apaixonado e não se conforma em ter perdido para Gui. – disse Hermione estressada.
- Sabe que não estou apaixonado por ela!
- Ah Ronald, seja sincero com você mesmo!
- Eu sou sincero comigo e com você também. Mas você não acredita!
- Ih. Discussão de novo? – disse Fred se levantando.
- É melhor sairmos daqui. – disse Jorge acompanhando Fred.
Harry observou Rony e Hermione discutindo por alguns segundos e então se levantou.
- Vamos andar por aí Gina?
- Claro! Não agüento mais ver esses dois discutindo! – disse Gina se levantando rápido.
Os dois andaram por muito tempo calados, até que Gina falou.
- E então, volta para Hogwarts?
- Não sei. – respondeu Harry que observava um gnomo cantar solitário.
De repente Gina parou.
- Sabe Harry, são sete anos esperando que você me perceba e quando isso finalmente acontece, você quer me deixar. Não quero que me deixe!
Harry viu seus olhos se encherem de lágrimas.
- Não Gina. Não quero te deixar. Eu preciso ir atrás de Voldemort e...
- Não Harry! Você não precisa me deixar! – retrucou Gina agora quase
caindo aos prantos. – Não precisa não! Eu posso ir com você! Você se lembra no ministério, não se lembra? Vencemos! Vencemos Você-Sabe-Quem e podemos vencer de novo!
- Gina, - disse Harry tentando reverter a situação. – todos que eu amo morrem. Meus pais, Sirius e agora Dumbledore. Não quero te perder também.
Harry percebeu que seu rosto foi chegando mais perto do de Gina e quando se deu por si, estavam sendo surpreendidos pelo Sr. e Sra. Weasley.
Eles tinham uma cara de espantados, severos, mas ao mesmo tempo encantados em ver os dois juntos.
- Harry e Gi... – começou o Sr. Weasley.
Se ia levar uma bronca ou uma elogio, Harry nunca soube. Todos foram surpreendidos com um grito de Hermione que parara de discutir com Rony.
Ao olhar para o motivo do grito, Harry se desesperou.
Era uma Marca Negra no céu. Uma Marca bem próxima dali.
- Vamos! – gritou o Sr. Weasley. – Molly querida, fique com as meninas e Fleur. Tranque tudo. Voltamos logo.
- Mas queremos ir! – disse Gina olhando do pai para Harry, e Hermione assentiu com a cabeça.
- Não. – disse Harry. – É melhor ficarem e protegerem a casa.
- Harry tem razão. – disse Rony. – Vamos Harry.
Todos correram em direção à Marca. Correram o que pareceu à Harry uns 10 minutos e chegaram.
Um frio intenso cortou o rosto de Harry e trouxe junto uma infelicidade enorme.
- Dementadores! – Harry ouviu Carlinhos gritar.
- Expecto Patronum! – várias pessoas gritaram juntas e os dementadores foram para trás sendo perseguidos por Carlinhos, Gui, Fred e Jorge, deixando os Comensais a vista.
Quando Harry viu os Comensais, sentiu seu sangue esquentar e um grande ódio infiltrar em suas veias.
Sim, era ele: Severus Snape.
E como seu protegido: Draco Malfoy.
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