A Tarefa Inesperada



Capitulo 4:
A Tarefa Inesperada.

Um tempo já havia se passado desde que o Cálice havia escolhido os campeões, e desde então todos pareciam estar odiando Harry.

Rita Skeeter, repórter do Profeta Diário, não ajudava em nada. Ela havia publicado uma matéria reportando coisas que Harry não tinha falado nem pensado. Os que pareciam estar se divertindo com isso era os Sonserinos, que amavam ler em voz alta os artigos de Skeeter sobre Harry para todos ouvirem.

Ron também não estava cooperando em nada. Ele não acreditava em Harry, e pensava que ele havia colocado o nome no Cálice só para ganhar mais fama.

-Sendo sincera, Harry, essa sua briga com o Ron está sendo ridícula. – falou Lilly, enquanto terminava de guardar seu material na mochila – Os dois são orgulhosos demais para pedir desculpa.

-Meninos... – sussurrou Hermione, fazendo a Lilly rir.

Harry ficou quieto. Ron estava sendo infantil, não acreditando nele. Desde que ele fora sorteado como o quarto campeão, Ron estava agindo estranho, como se tivesse sido ofendido, e estava sempre em mal-humor quando tinha que trabalhar com Harry na aula de Herbologia, e nem Hermione nem Lilly conseguiam obrigar os dois a fazerem as pazes.

-Ele está sendo estúpido, achando que eu coloquei o meu nome. – disse Harry, irritado. – E depois ele sabe sobre o Rabo-Córneo Húngaro e não me diz nada!

-Harry, sua tarefa é amanhã, e acho que você deveria se concentrar no feitiço Accio, caso queira passar por um dragão! – disse Hermione, finalizando o assunto Ron.


~~*~~


Á meia-noite, Harry desceu para o Salão Comunal, como havia combinado com Sirius. Ele esperou, e agradeceu que estava deserto. Cinco minutos para meia-noite... Três minutos para meia-noite... Um minuto... Meia-noite.
Sirius não apareceu. Harry se preocupou, e o terrível pensamento de Sirius ter sido preso veio em sua mente... A lareira começou a se intensificar, e demorou uns instantes até Harry perceber que a cabeça de seu padrinho estava ali.

-Sirius!

-Vamos falar rápido, Harry, temo que não tenho muito tempo. – disse Sirius – Você afirma que não colocou o nome no Cálice de Fogo... Eu acredito em você. Alguém deve ter colocado, sabendo que você seria escolhido.

-Quem você acha que foi? – perguntou Harry, ajoelhando em frente ao fogo.

-Alguém que trabalhe para o Lorde das Trevas, isso eu tenho certeza. Igor Karkaroff? Já foi um Comensal da Morte. Ele pode ser um suspeito. E também tem o ranhoso do Snape, e eu sei que ele iria gostar de te ver machucado.

-Ouvi dizer que em Durmstrang Karkaroff ensina Magia das Trevas... – disse Harry, mais para si mesmo.

-Sim, eles ensinam. Por isso a escola é tão secreta. – disse Sirius, pensativo - No seu sonho, Harry, você mencionou Voldemort e Rabicho. Quem mais estava na sala?

-Um homem...E uma garota.

-Uma garota? – perguntou Sirius, surpreso – Você chegou a ver quem era?

-Não, mas ela parecia ter minha idade... E ela era uma Comensal da Morte. Eu acho que eu a vi na Copa Mundial de Quadribol, junto com o Comensal que conjurou a Marca Negra.

-Isso é estranho...

-Sirius? – perguntou Harry – Você sabe como conseguirei passar por um dragão?

-Ah, isso é simples; você só precisa usar o feitiço... - Sirius parou de falar abruptamente. Alguém estava descendo a escadaria do dormitório. – Fique longe do perigo, Harry, e perto de seus amigos.

Com isso, Harry ouviu um estalo e Sirius sumiu, e Ron Weasley apareceu na escadaria.

-O que você quer? – perguntou Harry, bravo por ter Ron ter interrompido Sirius.

-Eu pensei... – Ron começou a falar, mas depois fechou a cara, e respondeu irritado; - Não importa. Você deveria estar praticando sua próxima entrevista com o Profeta Diário.

Harry se estressou, e pegou um dos distintivos PODER FEDE. APÓIE DIGGORY e jogou na parede, que quicou e acertou na testa de Ron.

-Toma, agora acho que você ganhou uma cicatriz. Bem vindo ao clube. – disse Harry, borbulhando de raiva, e subiu para o dormitório, esbarrando no ombro de Ron no caminho.


~~*~~


Assim que Harry voltou da Enfermaria após a Primeira Tarefa, e estava apenas com alguns cortes, mas nada muito sério. Quando ele entrou dentro do Salão Comunal da Grifinória, estava a maior festa; havia doces da Dedosdemel e Cerveja Amanteigada do Três Vassouras (Harry tinha certeza que Fred e George deveriam ter usado a passagem secreta), confetes e cartazes com o leão vermelho e dourado da Grifinória.
Enquanto ele tentava passar pela multidão, vários lhe davam um tapa generoso nas costas, congratulando-o.

-Parabéns Harry!

-Ótima performance, Harry, você deveria ter visto a cara de Krum, cheio de inveja!

-Harry, você vai abrir o Ovo?

Ele atravessou a Sala, e encontrou Hermione e Lilly conversando com
alguém. Quando Harry se aproximou, ele viu que era Ron, e Hermione empurrou o ruivo na direção do Harry.

-Er...Harry, depois da tarefa...Parece loucura se inscrever...Eu devia ter acreditado...Er...Me desculpe.

-Finalmente você percebeu.

Os dois sorriram, e Hermione e Lilly olharam para os dois garotos, perplexas.

-Garotos! – disse Lilly, gesticulando demais com a mão, fazendo cair pingos de Cerveja Amanteigada no chão. - Bando de orgulhosos! Já podiam ter pedido desculpa há bastante tempo!

-Depois dizem que nós somos complicadas. – falou Hermione, olhando para Harry e Ron, que agiam como se nada houvesse acontecido.


~~*~~


No dia seguinte, na aula de Transfiguração, eles encontraram a sala arrumada de um jeito estranho; as mesas e estavam empilhadas no final da sala, e havia duas filas enormes de cadeira encostadas no canto na sala, e Minerva McGonnagal estava esperando por eles no meio da sala, ao lado de uma enorme vitrola bruxa.

-Entrem, por favor, hoje temos uma longa aula pela frente.

Os alunos entraram, indecisos, colocaram as mochilas nas mesas e se sentaram nas cadeiras, enquanto Filch tentava consertar a vitrola.

-Como vocês já sabem, esse ano Hogwarts será a casa do Torneio Tribruxo. Uma das tradições do Torneio é o Baile de Inverno.

As meninas ficaram animadas e começaram a conversar entre elas, enquanto os meninos ficaram desanimados.

-Eu não quero que Hogwarts passe vergonha, como se fossemos um bando de babuínos bobocas balbuciando em bando! Deveremos mostrar as outras escolas como educados e civilizados nos somos. – Minerva lançou um olhar para Fred e George, que fingiram uma expressão de inocência. – Vamos ensaiar a dança, então.

No final da aula, quando todos já estavam com os pés doloridos de tanto ensaiar, Minerva desligou a vitrola e anunciou:

-Como tradição do Torneio Tribruxo, as meninas deverão ir mascaradas. TODAS. Sem exceção. E por favor, venham arrumados. Quem vier desleixado irei mandar voltar para o dormitório para se trocar até estar decente.

Harry já estava saindo, conversando com Ron e os gêmeos Weasley sobre maneiras de como colocar Caramelos Incha-Língua dentro das comidas do Baile, quando McGonnagal o chamou.

-Potter, posso falar com você?

-Er... Sim, professora. Vejo vocês depois. – disse Harry para os garotos, e virou para falar com a professora.

-Bom, Potter, é tradição do Baile de Inverno que os campeões dêem inicio ao Baile. Você e sua parceira devem se apresentar junto com o resto dos campeões e seus parceiros.

-O quê?!

-Você me ouviu, Potter.

-Mas professora...Eu não sei dançar!

-Me desculpe, Potter, mas são as regras do Torneio Tribruxo.

Minerva deixou a sala, deixando Harry sozinho, perplexo. Ele não tinha experiência nenhuma com garotas, como ele iria convidar uma? Ele até começou a achar que enfrentar um Rabo-Córneo Húngaro seria mais fácil do que convidar alguma menina... Sinceramente, a pessoa que houvesse posto o seu nome no Cálice de Fogo, devia realmente lhe odiar.


~~*~~


Faltava apenas três dias para o Baile de Inverno, e Harry estava começando a ficar desesperado. Porque as garotas TINHAM que andar em bandos? Assim só dificultava tudo. E parecia que todas já haviam sido convidadas. O que ele iria falar para McGonnagal? Que não poderia fazer a abertura porque não tinha par? Seria bom, já que não sabia dançar...

Hermione já havia arranjado um par, e não queria dizer quem era. E um garoto da Corvinal havia convidado a Lilly... Até mesmo Neville já tinha um par!

Ele estava sentado ao lado de Ron, que ficava murmurando coisas
como “porque eu tinha que convidar a Fleur?’’,”Malditas veelas” e etc. Ele teve uma idéia quando viu Parvati e Lavender passando em sua frente, e foi falar com as duas.


~~*~~


-Eu sabia que já tinha lido sobre isso! - disse Hermione, jogando um livro grande em cima da mesa, acordando Lilly, que havia adormecido enquanto fazia o dever de poções.

-Que? Como? Onde? – perguntava Lilly, grogue, vendo o livro em sua frente.

-“Sintomas e suas origens”, de Melinda McGraw. O li nas férias, e não acredito que posso ter esquecido dele!

-Hermione, do que você está falando? – perguntou Lilly, enquanto Hermione folheava o livro. – O que tem esse livro?

-Se lembra que Christopher estava agindo estranho? Então, eu achei três opções...

-Hermione, eu não acredito que você pesquisou isso! – interrompeu Lilly.

-...E você vai ficar interessada nelas. – disse Hermione, nem notando a interrupção. – Primeiro, ele pode ter sido envenenado com uma poção não-
letal;

-...Quem iria envenenar ele?

-...Segundo; ele pode ter contraído uma doença bruxa e uma trouxa, que pode causar efeitos anormais, tais como mudanças temporárias de características;

-...Provável.

-...Terceiro, ele não é humano.

-O QUE? – exclamou Lilly, tão alto que todos no Salão Comunal viraram para ver o motivo do berro.

-Fale baixo! – sussurrou Hermione – É, parece meio improvável...Mas estava no livro!

-Eu fico com a segunda opção, a mais provável.

-Está bem, então... – disse Hermione, fechando o livro, e depois olhando pro dever de casa dela. – Burra! A pedra de lacônito não deixa a poção avermelhada, é o líquen que deixa!

Hermione pegou o caderno dela e começou a fazer correções em seu dever, murmurando as respostas, enquanto Lilly pensava sobre o que a Hermione havia pesquisado. Seria improvável ele não ser humano... É claro que ele era humano! Ela nem acreditou que estaria pensando nisso...

Hermione mudou de assunto, e as duas começaram a fofocar sobre os casais da escola. Harry e Ron se juntaram a elas, mas quando ouviram o assunto, começaram a conversar sobre Quadribol.

-Você ouviu? – disse Lilly, com um sorriso maroto no rosto – Parece que o casalzinho preferido de Hogwarts andou brigando.

-Quem?

-Kate e Cedric! – falou Lilly, com um ar de sabe tudo. Harry começou a prestar atenção na conversa das duas, ignorando o que o Ron estava falando sobre o Chuddley Cannons. – Dizem que eles terminaram!

-Porque eles brigaram?

-Não sei, acho que tem algo a ver com aquela da Cho Changalinha.

Harry não pode conter um sorriso discreto que apareceu em seu rosto ao ouvir aquela conversa. Foi só quando Ron o chamou pela quinta vez que ele passou a prestar atenção na conversa sobre Quadribol.





**

N.A.: Serena - Joguinho? Hm... Quem sabe?
Hahaha, pode ter milhares de teorias! E o eclipse? Bom, o mistério já estara perto para ser concluido.
Beijooos! ;D


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