Explaing the things



Lily não sabia o que pensar se era brincadeira daqueles dois garotos, ou se era verdade sobre essa tal escola de magia.
Mas se era mentira, como os dois bateram na grade do jardim sem ninguém empurrar?E o pior era que Lily imaginara isso acontecendo segundos antes de acontecer, e ela estava com muita raiva.
“Ai meu Deus, será que eu realmente sou uma bruxa?”
Ela desceu as escadas correndo em direção aos pais, que estavam sentados na mesa da cozinha, tomando um copo de cerveja e conversando.
–O que aconteceu Lil? –perguntou o Sr. Evans, percebendo a cara de preocupação de Lily.
Lily entregou a carta ao pai, sem dizer nada, e se sentou em uma cadeira.
À medida que o pai lia a carta, maior era a sua cara de espanto.
–O que foi Ale? –perguntou a Sra. Evans.
Sem palavras, o pai de Lily simplesmente entregou a carta a sua esposa e ficou olhando sua filha como se ela fosse algum bicho perigoso.
Quando a Sra. Evans terminou de ler a carta ela olhou para o marido, e depois para a filha, e finalmente falou:
–Só pode ser uma brincadeira daqueles dois garotos.
–Mãe, não era não, eu... Bom, fiz uma coisa estranha na semana passada. –falou Lily, um pouco tímida.
–O que você fez filha? –perguntou o pai, finalmente recuperando a voz.
–Aqueles garotos estavam me enchendo à paciência, então eu imaginei eles indo em direção a cerca, e como se uma mão invisível empurrasse os dois. Realmente aconteceu.
Os pais da menina se entreolharam preocupados.
–Amanha iremos falar com os pais desses garotos, quanto ao que aconteceu você deve ter imaginado. – falou sua mãe, no que seu pai concordou:
–Esses garotos precisam de alguma coisa para mudar de atitude, vê só mandar cartas dizendo que a pessoa é bruxa... Esse mundo está perdido.
–Eu não estava imaginando, pergunte pra Petúnia. –falou Lily com raiva.
–Não meta sua irmã nessa história, ela não tem nada haver com isso. –falaram minha mãe e meu pai ao mesmo tempo.
–Amanha cedo nós iremos lá, e você ira conosco Lily. –finalizou meu pai. E quando ele fala desse jeito não da para ele mudar de opinião.

Lily foi se deitar naquela noite se sentindo muito confusa e chateada odiava quando seus pais não acreditavam nela, é como se eles não pudessem perceber quando ela falava a verdade (que era na maioria das vezes).
Depois de enrolar muito na cama, Lily finalmente pegou no sono, mas quando dormia, sonhava com varinhas mágicas e feitiços, chegou a sonhar com um bruxo que matou um casal, mas não conseguiu matar o filho deles, sendo que esse fora o mais real de seus sonhos.

Na manhã seguinte, a mãe de Lily a acordou para que pudessem ir à casa dos Potter, e iriam pedir o numero do telefone dos Black para que pudessem falar do filho deles.

Lily se levantou vagarosamente e foi até o banheiro lavar o rosto e pentear o cabelo, quando retornou ao quarto, reparou que sua mãe estava escolhendo sua roupa.

–Mãe, eu sei escolher minha própria roupa. –disse com indignação.
–E claro que sabe filha, mas eu quero que você fique arrumadinha pra não pensarem que você é doida. –falou minha mãe num tom de quem explica pra uma criança de cinco anos que um mais um é dois.
Depois da Sra. Evans convencer uma relutante Lily a vestir a roupa que havia escolhido, e sua filha estar pronta, todos foram à casa dos Potter, inclusive Petúnia, que havia ouvido a conversa.
Atravessaram a rua e tocaram a campainha da casa da frente.
Alguns minutos depois Sr. Potter atendeu a porta, trajava vestes longas e pretas.
–Posso ajudar? –perguntou em tom gentil.
–Pai, quem é? –perguntou um garoto e foi em direção ao pai, porem quando chegou a porta e viu quem era deu um sorriso maroto.
–Podemos entrar?Temos um assunto a tratar com o senhor. –falou Sr. Evans.
–Claro, entrem, só não posso me demorar muito. – respondeu Sr.
Potter.
A família Evans entrou na sala e o Sr. Pottter os seguiu e se sentou em uma cadeira de palha.
–Amor, tem alguém ai? –perguntou Sra. Potter, lá da cozinha.
–São nossos vizinhos da frente. –respondeu ele.
A Sra. Potter apareceu na sala e se sentou perto do marido.
–Certamente tiveram duvidas sobre a carta de Lily. –falou em tom calmo.
–Então é verdade que seu filho mandou a carta para Lily e você fala disso como se fosse natural? –perguntou Sr. Evans com um “que” de indignação na voz.
–Aliais, deve ser super natural ele querer enganar a pessoas. –continuou Sra. Evans.
–Será que estamos falando da mesma coisa? –perguntou Sra. Potter com cara de confusa.
–Eu estou falando dessa carta aqui... –falou Sra. Evans pegando uma carta na bolsa e entregando ao casal.
Eles nem precisaram abrir a carta para reconhecê-la.
–Isso não é brincadeira, é pura verdade, eu e meu marido fomos para essa escola, nosso filho irá para essa escola. E a melhor e mais segura escola de magia que existe. –explicou Sra. Potter.
Os pais de Lily ficaram olhando do Sr. Potter para sua mulher, e desta para o filho deles.
–Eu sei que é difícil de acreditar quando não se tem outro bruxo na família. Nós só não tivemos essa reação quando descobrimos que James era bruxo, porque nós também somos.
Agora a face do rosto do casal revelava que pensavam que aquela era uma família de loucos.
–Bom, nós temos que levar James para o Beco Diagonal para comprar o material dele, se quiserem podemos levar vocês junto para que comprem o material de Lily também, isto é, se forem a deixarela ir para escola e aprender a controlar o dom que ela possui.
Só ai que a família Evans percebeu que eles estavam falando serio sobre essa tal escola.
–E onde fica essa escola? –perguntou Sra. Evans.
–Em Londres. –respondeu Sra. Potter, e percebendo o olhar de sua vizinha, continuou - Lá é seguro, tem um ótimo diretor e profissionais que vigiam a escola de ataque de bruxos das trevas. Se quiser que sua filha aprenda a controlar seus poderes para não enlouquecer como já aconteceu em alguns casos, é melhor deixá-la ir conosco comprar seu material.
Sra. Evans olhou para o marido em busca de apoio, e vendo que ele deixaria Lily ir para a tal escola, acabou concordando.
–E quanto custaria esse material? –perguntou.
– Isso depende você poderá escolher se é de primeira ou de segunda mão. A Lily deve ter pelo menos um pouco de dinheiro no banco dos bruxos, mas se quiserem podem trocar o dinheiro normal pelo dinheiro que normalmente usamos no mundo bruxo.
–Mas não dá para simplesmente acreditar que minha filha virou uma bruxa de uma hora pra outra. –falou a mãe de Lily.
–Quem disse que foi de uma hora para outra? Lily nasceu com esse dom. E o terá para sempre. –falou a Sra. Potter.
–Mas é tão difícil de acreditar, tem como comprovar isso? –perguntou Sr. Evans.
–Claro, Lily, olha para mim e se concentre em algo, tente fazer com que isso se torne realidade. –falou Sr. Potter.
–Isso é ridículo. Pelo amor de Deus. –falou novamente Sra. Evans.
–Mas como acreditar que sua filha caçula, que sempre teve tudo o que necessitou e mais um pouco é bruxa? –perguntou Sr. Evans, qualquer um que olhasse em seus olhos percebia que neles o medo era acima de tudo o sentimento que lhe dominava. O medo de perder sua filha querida, o medo dela ser uma aberração.
Lily se concentrou, queria provar que era apenas uma menina normal, mas ao mesmo tempo queria ser uma pessoa especial, mas também tinha medo de ser rejeitada pela própria família.
Depois de um tempo o cabelo de James Potter começou a se mexer, como se um pente invisível estivesse passando por ele.
–Filho, eu acho que não é só a gente que acha que você tem que dar um jeito no seu cabelo!–falou a Sra. Potter entre risos.
Sr e Sra. Evans, incluindo Petúnia, olhavam para Lily, como se ela tivesse feito algo de muito errado.
–Lily Evans, vá para casa agora. Você não vai para escola de magia nenhuma, não quero que seja uma pessoa anormal. –falou Sr Evans.
Petúnia deu um sorrisinho, por um momento ela teve um receio de que sua irmã tivesse um talento fora do normal, fora aquelas coisas em que ela fora melhor, mas ela não falava nada. Mas agora que seu pai cortara o mal pela raiz ela não tinha que se preocupar com isso.
–Mas pai, você vai negar um dom meu só porque VOCE não aceita ele? –perguntou Lily com uma cara decepcionada.
Sr Evans olhou sua filha e por um momento pensou em deixá-la ir para a tal escola e ser feliz, mas o que diria a seus vizinhos e amigos.
–Se estiver pensando no que dizer as pessoas, não tem problema, diga que é uma escola especial para alunos que tiram notas boas, assim eles vão acreditar, pois sabem que Lily é uma menina inteligente. E se perguntarem onde é, diga que é fora do país. –sugeriu Sra. Evans como se fosse a coisa mais natural do mundo. E acrescentou. –Eu sei que não é fácil, mas se Lily não aprender a controlar esse dom, ai sim pode se tornar um problema.
Eles pareceram pensar por um instante.
–Tá bom, ela pode ir para essa tal dessa escola, mas com uma condição. –falou Sr Evans, e é claro que isso não iria ficar barato. –Ela terá que passar o natal em casa. E se comunicar sempre conosco.
–Isso não será problema, nas férias de natal os alunos podem ir para casa, e quanto a correspondência, vocês podem se comunicar através de cartas, mas tem que ser através de corujas, pois os carteiros das pessoas que não são bruxas não conseguem achar a escola. –explicou a Sra Evans.
–Então tá, vocês querem pegar algo antes de ir comprar o material?Precisamos ir logo para não encher demais, daqui a pouco a lareira do Caldeirão Furado irá ficar muito cheia, o que não é bom. –falou Sr. Potter indo buscar um saquinho com um pó dentro. [n/a: sôo meio estranho né?]
Sr. Evans foi em direção a porta e foi em casa buscar o dinheiro. Voltou pouco tempo depois e juntos foram para o Beco Diagonal, um pouco estranho para aquela família de trouxas que nunca havia andando por lareiras.
No Beco Diagonal compraram tudo o que uma bruxa iniciante iria precisar para seu primeiro ano em uma escola de magia, e depois pararam para tomar o melhor sorvete, o da Sorveteria Florean Fortescue.

Naquele ano, Lily Evans, uma garota que parecia normal, fora para uma escola de magia, e o mais estranho, acompanhada de tres pessoas conhecidas, duas da qual nao gostava, James Potter, Sirius Black e Severus Snape.

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