*Capítulo I*



Harry abre os olhos e acorda para a realidade, tivera um sonho tão bom que num queria acordar dele jamais. Olhara para os lados, estava atrasado para seu primeiro dia no trabalho, mas um telefonema o interrompera de seu café matinal.
- Alô? Ah bom dia mãe! Tudo bem sim, acabei de acordar, sim, sim, já estou quase pronto. Já sei que não devo faltar com respeito com meu chefe. Tenha um bom dia também mãe! Beijos, tchau.
Desligara o telefone com uma má vontade, e foi para a cozinha com pensamentos em outro mundo.
Tomara leite e comera um pão velho, que tinha no mínimo dois dias, sabia que a falta de dinheiro exigia alguns sacrifícios e não poderia perder seu primeiro dia no trabalho.
Eram mais ou menos 6:30, e a cara cansada e com olheiras não tiraria eu animo em seu primeiro dia de trabalho.
Segunda-feira, nenhuma roupa passada, tinha que mudar para o plano B: foi até o cesto de roupas e pegou uma camisa verde (mais para azul), a mais bonita que tinha, e fez uma bruta combinação com uma calça jeans e um cinto preto que encontrara pendurado na cadeira da sala.
Sabia que estava hiper atrasado, e para seu azar, tropeçou no pé da cadeira e bateu seu dedo na madeira dura.
O dia não podia ficar pior que estava.
Harry morava em uma casa no bairro pobre de Londres, sua casa era pequena, mas modesta, muito onde de onde era seu trabalho, que estava a Km dali.
Conseguira o trabalho graças a Dumbledore, seu vizinho já falecido a alguns dias, que era dono de um restaurante, e com a morte o lugar viera a fechar.
Mais com o desempenho do rapaz, tudo dera certo, alguns dias depois, arrasado com sua situação mental e financeira, um amigo dono de outro restaurante viera a chamá-lo para trabalhar em um restaurante muito mais longe dali, onde seu pagamento era muito mais justo e modesto.
Sem saber o que fazer, saiu correndo dali, pegou a chave do carro e percebeu que o carro estava sem gasolina.
Todavia, sabia que seu dia estava no limite, e não poderia imaginar que alguém pudesse ter a mesma má sorte que ele.
Com alguns trocados, pegou um ônibus, e depois outro, e mais outro, até conseguir chegar ao seu destino.
Desceu do ônibus, e percebeu que pingos de água caiam do céu, seus cabelos pretos, agora molhados, necessitavam de um pente, e seus óculos precisavam ser desembaçados.
Seus lindos olhos verdes miravam em uma placa que dizia Restaurante Lavosier.
Estava ensopado, precisava de roupas secas e um secador de cabelo.
Ao entrar no restaurante, percebeu que estava meia hora atrasado, e viu que seu ponto já estava batido.
Quem fizera isso? Essa pessoa sabia que estaria atrasado e batera seu ponto mais cedo? Mais quem? Era seu primeiro dia naquele restaurante, e não conhecia ninguém, exeto...só podia ser mesmo, sua melhor amiga.
- Bom dia Harry!- Uma garota com olhos castanhos e cabelos levemente ondulados, que não aparentava ter mais de 19 anos o cumprimentou, eram velhos amigos de infância. Harry fitou-a, e se perguntou, como ela sabia que ele trabalhava ali.
- Bom dia Mione! O que você está fazendo aqui? – Harry sentiu seu rosto corar.
- A mesma coisa que você, tentando ganhar dinheiro e levar a vida.
Harry sorriu. Adorara que tivesse uma companheira de trabalho feito ela.
Foi até o banheiro, lavou seu rosto, e percebeu que agora voltara a seu estado normal, não tinha mais raiva dos acontecidos naquela manhã, voltara a ser o velho Harry de 19 anos e em breve seria seu aniversário.

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No outro lado da cidade, uma garota acabara de despertar, bocejou e abriu os olhos, deixando a mostra seus atraentes olhos verdes claros.
Seu cabelo ruivo acabara de ser amarrado, e a garota colocou seus chinelos importados dos EUA, e eu roupão sueco.
Caminhou até o banheiro.
Levou a água até o rosto, reparando que algumas sarnas que existiam em seu nariz haviam sumido. Seria o creme para rostos sensíveis da Itália?
Escovou os dentes e desceu a escadaria de mármore.
Em primeira vista, sua casa parecia uma mansão antiga.
Com muitos quartos, e salas, aparentava que muitas pessoas viviam ali.
Mas quem ia lá se enganava, pois Gina, vivia sozinha, apenas com seus empregados e seu irmão, que mudara para o subúrbio da cidade.
Gina tomou o café com muita elegância aquela manhã, trabalhava em uma universidade cujo pai era o dono; uma universidade particular, a University London Babwes.
Não gostava muito do lugar, pois a achava muito chata.
Queria ter liberdade para ser o que quisesse ser e não a coordenadora da universidade, onde tinha que lhe dar com os problemas dos alunos todos os dias.
Solteira, ela vivia como se a casa dela fosse uma prisão.
Namorado? Se o pai aceitar.
Casamento? Se a mãe deixar e o pai gostar do rapaz.
Riqueza era o forte da família, mas Gina não se importava muito com isso.
Queria um rapaz que fosse, não necessariamente, alguém que a amasse e a fizesse feliz, e não o cara mais rico do mundo que daria todo o dinheiro que pudesse.
Ela estava cansada de seu cotidiano.
Entrou em seu lindo carro esportivo prata, em direção a universidade.
O trânsito estava impossível. Com todo o congestionamento, pegou o som e ligou na rádio da região.
Estava passando uma musica que a fez pensar muito.
“She wants to go home, but nobody’s home. That where she lies, broken inside. No place to go, no place to go, to dry her eyes, broken inside…”
A musica era da cantora Avril Lavigne, Nobody’s Home.
Admirada e distraída com a linda musica, não percebeu que o sinaleiro estava vermelho, e acabou ultrapassando.
Tudo aconteceu rapidamente, o carro de Gina colidira com um que vinha na direção oposta.
Tudo escureceu.

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Abriu os olhos. Tentou levantar, mas suas pernas e braços não deixavam. Olhou para os lados, e logo após percebeu, estava em um hospital.
Um homem que estava do outro lado da sala foi ao seu encontro.
Era alto, olhos castanhos claros, e cabelo enrolados totalmente pretos.
- Não se preocupe, você não sofreu nada que seja grave. Apenas alguns arranhões. Ah e tome cuidado com a cabeça, você pode ter tonturas. Segundo o seu diagnostico, você sofreu uma forte pancada na cabeça ao colidir o carro.
- Espere – Gina colocou a mão na cabeça. – Do que é que você está falando? Acidente, carro, cabeça...O que aconteceu comigo?
- Supostamente, você deveria lembrar de alguma coisa que aconteceu antes do terrível acidente.
- Coisas, acidente...Desculpe-me, mas eu não me lembro de nada, e além do más, quem é você?
- Sou o Dr. Roberto, e sou médico.
Gina estava confusa. Não sabia o que pensar, o que fazer e nem o que falar.
Queria detalhes. Não se lembrava de nada. A única coisa que conseguia se lembrar era de seus sonhos.
- Deite e durma, logo se lembrará do que passou.
O médico foi se aproximando, pegou uma seringa e aplicou um liquido branco no braço dela.
Derrepente, tudo ficou escuro novamente.


N/A
Próximo capitulo só com comentários!
*Julia Alaó Domingues*

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