Quem é ela?



Capítulo 1- Quem é ela?

Harry desceu do quarto de manhã cedo para tomar café da manhã. Era a primeira refeição do dia e a primeira refeição que ele fazia no Largo Grimmauld. Pelo menos junto de todos os membros da Ordem. Parece que teria uma reunião mais tarde para a apresentação de novos membros que tinham sido recrutados por Dumbledore. Desceu ainda de pijama para a cozinha. Já estava todo mundo acostumado a vê-lo desse jeito mesmo. Estava na escada ainda quando percebeu que seu padrinho olhava meio embasbacado para alguém. Olhou na direção e viu que era um grupo de garotas. Pareciam ter seus 20 e poucos anos...
Harry subiu a escada apressado e trocou de roupa e volou, descendo mais rápido do que subiu. Parou ao lado do padrinho mais bem arrumado do que quando ia para o colégio. Viu que Sirius não parava de falar com uma jovem loira muito bonita, não fosse pela expressão no rosto. Provavelmente a mesma que a de um terráqueo ao ver um extraterrestre.
Dumbledore chegou nessa hora e as outras garotas não estavam mais com os dois.
- Sirius, gostaria de te apresentar minha amiga, Perséfone Lestrange. E sinto lhe informar, mas ela não fala uma única palavra de inglês... -falou Dumbledore rindo
- Não fala inglês? Mas eu estive conversando com ela há meia hora... -falou Sirius
Perséfone falou algo incompreensível para Dumbledore.
- Ela disse que acha que você ainda não percebeu que ela não entende uma única palavra do que você disse, mas que o entusiasmo com que você fala a deixa impressionada. Acho que eu posso dar um jeitinho para que se entendam... -falou Dumbledore
Ele apontou a varinha para o teto e murmurou algumas palavras.
- Ela não entendeu nada do que eu falei? -perguntou Sirius meio aborrecido
- Mas agora estou entendendo tudo. -falou Perséfone
Harry começou a observar a garota. Os cabelos muito loiros, quase platinados, iam até a cintura, absolutamente lisos. Os olhos era de um azul quase translúcido... Lembrava as veelas do jogo na final da copa de Quadribol...
- Bem, meu nome é Perséfone, como o Professor Dumbledore, falou. Mas todos me chamam apenas de Perse. Prazer conhecê-lo, senhor Black. -falou Perséfone sorrindo e estendendo a mão para Sirius
O sorriso deixava à mostra dentes absolutamente brancos. E a mão pequena e delicada estendida parecia macia e quentinha.
Harry viu que Sirius ficou embasbacado novamente. Apressou o passo e cumprimentou a garota.
- Prazer, sou Harry Potter, afilhado do Sirius. -falou Harry aceitando o cumprimento.
- Eu ouvi falar de você... -falou Perséfone
- Imagino que sim... -falou Harry
- É amigo da Mione, não? Eu troco cartas com ela há um tempão. Ela sempre me falou muito bem dos amigos Harry e Ronald. -falou Perséfone
Harry sorriu. Era a primeira vez que laguém não o conhecia como o menino-que-sobreviveu. Disfarçadamente, deu um tapa em Sirius para ver se ele acordava.
- Bem, Perse... Quer conhecer a casa? -perguntou Sirius
- Sirius, acho que ela ainda não tomou café... Eles ficaram de tomar café aqui, lembra? -sussurrou Harry
- É mesmo. -falou Sirius sorrindo sem graça
Pegou a mão da jovem e a beijou.
- Me acompanha no café da manhã? -perguntou Sirius
- Claro. -respondeu Perséfone
- Posso fazer uma pergunta pessoal? -perguntou Harry
- Pode. -falou Perséfone
- É uma veela? -perguntou Harry
- Não... Sou totalmente humana. Por que? -perguntou Perséfone
- Nada... -falou Harry
- Bem, estudei em Durmstrang, na casa chamada Othila. O símbolo era uma veela. -falou Perséfone
- Ela me parece alguém que eu conheço... -falou Sirius
Nessa hora, Hermione apareceu na porta.
- Perse? -perguntou Hermione
- Mione? Tudo bom? -perguntou Perse
- O Remus falou quem eram os novos membros... Que bom que é você mesma... Também, é óbvio que seria.. Quantas Perséfones com sobrenome Lestrange existem no mundo bruxo? -falou Hermione dando um tapinha na própria testa
- Eu trouxe aquela encomenda que me pediu. -falou Perséfone
- Encomenda? -perguntou Sirius
- Coisa de garotas, fofo. Está na minha mala. -falou Perséfone
Sirius abriu um imenso sorriso.
- Ela vai ficar aqui, Dumbledore? -perguntou Sirius
- Bem, elas iam ficar em Hogsmeade. -falou Dumbledore
- Se elas ficarem aqui, terão mais contato com os outros membros da Ordem. -falou Sirius
Harry percebeu que o objetivo dele não era mais contato com todos os membros da Ordem, mas que ELE tivesse mais contato com a jovem.
- É uma boa idéia, Sirius. O que acha, querida? -perguntou Dumbledore
- Adorável. -falou Perséfone
E pelo visto ele não era o único a pensar desse jeito. Dumbledore apenas sorriu.
Uma jovem de cabelos castanhos e ondulados, que iam até a cintura, chegou na porta da sala nesse instante.
- Perse... Vem. -falou a garota
- Estamos indo. -falou Perse
Harry entendeu porque o padrinho ficou embasbacado ao ver Perséfone. Ele fez o mesmo ao ver a jovem de cabelos castanhos.
- Quem é ela? -perguntou Harry
- É minha amiga Jacke. Conhece? Ela estudou na Sonserina. Agora é formada. -falou Perséfone
- Como conhece tanta gente de fora de Durmstrang? -perguntou Sirius
- Vamos tomar café que ela já explica para você após a reunião. -falou Dumbledore
Sirius ficou contrariado. Foram todos tomar café da manhã.
Harry sentou-se ao lado de Perséfone. Assim ficava bem diante de Jacke.
- Bem... Antes de iniciarmos o café da manhã, gostaria de apresentar algumas amigas e um amigo que vem da Rússia e outros daqui mesmo que alguns de vocês já conhecem. -falou Dumbledore
Todos na mesa olharam para ele. Estavam lá, Tonks, Moody, Lupin, todos os Weasley, com exceção de Percy, Snape, Hermione, Harry, Sirius e o prórpio Dumbledore. Além de umas garotas e um garoto que ninguém conhecia.
- A jovem loira ao lado de Sirius chama-se Perséfone Lestrange, filha de Bellatrix e Rodolphus Lestrange, criada pelos Romanov após a prisão destes. -falou Dumbledore
A pronúncia dos nomes da família Lestrange fez com que todos na mesa, menos Sirius, parecessem ter tomado uma chicotada.
- Filha de Bellatrix? -perguntou Molly olhando-a
Molly achou estranho isso. Bellatrix e Rodolphus tinham cabelos negros. Como foi nascer uma garota tão loira?
- A jovem à sua frente é Jacke Black. Sirius, ela é sua filha. -falou Dumbledore
Sirius empalideceu e olhou rapidamente para a garota. Ele era pai e não sabia?
Jacke tinha os cabelos ondulados como os dele, olhos cinzas, quase negros, era alta, magra e possuía uma elegância displicente que lembrava muito a de Sirius, mas bem feminina.
A jovem à minha esquerda chama-se Najha Vet. Foi aluna da Griffinória. -falou Dumbledore
Todas as atenções se voltaram de uma única vez para uma jovem de cabelos lisos e castanhos, na altura dos ombros, magra e alta, sentada ao lado de Rony.
- Bem, a elfa é minha filha Gaya. -falou Dumbledore apontando para Gaya
Era uma jovem alta, cabelos negros e lisos, olhos muito azuis. Parecia com os elfos de filmes como “O Senhor dos Anéis”, que Harry já tinha visto várias vezes, inclusive com Rony e Hermione.
- O rapaz ao lado dela, chama-se Yerik Shakkarov. -falou Dumbledore
Um garoto da altura de Sirius, olhos e cabelos negros ergueu-se do lado de Snape. era forte, musculoso, e não tinha cara de bonzinho... Muito pelo contrário. As sombrancelhas muito espessas davam-lhe um ar sério demais para um rapaz de 20 anos.
- Ao seu lado está sua esposa. Sofia Sell Shakkarov. -falou Dumbledore
A jovem ao lado dele apenas fez um aceno de cabeça. Tinha os cabelos tão negros quanto os do marido. Olhos muito cinzas.
- Bem... Agora que eles estão apresentados... -falou Dumbledore
- Faltou eu... -falou uma jovem se levantando
- Ah. me desculpa, querida. O nome desta jovem é Amelia Nadiesdy. Ela é prima de Perséfone, de criação. Foi campeã do torneio de duelos que teve sede em Hogwarts há 9 anos. É Ministra da Magia do Ministério romeno. -falou Dumbledore
A jovem apenas sorriu.
Dumbledore sentou-se e todos começaram a comer.
- Ganhou um torneio de duelos? -perguntou a senhora Weasley para Amelia
- Isso mesmo. Eu participei como representante de Durmstrang. Treinava durante o torneio com a Perse. Foi assim que todas nos conhecemos. -falou Amelia
- Durante o torneio? -perguntou Arthur Weasley
- Foi. A Perse conheceu a Jacke e a Naj. Depois conhecemos os outros. E desde essa época que não perdemos mais contato. -falou Amelia
- Ah, sou Molly Weasley e este é meu marido Arthur. -falou Molly
- Eu conheço o filho mais velho de vocês, que trabalha em Gringotes... O Carlinhos. -falou Amelia
- Você que é a tal namorada misteriosa dele? -perguntou Arthur
- Eu mesma. -falou Amelia corada
- Olha só... Então finalmente conhecemos nossa nora. -falou Arthur
- Amo muito o filho de vocês. Ele é tudo o que há de mais importante para mim. -falou Amélia
A senhora Weasley olhou-a com carinho.
- E o que seus pais acham do seu namoro com nosso filho? -perguntou Molly
- Molly... Isso não é coisa que se pergunte. -falou Arthur
- Querido, ela é ministra. Somos de classes diferentes. -falou Molly
- Bem... Meu pai não tem nada contra, ele adora o Carlinhos. Principalmente depois que soube que seu filho trabalha o dia inteiro fazendo conta. Meu pai ama matemática. Os dois vivem trocando livros. Parecem até amigos de infância. Mas a minha mãe morreu de tuberculose quando eu tinha 10 anos. E meus dois irmãos mais novos. -falou Amélia
- Tadinhos... -falou Arthur
- Um tinha 8 anos e o outro 7. Eles eram muito brincalhões. A tuberculose é uma doença cruel. -falou Amélia
- Arthur, acho que ganhamos uma nova filhinha... -falou Molly abraçando a jovem
Amélia retribuiu o abraço.
Do outro lado da mesa, Sirius ainda ficava vez ou outra meio embasbacado com Perséfone.
- Tem olhos lindos, sabia? -falou Sirius
- Obrigada. Em que pé anda a guerra? -perguntou Perséfone
- No mesmo. Voldemort escondido, o Profeta Diário atacando Dumbledore e Harry... -falou Sirius
- O que é o “Profeta Diário”? -perguntou Perséfone
- Um jornal. -respondeu Jacke
Ela não parava de olhar Harry, que a encarava de volta.
- Por que está me encarando? -perguntou Jacke
Harry ficou escarlate.
- Acho que ele não percebeu, Jacke. Tava distraído. -falou Perséfone tentando “salvar” a pele de Harry
- Tava completamente no mundo da lua. -falou Harry
- O que sabe da Inglaterra? -perguntou Sirius
- Sei que a capital é Londres. -falou Perséfone
- E? -perguntou Sirius
- É uma ilha... Falam inglês, que é uma língua que lembra um código de guerra... -falou Perséfone
- É romena? -perguntou Sirius
- Não. Nasci na Inglaterra, mas passei dos 5 até hoje na Rússia. -falou Perséfone
- Sou primo de sua mãe. -falou Sirius
- Da Bella? -perguntou Perséfone
- Isso mesmo. -falou Sirius
- Como eram os meus pais? -perguntou Perséfone
- Não nos dávamos muito bem, por isso não os conheci tão a fundo. -falou Sirius
- Entendo. O que costuma fazer aqui? -perguntou Perséfone
- Limpar, passar... E se esconder na barra da saia da mãe. -falou Snape passando atrás dos dois
- Não tenho podido fazer muita coisa para ajudar a Ordem. -falou Sirius sem dar ouvidos para Snape
O outro olhou impressionado.
- E de quem é essa casa? -perguntou Perséfone
- Minha. Sou o último Black vivo. -falou Sirius
- E você a emprestou para ser Sede da Ordem... - falou Perséfone
- Foi a única coisa que consegui fazer de concreto para a Ordem. -falou Sirius amargurado
- Na minha opinião isso é bastante. -falou Perséfone
- Os outros estão se arriscando lá fora. E eu passo o dia inteiro a limpar... -falou Sirius
- Passar, engomar... Tô morrendo de dózinha. -falou Snape debochado atrás dele
Perséfone segurou na mão direita de Sirius antes que esse pudesse sacar a varinha.
- Então você ficou com a parte chata do serviço, não? A que ninguém quer... -falou Perséfone
- Isso mesmo. Tá quase um elfo... -falou Snape zombando
- Agora chega... -falou Sirius
Perséfone olhou docemente para Snape.
- Acho que você não conhece a palavrinha mágica... -falou Perséfone
- Qual palavrinha mágica? Coragem? Arrisco a minha vida espionando os Comensais. Isso é coragem suficiente? -perguntou Snape debochado
- Ninguém te mandou seguir o Lorde... Foi uma escolha sua. Mas eu estava falando de uma outra palavrinha, diretamente relacionada com limpeza... Uma tarefa que você mesmo afirmou achar muito chata. -falou Perséfone encarando-o nos olhos
Snape encarou-a frio. Um olhar quase assassino.
A palavra BANHO, querido! -falou Perséfone
Assim que ela falou banho uma bacia de água com sabão se virou na cabeça dele. Sirius não se molhou por pouco.
- Tá diretamente relacionado à chata tarefa de limpeza de um elfo... -falou Perséfone
Todos na mesa se viraram para eles. Jacke não aguentava mais segurar o riso. Mas os outros estavam sérios. Snape olhava a jovem com uma expressão homicida no rosto.
- Cara feia é fome. -falou Perséfone
Sirius começou a rir.
- Sirius! -falou a senhora Weasley
- Não foi ele. Foi ela! -falou Snape apontando para Perséfone
- Vai continuar pisando nele? -perguntou Perséfone
- Estava falando a verdade. -falou Snape
- Estava tentando humilhá-lo. -falou Jacke
- Esses dois não tem jeito... -falou Arthur rindo
Naj levantou-se e com um aceno de varinha, secou Snape.
- Obrigado, senhorita Vet! -falou Snape com um sorriso encabulado no rosto
- De nada! -falou Naj completamente encabulada.
Snape sorrindo para alguém? Isso deixou a mesa toda em silêncio. Sirius até olhou-o pasmo...
O cabelo dele não estava mais oleoso, mas solto e brilhoso.
- Viu? Quem imaginou que pudesse ter um cabelo bonito debaixo daquele óleo? -perguntou Perséfone
- Não abusa da sorte. -falou Snape
- Chamou a atenção dela para você, não? -falou Perséfone baixo
Apenas ela, Snape e Sirius escutaram.
- Mas podia ter esquentado a água. Tava gelada. -falou Snape
- Fiz de improviso, não dava tempo de esquentar. -falou Perséfone
- Eu ainda estou com frio... -falou Snape
- Bem... Se faça de filhotinho carente... Quem sabe não ganha um colinho quentinho da Naj? -falou Sirius
Snape olhou-o sério.
- Boa idéia, Black! -falou Snape
Ele saiu de perto.
- Não entendi. -falou Sirius
- Simples, mais cedo ele pediu para ajudá-lo a chamar a atenção da Naj. E agora ele estava me irritando tentando te humilhar. Daí eu pensei em algo que pudesse sacaneá-lo e ajudá-lo ao mesmo tempo. -falou Perséfone
Sirius apenas riu.
- Seria uma excelente Sonserina... -falou Sirius
- Othila... Durmstrang. Com muito orgulho. O que você disse significa que não pode sair de casa? -perguntou Perséfone
- Isso mesmo. Sou procurado por um atentado que matou 12 trouxas e um bruxo. Embora as pessoas só se lembrem da morte do bruxo. -falou Sirius
- O carinha que só sobrou um dedo? Eu ouvi falar. -falou Perséfone
- E o que acha? -perguntou Sirius
- Narcisa Malfoy me entregou cópias de todos os documentos da perícia do caso. Posso te adiantar que eu nunca vi uma perícia tão mal feita. Se eu tivesse feito uma assim lá na grande mãe Rússia, teriam me expulsado do universo... -falou Perséfone rindo
- Mal feita? -perguntou Sirius pasmo
- Vamos começar com uma coisinha muito básica. Existe um feitiço que serve para mostrar quais foram os feitiços feitos por uma varinha, do último ao primeiro. Chama-se Priori Incantatem, sabe? Não usaram. Por que? Porque já o supunham culpado. Segundo: um dedo não e prova de homicídio. Um dedo é prova de que alguém perdeu um dedo. Só isso. -falou Perséfone
- Mas imagina acha só um dedo de alguém, no meio de uma explosão... -falou Sirius
- Uma perícia se baseia em fatos , não na imaginação. E foi uma explosão de apenas 6 metros de raio. Alguns terroristas amarram 20 ou 30 quilos de explosivos no corpo, causam explosões de raio duas vezes maior e sobra a maior parte do corpo. e existem partes do corpo humano maiores e muito mais resistentes do que um dedo. O sumiço dele não confirma a morte. Apenas leva a crer que ele pode estar foragido, por exemplo. -falou Perséfone
- Mas se ele estiver morto, não irá aparecer também. -falou Sirius
- Mas se ele tivesse morto, teríamos um corpo. -falou Perséfone
Sirius ficou boquiaberto.
- E isso porque minha revisão está apenas no começo. -falou Perséfone
- Existem casos trouxas em que declararam a morte de uma pessoa sem o corpo. -falou Sirius
- Claro... Em que parte do Oceano o avião dele explodiu? Ou será que ele estava no meio de uma guerra oriental em que os soldados inimigos tem o hábito de esconder os corpos dos inimigos... Isso foi bem comum na China durante a guerra dos comunistas contra os nacionalistas, pois a família de quem era “desaparecido” recebia 97 kg de arroz por ano. A família de quem era “herói”, ou seja, tinha um corpo, recebia 327 Kg de arroz. Era uma forma do governo punir o pessoal que era contrário a ele. -falou Perséfone
- Nada disso aconteceu com o Rabicho. -falou Sirius
- Bem... Então ele tem culpa no cartório. Sabe, eu recebo uma carta do meu pai todo o ano, no meu aniversário, no Natal... Ele diz que todos lá, naquele lugar que eu não vou falar o nome em consideração ao senhor, querem fazer picadinho de Pettigrew. Eles acham que o “rato”, e é assim que o chamam, o traiu. Assim como traiu os Potter. -falou Perséfone
- Essas cartas provam a minha inocência! -falou Sirius
- Dificilmente o Ministério daria ouvidos a cartas de algum comensal da Morte. Bellatrix tentou falar que você não era um Comensal mas não adiantou muito... -falou Perséfone
Sirius estava começando a ver uma luz no fim do túnel. Mas a luz se apagou repentinamente...
- Hei, não fique assim. A sua inocência vai ser provada. -falou Perséfone
Sirius olhou ao redor.
- E enquanto isso, fico preso na maldita casa da minha família. -falou Sirius
Perséfone aproximou-se dele.
- Sua casa está ligada à minha pela rede de Floo. Fica em Ekaterimberg, Sibéria Ocidental. Não precisa ficar trancafiado aqui o tempo todo. -falou Perséfone
Sirius apenas sorriu.
- E se alguém da sua família adotiva me ver? -perguntou Sirius
- Meu pai adotivo morreu de câncer quando eu tinha 9 anos. Meu irmão mais novo morreu de tuberculose quando eu tinha 10 e minha mãe adotiva se enforcou no lustre da sala quando eu tinha 14. Ah, o resto foi fuzilado no porão de casa. Não tem ninguém te garanto. -falou Perséfone
- Cruzes... eles precisavam benzer. -falou Sirius
- Foi uma “praga” de Rasputin. O último de nós cairia antes do fim do século. -falou Perséfone
- E o último de vocês é quem? -perguntou Sirius
- Eu e Amélia. -falou Perséfone
- Não há mais nenhum Romanov? Aliás, você é Lestrange! -falou Sirius
- Os irmãos de Amélia eram Nadiesdy. A mãe dela era filha de criação de Anastácia Romanov, morreram de tuberculosos no porão de Ipatiev. Assim como Alexei. Aliás, os quatro morreram juntos, de tuberculose. -falou Perséfone
Sirius pegou a mão da jovem.
- Pode deixar que eu estarei do s eu lado e nada de ruim vai te acontecer enquanto eu estiver com você. -falou Sirius
A principio, Perséfone achou que fosse deboche. Mas ela viu tal intensidade no olhar dele, que na mesma hora acreditou que ele estivesse falando sério.
- Obrigada, Sirius. -falou Perséfone
- De nada! -falou Sirius
Os dois ficaram se olhando por um tempo. Um silêncio aconchegante entre eles. Seus rostos foram se aproximando até que seus lábios se tocaram em um suave beijo. Que logo se tornou apaixonado.

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