Capitulo 5



Obs1:PRESENTE PARA TODOS!!!SOU EU QUEM ESTÁ DE ANIVERSÁRIO, MAS SÃO VOCÊS QUEM GANHAM!!!BJUX!!!!!E OBRIGADA A FERNANDA POR ME PRESENTEAR COM ATUALIZAÇÕES MARAVILHOSAS!!!


CAPITULO CINCO

Hermione acordou no domingo ouvindo chuva de pedra em sua janela. Grunhindo, posicionou o travesseiro por sobre a cabeça. Não conseguira dormir senão lá pelas três horas. Planejava dormir o dia todo, apagando da me­mória o fato de aquele ser o dia de seu casamento.
O som continuava, e o gelo parecia do tamanho de bolas de beisebol. Por segurança, decidiu que era melhor dar uma olhada e certificar-se de que nenhum tornado estava descendo sobre sua casa. Atirando o travesseiro longe, saiu da cama e piscou ante os raios de sol que penetravam pelas cortinas.
Desde quando chuva de pedra acontecia com sol? Afastando as cortinas, Hermione olhou para fora. O céu estava azul. Baixando o olhar, viu Harry de pé em seu quintal, inclinando-se para apanhar outro punhado de cascalho da entrada da garagem. A posição dele permitiu-lhe apreciar seu traseiro, bem ajustado nos jeans, abraçando suas longas pernas. Vestia uma camiseta azul. Não havia palavras para descrevê-lo.
Ela abriu uma folha da janela de persianas e pôs a cabeça para fora.
— O que pensa que está fazendo?
— Chamando a sua atenção.
— Por quê?
— Me deixe entrar e conto para você.
— Não estou em clima de companhia — confessou ela.
— Não sou companhia — respondeu ele. — Você sabe, tenho certeza de que vi a senhora Cantrell e seu cachorro andando na rua há poucos minutos. Se não quer que ela nos ouça, me deixe entrar.
Resmungando, Hermione agarrou um robe de algodão e desceu as escadas. Harry esperava na porta dos fundos.
— Trouxe uma coisa para você — informou ele, segurando um pacote da confeitaria, antes de passar um copo de papel com café e um biscoito.
— Está me engordando — acusou ela, aceitando o doce.
— Ei, se não quiser...
Ela bateu na mão dele.
— Nunca fique entre uma mulher e seu biscoito nas primeiras horas da manhã — ameaçou ela, antes de reconsiderar: — Ob­rigada por se preocupar.
— Achei que ia precisar de energia. Temos um dia atarefado.
— Isso é novidade para mim.
— É esperado. Vá se vestir e vamos começar.
— Começar o quê?
— A encenar nosso plano maior.
Ela balançou a cabeça.
— Hoje não.
— Especialmente hoje.
— Não tenho vontade.
— Pooobre Hermione — entoou ele, desdenhoso.
Como esperado, ela lançou um olhar fulminante para ele.
— Assim está melhor — disse ele, aprovador. — E, embora você esteja linda nessa camisola, não acho que seja apropriado para um dia no lago. Use algo mais... pequenino. Tem bustiê? Ou melhor, biquíni?
— Desde quando virou consultor de moda, Harry?
— Desde que concordei em ajudar você.
— Não foi minha idéia que você me ajudasse — recordou ela, com o orgulho meio ferido.
— Não, era uma idéia boa demais para vir de você — con­cordou ele, esperto.
— Tenho muitas boas idéias — rebateu ela. — Concordar em prosseguir com esse plano é que parece não ter sido muito bom.
— Tarde demais para voltar atrás — informou Harry, antes de acrescentar: — Vai ser um dia quente hoje. Quando menos vestir, melhor.
Hermione estreitou o olhar sobre ele enquanto bebia o café. Só então notou um corte fino em forma de meia lua em seu olho esquerdo.
— O que fez aqui? — perguntou ela, abandonando o biscoito para examinar melhor o ferimento.
— Acreditaria que duelei em sua honra?
Ela lançou um olhar incrédulo.
— Está bem — confessou ele. — Eu colidi com uma árvore. Bem, não exatamente isso, estava correndo na floresta ao sul do lago e não vi esse galho até que fui atingido no rosto. Chamou minha atenção, de verdade.
— Tem sorte de não ter perdido o olho — censurou ela, se­gurando seu queixo gentilmente, virando seu rosto para iluminar melhor o local. Balançando a cabeça, acrescentou: — Precisa tomar cuidado por onde anda. Sempre foi cego como um morcego. O que me lembra: onde estão seus óculos?
— Uso lentes de contato.
— Podia ter feito um estrago ainda maior. Realmente precisa tomar mais cuidado quando está correndo.
Ele segurou a mão dela, pressionando-a contra seu rosto.
— Sim, senhora.
Sentindo os traços angulosos de seu rosto, Hermione não pôde resistir a traçar com o indicador o contorno de seus olhos junto ao corte... até o rosto... ao maxilar. A aspereza da barba de uma dia provocou-lhe um arrepio.
Seus olhos se encontraram. Ele tinha a mesma expressão de quando fizeram o pacto, dois dias antes. A chama da paixão era potente em sua intensidade.
Em que se metia agora?, Hermione pensou, desanimada, e desviou o olhar do campo magnético de Harry. Baixou a mão, entrelaçando os dedos como que forçando-os a ficarem longe do rosto de Harry.
Amava Wayne, lembrou a si mesma. Harry só estava sendo amigo, ajudando-a a sair dessa situação. Devia ter interpretado, mal sua expressão, devido à noite mal dormida, que fazia uma pessoa ter os pensamentos confusos.
Hermione estava trêmula, pois ainda sentia na pele o toque, que fora arquivado em sua memória. Rapidamente, pedindo desculpas, correu para trocar de roupa.
— Lembre-se, use coisas minúsculas — gritou Harry.
Ele achava que ela não seguiria as instruções. Pois iria mostrar a Harry Potter e ao resto de Greely que eles não a conheciam tão bem quanto imaginavam! A Pobre Hermione, a noiva largada, foi substituída pela Guerreira Mione, e portanto se vestiria de acordo.
O jeans cortado estava na beira da decência, enquanto o bustiê do biquíni tinha o tamanho de seu sutiã. Para provocar ainda mais, acrescentou uma blusa transparente que colocavam à mostra boa parte de sua pele desnuda. O efeito era mais sedutor do que se usasse apenas o bustiê. Encomendara a peça para a lua-de-mel e agora ia usá-lo como arma de guerra.
Funcionou! Harry ficou boquiaberto ao vê-la. Na verdade, quase engasgou com o biscoito.
Batendo em suas costas, ela emitia sons de comiseração.
— Está suficientemente minúsculo? — perguntou, inocente.
— Se diminuir ainda mais, vou ter um ataque de coração — gaguejou ele.
— Bem, não queremos isso agora, não é?
— É uma blusa e tanto essa que está usando — elogiou ele, balançando a cabeça.
— Também acho.
— Nada a ver com o guarda-roupa da pobre Hermione.
— Tem razão.
— Wayne é mesmo um cara muito estúpido por ter deixado você — afirmou Harry, do seu jeito calmo e autoritário.
Hermione piscou levemente para reter as lágrimas.
— Obrigada — sussurrou ela. — Você é mesmo um amigão.
— Sim — murmurou Harry, enquanto a acompanhava para fora da casa. — Sou mesmo um amigão.

— Está prestando atenção? — perguntou Harry, enquanto Hermione estendia a colcha no chão junto ao lago.
— Mmm.
— Vou ler alguns trechos deste livro que escolhi para você. Se chama Rituais de Encontro. Achei que o capítulo que melhor se aplica neste caso é "Como conseguir o homem que deseja — Como os corpos se atraem"
— Você está se empenhando — comentou ela, fechando só um olho em indiferença.
— Não estou. Veja você mesma. — Ele agitou o livro debaixo de seu nariz. A expressão dela estava mascarada pelos óculos escuros, embora ele pudesse notar seu cenho franzido. — Tem certeza de que passou bastante bronzeador?
— Tenho. Pare de se preocupar.
— Me sentiria melhor se eu mesmo tivesse aplicado. Não acho que pudesse ver o que estava fazendo.
— Vi o suficiente — assegurou ela, de maneira preguiçosa.
— Então, talvez possa colocar mais bronzeador em mim. Acho que estou queimando aqui — resmungou ele, olhando para ela de maneira sombria. Ela retirou a blusa transparente e, embora mantivesse o short, ele ficou imaginando se ela estava usando a parte inferior do biquíni.
— Passei óleo em você não faz quinze minutos, Harry. Ainda não deu para sair. — Hermione sabia que o efeito de tocar nele com o creme pegajoso ainda estava latente. Só agora seu batimento cardíaco voltara ao normal.
— Não está com calor, deitada assim?
— Mmm — murmurou ela, confirmando.
— Talvez devêssemos sentar no cais e tomar um pouco da brisa do lago. Você sabe, colocar os pés na água e esfriar.
— Estou bem demais para me mexer.
Harry murmurou alguma coisa que ela não pôde ouvir.
— Que foi que disse?
— Disse que, de acordo com esse livro, um comportamento confiante vai elevar a sua imagem entre as outras pessoas. — Harry tinha que admitir que partes de sua anatomia já faziam outra imagem dela. — Também fala sobre seios...
Pousou os olhos nos peitos dela, a pele bronzeada indo além do bustiê, imaginando o que ela diria se soubesse que ele estava morrendo de vontade de tê-la em seus braços, de mergulhar em beijos e sentir seu gosto, além de lamber seus mamilos, sentir o peso de seus seios...
— Continue — pediu ela.
Sentindo a boca seca, Harry limpou a garganta antes de pros­seguir.
— Uh, diz que o tórax e os ombros dos homens são para ser agarrados pelas mulheres.
Hermione pousou o olhar sobre ele por trás dos óculos e con­cordou com a afirmação. Era realmente um crime cobrir um tórax assim, decidiu ela, sabendo que não era a única mulher de Greely a se sentir assim. Mas ela era a única a ver além daquilo, a saber um pouco do ser humano. Harry tinha um tipo raro de honra, do tipo que os cavaleiros antigos possuíam. Ele caminharia sobre fogo por alguém que amasse.
Harry não era fácil de amar. Ele não se expunha como Wayne, sempre disposto a conversas, fazendo estranhos se sentirem como se o conhecessem há anos. Com Harry, a intimidade era valiosa justamente por ser coisa rara. A mulher que o amasse seria pri­vilegiada com uma parte dele que mais ninguém conhecia.
Mas essa mulher não era ela. Não podia ser ela. Não estava procurando por mais complicações em sua vida. Como podia ter sentimentos por Harry quando, havia apenas alguns dias, fora noiva de Wayne? Devia estar se casando com Wayne nesse mesmo dia. Ainda o amava. Não amava? Claro que sim. Não era o tipo de pessoa que mudava os sentimentos da noite para o dia.
— Diz aqui que as mulheres preferem homens com o tórax largo. — Harry franziu o cenho ao se lembrar da compleição de Wayne. — Diz também que não se iludam — inventou ele. — Os caras magros são os melhores.
— Não conheço nenhum cara magro — replicou ela.
— Conhece a mim.
— Você é alto e esguio, não magro. Não mais. Mas já sabe disso. Aposto que muitas mulheres já contaram isso a você.
— Não me importo com muitas outras mulheres. Me importo com você.
— Sei disso. — Ela se sentou e ergueu os óculos para que ficassem presos acima da cabeça. — E aprecio a sua amizade, de verdade. Quem imaginaria que, após todos esses anos, você apareceria na cidade em seu cavalo branco para me salvar.
— Cheguei num Volvo branco. E não sou o cavaleiro de ar­madura brilhante.
— Claro que é.
— Não sabia que estava em dificuldade quando cheguei. Só vim para pensar um pouco.
— E, ao invés disso, acabou se enrolando comigo. Não é justo que ocupe tanto o seu tempo quando veio aqui organizar suas idéias. — Ela se levantou como se pretendesse ir embora, mas Harry a segurou, fazendo com que voltasse a seu lugar, mais perto dele.
— Vim aqui para pensar em meu futuro. Gostaria de conversar sobre isso com você — argumentou ele.
— Gostaria de conversar com você — murmurou ela.
— Já sabe que sou arquiteto. Trabalho para um escritório fa­moso em Chicago. O que você não sabe é que não estou contente com meu trabalho.
— Por que não?
— É difícil explicar. Vivi para o trabalho por muito tempo. Bitoladamente. — Ele segurou na mão dela, pousando-a sobre seu joelho, e ajeitando seus dedos de forma eqüidistante. — É a primeira vez que dou uma pausa em cinco anos. Minhas férias estavam todas acumuladas.
— Por que voltou para cá? Podia ter escolhido qualquer outro lugar...
Olhando ao longe no lago, ele continuou brincando com seus dedos sem perceber, antes de responder:
— Passei alguns dos meus melhores dias aqui. Com você
— Mas isso foi há muito tempo.
— Tenho boa memória — comentou ele, de forma pensativa,
— Eu também. — Mais tarde seria difícil esquecer seu toque suave. Mesmo assim, não retirava a mão. Não podia. E não queria. Era bom demais, era seu direito, ficar assim ligada a ele. --- Então, me diga: por que não é feliz com seu trabalho em Chicago?
— Porque não estou fazendo as coisas que fizeram com que eu me tornasse um arquiteto em primeiro lugar. Fico projetando centros de compras, complexos de escritórios. Acabando com as fazendas produtivas, e colocando concreto em cima. Não me sa­tisfaço em resolver um problema e criar outro de que não me orgulho. E ainda há os prédios históricos que derrubamos... — Harry balançou a cabeça. — Não me deixe continuar — murmurou ele.
— Disse que não estava fazendo as coisas pelas quais se tornou arquiteto. Que coisas são essas?
— A idéia de criar alguma coisa. De ver a criação se concre­tizar. Valorizar as linhas horizontais de uma escola do campo, elaborar os detalhes de uma mansão, apreciar a diversidade das formas. Vivi muito bem nos últimos dez anos, mas agora parece que entrei na crise da meia-idade.
— Você ainda é novo para isso, acho — notou ela, com um sorriso. — Acho que está avaliando o que quer fora da vida profissional. E isso exige coragem.
Ele desdenhou das palavras.
— É fácil ser corajoso quando se tem renda estável. Juntei dinheiro. Se fosse realmente corajoso, teria saído assim que me senti insatisfeito com o que estava fazendo, me tornando autônomo. Droga, devia ter começado sozinho mesmo.
— Deixar uma coisa certa pela incerta sempre exige coragem, não importa quando a gente se decida.
Ele desviou a atenção do lago para ela, estudando-lhe o rosto com a mesma calma nos pensamentos.
— Como é assim tão esperta?
— Um garoto de onze anos me ensinou muito sobre coragem interior e força.
— Você é que sempre segurava as pontas, e não o contrário.
— Se bem me lembro, você sempre estava a postos quando eu vinha chorando em seu ombro quando alguém dizia coisas sobre minha mãe — comentou ela.
— E você calava a boca deles com aquela sua direita. Mas nunca falava muito sobre o que a irritara.
— Foi naquele verão que ela fugiu, causando escândalo na cidade. Ela partiu com o carteiro, deixando a família. Todos fa­lavam sobre isso. Ainda comentam, às vezes. Especialmente agora que a filha também provocou seu escândalo.
— Não foi responsável pelo escândalo.
Hermione sentiu frio de repente e procurou a blusa com a mão livre.
— Não quero falar sobre isso hoje.
— Certo. — Ele não insistiu, para alívio dela. — O que acha de darmos uma volta no lago de barquinho?
— Quem tem um barco?
— Eu tenho. Veio junto com o aluguel do chalé.
Quinze minutos depois, já estavam no lago. Hermione passava os dedos na água fria, era fácil imaginar que estavam bem longe de Greely. Sentia-se como uma moça da era vitoriana com seu chapéu de palha, com seu namorado remando no Tamisa.
Anda assistindo demais às 'Obras-Primas do Teatro', censurou-se. Harry não era seu namorado. Mas ele estava irresistível assim, sem camisa, os músculos trabalhando enquanto remava sobre as ondas. Os raios de sol brilhavam em seus cabelos escuros.
Notando a atenção dela, ele murmurou:
— Está na hora de cortar este cabelo... — Já que estava ocupado remando, não podia remover uma mecha que lhe atrapalhava a visão.
Hermione se inclinou e gentilmente afastou a mecha para ele passando os dedos sobre a linha das sobrancelhas. Claro que não era bom sinal o fato de ela estar se deliciando tanto com esse toque. Um trovão sinalizava que ela deveria se sentir culpada.
Uma tempestade se formava ao longe, aproximando-se rápido os relâmpagos prenunciando toda a força da natureza.
Harry rapidamente virou o barco e rumou para a margem. Seria péssimo estar no meio do lago numa tempestade elétrica. Con­firmando a tese, o céu se cortou por luzes.
A chuva começou quando estavam a apenas cinqüenta metros do atracadouro. Quando finalmente amarraram o barco, já estavam ensopados e tremendo de frio, pois a temperatura baixara vários graus em questão de minutos.
Agarrando a mão de Hermione, Harry correu em direção ao chalé. Assim que entraram, apertaram os interruptores, mas nenhuma lâmpada se acendeu.
— Estamos sem luz.
— Acontece n-numa t-tempestade a-assim — comentou Hermione, tremendo de frio.
— Está ensopada.
— Você também.
Ele a guiou em direção ao pequeno banheiro.
— Tire essas roupas molhadas e tome um banho quente. Vou acender a lareira. Trouxe mais roupas?
Ela assentiu, apontando para a bolsa que deixara no chalé quando decidiram passear de barco.
— M-mas vou p-precisar de uma camisa — informou ela.
— Ok. Vou pegar uma para você. — Afastando as cortinas do chuveiro, ele abriu a torneira de água quente. — Se apresse e entre enquanto a água está quente.
Ele saiu em seguida, fechando a porta.
Hermione tirou o short rápido. Nunca deixava de se espantar com as mudanças súbitas do tempo. Uma hora havia sol, dali a instantes, uma tempestade. Seus braços ficaram presos na blusa quando tentou retirá-la, mas se desvencilhou. Em seguida, tirou o bustiê e o biquíni, indo direto para baixo da água morna. Lembrando-se de que Harry falara que o estoque de água quente era limitado, ficou só o suficiente para se aquecer.
Ela acabara de fechar a torneira quando ouviu a porta do ba­nheiro se abrir.
— Trouxe um camisa — informou Harry. — Vou deixar pen­durada na maçaneta.
Hermione espiou da borda da cortina, queria ter certeza de que a porta do banheiro estava fechada, com ele do lado de fora, antes de sair e se enrolar na toalha. Ele deixara também sua bolsa junto à porta. Procurando, achou a saia de algodão colorida que trouxera, para o caso de pararem em algum restaurante. Tinha também uma camisola de seda púrpura, que usaria com a blusa transparente, se estivesse seca. Como não era o caso, vestiu só a camisola.
Uma vez que o biquíni estava molhado, pendurou-o para secar um pouco, e não vestiu nada em seu lugar. A camisa que ele emprestara era de algodão branco e. ficou-lhe enorme. Precisou enrolar as mangas e amarrar as abas num nó junto à cintura. Por fim, calçou as meias esportivas que ele também emprestara.
Olhando-se no espelho embaçado, Hermione concluiu que estava parecendo a namorada de um pirata. Tinha os cabelos presos na toalha branca, e a franja lhe caía molhada junto à testa. A maquiagem já se fora. Infelizmente, só levara um batom, o qual não dispensou.
Saindo do banheiro, viu que Harry acendera o fogo na lareira de pedra natural, que ocupava boa parte de uma das paredes. Algumas almofadas coloridas tinham sido removidas do sofá para perto da lareira, convidativamente. Ele trocara o jeans molhado por outro, e trajava agora uma camiseta branca.
— Ainda estamos sem luz — informou ele.
— Tem um radinho de pilha? — perguntou ela, ocupada cm secar os cabelos. — Talvez fosse bom ouvir se há perigo nessa tempestade.
— Boa idéia. — Ele ligou um rádio-relógio antigo que estava sobre um aparador igualmente antigo.
Ouviram as notícias do tempo emitidas por uma antiga estação de rádio.
— Tempestades estão se formando na área, mas o instituto de meteorologia não prevê a formação de furacões ainda — infor­mava o locutor. — Fiquem sintonizados aqui para outras notícias sobre o tempo. Enquanto isso, vamos ouvir um clássico de Boz Skaggs, "Lido".
Um rock-and-roll do bom começou a sair dos pequenos alto-falantes. Sorrindo, Harry aumentou o volume antes de estender a mão, convidando Hermione para dançar.
Largando a toalha, ela se juntou a ele. Não era música para dançar de rosto colado, mas para se soltar e deixar os pés dan­çarem, ao ritmo marcado pelo contra-baixo. Como ambos estavam de meias, seus pés deslizavam com facilidade pelo assoalho bem polido.
Harry se movia com a mesma graça masculina que mostrava quando caminhava. Nunca era excessivo em suas ações. Não pre­cisava. Ela sorriu em aprovação, dando piruetas, balançando ao som da música, criando seus próprios movimentos , enquanto acompanhava os dele. Suas saias longas lhe envolviam as pernas quando se desvencilhava de Harry. Nunca se sentira tão livre, tão gloriosamente liberada.
Dançaram junto ao fogo, primeiro ao som de "Lido" e depois da versão original de "Layla", de Derek and the Dominos. Per­maneceram assim em abandono por mais quatro músicas, até que rindo, caíram sobre as almofadas junto à lareira, exaustos e sem fôlego.
Hermione ficou sem respiração quando percebeu a intenção nos olhos verdes de Harry. A exaustão foi substituída por risos. No rádio, a música agora era "Cherish", com o Association, e era isso que Harry estava fazendo, alegrando-a com seu olhar. Então, ele colou os lábios aos dela, pedindo e não exigindo, prometendo e não roubando.
A barreira foi logo deixada de lado quando ela correspondeu, ainda que tímida. Afundando nas almofadas, ela fechou os olhos e se deixou levar em sensações bem-vindas. Sentia a pulsação forte nas veias, embaçando-lhe os pensamentos e determinando-Ihe as reações.
Aquele primeiro beijo se confundiu com um segundo, ainda mais exigente e mais forte. Hermione passou as mãos por sobre o rosto de Harry, sentindo seu maxilar, querendo memorizar cada traço. Sentiu a boca estremecer ante o assalto de seus lábios, indo e vindo, instigando, seduzindo.
Ela sentia a tensão aumentar à medida que ele se pressionava contra seu corpo para mais fundo nas almofadas. O corpo dele sobre o seu, como um cobertor, emanava mais calor do que a lareira. Ele percorria seu corpo com as mãos por baixo da cami­sola, com criatividade.
Quando ele tocou pela primeira vez em seus seios nus, ela reteve a respiração, surpresa. Ele tinha o toque mágico, e massageava-lhe a pele macia com os dedos longos e esguios, sentindo o peso de seus seios. Ele tateou os mamilos rígidos até ficar completamente tomado de prazer.
Enquanto roubava o fôlego de Hermione com uma das mãos, Harry usava a outra para desabotoar a camisa que emprestara a ela, atirando-se à tarefa com impaciência. Tão logo liberou-lhe os braços, começou a erguer a camisola de maneira lenta e gentil, fazendo o atrito lânguido sensibilizar-lhe a pele, lançando-lhe olhares de desejo. Continuaram se fitando, enquanto a camisola subia milímetro por milímetro. Ela sentiu o fogo surgir em suas laces, refletindo a paixão, quando ele baixou o olhar para apreciar seu corpo.
Hermione mal podia respirar de excitação, de antecipação. O olhar sensual de Harry fazia muitas promessas. Quando seus seios ficaram completamente expostos, ele baixou a cabeça e provou-a. Os lábios bem perto dos mamilos rosados, a língua laboriosa.
Ela se sentiu em êxtase, envolvida num turbilhão em busca da gratificação. Ergueu as pernas ante os impulsos que sentia nas coxas, Harry se ergueu sobre ela, arqueando as costas, e esfregando o jeans contra sua pele. O atrito fez com que ela soltasse um gemido, sentindo a tensão aumentar.
Ela mergulhou os dedos nos cabelos dele, trazendo-o para mais perto, enquanto ele continuava concentrado.
Ela queria... não, ela precisava de mais. Baixando as mãos, agarrou-lhe a camiseta, puxando-a para cima. Ele fez o mesmo com sua camisola, enquanto ela permanecia sobre a camisa aberta.
Agora, suas peles se tocavam sem interferência. Ele se posi­cionou sobre ela, ajustando as curvas de ambos. Ela pôde sentir-lhe o coração batendo contra seus seios quando ele a beijou profun­damente, a língua empurrando a dela, levando os dois ao abandono diante do prazer.
Ele a cobriu de beijos, passando pelos olhos, pelas orelhas, pelo pescoço, pelo colo, retornando ao ponto de partida e repetindo a trilha. Quando chegou novamente às orelhas, parou um pouco, brincando com seu lóbulo e sussurrando promessas de prazer. Ela sentia seu hálito quente, enviando arrepios ã sua espinha.
Quando ele passou a mão por sua perna, abaixo da saia, Hermione só pôde pensar em como era certo que fizesse isso. E em como ele era capaz de criar mágica com seu toque, deixando um rastro de persuasão. Ela se sentiu em completo abandono quando ele passou de seu joelho para a parte interna das coxas, cada vez mais perto da fonte de seu calor feminino.
Só nesse instante, Harry percebeu que ela estava sem calcinha. Não conseguiu resistir a acariciar-lhe os pêlos com os polegares, amoldando a mão junto a ela.
Arfando, ela ficou sentada, voltando a si com a rapidez de quem leva um balde de água fria. Por um breve momento, ele manteve a mão naquele ponto íntimo, até que ela se afastasse, com um coelho nervoso.
Balançando a cabeça, ela tentou falar, mas nenhuma palavra saiu. Ao invés disso, agarrou e vestiu a camisa, ficando de pé e saindo em seguida.
Recuperando o fôlego, Harry a seguiu, mas ela já ia embora, e, de algum modo, ele soube que ela não queria sua companhia. A chuva cessara, e ela conseguira calçar as sandálias antes de sair. Levara a bolsa também.
Voltando à sala de estar, ele percebeu algo que ela deixara para trás. E soube logo o que fazer. Conhecendo bem Mione, sabia que ela negaria o que acontecera entre eles. Mas ele não permitiria.
Porque jamais experimentara o que sentia por ela. Ela o do­minava. Nunca se sentira assim antes, e não permitira que ela escapasse assim.
Tanto era verdade, que Harry foi à biblioteca na terça-feira seguinte pouco antes do horário de fechamento, tendo à mão a camisola púrpura de Hermione. Representava um cavaleiro usando as cores de sua dama, proclamando com audácia:
— Mione, você esqueceu isso na outra noite...




Obs2:Oiiii pessoal!!!!Capitulo postado como prometido!!!!Espero que tenham gostado!!!!Bjux!!!!Adoro vocês!!!!

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