A Mudança de Brighid
Capítulo XI
A mudança de Brighid
Voldemort caminhava lentamente, descalço, sobre a terra fofa da floresta amazônica; já escurecia, a hora mais propícia para seus passeios, uma vez que, a luz do Sol é maléfica a sua pele excessivamente branca.Enquanto se aproximava da cabana que roubara, refletia se destruiria, ou não, este magnífico lugar.Após sua ascensão, serviria perfeitamente a um refúgio quando chegasse o momento de descansar ou esconderijo perfeito.
O fato é que no meio daquelas velhas árvores, o Lorde das Trevas sentiu-se verdadeiramente em casa, coisa que somente Hogwarts havia conseguido isso muito anos atrás, na sua época de estudante.É, ele preservaria aquela floresta.Daria a sentença de morte a quem queimasse uma árvore ou abatesse um animal sem sua autorização.
-Milorde, pegamos o invasor.-disse Rabicho curvando-se a entrada de Voldemort.
-Onde ele está?
-Em seu quarto, milorde, o aprisionamos na gaiola que o senhor construiu.
-Ótimo.Leve-me até ele.
Bellatriz mantinha-se alerta a qualquer movimento sorrateiro do curupira, aprisionado numa gaiola de fumaça espessa que soltava descargas elétricas caso ele tentasse fugir.Voldemort entrou, admirando o pequeno ser de, no mínimo, treze anos de idade comparado a uma criança comum; pele verde; pés virados para trás; os cabelos curtos e espetados, vermelho-fogo assim como os olhos.
-Então este menino é o responsável pelo quase fracasso dos nossos planos...HAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!!!!!
Uma gargalhada fria e cruel.Rabicho tremeu incontrolavelmente, Bellatriz, excitada com a crueldade de seu mestre, jogar-se-ia aos seus pés se o mestre desejasse.O curupira nada fez, muitos demonstrou sinal de medo.
-Não se engane por meu tamanho.Tenho a idade desta floresta.-respondeu o curupira.-E não suporto invasores!
-Em breve, moleque, tudo isso a mim pertencerá.O invasor será você.Aquele velho decai cada vez mais, mandar uma criatura como essa para me espionar.
-Mais uma vez eu advirto: não se engane por meu tamanho.
-O que pretende? Hein, moleque insolente!Eu sou o Lorde das Trevas!Por um erro do destino conseguistes me espionar, porém, deixe-me alertá-lo que ainda conto com a descrença dos trouxas a realidade da bruxaria.
-Isso mudará em breve, cobra cascavel.A verdade sempre apareça, os trouxas desconfiam da nossa existência a cada ano que atravessamos, principalmente, com os ataques.
-Oh sim, eu concordo.Porém, todos acreditarão depois que eu exterminar e escravizar cada trouxa da face desta Terra.
-Deixe-me acabar com ele em seu nome, meu lorde.Farei com total prazer.-disse Bella erguendo a varinha.
-Vai precisar mais do que uma varinha para acabar comigo, VACA VADIA!
-COMO OUSA ME CHAMAR DE VACA VADIA, SEU MENINO INSUPORTÁVEL!
-Estou na minha casa, chamo o que quero a quem eu quiser.
O curupira mostrou seus dentes, os caninos salientes para Bella.Voldemort divertia-se com a cena, e nada fez para atrapalhá-los.Segurava nas mãos, o pergaminho velho.Fora difícil para o curupira distraí-los e olhar ao mesmo tempo para o pergaminho, viu de relance o que parecia ser um desenho.
-Interessado no meu pergaminho, criatura?-perguntou Voldemort olhando maliciosamente para o pergaminho.-Isto, meu caro, é uma coisa que me será bastante útil para descobrir aquilo que desejo encontrar.
-Cuidado, mestre.Ele pode contar a Dumbledore tudo o que o senhor dissermos por aqui.-advertiu Bella.
-Eu sei Bella, mas não se preocupe.Ele não sairá daqui, não é mesmo, Curupira?
A estranha criatura apenas sorriu, encarando os malfeitores a sua frente.
-Vocês realmente desacreditam do meu poder, não é mesmo?
Uma explosão.Voldemort fora jogado contra a parede, Bellatriz quase sai pela janela e Rabicho fora jogado escada a baixo.
-Maldição!-gritou Voldemort.
-Você perderá essa guerra, homem-cobra, porque desconhece da força mais poderosa que existe.Achou realmente que podia me aprisionar? Adeus, bando de covardes!HAHAHAHAHAHAHAHAH!!!!!
Curupira pulou da janela, aterrissando no chão levemente.Saiu correndo em disparada, escutando os gritos de Voldemort.Precisava ser rápido, encontrar Iara e mandar-lhe uma mensagem para Dumbledore.
-SUA INCOMPETENTE!!!!!!
Voldemort esbofeteara Bellatriz que mal pode levantar-se e já estava caída no chão novamente.
-O que eu fiz, meu senhor?- choramingava ela.
-O que você fez? Deixou-o escapar!Que maldita magia foi essa que o deixou escapar!
-Eu não sei, mestre.Eu juro, eu fiz o que o senhor pediu o tempo inteiro!
-MENTIROSA!
E de novo mais um tapa no rosto da mulher, que chorava desesperadamente.Rabicho saíra correndo de lá transformado no rato, obviamente que sua pele era mais importante para ele do que o de Bella.
-Meu senhor, lembra-se que fora o senhor que construíra a gaiola de fumaça.Somente o senhor era o único capaz de desfazê-la, lembre-se, meu senhor, meu papel de aprisionar aquela maldita criatura mal poderia interferir na fuga dela.
-Está dizendo que é minha culpa?
-Não, milorde.Essa criatura talvez tenha alguma magia que desconhecemos, eu não sei, acredite, meu senhor, não foi minha culpa!
Para alívio de Bellatriz, Voldemort acalmou-se.De certo, começou a raciocinar e meditar nas palavras da mulher que levantava-se com dificuldade, o rosto machado de lágrimas e a região da face avermelhada.
-Tens razão, Bella.As criaturas deste lugar possuem uma magia realmente extraordinária, principalmente esta que acabou de escapar.Ele tem a idade desta floresta, o conhecimento que nem eu, infelizmente, possuo, ainda.Minha esperança era mante-la aprisionada, enfim, escapou.
-O que faremos, milorde?
-Simples, Bella.Ainda temos o pergaminho, com o tempo, saberemos o local da Arca escondida, e cedo ou tarde, Brighid virá para o nosso lado.Chegará a hora de você cumprir o papel que lhe designei, Bella, sentistes hoje o que sou capaz de fazer a quem quer que seja, mesmo minha própria amante.
-Eu sei, meu querido, eu sempre soube.
-Sinto que à hora do nosso plano chegou Bella, à noite o colocarás em prática.
-Há tempos que estou pronta, meu milorde, esperando por vosso sinal.
-Pois bem, ele chegou.Temos que atrair Brighid para o nosso lado, custe o que custar.E saber perfeitamente que não admito erros.
-GOYLE!GOYLE!-gritava Crabble que saiu em disparada atrás de Goyle que corria para o Salgueiro Lutador.
-O que foi que você fez?-perguntou grotescamente Draco a Brighid.
-Eu não sei!Eu não sei!-respondeu ela aterrorizada.
-Temos que ir atrás dele, e pegá-lo antes que uma tragédia aconteça!-disse Gina.
Em segundos uma multidão saiu do Salão Principal para olhar de onde vinham os gritos, em minutos correram para o Salgueiro Lutador onde observavam Goyle correr.A árvore pressentiu a chegada do estranho e começara a se mover, raivosamente.
-O que está havendo?-perguntou Hermione.
-É o Goyle, ele está correndo em direção ao Salgueiro Lutador.-respondeu Harry.
-Aquela árvore me dá péssimas lembranças.-comentou Rony.-O que será que ele vai fazer?
-Eu não sei, mas tenho um péssimo pressentimento.Vejam, Brighid.-disse Harry apontando para a garota que tentava alcançar Goyle junto com Draco e Gina.
-Ah, você não acha que ela fez alguma coisa ou acha Harry?-indagou Hermione.
-Se ele a provocou, eu acho sim.Vamos!
Os três desataram a também correr, pelo meio dos alunos.Porém foram interrompidos por Snape.
-Queremos ajudar!-disse Rony.
-Compreendo a repentina ação de bondade dos três, ou seria talvez uma profunda vontade de se amostrarem, mas Minerva e eu vamos cuidar disso.-respondeu o professor olhando friamente para Harry.
-Fiquem aqui, Snape tem razão.-concordou Minerva.
-Eu vou com vocês também.-ofereceu-se Lyra.
Os três professores saíram atrás de Goyle que estava a poucos metros da árvore raivosa, a essa altura toda a escola olhava para a cena.Snape conjurou uma cortina invisível que impediu que Crabble, Draco, Gina e Brighid chegasse perto do Salgueiro e com isso produzisse mais estragos.
O menino aproximou-se do Salgueiro, seus olhar era de profunda contemplação; admirava a árvore como um objeto valioso prestes a ir para as suas mãos.Então veio, um imenso galho, forte e grosso do tamanho de um fusca bateu violentamente contra o seu peito, ele fora jogado para longe, e agarrado por outro galho.Snape, Minerva e Lyra lançaram feitiços, mas sequer penetraram na casca firme do Salgueiro.Lyra conjurou cordas mágicas que prenderam os galhos, o ato fora em vão, pois os galhos partiram as cordas que desfizeram-se no ar, e mais um golpe em Goyle que desmaiara, um filete de sangue escorreu da sua cabeça.
-Por Mellin, temos que fazer alguma coisa Draco!-pediu Crabble.
-Como?Eles puseram esta porcaria de muro invisível!
-Se acontecer alguma coisa, Brighid, pode ter certeza, não ficará assim - ameaçou Crabble a Brighid.
-A culpa que foi de vocês dois que nos perturbaram, ela só estava tentando nos defender.-disse Gina.
Do outro lado, os professores tentavam imobilizar a árvore.Lyra enfeitiçou um pedaço de graveto e tentou empurrar o nó, mas, o Salgueiro parecia tomar consciência do que estava aconteceu, pois, de repente, o nó fora engolido, sumindo da vista deles.
-O tronco do Salgueiro é extremamente resistente.Será difícil tirarmos ele dali.-disse Snape ofegante.
-Infelizmente, eu tenho que admitir.Chegamos tarde.Se pelo menos Alvo estivesse aqui.-desabafou Mcgonagall.
-E onde ele está, Minerva?-perguntou Lyra.
-Viajou junto com o professor de feitiços, Lyra.Assuntos da Ordem.Aonde pensam que vão?
Harry, Rony e Hermione foram impedidos novamente por Mcgonagall de avançar.Com um aceno da varinha, ela estendeu o muro invisível alguns metros à frente, evitando que qualquer aluno penetrasse.
-Professora, deixe-nos ajudar.Por favor!-pediu Hermione.-Não gosto nenhum pouco dos alunos da Sonserina, mas acho que é uma hora para esquecermos isso.
-Agradeço sua intenção, Srta.Granger e de vocês também, Sr´s.Potter e Wesley, mas complicarão as coisas caso se aproximem.Voltem para onde estão os outros alunos, é mais seguro.
-É melhor escutarem a professora Mcgonagall, meninos.-disse Lyra.-Não há nada que vocês três possam fazer.
-Eu consegui.Me ajudem aqui!-gritou Snape.
Ele conjurara uma grossa e imensa corda de fogo mágica de sua varinha que a envolveu por entre os troncos pesados e fortes que prendiam e socavam Goyle segurando-os firmemente.Mcgonagall e Lyra emendaram suas varinhas nas de Snape e os três começaram a pronunciar palavras a corda.Ele vibrava a cada palavra fortalecendo-se ainda mais e segurando com força os troncos.Contudo, fora em vão.A corda suportou alguns minutos, arrebentando-se devido à resistência do Salgueiro.E novamente um golpe no corpo de Goyle, desacordado e sangrando.
-Acho que é o fim dele.-confirmou Rony chocado, a voz abafada.-Embora eu odeie o cara, não desejo essa morte pra ninguém.
A escola inteira assistia em silencio a cena.Crabble estava verde e dava indícios de que vomitaria a qualquer instante.Draco nada fazia, sequer chorava ou entrava em pânico.Gritara no começo, mas via que nada podia fazer.Seu nariz quebrado não parara de sangrar.
-Ele não vai morrer, Draco.Algo me diz que alguma coisa acontecerá.-sussurrou Gina nos ouvidos dele.
-Segure minha mão, Gina.Por favor, segure minha mão.
Aconteceu.Os troncos que golpeavam Goyle paralisaram.O Salgueiro Lutador tornou-se imóvel.
-O que em nome de Merlin fez essa árvore parar?-perguntou Rony.
-Arken.-respondeu Harry.
Arken aproximava-se rapidamente, o sabre-de-luz erguido; olhar fixo para o Salgueiro; com a mão esquerda fez um gesto, e Goyle começara a levitar em direção a ela.”Telecinésia”, Harry ouvira Lyra comentar fascinada.”A incrível habilidade dos Jedi de manipular a gravidade.Telecinésia”.Assim que Goyle pousara suavemente no chão, Snape desfizera o muro invisível e os professores correram até onde o garoto estava.Madame Pomfrey também veio auxiliar conjurando uma maca e curativos.Harry olhou em volta e viu uma figura de cabelos negros correr na direção oposto, para o castelo, longe da multidão.Foi atrás dela.Encontrou Brighid num corredor deserto, chorando escorada numa armadura.
-Você está bem?
-Foi igualzinho da última vez, Harry.Com o garoto da minha escola, eu mandei ele se jogar da janela.Mas não foi por mal, como não foi hoje.Aquele idiota que começou, eu só me defendi.Eu juro...
-Eu sei, Brighid.Eu acredito em você.
Brighid aninhou-se nos braços de Harry como uma criança pequena em busca de colo.Harry queria dizer uma palavra de conforto, mas elas sumiram completamente da sua cabeça deixando-o sozinho com uma garota em crise.
-Alguém viu o que houve?
-Não.Mas tenho certeza que Crabble e Draco não deixarão barato.Em breve toda a escola saberá.
-Os professores farão alguma coisa.Olha está perto do Natal, os alunos vão para as suas casas, então, com o passar dos dias voltará ao normal.
-Obrigada, Harry.Por estar aqui, por não me deixar sozinha.
-Srta.Mellin? Podemos conversar?
Era Lyra, junto com Snape, Mcgonagall e Arken atrás.A mulher segurou delicadamente o braço de Brighid pedindo que a acompanhasse.
-Ele está bem, professora Bass? Goyle?
-Sim, Sr.Potter.Graças a Arken, ele sobreviverá.Vamos Srta.Mellin, por aqui.
Quando Harry se virou para falar com Arken não a encontrou, ela já não estava mais lá.
-Venha minha querida.Sente-se aqui.-pediu gentilmente Lyra.
As duas estavam na sala da professora.As paredes forradas com um tecido azul lavanda de seda; dois minis sofás brancos extremamente confortáveis; uma estante repleta de livros; e uma escrivaninha tão perfeitamente polida que reluzia com o brilho do sol.
-Tenho uma mania absurda de limpeza.-comentou a professora sorrindo.
-Minha mãe também era assim.-respondeu Brighid em tom seco.
-Querida, eu tenho uma pergunta a lhe e quero que seja sincera comigo está bem.
-Não precisa perguntar, Srta.Bass.Não é preciso ter poderes para saber, sim, fui eu que provoquei o acidente com o Goyle.Mas eu não queria, eu juro!Ele...
-Eu sei, Brighid, ele procurou o destino que encontrou, da mesma forma como João não é isso.Concordo com você.
Brighid a encarou, a mulher parecia falar a verdade ao dizer que entendia.Peculiar o fato de que ela a fazia lembrar-se de alguém, que no momento, parecia esconder-se em sua mente, evitando que Brighid descobrisse de onde.
-Dumbledore me contou o ocorrido.Eu posso lhe ajudar a conviver e doutrinar esse poder dentro de você.
-Ninguém pode me ajudar.Estou sozinha com essa maldição, eu só...ah, esquece.
-Diga, Brighid.Pode confiar em mim, Dumbledore me pediu para ser a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, porém, o motivo maior foi por sua causa.
-Minha?
-Exatamente.Eu sou uma especialista em objetos repletos de magia, venho percorrendo o mundo estudando, pesquisando, e desvendando os mistérios que envolvem, por exemplo, a Arca Perdida.
-Então, pode me ajudar? Pode tirar esse poder de mim?
-Infelizmente não.O que posso fazer é ensiná-la a doutrinar a sua mente, e com isso, seus poderes.Precisa aprender a diminuir a força que os poderes da Arca agem sobre você.
-E como a senhora fará isso?
-Me encontre amanhã à noite, aqui na minha sala.Iniciaremos o método, mas, este deve ser um segredo, querida.Dumbledore e Mcgonagall já sabem, e darão total apoio para que saia durante a noite, após o jantar para praticar.
-Está bem, eu faço qualquer coisa para que esse acidente não aconteça de novo.Os outros alunos sabem do que aconteceu?
-Não.Snape está conversando com Sr.Crabble e o Sr.Malfoy, irá convencê-los a não mencionar sobre você a nenhum aluno.A Srta.Wesley concordou imediatamente e Mcgonagall falará também o Sr.Potter, Goyle no momento ainda está desacordado.Não saberão de nada, acalme-se.
-Estou mais calma agora por saber disso, na minha antiga escola todos me evitavam por que era diferente.Seria horrível que fosse igual aqui.
-Bem, tem que ir agora.
-Pode me responder duas últimas perguntas, professora?
-Claro que sim.
-Há um jeito de tirar esse poder ? Porque eu tive que recebê-lo?
-Gostaria de responder que sim, minha querida, mas eu não sei que existe essa possibilidade e quanto à segunda pergunta acredito que seja por causa da historia de fidelidade que sua família carrega, séculos passaram e nenhum de seus antepassados revelou o segredo.Entende.
-Sim, entendo.-respondeu tristemente Brighid saindo da sala.
-Viram a Arken? Eu estou procurando por ela.-perguntou Harry a Rony e Hermione.
Os três sentaram-se novamente na mesa da Grifinória, um burbúrio imenso circulada por toda a sala; alunos e professoram comentando sobre a cena com Goyle, e os motivos que o fizera cometer aquele acidente consigo mesmo.
-A vimos sim, ela saiu correndo.Passou por nós rapidamente, disse que tinha algo importante para fazer.-respondeu Rony.-Além do mais, espero que esteja satisfeito com o que está fazendo a ela.
-Rony!Por favor!-sibilou Hermione.
-Do que está falando?-perguntou Harry.
-Harry, só um cego não viu que ela tinha os olhos marejados.Parecia estar prestes derramar um oceano de lágrimas, concerteza, ela viu você correndo em direção a Brighid.Você mesma notou ela triste, Hermione.
-Bom, é verdade.Ela disfarçou mais nós percebemos isso.
-Eu estou ajudando Brighid, prometi a Sirius que faria isso.Eu sei o que é perder seus pais e descobri o seu papel no mundo, só quero ajudá-la.
-Eu falei uma vez e vou repetir, cuidado com ela, Harry.Aposto todos os meus galeões que foi ela que fez alguma coisa para o Goyle.
-Ah Rony, Brighid pode ter aquele poder mas não faria aquilo.
-Eu não duvido de nada que ela seja capaz de fazer.
-Não está acontecendo nada entre mim e Brighid.
-Havendo ou não alguma coisa entre vocês, o relacionamento seu e com Arken é complicado Harry.-comentou Hermione-Acho que ela está triste porque sabe que é jamais poderá assumir um compromisso sério com você, e de repente, mesmo que não seja Brighid, talvez apareça alguém que possa, e não seja ela.
Harry não mencionou aos amigos que realmente fora Brighid que causara o acidente com Goyle, antes saísse do corredor Mcgonagall lhe revelara pedindo que ela jamais contasse a alguém, incluindo seus próprios melhores amigos.Apesar do medo que o poder de Brighid lhe fizesse algo, algo dentro dele dizia que tinha que se aproximar dela, ou então, Voldemort tentaria de todas as maneiras ser.Contudo, depois do comentário de Hermione, percebeu que esta atitude começa afastá-lo de Arken.
Há um ano Arken sentara-se naquelas mesmas ruínas de pedra, na Floresta Proibida.Foi por causa de Harry Potter da primeira vez, e desta segunda vez também.Ele não fora vê-la noite passada, e sequer lhe disse o motivo, porém, não era preciso.Arken sabia, seus sentimentos puros e sinceros que nutria por ele revelaram o que precisava saber.Hoje, senão fosse por ela, Arken, Goyle estaria morto e, no entanto, Harry correra para auxiliar a garota que causou o acidente.Ela viu, o viu abraçando Brighid; quis ter raiva, odiar, mais seu coração não sabe o que são esses dois sentimentos, nunca soubera ter ódio ou raiva, nem quando Anakin e Lorde Sidius fizeram o que fizeram ano passado contra ela e as pessoas que amava, ainda sim, ela jamais os odiou.
Afinal, caso não seja Brighid, mesmo assim será outra garota.Alguém que não tenha que esconder o que sente, uma linda e jovem bruxa sem missões de salvar o mundo com poucas chances de retorno.Um dia, talvez Harry se canse de esperar.
-A minha missão é salvar as pessoas, mas quem me salvará?-perguntou baixinho Arken as árvores.
-Não é necessário, pois a luz que carrega no seu coração jamais a deixará no escuro.
Arken assustou-se com a voz repentina.Um homem velho, barba branca rala, com vestes semelhantes às de um mago saiu das árvores.Ele tinha um olhar gentil e humilde, sua intuição lhe disse quem era: Samuel.
-Impressionante como tens uma poderosa intuição.Obi-wan acertou quando me falou de você.Bastou olhar para mim e já sabia quem eu era.-respondeu Samuel rindo.
-Mestre Obi-wan falou de mim para o senhor?
-Sim, uma das poucas coisas que acendem o brilho nos olhos dele.Como uma esperança.
-Ele está bem? Porque não veio com o senhor?
-Sim, agora ele está se preparando para uma missão importante que precisa fazer.Eu não posso dizer do que se trata, apenas que é importante.Quis muito conhecê-la, e agora vejo o porquê dele amá-la tanto como filha.
-Ele lhe disse isso?
-Sim.Tens uma luz muito forte, Arken, dessas que infelizmente, a maioria dos seres humanos ainda não possuem.Você tem a habilidade de trazer paz às pessoas aflitas, basta sua presença e todo um ambiente se transforma.É o poder mais poderoso que alguém neste mundo pode ter.
-É lindo o que disse, senhor, e o meu coração enche de alegria em saber o quanto meu mestre gosta de mim, ele não é muito de falar de sentimentos.Mas, ás vezes, eu não queria ser quem sou.Não queria ser assim.
-Pode me chamar de Samuel, e tenho certeza que seu coração como também sua alma não pensam assim.O que seria das pessoas a quem salvou se elas fosses privadas de conhecer o seu amor? O mundo estaria trevoso, Arken, além do que já é.
-Que adianta tudo isso se...
-...se no final, pode perder Harry.
-Como o senhor, desculpe, quer dizer, como sabe Samuel?
O velho sentou-se ao lado de Arken, ela não tinha palavras exatas para explicar em como ele a fazia sentir-se bem, forte, como ele trazia paz ao seu coração.
-Eu sei de muitas coisas, aprendi-nos tantos milênios que passei observando a Terra e o Universo.Arken, nada é mais poderoso do que o amor.Poder nenhum se compara ao amor.Se duas pessoas se amam de verdade, o mundo inteiro pode formar uma onda gigante capaz de afogar qualquer criatura, ainda sim estas duas pessoas ficarão juntas haja o que houver.Do amor verdadeiro vem à fé, a esperança, a persistência de continuar.
-Eu sou uma cavaleira Jedi, Samuel, e Jedis não podem se apaixonar.
-Não podem deixar corromper-se dos sentimentos que possuem dentro de si, o que vale para todos nós.Contudo, devem apaixonar-se sim, viver o amor na sua plenitude.
-Mestre Obi-wan me disse para fazer uma coisa que não quero, sei que é o melhor, mas me magoa entende.Brighid pode com os poderes dela enfeitiçar Harry, ela gosta dele, e se ele se esquecer de mim? Eu o amo tanto.
-Se o ama deve confiar nele, se ama a si mesma deve ter fé de que ele não permitirá ser enfeitiçado por Brighid.Como eu lhe disse, poder nenhum se compara ao amor.
-É, tens razão Samuel.
-O que você tem de fazer agora é estar ao lado dele, e das pessoas da escola também.Eu temo que o Lorde que deseja trazer as trevas fará algo para atrair Brighid, e temo mais ainda que ela caia na armadilha e se isto acontecer deverás proteger o máximo que poder as pessoas dali, junto com Harry e os amigos dele: Rony e Hermione.
-Como sabe dos amigos do Harry?
-Como lhe disse, eu sei de muitas coisas.Eu e seu mestre conversamos bastante, assim posso dizer.
-Acha realmente que Brighid cairá em alguma possível armadilha de Voldemort?
-Infelizmente sim.Ela tem o gênio da mãe, e sua intuição ainda está fraca e nada poderá fazer.Brighid tem a dificuldade de confiar nas pessoas que lhe ajudam, imagino que seja pelo fato de que mataram os pais dele e ela jamais fora compreendida por sua mãe e os outros trouxas do mundo que vivia.
-Eu sei, tenho que ir agora.Nos veremos novamente?
-Sim, na hora certa.Arken.
-Obrigada pelas coisas que disse.
-Obrigado por iluminar o meu dia, minha filha.
Brighid permanecia imóvel na cama, as cortinas vermelhas escondiam seu rosto molhado das outras meninas.Como pode se deixar levar pelos insultos daquele maldito sonserino? Prometera jamais repetir o acidente, mas ele acontecera e quase fora o fim de Goyle.Se não fosse por Arken, Brighid carregaria a morte de um menino nas costas.
Aos poucos, o sono embalou a sua mente adormecendo-a por completo.Se via na sua casa em Sheltenham, o cheiro do café invadiu suas narinas; o ambiente completamente limpo, do jeito que sua mãe gostava.
-Brighid.
A menina não quis virar-se para ver a mulher que a chamava.Conhecia perfeitamente a dona daquela voz, entretanto, sabia que a mulher estava morta.Seria um fantasma?
-Brighid.
Era um sonho.Concerteza um sonho, e nos sonhos tudo é possível.
-Mamãe.
Ela correra para os braços de Eva Mellin, estranhou não sentir o cheiro dos perfumes caros que Eva sempre usava, mas isso não vinha ao caso.O cabelo negro era o mesmo; as mãos; a pele branca; o porte altivo e esguio.
-Eu senti tanto sua falta.-desabafou Brighid.
-Eu também, meu amor.Não queria ter partido do modo como parti, e sem a chance de vê-la pela ultima vez.Venha, sente-se aqui.
-Isso é real? Quer dizer, realmente está acontecendo?
-É real sim.Apenas em sua mente, eu devo dizer, o único lugar onde podemos nos comunicar.
Tinha algo de estranho com sua mãe, Brighid nunca a vira tão amável e sorridente.Talvez a morte tenha amolecido o seu frio coração ou a distancia da filha modificou a sua altivez.Tinha que ser sua mãe.Porque motivo tratar-se-ia de uma mentira?
-A senhora mudou muito desde a ultima vez que nos vimos.
-Eu sei, meu amor, algumas coisas nos modificam por completo.A morte foi uma delas.Bem, eu estou aparecendo para você porque há algo que tem me deixado triste.
-O que mamãe? Eu fiz alguma coisa errada?
-Sim, Brighid.Porque se recusa a usar seus poderes? Eles pertencem a você por uma razão e não está dando o devido merecimento.
-Mas mamãe, a senhora sempre me criticou por causa disso.Nunca aceitou o fato de que coisas estranhas aconteciam comigo, me criticava o tempo inteiro pela minha personalidade e os acidentes que eu causava, sem querer, mas causava.Agora me vêm com essa.
-Lhe disse Brighid que mudei, que não sou mais a mesma.Tomei consciência de uma realidade acima daquilo que conhecia ou achava conhecer.
O modo que sua mãe falava intrigava Brighid.Tinha a sensação dela lendo a sua mente; dizendo o que esperava ouvir; sendo a mãe que Brighid desejou por tantos anos.
-O que a senhora quer que eu faça?
-Use-os, Brighid.Eles foram dados a você, tem direito sobre eles.Use-os para sua defesa, quando tiver vontade.Quer isso, eu vejo em você, quer usá-los.Então.
Brighid acordou com o dia amanhecendo.Suava bastante.E seus olhos estavam levemente em tom cinza.
Harry acordara cedo naquela manhã, mais do que o normal para um fim de semana.A escola como era de se esperar estava silenciosa e vazia, o cheiro de orvalho da manhã penetrava pelos corredores próximos ao Saguão de Entrada.Sabia perfeitamente onde encontrar Arken, seus costumes Jedis a fazia acordar cedo todas as manhãs, algumas vezes para treinar assiduamente com os sabres outras vezes apenas para a meditação; feriados, dias da semana, chuva ou sol, nada a impedia deste ritual que aprendera com seu mestre, segundo a própria Arken que dissera a Harry uma vez.
Ele a encontrou nas arquibancadas do campo de Quadribol.Arken mantia os olhos semi cerrados, numa posição chamada de lótus completo, o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita e o pé direito apoiado sobre a coxa esquerda.Os cabelos estavam soltos, e o vento os esvoaçava cobrindo o seu rosto.Ela estava tão bonita, Harry queria falar com ela, explicar-lhe tudo, mas admirá-la sem pronunciar uma única palavra o fazia muito bem.
-Bom dia, Harry.Dormiu bem?-perguntou Arken abrindo os olhos encarando-o.
-Eu não quero atrapalhar.
-Você nunca me atrapalha.Eu senti sua presença.
-Eu só queria te explicar porque não apareci naquela noite, nós tínhamos combinado e sei que falhei com você.Me desculpe.
-Não há nada que se desculpar, eu acredito que surgiu alguma coisa importante que você tinha que fazer.
-Sinto muito, eu não posso dizer do que se trata.Eu sei que talvez...
-Eu não quero saber, Harry.Se acha que é importante demais para me contar, eu não quero saber.
Ela dissera aquilo da forma doce e gentil que somente ela conseguia dizer, mas, Harry percebeu medo e desapontamento em suas palavras.Ele sentia não poder contar, porém, envolvia Brighid e a carta de Samuel.Eram assuntos demais e quanto menos pessoas soubessem, mais seguro elas estariam, julgou Harry.
-Então, o que estava fazendo?-perguntou Harry mudando de assunto.
-Meditação.
-E é fácil de aprender?
-Bom, pra mim foi difícil.Demorou semanas para eu aprender a aquietar a minha mente, doutriná-la entende.A meditação consiste em deixar todos os pensamentos fluírem, os vendo como nuvens vindo e indo, as observamos sem fazer parte delas.Nós,cavaleiros Jedi, aprimoramos as técnicas de telecinésia e telepatia através da meditação, inclusive o Kymakuri.
-Você já me falou sobre ele, uma vez.
-É, me permite ver o se vai acontecer antes que aconteça.Ainda vejo pequenos vislumbres, como vi sua aproximação.
-Me ensina?
-Quer mesmo aprender?
-Claro.
-Primeiro, mantenha as costas eretas. Isso é muito importante. O pescoço e a cabeça devem ficar em alinhamento com a coluna. A postura deve ser reta mas não rígida. Mantenha os olhos semi-abertos, focalizados a uns dois metros à sua frente.Como é o seu começo eu acho melhor ficar na posição de meio lótus, o pé esquerdo apoiado sobre a coxa direita ou o pé direito sobre a coxa esquerda, você escolhe.
-É um pouco difícil, minhas pernas doem.
-Dói no começo, mas com o tempo e a prática a musculatura relaxa e se pode ficar na posição do lótus completo.Como eu estou.Agora, comece a seguir sua respiração e a relaxar todos os músculos. Concentre-se em manter sua coluna ereta e em seguir sua respiração. Solte-se quanto a tudo mais. Abandone-se inteiramente. À altura do ventre, pouse sua mão esquerda com a palma voltada para cima sobre a palma da mão direita. Solte todos os músculos dos dedos, braços e pernas.Mestre Obi-wan costumava me dizer uma frase: Solte-se todo como as plantas aquáticas que flutuam na corrente, enquanto sob a superfície das águas o leito do rio permanece imóvel. Não se prenda a nada a não ser à respiração e ao leve sorriso.
De início, Harry realmente acreditou que não conseguiria.Era difícil aquietar a sua mente, cheia de preocupações, pensamentos.Contudo, à medida que prestava atenção em sua própria respiração, uma sensação de leveza o invadia, aos poucos, seus pés começaram a levitar, suas mãos a tocar o nada.Uma luz verde-azulada o envolveu, e uma profunda paz invadiu o seu ser.Tentou continuar abrir os olhos, e uma força poderosa o impedia.Tentou mover as mãos, e também não fora permitido.
Então, quando começou a preocupar-se.Tudo passou, e ele pode finalmente abrir os olhos, porém, já não estava mais em Hogwarts.
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Bem, para os leitores que acompanharam a Fic até este capítulo, eu os aviso que os capítulos 9 e 10 foram re-editados.Eu esqueci completamente de introduzir as aulas de Oclumencia que Harry teve com Snape que mostram suas consequencias no proximo capítulo que será lançado em breve.
Desculpas a todos e espero que gostem da partes novas que introduzi nos capitulos.
Best Wishes,
Arken.
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