Prólogo
“Não sabia exactamente onde estava e muito menos o que estava acontecendo. Sentia o coração sufocado pelo medo e pela angústia... Algo de muito mal estava para advir, ela tinha a certeza. Continuou a caminhar no local desconhecido, olhando para todos os lados em busca de um sinal ou alguém que a explicasse o que estava a suceder. A noite estava fria… sombria… e silenciosa, aumentando o pavor que dominava os seus pensamentos. Um calafrio atravessou o seu corpo ao mesmo tempo que escutava passos a aproximarem-se. Ela observou a pessoa acercar-se cada vez mais perto, caminhava com determinação e uma certa distinção. Apercebeu-se de que era um rapaz, embora não conseguisse ver seu rosto. Não conseguiu apartar os olhos dele e, apesar de tudo, sentiu uma protecção vinda dele. Sentia que não só precisava da ajuda desse rapaz misterioso como também ele era o único que podia fazê-lo e ficou esperando que ele se acercasse...
Subitamente, ele parou de andar e ela percebeu que algo no céu captava a atenção dele. Viu-se obrigada, então a parar de observá-lo e acompanhou o olhar dele até ao céu. Assim que o fez, ficou tensa… gélida… um frio intenso tomou conta do seu corpo. No alto, uma lua irregularmente grande evocava atenção, não pela sua pálida luz abundante ou pelo seu tamanho, mas pelo seu tom, um vermelho sangue fartamente apelativo. Intimidada, buscou com o olhar o misterioso rapaz, mas não o encontrou. No lugar onde anteriormente ele estava, outro ser tinha tomado conta do corpo do garoto. Estremeceu ao pressentir a morte… a destruição… e a dor... Desamparada, caminhou sem rumo cada vez mais chocada com o que avistava. O coração quereria saltar do peito. Tropeçou em alguma coisa e baixou o olhar para verificar o que era. Um grito de horror rompeu da sua garganta assim que reconheceu os rostos disformes e ensanguentados...”
Lilian acordou do sonho, chorando. As lágrimas rolavam continuamente pelo rosto e as mãos transpiradas, tremiam. Virou o rosto em direcção às malas arrumadas ao lado do roupeiro e em cima delas encontrava-se a gaiola de Edwiges, a coruja branca do pai, dormitando. Sentou-se na cama e limpou os olhos às mangas do pijama. Fazia dois dias desde que regressara da casa dos Weasley’s, onde passara duas semanas de férias, na companhia destes e também de Thomas, filho de Rony e Luna e seu melhor amigo. Nesses últimos dias, os pais e ela passaram a maior parte do tempo no Beco Diagonal onde fizeram as compras para o início do ano lectivo: pergaminhos, tinteiros, penas, varinha, vassoura...livrarias, onde sua Hermione se demorou recomendando-lhe livros até para os tempos livres e de exames que iria ter só dali a quatro anos.
Pensou em escrever à Thomas, mas resolveu que o melhor seria não fazê-lo, uma vez que se encontrariam na estação no dia seguinte e também assim evitaria incomodar Edwiges. Puxou os lençóis e voltou a deitar-se desejando não voltar ter qualquer tipo de sonho.
Tocou a campainha e pouco depois a porta foi aberta. À frente dele, uma mulher baixinha, magra, quase cadavérica havia aberto a porta. Os olhos, um preto e outro avermlehado, eram anormalmente esbugalhados e o pescoço estranhamente longo. Os cabelos pareciam uma junção de diversos pêlos mortos. Estava vestida de uma forma anormal e extravagante. Era impossível atribuir-lhe uma idade definitiva. Debaixo daquela figura pôde reconhecer Meggie Vahans.
_Que assunto te trouxe até aqui, Taylor? – a voz arrastada e esganiçada da mulher demonstrou o indesejo de o ver.
_Não me vais convidar para entrar? - pergunta gentilmente. _Tu sabes o que poderia acontecer caso eu convidasse alguém da tua espécie para entrar em minha casa. – retruque ríspida e desdém.
O outro deu um meio sorriso e entrou mesmo sem que esta o tivesse convidado e ouviu-a fechar a porta atrás de si enquanto resmungava contrariada qualquer coisa. Conhecia Maggie e sabia que ela nunca o convidaria para o que quer que fosse, nem à ele, nem a ninguém. Olhou em redor, a casa era pequena e apertada. As coisas estavam amontoadas de tal maneira que a entrada de ar era pouca. Uma escada estreita e gasta dava acesso ao andar superior. E à volta, a sala estava repleta de dezenas de livros, de magia avançada e, banida, presumiu ele. Várias plantas estavam distribuídos pelos escassos espaços que sobravam no chão sujo e alguns prolongavam os ramos até ao tecto. Outras ainda, carnívoras, estavam tapadas com asquerosos frascos de vidro. Havia uma poltrona, de cor indefinida entre verde e castanho, com buracos. Ao lado deste havia um pequeno e antigo móvel, onde repousava uma caixa de madeira um tanto estranha e curiosa. Um caldeirão fervia ao lume donde saía um fumo esverdeado que espalhava um cheiro hediondo pela casa. Barulhos provinham dos diversos animais, e alguns até raros, que estavam presas em jaulas. Sete jaulas de corujas, sete de sapos e sete de ratazanas, mas estas últimas estavam soltas e em cima de uma bancada roíam um saco onde havia biscoitos ganhando bolor.
_Já pensou em trazer um elfo doméstico para viver contigo? Talvez passasse a receber mais visitas. - Taylor ironizou desagradado com aquele lugar.
_Veio aqui para apreciar o ambiente de minha casa ou para falar dele? - Maggie sorriu ao notar que as feições de Taylor haviam mudado. Em qualquer outro ser normal, falar-se-ia da idade. Mas relativamente à Taylor? Não.
Agora hirto e sisudo o homem pôde reparar nos dentes da bruxa, não sabendo já distinguir se eram todos amarelos ou se havia ainda alguns pretos.
_Eu não posso revertê-lo, Taylor, se é isso que te trouxe aqui.
_Eu sei que não, e isso preocupa-me. Mas o que significa? Ora Maggie, você tem de saber. Afinal foi você quem deu a conhecer esse presságio.- a voz saiu rouca e serena.
_Mas ele não se abaterá sobre ti. Porque não trouxeste o pequeno contigo? Assim poderia conhecê-lo e à ele talvez eu pudesse explicar melhor. - Maggie afirmou debochadamente.
_Ele tem apenas onze anos, Maggie.- o indivíduo sibilou pausadamente.
_E então? Sabe muito mais do que tu julgas... muito mais, Taylor… – ela interrompeu tirando um ingrediente embrulhado num saco e perfurando este com as longas unhas para adicionar ao caldeirão.
_Amanhã ele partirá para Hogwarts…
_E para juntos dos Slytherins. Você não pode desviá-lo Taylor, talvez não haja ninguém que o possa fazer. Ele é assim, nasceu assim e sempre assim será. É a linhagem. Tu mesmo sabes o que é esconder uma força terrível e as consequências desastrosas caso se descontrolar. O sangue do teu filho consegue deter todos os sentimentos e emoções e esse mesmo sangue pode controlá-lo à ele mesmo, e é por isso que ele é tão diferente de ti, Taylor. É isso que o torna inacessível e único. E é por isso que ele será…ambicioso e irreversível, o que o levará a pertencer a casa dos Slitheryns. – Maggie explicou como quem acabara de dizer algo complexo e inalcançável.
Taylor levantou-se e enquanto se dirigia a saída, ouviu-a dizer: _Mande cumprimentos meus ao pequeno e à Hellen.
“Uma menina ainda emana o brilho primordial. Ainda, é capaz de divisar a água cristalina a correr em vertentes alheias, consegue saborear a imaculabilidade que brota do ar sem grande esforço. Não consegue ver perversidades e impurezas, onde só habita o alegre sorriso de um adulto. O Céu é a harmonia dos sentimentos pródigos e o Inferno é o conflito dos instintos ávidos. O ideal e a utopia contra a atraente representação da morte. Ela contemplará o soturno manto sombrio e pressentirá que é o Fim de muitas coisas boas, senão de todas, pressentirá o flama gélido e suportará... Ele é apenas o portador do findar de tudo e da vontade que comandará as almas que mancharão de vermelho a Lua.E enquanto a ira for seu líder, o filho do Eterno levará muitos aos confins."
Desesperado e inquieto, despertou do pesadelo que o estava perseguindo pela quarta vez naquele mês. Nunca fora de ter noites bem dormidas, principalmente por causa de quem era, mas as últimas estavam sendo cada vez piores. Sentou-se na cama. Sentia a respiração descompassada… o corpo estava suado… a pele pálida e cálida como se estivesse ardendo em febre. Levou as mãos trémulas ao rosto e depois aos cabelos negros. Olhou para a janela que ficava ao lado da sua cama. O quarto estava mergulhado num escuro e mudez total, mas isso nunca se revelou um problema para ele. Fechou os olhos e pôde escutar uma breve aparência pacífica tomar conta daquele lugar, um silêncio vindo das entranhas da terra e que estava se transformando e agora aos poucos subia para se dispersar pelo céu. Era Verão, mas mesmo assim pôde sentir o cheiro a terra húmida invadir os seus sentidos. Minutos depois, bátegas de chuva, grossas como pedras começaram a cair e repentinamente todo o céu rebentou em estoiros de trovões, feixes e raios que iluminavam a noite escura como se tivesse voltado a ser dia, e um dilúvio que vindo das alturas desabou sobre a terra. As árvores funestas estalavam com a tempestade, rachavam num estrondo ensurdecedor acabando por tombar no chão. A natureza em redor gemia e gritava, vergastada pelo vento e pelo temporal desenfreado. A chuva castigava com veemência as paredes do castelo onde morava, mas o rapaz parecia não prestar atenção na fúria que se fazia sentir lá fora, nem no vento, nem nas trovoadas que ressoavam cada vez mais alto. Seus pensamentos estavam direccionados ao pesadelo que acabara de ter.
Na sua cabeça ecoava a voz puxada que pareceu não querer abandoná-lo: "Ele é apenas o portador do findar de tudo e da vontade que comandará as almas que mancharão de vermelho a Lua.E enquanto a ira for seu líder, o filho do Eterno levará muitos aos confins..."
E ela? Quem seria ela? Aquela que pressentiria o Fim de toda as coisas? E o que era o Fim? Foram estas as interrogações que o acompanharam para fora do quarto. O trajecto das escadas permanecia sombrio como ébano e o frio fazia-se sentir de forma possante. Outra coisa a que teve de se acostumar era a suportar a temperatura baixa. Vivia naquele castelo desde que nascera e agora com onze anos já conhecia todos os cantos e recantos daquela imensidão tanto com a luz do sol como com a da lua. Seguiu por um corredor onde as paredes estavam revestidas de minúsculos seixos. Pequenas e antigas taças rasas, com um espaço regular entre si que era preenchido por quadros, sustentavam tochas que tenuemente iluminavam o espaço. Ao longo do caminho era notório os quadros eloquentes e alguns até lúgubres de membros da sua família que pormenorizadamente decoravam as paredes pardas. Os quadros estavam impecavelmente cuidados. A sua família estava ali representada desde há séculos e nenhum deles se assemelhava com as fotos que se podia ver em jornais ou seminários bruxos. E ele sabia o porquê de assim ser e também as perspectivas de tal continuar assim por muitos e longos anos. Contornou o corredor, até que por fim parou à frente de uma porta que se elevava muito acima de sua cabeça. Este também havia sido minuciosamente ornamentado como todo o restante castelo. Sua mãe, Hellen, não deixava que a imundície tomassem conta daquilo que considerava um dia poder passar para as mãos dele. Abriu as duas portas e entrou. As tochas iluminavam o recinto. No fundo, sentado numa das poltronas estava seu pai. O casaco preto havia sido jogado ao lado da poltrona e agora descia vagarosamente para o chão onde segundos depois deslizou. Deixou a cabeça cair para trás e fechou os olhos. O semblante e as profundas olheiras demonstravam o cansaço que ele estava acumulando.
_Tudo bem? - o garoto perguntou notando a aparência magra e molhada, provavelmente da chuva, que ao ouvir a voz dele se recompôs no sofá.
_Não deverias estar dormindo? – perguntou encarando o filho por breves instantes.
_Estou sem sono. - disse acomodando-se no chão, à frente da lareira.-Onde esteve? - questionou vagamente.
_Já tivemos uma conversa sobre estas minhas ausências, não vamos estar…
_Eu sei que essas ausências são necessárias, mas continua sendo algo incompreensível. Ninguém quereria ser … assim… - o pequeno escolheu as palavras.
_Eu não escolhi aquilo que sou, mas tive de aprender a conviver com isso. E quando tu também aprenderes o mesmo saberás que não é tão incompreensível assim, se o fazemos é para sobriviver. - ele respondeu ríspido inclinando ligeiramente para frente com os dedos cruzados.
_ Eu sei quem somos, de onde vimos, mas…
_Um dia… um dia saberá o que é desejar sobreviver e quando isso acontecer te garanto que não olharás os meios para atingir os fins, porque de qualquer das formas você vai se sentir tão descontrolado que vai acabar por fazê-lo e na altura irá saber tão bem que os seus instintos implorarão para que repita o mesmo, vezes e vezes sem conta, até que se torne um vício… o seu único vício, mesmo que isso implique matar. - o garoto remexeu-se desconfortável e não ousou fixar os olhos azuis do pai.
_Então…isto é a vida?
_Sim, mas também é a morte. - o pai ultimou colocando uma mão nos ombros dele. -Vou-te dizer uma coisa: a vida assemelha-se bastante a morte. Não há grandes diferenças entre as duas. O seu caminho não é o mesmo que o meu e nem se reflectirá nos meus passos. Não te vou dizer que caminho percorrer, mas te aconselho em não ter pressa para chegar, nunca tenha pressa.- disse lembrando-se da conversa que teve com Maggie.- Estás ciente de quem é descendente, é herdeiro de um tempo de contraditórios. Resultado da aurora de um século de escuridão. À medida que o tempo vai passando, vais sentir que em ti, ele faz o propósito de se retardar mais. Estarás tão ansioso que contarás os dias e louvarás cada um que terminar. Eu tentava encontrar uma razão que explicasse no que me tornei e até hoje ainda continuo procurando essa razão. Mas a única razão capaz de controlar certos impulsos, não é nada menos, nada mais do que…o amor.Tanto podemos ser levados pelos ventos de um chamado destino, ou pelas vontades de alguém que consideramos superior, que construímos. Eu não me enverguei por nenhum desses caminhos. Sem que me percebesse, segui por outro que me conduziu à Hellen, à minha querida Hellen e posso te dizer que a tua mãe me salvou de muitas coisas. – o menino prestava atenção, adorava o jeito imprevisto como seu pai mudava o tom de voz para falar da mãe. – Ela conseguia explicar-me o inexplicável e exprimir o inexprimível. E me ajudou a assumir a fragilidade que cada dia me assolava. Fragilidade de um homem que ama e que tem por única certeza o seu final. - disse o homem perdido nas suas divagações.
_ Eu sei que os dias passarão, até que por fim chegue aquele em que tirarei das costas a responsabilidade de viver e, passarei a viver a mercê desses instintos e dos impulsos áridos. Quando fecho os olhos, caso não pense em nada, meu pai, a única coisa que posso ver perfeitamente nítida é a profundidade do plenilúnio, a que nomeio escuridão. E por isso é que me considero algo diferente desde que caí nesta vida. Mesmo antes de puder decifrar as cores e os sons, e ultimamente sinto que me impuseram nas mãos um fardo a carregar. Um fardo original cujo preço é a morte que tal como um ladrão chega em silêncio e inesperadamente.
_Não se culpe por esse preço, de nada adianta. Carreguei toda a culpa em viver. Não vivi e vou morrer. Sim, morrer para realmente começar a viver. Porque assim como esta minha culpa, tu também tens a tua sentença, aquela que te foi dada desde o princípio. E o tempo é um cruel companheiro, cada minuto que passa é um minuto perdido, que esvaece, que inutilmente é gasto antes que chegue aquilo que realmente ambicionamos.
_Mas tu meu pai, a mãe te salvou.
_Salvou sim, de todas as formas possíveis.
_Então... o amor..talvez..sinto-me incompleto e… fragmentado, como se estivesse superfluamente vivendo. Não me sinto vivo…E tenho uma nítida sensação que será sempre assim... Acho que não me conheço o suficiente para dizer o que quer que seja sobre mim, serei…?
_Incognoscível, eu diria. Preparou as suas malas para amanha? - perguntou mudando de assunto e também abandonando o tom sério.
_Sim…está tudo preparado. - respondeu sem entusiasmo.
_Vais adorar Hogwarts, é uma escola muito prestigiada.
_ Pois… A minha existência parece já ter sido planeada, já tudo esboçado e que eu me lembro, não dei voto na matéria. Todos os passos parecem amarrados, centrados em uma única realidade a qual não pertenço.
_Nada está planeado, nada…mas tanto eu como Hellen sabemos que o melhor é estar-se atento, vigiar em vez de ser vigiado, sair-se vencedor e não vencido…
_E senão…
_Isso é o menos importante. Verás que existem coisas mais desalentáveis a que tens de te adaptar quer queira, quer não. Talvez devesses ir tentar dormir. Amanhã espera-nos uma longa viagem até à estação King Kross. - disse levantando-se e dirigindo a saída.
_Vou daqui a nada. - o garoto fixou os olhos azuis para a lareira onde as labaredas insinuavam um baile. Lembrou-se do pesadelo que o interrompera o sono. E de seguida, este foi bloqueado pela imagem com que terminava todos os pesadelos. A imagem de uma desconhecida... brisa ... anoitecer.
N/A: Oi gente!Aqui é a Nick, uma das autoras de Plenilúnio. Entrei nesta nova fic a convite da Jane e me apaixonei pela idéia dela. Plenilúnio é a continuação de “Na sombra da libélula”, uma estória maravilhosa que mostra o reencontro do Harry e da Hermione. Nesta fic, vocês vão saber o que aconteceu depois que eles se acertaram! Novos personagens entram em cena e novos desafios estão por vir! Garantimos muito mistério, ação e romance, lógico! A Jane não pôde postar a N/A dela, pois está sem net, mas logo ela estará de volta. Comentem bastante, é importante para nós a vossa opinião! O prólogo da fic é dedicado a Andrea Pismel, uma leitora fiel e super legal, e que vai ser a beta da fic! Andréia, sua prima não pôde escrever a N/A dela, mas não deixou que o dia do seu niver ficasse sem o presente prometido! Espero que goste e nos conte o que achou! Tudo de bom e do melhor para você! PARABÉNS! Muitas felicidades!Beijooo Até o próximo capítulo!
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