Brigas...

Hermione Granger agora com 17 anos sempre lembrava da mãe como aquela que lutara até o último momento para viver. Melaine Granger falecera a dois meses em um acidente de carro, durante duas semanas ela esteve em coma antes de vir a falecer. George Granger ainda não se recuperara da morte da esposa, mas sabia que não poderia continuar solitário e sem dar atenção a Hermione que havia mudado muito.

- Olá Papai! – disse Hermione que acabava de chegar da escola. Hermione era uma bela garota de cabelos castanhos com perfeitos cachos até os ombros, olhos castanhos com uma pitada de mel e um corpo de dar inveja a muitas mulheres. – O que tem de novo?

- Olá querida! – disse George Granger que era um homem que beirava os 50 anos muito bem vividos por sinal, seus cabelos eram uma mistura da sua cor natural (preto) com alguns fios brancos que lhe davam todo um charme como Hermione falava. – Posso pedir para a Ba servir o nosso almoço?

- Só preciso me lavar e desço! – respondeu ela subindo as escadas da casa deles. Assim que chegou a sala de estar onde o almoço estava sendo servido Hermione estranhou ao ver que o pai ainda não havia tocado na comida. – Pai o que aconteceu?

- Como assim Hermione? – perguntou George tentando não demonstrar certa ansiedade.

- O Senhor ainda não tocou na comida e está inquieto! – respondeu Hermione servindo-se. – Algum problema na empresa?

- Não é nada importante filha, agora vamos comer em paz! – respondeu George comendo e dando como encerrado o assunto. Logo após um silencioso almoço Hermione foi até a biblioteca para pegar um livro que precisaria em sua pesquisa e quando voltava para seu quarto viu que seu pai conversava com alguém, e ela estranhou que não o conhecia e ele não tinha cara de trabalhar em uma das empresas do pai. – Hermione, querida venha até aqui!

- O que foi pai? – perguntou Hermione indo até o pai que a abraçou pela cintura enquanto ela observava o homem a sua frente. – E quem é esse homem?

- Esse homem é Severo Snape! – respondeu George. – E a partir de hoje ele será o seu mais novo segurança.

- Eu não preciso de seguranças pai! – disse ela irritada, odiava essa mania que o seu pai tinha de proteção.

- Hermione nós já conversamos sobre isso! – disse George impaciente e quando vira que Hermione iria argumentar cortou-a logo. – E não adianta falar nada, porque a partir de hoje você terá um segurança!

- Acho ridículo essa sua mania de proteção! – disse Hermione com raiva. – Do que adiantou para a minha mãe ter vários seguranças se nenhum deles foi capaz de ajudar a minha mãe enquanto ela morria em um maldito acidente de carro?

- De nada adiantaria os seguranças naquele momento minha filha! – disse George enquanto Snape apenas os observavam “Eu terei muito trabalho” pensou ele. – Ela estava dirigindo descontroladamente...

- Isso por uma briga que teve com o senhor! – gritou ela enquanto grossas lágrimas caiam de seus olhos. – O senhor que é culpado pela morte da minha mãe!

- Você agora passou dos limites! – disse George que parecia muito exaltado. – Eu não sou o culpado pela morte de Melaine e você não sabe nada que aconteceu naquele dia, você estava no seu quarto e...

- Eu poderia estar no meu quarto sim, mas nada me proibia de escutar os gritos que vocês davam! – disse ela enxugando as lágrimas. – Nada disso trará minha mãe de volta.

- Bem agora sim lhe apresento novamente o seu novo segurança o Sr. Snape. – disse George. Severo Snape era um belo homem de cabelos negros assim como suas vestes, olhos negros como uma ônix. Não parecia muito amigável.

- Espero que faça sua parte Sr. Snape! – disse ela que tentava intimida-lo.

- Farei o que me for concebido! – disse ele mordaz. – Portanto que a Srta. também cumpra a sua!

- Vejo que já estão se entendendo! – disse George querendo amenizar o ambiente.

- Eu tenho que subir! – disse Hermione saindo em seguida. Assim que entrou em seu quarto Hermione quebrou tudo o que viu na sua frente. Não poderia ter um segurança, não queria ter um segurança. O que faria agora?

No outro dia quando acordou Hermione lembrou da briga que havia tido com o pai no dia anterior e lembrou também que agora tinha um segurança. Severo Snape acordara cedo e fizera a sua corrida matinal e logo após tomar seu café foi para frente do quarto de Hermione.

- Não acredito que até dentro de casa você vai me perseguir! – disse ela assim que saíra do seu quarto e dera de cara com ele.

- Só cumpro ordens Srta. – disse ele seco.

- Você também vai me acompanhar até o banheiro? – perguntou ela ironicamente.

- Se for necessário irá sim! – respondeu George saindo de seu quarto. – a propósito bom dia minha filha!

- Essa casa está se transformando em uma prisão! – disse ela entrando na cozinha e dando um beijo na governanta. – bom dia Ba!

- Bom dia menina! – disse a governanta. – O que você vai querer comer?

- Quero apenas uma salada de frutas. – respondeu Hermione logo em seguida recebendo o que havia pedido. Hermione assim que saiu para ir ao colégio Severo estava ao seu encalço e ela odiou tudo isso e logo daria um jeito de fugir dele. – Sr. Snape, o senhor pode ficar aqui que eu vou entrar!

- Não irei fazer isso Srta. tenho ordens expressas de acompanhá-la aonde a Srta. for! – disse ele vendo-a entrar na sala. Hermione logo após assistir as aulas do dia decidiu sair para almoçar com umas amigas.

- Hermione você tem certeza que quer ir almoçar com a gente? – perguntou uma de suas melhores amigas Hillary.

- E porque não teria Hillary? – perguntou ela estranhando um pouco a pergunta da amiga.

- Tio George contratou um segurança, e é um saco ter alguém seguindo a gente! – respondeu Alicia outra amiga dela.

- Eu ainda estou pensando no que fazer a respeito disso! – disse Hermione um pouco desanimada. – Então vocês vão almoçar comigo ou não?

- Claro que sim! – responderam elas com encantadores sorrisos. Elas foram para um famoso restaurante japonês e em seguida foram para a casa de Hermione para se arrumarem para uma festa do colégio.

- Hermione! – disse George Granger assim que a filha chegara em casa com as amigas. – Olá meninas!

- Oi pai. – disse Hermione seca subindo as escadas com Alicia e Hillary antes que seu pai pudesse falar algo.

- Hermione preciso falar com você! – disse George Granger entrando no quarto da filha.

- Pode falar estou ouvindo! – disse ela com certa raiva.

- Hoje à noite nós temos uma festa para ir! – disse ele com um sorriso que logo foi desfeito pela cara de raiva da filha.

- Eu não vou à festa alguma pai! – disse Hermione. – Hoje tem a festa do colégio e eu não vou perder por nada!

- Tudo bem então, eu vou chamar a Gwen para ir comigo! – disse ele fazendo menção de sair.

- Pai quem é Gwen? – perguntou uma Hermione bem curiosa e com uma pontada de ciúmes.

- Uma amiga nada mais que isso! – respondeu ele saindo do quarto. Hermione havia ficado com uma pulga atrás da orelha em relação a essa “ amiga ” do pai e de uma coisa tinha certeza, não iria deixá-lo sozinho com uma mulher.

- Hermione você não vai se arrumar para ir à festa do colégio não? – perguntou Hillary.

- Sinto muito Hillary mais eu resolvi que irei à festa com meu pai! – respondeu Hermione e suas amigas estranharam. – Não me olhem com essa cara!

- Hermione você nunca aceita os convites para ir a festas com seu pai, porque aceitou agora? – perguntou Alicia que já estava pronta.

- Eu resolvi dar uma trégua nessa briga com meu pai! – respondeu ela abrindo o seu closet para procurar um vestido adequado. – Eu não quero mais brigar com ele!

- Faz muito bem Mione! – disse Hillary que fazia a maquiagem. – Brigar com o tio George nunca levava a nada, a não ser aperreação!

- Eu sei Hi! – disse Mione decidindo-se por um Vestido de jacquard prata.

Assim que chegaram à festa Hermione e George pararam para as fotos como era de praste ele logo foi puxado para conceder entrevistas e Hermione ficou esperando por ele já que não queria chegar só ao salão. A medida que passavam todos observavam a beleza da filha de George Granger e comentavam entre seus pares.

- Olá Hermione como vai? – perguntou Lucius Malfoy que era como seu pai um grande magnata.

- Olá Lucius! – cumprimentou-o Hermione com um belo sorriso. – Draco não vem?

- Ele está vindo! – respondeu Lucius que era um bonito e elegante homem de cabelos louros platinados e traços firmes. – Devo dizer que está muito elegante hoje Hermione!

- Obrigada Lucius! – disse Hermione vendo um louro muito parecido com o que se encontrava na sua frente e com um belo smoking verde escuro e com um sorriso de dar inveja a muitos.

- Olá minha doce e bela dama! – disse Draco assim que chegou onde seu pai e sua amiga estava.

- Olá belo cavalheiro! – disse Hermione dando um beijo na bochecha do amigo. – Como está o garoto mais sumido de toda Londres?

- Ora Hermione eu não sumi! – protestou ele um pouco corado. – Eu apenas andei ocupado com umas coisas!

- Sei que coisas eram essas Malfoy! – disse Hermione zombeteira fazendo com que ele ficasse ainda mais corado. A família Granger e Malfoy eram conhecidas por toda Europa por serem famílias muito ricas.

- Querida vamos entrar? – perguntou-lhe George assim que se aproximara do casal. – Olá Draco como vai?

- Muito bem Sr. Granger! – respondeu Draco que entrou junto com Hermione que estava ao seu lado. – Hermione e você o que me conta de novo?

- Que meu pai contratou um segurança para mim! – respondeu ela com certo tédio. – Estou achando isso um saco!

- Se é para o seu bem não há porque reclamar minha menina! – disse Draco dando-lhe um abraço.

- Há quanto tempo você não me chama de minha menina! – disse ela assim que sentaram em uma mesa. – Desde que tínhamos 10 anos!

- Você odiava esse apelido! – disse ele. – E eu sempre fazia questão de te chamar assim só para te irritar!

- O que acontecia frequentemente! – disse ela vendo que era observada por Snape e sentiu um frio na espinha. Durante toda a festa Hermione e Draco ficaram conversando e dançando, mas ela sempre percebia que era observada por Snape o que de certa forma a deixava confortada, sentia-se mais protegida e mais segura sabendo que ele estava observando-a apesar de que nunca diria isso a seu pai.

No outro dia Hermione acordou perto da hora do almoço já que havia chegado tarde da festa que fora muito divertida tinha que assumir. Severo estava na porta de seu quarto assim que descera para tomar café da manhã (ou quem sabe já almoçar) e nem se deu o trabalho de olhar para ele.

- Bom dia Sr. Snape! – disse ela secamente descendo as escadas e sendo seguida de perto por ele. Hermione resolvera ir para a biblioteca de sua casa para poder colocar o estudo em dia.

- Minha menina trouxe um suco para você! – disse Ba entrando na biblioteca e Hermione sorriu para ela. – Seu suco preferido!

- Morango! – disse George entrando na biblioteca com um sorriso enigmático. – Filha fico feliz que você tenha ido a festa comigo ontem!

- Eu me diverti muito na festa pai! – disse Hermione levantando e indo abraça-lo. – O que está acontecendo pai?


- Por que a pergunta? – respondeu-lhe com outra pergunta.

- O senhor está com um sorriso enigmático e quando começa assim eu já sei que não vou gostar nadinha do que estar por vir!

- Convidei uma pessoa para vir almoçar conosco hoje! – disse ele esperando a reação da garota.

- E quem seria essa pessoa? – perguntou ela não gostando nem um pouco disso. – Não me diga que é...

- Gwen! – disse ele e Hermione o olhou espantada e surpresa. – Eu sei que você pode não gostar dela e...

- Não é que eu não goste dela papai! – disse Hermione e seu pai abriu um sorriso que logo desapareceu. – Eu a odeio!

- Não tem para que odiar a Gwen Mione! – disse ele.

- Ah claro que não! – disse Hermione sarcasticamente. – Ela apenas acabou com o seu casamento com a minha mãe, e pode ter certeza que ela é a pessoa mais feliz pela morte da minha mãe!

- Você não tem o direito de falar isso dela Hermione! – disse ele exaltado. – Ela não terminou com casamento algum!

- Não precisa se preocupar papai, eu sei a verdade! – disse Hermione enquanto grossas lágrimas caiam pelo seu rosto. – Eu sei do seu caso extra-conjugal com essa Gwen!

- Hermione você não tem o direito de me acusar de nada! – disse George. – Eu e a Gwen estamos namorando e espero que você respeite essa decisão e que em breve nós iremos nos casar!

- O senhor deveria pelo menos respeitar a memória da minha mãe por mais tempo! – disse ela com verdadeiro ódio do pai. – E pode ter certeza que eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para terminar esse relacionamento ridículo!

- Mais eu te digo que você não irá conseguir! – disse Gwen entrando na biblioteca e sorrindo para o namorado. – Como vai meu querido?

- Muito bem! – disse ele olhando de esguelha para Hermione que apenas observava a cena.

- Como vai minha futura enteada? – perguntou Gwen cinicamente para Hermione.

- Estava bem melhor antes de você chegar1 – disse ela. –Eu não vou ficar aqui vendo essa ceninha ridícula!

- Hermione volte aqui! – disse George em vão já que Hermione havia subido as escadas correndo. Hermione assim que fechou a porta de seu quarto chorava não de felicidade e sim de ódio de seu pai e de Gwen que nada mais era que uma golpista de 5ª categoria e já era divorciada de metade do mundo. Ela faria de tudo para acabar com esse casamento e não sabia ela que teria uma ajuda muito inesperada.

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