Cópias de Segurança
Título: Contra a Parede
Autor: Mari Gallagher
Contato: [email protected] e [email protected]
Shipper: Harry e Hermione
Spoilers: Livros 1 a 5
Gênero: Romance/Aventura
Status: Em andamento
Sinopse: Eles estão frente a frente após quatro anos, mas desta vez há algo diferente, há uma forte paixão mal resolvida. O que poderá acontecer quando esses dois tiverem que se encontrar em todos os lugares todo o tempo e ainda resolver um misterioso roubo? Harry Potter e Hermione Granger são postos Contra a Parede por seus sentimentos...
Capítulo III – Cópias de Segurança
Hermione acordou exausta. Não havia dormido muitas horas, e cedíssimo tinha que estar de pé para trabalhar. Mesmo se sentindo estafada e cansada estava satisfeita com a noite. Tinha rendido muito, apesar dos imprevistos e pequenas chateações. É claro que ela se referia ao choque de reencontrar Harry, não podia se enganar. Revê-lo de fato a abalou. Não de modo a prejudicar definitivamente a sua vida, apenas teria ficado bem melhor se não tivesse que dar de cara com Harry. Mas, se fosse analisar minuciosamente, poderia ter sido mais catastrófico.
Antes que pudesse voltar à sessão de martírios e lembranças da noite anterior, se apressou para sair ou iria se atrasar para o trabalho. Vestiu uma saia com discretas estampas xadrez até o joelho, uma camiseta preta, botas e sobretudo. Passou uma sutil maquiagem no rosto, prendeu os cabelos em um longo rabo de cavalo, incrementou o visual com um necessário óculos escuro, não queria, pelo menos nas primeiras horas de trabalho exibir sua cara de noite mal dormida e por último o perfume. Pegou sua bolsa dando uma última olhada para certificar-se de que não estava esquecendo nada e aparatou.
Estava bem acomodada em sua cadeira saboreando seu capuccino, uma bebida trouxa que Hermione não abria mão, quando Gina Weasley surgiu abrindo sua porta.
- Bom dia... – disse Gina encerrando a frase com um longo bocejo.
- Olá Gina... Dormiu bem? – ironizou Hermione, Gina a olhou com desgosto.
- Ah devem ter sido umas três horas muito bem dormidas sabe, porque todo aquele álcool me fez capotar.
- Então você dormiu? – indagou a morena maliciosa, gina de repente parecia ter entendido demais e abriu um sorriso malandro no rosto.
- Talvez você não tenha dormido! – acusou a ruiva, Hermione apenas sacudiu a cabeça tomando um gole de café. – Vamos sua palhaça! Conte tudo que aconteceu depois que vocês saíram de lá!
- Não aconteceu nada... – respondeu rindo. – Ele apenas me deixou em casa, só isso. Eu que pensei... Bem... Você e o Murdoc talvez...
- Claro que não... Acha que eu vou vacilar desse jeito? Depois de meses de investimento eu vou simplesmente jogar tudo pela janela e cair na tentação?
- Sua maquiavélica!
- Cuidadosa apenas... Haynes e Harry também saíram juntos de lá... – comentou Gina, Hermione quase engasgou com sua bebida.
- Naturalmente, eles chegaram juntos não?
- Sim, mas havia o Malfoy, só que ele agarrou uma perua qualquer por lá, bem estilo Malfoy. Ela era ridícula, totalmente vulgar... Nunca vi tanto mau gosto, sinceramente.
- Eu imagino...
- Bem, o fato é que eu notei o quanto a Haynes estava se insinuando para o Harry, isso também foi ridículo sabe, ela tentando bancar a mulher fatal pra ele, um horror! De qualquer modo, eu não achei que ele estivesse muito interessado Fico me perguntando se ela estava tentando me fazer ciúmes, por ter visto que eu o conhecia.
- Será? – indagou Hermione disfarçando seu interesse.
- Claro... Ela não é de bancar a sedutora por aí. Eu pelo menos nunca tinha visto. O fato é que, se ele tiver tentado errou o alvo, porque se alguém deveria ficar com ciúmes do Harry era você, não eu.
- EU? – gritou a mulher incrédula.
- Calma, eu só quis dizer que ela errou por achar que eu tinha algum envolvimento com ele, na verdade quem teve foi você, entendeu agora?
- Eu diria que você está totalmente equivocada e com certeza a única pessoa que ela poderia atingir com isso seria na verdade o Shun.
- Não acho que ele tenha se afetado... – concluiu a ruiva se espreguiçando. – Mas, mudando de assunto... Você pretende sair com ele denovo?
- Travis?
- Não! Gilderoy Lockhart... Sempre achei que você tinha uma quedinha por ele... – brincou a ruiva, Hermione revirou os olhos. – CLARO que é o Travis.
- Ah... Eu não sei... Sinceramente Ginny. Eu mesmo se eu decidir que sim, acho que não vamos estar disponíveis nesses dias, ou já esqueceu que o Lupin estar prestes a nos dar outro trabalho?
- Não, não esqueci. Posso me lembrar perfeitamente que a reunião que ele marcou começa daqui a pouco.
- Bom saber que alguns neurônios sobreviveram a ontem... – brincou a morena.
- Há-há... O fato de você ter perdido menos neurônios que eu ainda não te deixa numa situação confortável o suficiente para essas piadinhas...
- Ok... Foi uma piada infeliz. – lamentou Hermione, Gina sorriu.
- Se você não tem mais nada importante para fazer além de zombar podemos esperar o Lupin na sala dele, o que acha?
- Não é uma má idéia.
As duas atravessaram o departamento na direção do escritório de Lupin, a última sala após o segundo corredor, que ficava exatamente depois de um enorme salão com várias mesas de subsecretários do chefe. Lupin por sua vez dificilmente chegava antes das dez da manhã e as duas alimentavam a mania de sempre esperá-lo na própria sala quando haviam concluído algum trabalho ou como era o caso, quando ele marcava uma reunião. Elas entraram, naturalmente sem bater. Hermione retirou um livro da enorme estante que o chefe possuía e começou a folheá-lo em seguia, enquanto Gina se acomodou no confortável estofado no lado oposto a ela e agarrou uma almofada.
- O que será que vamos fazer dessa vez... – refletiu Hermione, guardando um livro e pegando outro.
- Tomara que tenhamos que viajar... Adoraria ir para a França, quem sabe Espanha! – respondeu Gina eufórica.
As missões que envolviam passagens por outros países eram as favoritas da amiga, Hermione balançou a cabeça suspirando. Já se preparava para zombar da ruiva quando escutou um barulho do cômodo anexo ao de Lupin, era uma espécie de quarto mais reservado, que o homem usava ao receber presenças mais ilustres, lá eles bebiam, fumavam e conversavam mais tranqüilamente. Hermione olhou para Gina intrigada, a amiga pareceu entender perfeitamente.
- Será que ele já chegou?? – indagou a ruiva perplexa.
- Não é possível, ainda são nove e quinze!
- Mas tem alguém aí.
Hermione não teve tempo de especular com Gina, quem seria o alguém que já estava na sala de Lupin. Lentamente a porta se abriu e um alto homem saiu de trás dela, ela sentiu um baque em seu peito. Seus cabelos estavam bem mais rebeldes que na noite anterior, e ele estava vestia-se mais formal, o mesmo preto, mas seus braços totalmente cobertos. Tinha uma das mãos no bolso da calça e a outra ainda no trinco da porta. Hermione fechou lentamente o livro para encarar Harry Potter.
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“I have stood here before inside the pouring rain
With the world turning circles
Running round my brain
I guess I'm always hoping
That you'll end this reign
But it's my destiny to be the king of pain”
King of Pain – Alanis Morissette
Harry chegou cedo naquela manhã ao quartel-general dos aurores, mal havia pregado o olho na noite anterior, mas isso não o incomodava muito. Tinha se acostumado a dormir pouco, principalmente depois de virar espião. Além do mais, estava ansioso para trabalhar com Lupin e de se sentir em casa novamente. Ao subir o elevador e parar no nível dois, ele foi direto para o escritório de Lupin. O homem havia lhe dito que poderia ficar lá enquanto não lhe era providenciada uma sala. Por estar razoavelmente cansado, ele se jogou em uma das poltronas mais amplas do quarto interior enquanto aguardava Lupin chegar. Já estava lá por cerca de vinte minutos, quanto ouviu vozes e movimento na sala principal. Deduziu que se tratava do chefe e tratou de ir até lá. Mas, para sua surpresa, não era Lupin. Seu estômago se contorceu desconfortável quando ao abrir a porta deu de cara com Hermione parada a alguns centímetros da estante. Por alguns segundos, sentiu-se petrificado, só ao notar a presença de Gina, pareceu apto a dizer algo.
- Ginny... – disse ele andando ao encontro de Gina e dando-lhe um beijo na testa. – Oi, bom dia.
- Bom dia, Harry... – respondeu Gina sorrindo.
Hermione abriu novamente o livro para tomar sua atenção, quando Harry voltou-se para ela lentamente.
- Olá Srta. Granger. – disse Harry. Hermione sentiu uma bofetada ao ouvir seu sobrenome.
- Oi – respondeu com voz muito baixa.
Harry sorriu e se se encostou à mesa de Lupin, ficando de frente para as duas. Hermione voltou-se para a estante guardando violentamente o livro e depois olhou para Harry.
- O que você está fazendo aqui? - Disse secamente.
- O mesmo que você. – respondeu em igual tom.
- Você sequer sabe o que eu estou fazendo aqui.
- Esperando o Lupin?
- Como é que você...
- Fazendo uma faxina é que não seria. Não por você, é claro. Mas acho que a Gina é uma auror.
- Mas que hostil... Ainda sofrendo com as abstinências de ontem à noite? Desculpe... Se soubesse que ficaria tão mal... Teria dito mais. – retorquiu Hermione sorridente, Harry encolheu os olhos.
- Pessoal qual é! – falou Gina quase numa súplica
- O que te faz pensar que o que você fala ou deixa de falar me afeta de alguma forma? – perguntou Harry ainda sorrindo.
- Você quer mesmo que eu diga? Na frente da Gina? Tsc tsc... – caçoou Hermione fingindo apreensão.
- Você é paté...
- Bom dia todo mundo!! – bradou Draco Malfoy adentrando categoricamente na sala e impedindo que Harry terminasse a frase.
- É o dia dos idiotas ou o quê? – disse Hermione olhando para Gina.
- Hey, eu ouvi o que disse! – sibilou Harry provocativo.
- Sério? Droga... Ele ouviu... E agora o que farei? Harry me ouviu insinuar que ele é um idiota! É uma tragédia, não posso mais viver, vou me atirar da janela... Oh meu deus, não posso, esta janela não existe! – zombou a morena, Gina gargalhou, Harry teve que cerrar os dentes para não fazer o mesmo da hilária atuação de Hermione que ainda olhava decepcionada para a janela encantada. – Que pena... Mas, o que importa se ele realmente é um idiota?
- Estou sentindo uma certa tensão no ar... – comentou Draco parecendo se concentrar.
- Mas que sábia dedução! – exclamou Gina com os olhos brilhando de rir.
- Viu... Era disso que eu estava falando, hoje é um dia especial e ninguém nos avisou... – disse Hermione indicando Malfoy com as mãos para Gina.
- Ah... Ela realmente se acha engraçada não é? – comentou Harry cruzando os braços.
- Vai dizer que não achou engraçado? – perguntou Hermione com convicção.
- Não me lembro de ter rido!
- Tive a impressão que você estava se azarando para não fazer isso. – disse com desdém, Malfoy gargalhou. - Mas, vá em frente, negue. Não é novidade para ninguém o quão hipócrita você consegue ser. – continuou Hermione examinando as unhas com minúcia.
- Essa foi boa Potter, admita...
- Não me recordo que alguém tenha solicitado sua presença na conversa Malfoy. – disparou Harry impaciente.
- E muito menos que alguém tenha solicitado sua presença nesta sala... – completou Gina com voz musical.
- Potter, excepcionalmente hoje eu acho que não sou a pessoa responsável por seu súbito mau-humor se não agüenta uma piadinha, primeiramente deveria mandar a Granger calar a boca e Weasley, pro seu governo eu estou aqui para falar com o Lupin.
- Melhor pegar a senha. – disse Hermione com azedume.
- Também estamos aqui para falar com o Lupin, Malfoy. – completou Gina.
- Fiquem sabendo que ele me chamou aqui, marcou às dez. Peguem vocês lugar na fila, atrás de mim.
- Impossível. Ele tem uma reunião marcada comigo e com a Gina, para hoje às dez. Sinto muito Malfoy, você deve ter se enga...
- É realmente chato ter que interromper você, mas eu estou aqui esperando desde cedo, porque o Lupin combinou comigo às dez. – comunicou Harry com tom superior.
- É realmente chato ter que comunicar que você, contrariando todas as regras de elegância, será o primeiro a chegar e o último a sair... – retrucou Hermione com sarcasmo. –... Porque naturalmente, o assunto do Lupin comigo e com a Gina, é bem mais importante do que o que ele venha falar com você.
- O que te faz pensar isso?
- Porque você está tão interessado em saber o que eu penso antes de tirar minhas conclusões? – indagou Hermione com a mão no queixo, Harry pareceu resmungar algo como “O quê?”, e ela continuou. – Você deveria selecionar melhor suas frases, estão ficando um pouco repetitivas...
- Pelo amor de Deus, controlem-se vocês dois... Já estão me deixando doida! – pediu Gina num alto tom de voz, Hermione e Harry bufaram ainda se encarando.
- Ele começou. – resmungou Hermione entre dentes
- O que disse?? – indagou Harry indignado.
- Você já provou que tem uma ótima audição, eu não vou repetir.
- Já basta! – pediu Gina novamente.
- De acordo com seu raciocínio Granger, minhas suspeitas se confirmam... – disse Malfoy que parecia ter feito uma grande descoberta.
- Que suspeitas Malfoy? – indagou Hermione entediada.
- Que eu realmente sou o mais elegante por aqui... Eu fui o último a chegar e pode ter certeza que serei o primeiro a sair!
- Sem dúvida... Eu mesma me encarregarei de te chutar daqui se ouvir mais alguma idiotice dessas! – interrompeu Gina.
- Idiotice? Por acaso você está colocando a minha elegância em xeque?
- Pelo amor de Deus Malfoy, assim você me convence que seu ego inutilizou seus neurônios. – disse Gina perplexa.
- Você tinha alguma dúvida? – completou Hermione, Harry cobriu o rosto com as mãos para esconder um riso.
- Certo... – começou Draco com decência. – Granger, Weasley, eu sou perfeitamente ciente da amplitude de minha elegância e não vou discutir com vocês ok? Eu poupo as duas de uma possível ira que viria de mim caso me sentisse ofendido ou difamado.
- Malfoy... Se toca! Um homem elegante saberia, no mínimo, escolher suas companhias femininas, o que você provou ser totalmente incapaz! – disparou Gina, Malfoy pareceu corar.
- Você está insinuando que minhas companhias não são saudáveis?
- Eu não insinuei nada Malfoy... Eu disse com todas as letras. Afinal um montão de gente pode ver ontem o tipo de baranga que você sai... Um horror! – falou a ruiva com desgosto
- Eu não admito que você critique a Violet!
- Violet? Típico do tipo que ela parecia ser...
- O que quis dizer??
- Malfoy, aceite um conselho meu pelo menos uma vez na vida, não vá questionar o que a Violet parecia ser... – disse Harry em tom sério, mas zombeteiro.
- O que ela parecia ser? Ela era uma mulher linda isso sim!
- Nem de longe... – acrescentou Gina, Malfoy fingiu não ter ouvido e continuou a falar.
- Você que está de mau humor por não ter pegado ninguém em uma boate lotada de mulheres! – bradou o loiro para Harry, que teve uma sutil mudança de expressão.
- Ele é um homem elegante sabe Malfoy... – disse Hermione irônica contendo um riso.
- Não tem sangue nas veias isso sim... – completou Draco em tom acusador.
- Isso também é verdade. – concordou Hermione em tom trágico.
- Só para algumas mulheres. – disse Harry friamente, Hermione sentiu uma facada.
- As mais ameaçadoras? – retorquiu Hermione com um sorriso vitorioso nos lábios, Harry já abria a boa para responder quando ela continuou. - Devia tentar ser menos transparente... Ou pode se tornar uma presa fácil para mulheres devassas soltas por aí... – disse em tom trágico.
- Já estou vacinado. – respondeu secamente.
- Mas não parece estar convencido. – cantarolou. – Afinal de contas o que vocês dois estão fazendo aqui? – completou mudando radicalmente de assunto.
- Você está com algum problema de memória? – caçoou Harry com expressão incrédula, Hermione riu satisfeita.
- Eu disse isso de propósito. Não sabe como me diverte tendo esses surtos humorísticos! – respondeu Hermione gargalhando, Draco e Gina riram.
- Está desequilibrada... – disse Harry num lamento.
- Por favor, pare... – suplicou a mulher tomando fôlego. – Como vou explicar minha pergunta se ele não parar? – indagou agora olhando para Gina que ainda ria, Harry virou os olhos.
- Tem alguma explicação para aquela sua pergunta? – perguntou Draco confuso.
- Não queira aparecer, ela não fez menção nenhuma aos seus dotes humorísticos, Malfoy. – falou Gina agora séria.
- Tem explicação sim... – respondeu Hermione a Malfoy – Eu me referi a o que vocês dois estão fazendo aqui, nesta cidade, neste prédio, não nesta sala, como o Sr. Potter deduziu precipitadamente. – terminou olhando para Harry.
- Ah... Ela quer saber o que estamos fazendo aqui... – disse Harry parecendo ter acabado de entender, mas ainda sarcástico.
- Estamos trabalhando. – interrompeu Malfoy.
- Por quê aqui? – indagou Hermione cruzando os braços, Malfoy abriu a boca para responder, mas Harry foi mais rápido.
- Porque por acaso esse é o local onde trabalham pessoas que tem a nossa profissão...
- Exatamente... – complementou Draco apontando com o indicador para Harry.
- Então vocês vão trabalhar aqui neste departamento.
- Foi o que eu achei ter dito. – retrucou Harry, Hermione parecia se concentrar e não o respondeu.
- Não pode ser... Não faz sentido... – resmungou girando em torno de si mesma.
- O que Mione? – indagou Gina apreensiva.
- Por que o Lupin fez isso? Ele não costuma fazer coisas assim...
- Isso o quê? – perguntou Malfoy, Harry a olhou interrogativo.
- Vocês não percebem? Ele nos chamou aqui na mesma hora, é óbvio. A reunião é com todos nós...
- Eu imaginei que fosse, assim que vocês chegaram. – disse Harry cansado.
- Que... Merda... – resmungou Hermione, apenas Gina ouviu.
- O que você acha? – indagou a ruiva preocupada, quase sem mover os lábios.
- Acho que é uma bomba, muito maior do que imaginávamos... – respondeu a mulher de modo que só Gina ouvisse.
- Será que vocês podem parar de cochichar, por favor? – pediu Malfoy.
- Algum problema?
- Na verdade sim Weasley, não me agrada ter duas mulheres conspirando e falando coisas que eu não possa ouvir sob meu nariz.
- Alô?! Você não é o centro do universo, Malfoy. E eu vou cochichar, gritar espernear aqui o quanto eu quiser, se estiver incomodado, saia! – brigou a ruiva.
- Lá vamos nós denovo... – lamentou Harry.
- Se estiver achando ruim cai fora, ninguém está te pedindo para ficar. – retorquiu Hermione sorrindo. – Aliás, porque não fazem sua boa ação diária saindo, os dois?
- E porque acha que faríamos isso? Porque você quer? – respondeu Harry gargalhando.
- Não... Eu só acho que seriam mais úteis derretendo Gelo no Tibet, do que aqui. Ou melhor, tenho certeza que as criancinhas na Somália adorariam dois novos comediantes e vocês ainda teriam um batalhão de fãs para venerá-los! – respondeu sorrindo.
- Muito engraçado hein Hermione... – disse Malfoy gargalhando, Gina o acompanhou, Harry prendeu os lábios.
- Ou quem sabe, vocês não voltam pra Bangcoc, as coisas estão feias por lá com toda... aquela... ÁGUA! – bradou catastroficamente, Harry se virou e caminhou para a janela. Não ia rir, não ia. Mas as risadas de Draco e Gina cada vez mais altas não ajudavam.
- Ela é sempre assim? – indagou Malfoy para Gina ainda rindo.
- Oh Sim... Não sabe como eu sofro...
- Incrível!
- Acho que a pessoa mais incomodada aqui não sou eu, afinal! – disse Harry conseguindo se virar finalmente.
- Foram ótimos argumentos admita...
Harry já se preparava para responder quando um homem alto adentrou na sala o interrompendo.
- Vejo que já tiveram a oportunidade de conversar... Que ótimo! – bradou Lupin sorrindo animadamente tomando lugar na frente de sua mesa.
- O que está havendo Lupin? – perguntou Hermione diretamente cruzando os braços na frente do chefe.
- Bom dia!
- Não enrola Lupin... – falou Harry.
- Porque convocou essa reunião? – indagou Gina.
- Direto ao ponto, por favor. – pediu Malfoy.
- Percebo que estavam ansiosos pela minha chegada... Calma, eu responderei a todas as perguntas. Sentem-se – disse o homem se sentando com calma, todos o imitaram.
- Estamos esperando... – observou Harry.
- Ótimo... Eu convoquei esta reunião para falar sobre um assunto de interesse especial para o nosso departamento. E antes que perguntem, sim, é uma missão. Antes é claro vamos aos fatos. Vocês bem sabem que o Departamento de Espionagem desse Ministério é uma instituição da qual a sociedade não tem conhecimento, muito menos os outros departamentos. Apenas o Ministro da magia, seus funcionários de segurança e é claro, os aurores que atuam como espiões. Por essa razão não temos um andar aqui, e também por isso, um prédio anexo de controle das missões foi construído.
- O laboratório. – disse Hermione quase num murmúrio.
- Exatamente. É necessária uma grande estrutura para acompanhar as missões, se fôssemos fazer aqui, facilmente descobririam. Mas nada disso é novidade para vocês. – continuou Lupin, todos o olharam entediados. – Só quero lembrá-los que todas as missões que nós já realizamos, as que temos previamente planejadas, assim como as fichas dos espiões envolvidos são mantidas em arquivos. Arquivos estes que estão trancafiados no Ministério em cofres, geralmente.
- Onde quer chegar, Lupin? – indagou Hermione confusa.
- Quero chegar à última terça-feira. Terça-feira, por volta das vinte e três horas o nosso Laboratório foi arrombado, e, algumas coisinhas foram levadas.
- Que coisinhas? – especulou Harry cruzando as mãos.
- Dinheiro. – afirmou Malfoy.
- Sim, Draco, havia algum dinheiro foi levado. Mas, o que havia nos cofres de suma importância para nossa conversa, eram os documentos dos quais falei há alguns minutos...
- Os arquivos das missões? – disse Gina subitamente.
- Todos, os arquivos. – afirmou Lupin.
- Merda. – soltou Gina.
- Espera um pouco Lupin... – começou Hermione exasperada. – Você disse que estes documentos ficavam trancafiados no Ministério...
- E ficam Hermione, mas o código de conduta diz que cópias de segurança devem ser mantidas nos cofres de cada departamento, o nosso é o Laboratório, no caso de haver alguma eventualidade com os documentos entende? Sempre haveria cópias para que as informações não fossem perdidas.
- Nossa... Que grande segurança isso nos deu... – comentou Malfoy.
- A questão é que – recomeçou o homem lentamente – Informações extremamente confidenciais foram roubadas junto com aqueles pergaminhos. Informações que não podem se tornar públicas.
- Lupin... Eu não entendo... – falou Hermione mordendo levemente a unha. – Se estes documentos foram levados, as informações já se tornaram públicas, pelo menos para a pessoa que as roubou.
- Ainda não Hermione... Felizmente nem os assaltantes sabem o conteúdo dos pergaminhos.
- Mas... Como...
- Protegidos. – interrompeu Harry, agora em pé do lado da sala.
- Justamente... – assegurou Lupin – Há vários feitiços protegendo as informações, e neste momento sabemos que elas continuam sigilosas, mas, não podemos garantir até quando. Trata-se de bruxos bem experientes, por conseguirem romper a segurança do laboratório, isso nós temos certeza, se não corrermos, logo eles também quebrarão os outros feitiços.
- Certo... – falou Gina entre dentes.
- Este é o motivo da reunião. A alta bancada solicitou uma atitude o quanto antes, e eu estou convocando a equipe.
- E qual é a equipe? – indagou Hermione.
- Vocês são a equipe. – respondeu Lupin simplesmente.
- Ah, entendi... – começou a morena sorrindo. – Eu e a Gina você quer dizer.
- Claro que não Granger... – interrompeu Malfoy. – Ele vai dar o trabalho para o Potter e eu, obviamente.
- Vocês são a equipe. Todos vocês. Os quatro. – retorquiu Lupin sorrindo. Eles se entreolharam e começaram a protestar, falando e gesticulando ao mesmo tempo. Lupin fez uma careta acenando para que parassem com as duas mãos. – Silêncio!! – pediu berrando, os quatro pararam relutantemente de falar. – Silêncio... Podem me dizer agora, um de cada vez, o que foi isso?
- Você... – começou Harry agora de pé na frente do homem. -... Está brincando não é?
- Claro que está! – acrescentou Gina severa, Lupin riu intrigado.
- Eu não estou entendendo! O que eu disse demais? Não estou brincando vocês quatro são a equipe!
- De jeito nenhum. – manifestou-se Hermione.
- Não daria certo Chief... – completou Malfoy num lamento.
- O que há com vocês? – perguntou Lupin perplexo. – Eu até esperava alguma resistência do Malfoy, mas Harry? Hermione? Até você Gina?
- Porque resistência minha? – indagou Draco ofendido.
- Lupin... Reconsidere esta história da equipe. – pediu Harry aproximando-se da mesa e se inclinando com as mãos apoiadas no vidro.
- Sou obrigada a concordar com o Potter... – acrescentou Hermione.
- É isso aí cara – disse Malfoy.
- Isso não pode funcionar, sabe Lupin... Nós quatro? Não tem como!
- Reconsidere. Eu e a Gina podemos começar a trabalhar imediatamente nesse caso e pronto assunto encerrado. – sugeriu Hermione, Lupin olhava aturdido de um rosto para outro, sem espaço para falar.
- Você e a Weasley? Ele não seria louco de fazer isso! – zombou Malfoy gargalhando.
- O que disse?? – retrucou Gina furiosamente.
- Não se ofenda, por favor... – começou Malfoy sarcástico. – Mas nesse caso o mais adequado para o chefe é nomear eu e o Potter para a missão.
- Se enxerga, Malfoy... – disse Hermione rindo. – Isso aqui não é nenhuma tribo de bruxos do sudoeste da Ásia em guerra civil pedindo um pacificador. Está em outra área, e aqui eu e a Gina damos conta, obrigada.
- Claro... – interrompeu Harry zombeteiro. -... Se não houver nenhum rato... – concluiu, Hermione corou violentamente, enquanto Lupin resmungava algo que parecia ser “Rato... O que...”.
- Como é que você... – começou olhando de Harry para Gina.
- Eu não disse nada... – disse a ruiva rapidamente.
- Que você deixou um suspeito escapar por causa de um rato? Essas coisas ridículas correm rápido sabe... – respondeu Harry rindo.
- O suspeito não escapou Sr. Potter, ele foi preso, está equivocado! – retrucou Hermione nervosamente.
- PAREM! Os quatro! – gritou Lupin se levantando. – Isto é ridículo... Eu não quero ouvir discussão sobre o assunto, eu não vou reconsiderar, entendido?
- Porque não? – indagou Harry nervoso. – Sabe perfeitamente que não é necessário nomear nós quatro, dois seriam suficientes!
- Não seriam Harry... – respondeu o homem entre dentes, Harry se preparava para retorquir quando ele continuou. – É melhor você se sentar, isso vale para todos os outros. Agora. E eu gostaria de pedir que não me interrompessem quando eu estivesse falando, por favor. Vocês parecem quatro adolescentes!
Eles se acomodaram desconfortavelmente nas poltronas. Hermione olhava desesperadamente para Gina. Harry passava nervosamente as mãos pelos cabelos rebeldes e Draco estalava os dedos.
- Como eu estava dizendo, não posso usar apenas dois espiões. Essa é uma missão de 5ª grandeza, ouviram? Não preciso explicar vocês conhecem o regulamento, e sabem que não posso usar apenas dois espiões em uma missão assim. – disse bravamente, até que Hermione sinalizou com a mão pedindo palavra. – Fale Hermione.
- Ok, escutem vocês três – começou a morena com a mão direita erguida – Quem for a favor da vetação desta equipe, por favor, erga a mão e diga “eu”?
Quase imediatamente os outros três ergueram a mão direita sem relutância e disseram uníssonos.
- “Eu”
- Unânime. – disse Hermione levantando a sobrancelha. Lupin alisou calmamente o bigode girando em sua cadeira.
- Não. – disse o homem finalmente.
- Não? O direito a vetação está no regulamento, porque não vai aceitar?
- Porque como se trata de um caso de suma urgência, acabaram de vetar o direito a vetação.
- Quem vetou??
- Eu, naturalmente.
- Você não pode fazer isso!!
- É claro que posso Hermione, você acabou de me obrigar!
- E se nos negarmos? – desafiou a morena.
- Aí estaremos desempregados... – sugeriu Malfoy.
- Correto Malfoy...
- Nos demitiria por recusar essa equipe? – indagou Harry perplexo.
- Eu não precisaria fazer isso Harry, após dias de espera pela desocupação dos outros aurores os assaltantes já terão desvendado a solução de todos os feitiços, as missões serão divulgadas juntamente com as identidades dos espiões, vocês. Se esse departamento deixar de ser secreto, ele também deixará de existir e vocês obviamente estarão desempregados. Aliás, não só vocês, mas todos os outros inclusive eu.
- Não temos escolha, certo? – perguntou Gina com a voz trêmula.
- É claro que têm, todos têm. Embora o mais sensato seja vocês simplesmente aceitarem a ordem do seu chefe, eu, caso não tenham reparado.
- Não poderia trocar a combinação? Por que nós quatro?
- Porque são os melhores. Tentem entender nós não podemos perder tempo! E como eu já disse anteriormente, não tenho possíveis substitutos disponíveis. – concluiu Lupin.
Fez-se um silêncio culpado no recinto. Os quatro se entreolharam hesitantes, mas ninguém parecia querer falar e muito menos brigar. Harry foi o primeiro que se pronunciou, novamente em pé.
- Ok, o que temos? – resmungou afobado, enquanto os outros três, se aproximavam da mesa de Lupin, o chefe sorriu orgulhoso.
- Apenas suspeitas. Mas, temos que começar por algum ponto não é mesmo?
- Certo... Que suspeitas? – indagou Draco interessado.
- Quanto à invasão, suspeitamos que seja trabalho dos jackals.
- Esses caras denovo?! – exclamou Hermione esmurrando a mesa.
- Lupin, eu e a Hermione já tínhamos te avisado pra providenciar uma missão e prender esses caras, mas vocês...
- Eu sei Gina... Não achamos que fosse importante o suficiente... Foi um erro ter adiado esse problema, sem dúvida.
- Alguém se importaria em dizer quem são os jackals? – perguntou Harry confuso.
- Um grupo vândalo. Alguns comparam a guerrilha, mas eles são realmente criminosos, atuam nas mais diversas áreas, tráfico, lavagem de dinheiro, seqüestros e roubos. São muito bem organizados, presume-se que há correntes por todo o mundo, mas acho que as praias paradisíacas da Tailândia andam um pouco por fora disso não é? – explicou Hermione sarcástica, Harry forçou um sorriso para a mulher.
- Obrigado, por mostrar ao Lupin porque é impossível trabalharmos juntos Srta. Granger! – retrucou.
- Não tem de quê! – respondeu ofensiva.
- Crianças, por favor... – pediu Lupin.
- Desculpe Lupin... Escapou...
- De qualquer modo acho que todos entenderam sobre os jackals, Malfoy? – começou o homem, Malfoy acenou em confirmação. – O arrombamento do laboratório foi bem típico deles, silencioso e bem-feito. O que nos intrigou foi o fato de que eles não costumam se interessar por esse tipo de conteúdo... Então nos perguntamos, porquê? Por qual motivo eles arrombariam cuidadosamente aquele prédio, que para toda a sociedade tanto bruxa como trouxa tem a fachada de Laboratório de Pesquisas Demográficas?
- Não faz sentido... – começou Hermione caminhando de um lado para outro da sala. – A não ser que eles...
- Estivessem a mando de alguém? – completou Harry que também parecia raciocinar.
- Invadiram o prédio e pegaram o que achava que tinha valor para eles... – refletiu Gina.
- O dinheiro dos cofres, no caso. E os arquivos? Eles venderam?
- Não, isso levaria tempo. – respondeu Hermione.
- Exatamente crianças! – bradou Lupin, com um sorriso de fascínio. – Nossa divisão de inteligência, achava que eles suspeitavam de atividade estranha no local, talvez até suspeitassem que alguma sociedade secreta se reunia no Laboratório, por isso levaram também os pergaminhos encantados do cofre, e não só os galeões.
- Porque vocês simplesmente não abrem um inquérito contra os jackals, os prende e interroga? – sugeriu Gina sorrindo.
- Não seria melhor colocar logo uma manchete no jornal, Weasley? – retrucou Draco com desgosto.
- Draco tem razão Gina, se fizéssemos isso, nosso departamento deixaria de ser secreto. Além do mais nossos documentos não estão mais em posse dos jackals, e não podemos provar que algum dia esteve.
- Como sabe que não está mais com eles? – indagou Gina.
- Um dos feitiços que protege os arquivos é o da localização, e a última coordenada que tivemos, que foi logo após a descoberta do roubo, indicou que eles estavam um pouco longe daqui...
- Onde? – perguntaram todos ao mesmo tempo.
- Crianças... Quando foi a última vez que estiveram na Itália? – perguntou Lupin lentamente se servindo de conhaque. Gina abriu um sorriso malandro.
- Está brincando? – perguntou a ruiva fascinada. – Itália você disse?
- Sim...
- Demais! – comemorou a ruiva, Draco virou os olhos.
- Isso, a última informação que tivemos mostrou os documentos em Turim, Norte da Itália, mais precisamente na Mansão Fallade, que pertence ao Sr. Indrid Masaccio.
- O que exatamente você quis dizer com a “última informação”? Vocês não checaram depois disso a localização mais recente? – questionou Hermione.
- Nós... Tentamos... Mas não obtivemos resposta.
- O que significa que... – começou Harry.
- O feitiço foi desativado. – completou Hermione.
- O primeiro de muitos...
- Se não pode dizer a localização exata como vai garantir que esses arquivos continuam lá? – questionou Draco.
- Não vou garantir.
- Que ótimo! – exclamou Malfoy sorrindo. – E quem é esse Namaccio?
- Masaccio. – corrigiu Hermione, Malfoy apenas gesticulou resmungando “Que seja”.
- É um poderoso empresário, tem vários investimentos, principalmente no mundo trouxa, nasceu na Inglaterra, mas se estabeleceu na Itália, os pais eram italianos. – explicou Lupin. –Em outras palavras, é um cidadão acima de qualquer suspeita, paga seus impostos, tem uma linda esposa, propriedades, uma vida invejável.
- Certo, agora diga quem ele realmente é. – pediu Harry ainda afobado.
- O grande chefe da máfia italiana, mágica e não mágica também. Obviamente todas as acusações foram arquivadas, não há prova nenhuma que ele seja o que eu disse, o que não interfere em nada para a missão.
- Então nós temos que chegar nesse Indrid, na casa dele? – especulou Gina.
- Precisamente... Vocês estão indo para a Itália, após o almoço. – comunicou Lupin alegremente, Gina soltou uma exclamação de alegria. – Não havia vôo para Turim até a madrugada de domingo, mas, eu consegui um para Milão, sai as três, primeira classe, de lá vocês vão pegar um trem para chegar até Turim.
- Uma chave de portal seria bem mais prática sabe... – comentou Malfoy.
- É claro... E também não precisaria de um disfarce quando tivesse que explicar para as autoridades italianas porque está usando uma chave de portal em plena Torre de Pisa! – ironizou Gina gargalhando.
- Tá, foi um comentário infeliz...
- Certo... Vocês quatro estão na Itália, a passeio, já providenciei tudo. Ao chegarem em Turim um carro do Hotel vai estar esperando. Vocês estão registrados como Sr. e Sra. Crocker... – começou, tirando de uma gaveta duas identidades e entregando respectivamente para Draco e Gina – E Sr. e Sra. Vallon. – concluiu entregando mais dois documentos para Harry e Hermione.
Os quatro se entreolharam incrédulos.
- Senhor e Senhora? – perguntou Hermione perplexa.
- Palhaçada! – exclamou Draco rindo.
- Isto é mesmo necessário? - Indagou Harry esperançoso.
- Não podia ser irmãs Crocker e irmãos Vallon? – sugeriu Gina.
- Francamente, olhem no espelho, nem a mais bizarra mistura de raças tornaria vocês irmãos! Será que não podem parar de criar caso? Ah, aqui estão as passagens e os...
- Lupin, isso é bem chato... – interrompeu Hermione. – Não poderia pelo menos inverter os casais?
- Hum, tem algum desejo subliminar nesse seu pedido Granger? Se quiser podemos conversar a respeito...– disse Draco malicioso, Hermione apenas virou os olhos e fez com os lábios “Se toca...”.
- Ou quem sabe colocar eu e a Hermione como primas... – sugeriu Gina.
- E eu e o Malfoy seríamos o quê? Pai e filho? – perguntou Harry cruzando os braços.
- Vocês poderiam ser o casal... – zombou Hermione, Harry e Draco a fuzilaram com o olhar.
- Pelo amor de Deus, já providenciei até os passaportes, sabem o sufoco que é conseguir isso? – berrou Lupin.
- Que critério usou para fazer essas combinações? – indagou Gina com desgosto.
- Aleatório. Mas não entendo o que incomoda tanto vocês! Vamos ao que interessa... Indrid Masaccio vai estar dando uma festa amanhã à noite, em comemoração da abertura do seu Parque Resort, obviamente uma festa trouxa. Será na mansão dele, vocês são convidados.
- Festa! – comemorou Gina.
- Podem fazer as malas, crianças...
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No próximo capítulo...
Nosso quarteto embarca com destino à Itália e tudo ou pelo menos “quase” tudo pode acontecer quando um casal está Entre quatro paredes...
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N/A - Gente... Capítulo três no ar... Adorei esse capítulo! Espero que vocês também gostem... Olha só, talvez eu fique uns dias sem net, o que pode causar um atraso no cap. 04, mas ele já está bem encaminhado... Obrigada a todos q lêem e comentam... Bjus...
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