Naj, Remus e Voldemort



Capítulo 17- Naj, Remus e Voldemort

Ao acabar a reunião, Voldemort ficou com a sensação que os membros da Ordem da Fênix, apesar de bonzinhos, sabiam planejar e se organizar. Todos haviam saído, apenas ele permanecia sentado na mesma cadeira. Havia superado com mais facilidade do que imaginava o fato de que agora estaria recebendo ordens do menino-que-sobreviveu. Mesmo porque Harry não agia como se mandasse, mas decidia tudo de forma democrática.
Mas havia mais coisas que não saíam da cabeça do temido lorde das trevas. A principal tratava-se de uma jovem de cabelo castanho claro, alta, de olhos exatamente do mesmo tom dos cabelos e rosto meio arredondado. Chamava-se Najha. Não fora o físico o que atraiu primeiro. Mas a segurança e a inteligência. Ela foi segura o suficiente para expressar o que sabia. E para confiar na própria intuição. Bella estava cega pelo fato de rever a filha. Voldemort sabia que Penny também era filha dele e por isso desconfiava mais ainda da garota. Ele mesmo havia sumido no mundo após se formar, como Penny fez. E reapareceu completamente transformado. Quantos bruxos das trevas não faziam o mesmo. E ele conheceu Penny por um curto período de tempo. Apesar disso, foi suficiente para perceber que a garota não dava a mínima para os outros. Ela estava namorando o Sirius, se dizia apaixonada, mas entregou-o de bandeja para Bellatrix matá-lo. E esse era o principal argumento que ele tinha para não confiar na garota. Sabia que Snape se aliaria a Dumbledore desde o momento em que decidiu matar Lily. Mas Snape era fiel aos seus sentimentos, era leal a si e às pessoas que amava. Uma prova disso foi como ele tentou a todo custo proteger Draco.
Penny não se preocupava com ninguém. Nem com a filha. Largou a garota no fim da guerra e sumiu. Antes de a guerra acabar. Simplesmente a deixou na porta dos Malfoy com um bilhete que dizia qu ela ia cuidar da própria vida e chamando a pequena Celene de empecilho, de pedra no caminho. Isso revoltou Voldemort. A pequena havia começado a amolecer o coração dele. Viu a garota nascer, crescer... Não queria que ela sofresse por não ter uma mãe.
Naj tinha as qualidades que ele admirava em Bella antes de Azkaban. Segurança, inteligência, autocontrole... E ele não sabia porque diabos não conseguia para de pensar nela.
Era a primeira vez que a via. E se ela n’ao tivese nem reparado nele?
Mas Voldemort não era o único a pensar nisso.
Na sede da Ordem, havia mais alguém que não parava de pensar na jovem Naj. Um alguém que estava acostumado com as dores da vida, com a rejeição, com o abandono, tanto quanto Celene. Não por ter sido abandonado pelos pais. Muito pelo contrario. Os pais dele e os 4 amigos foram as pessoas que mais o apoiaram. Alem deles, apenas algumas pessoas confiavam nele. Passou a vida toda sem conseguir sequer um emprego por causa de sua licantropia. E isso o tornou inseguro. Não estava preparado para gostar de outra pessoa. Já tinha a missão de conquistar a confiança e carinho do filho, Teddy. Quando Nymphadora começou a se aproximar dele querendo conquistá-lo, ele se afastou mais. Mas isso não foi motivo para a Metamorfomaga desistir. Muito pelo contrario. Isso fez com que ela tentasse mais. Ele sentia saudades de Tonks. Mas estava começando a gostar de outra garota. E como o filho reagiria a isso? E como ele faria para conquistá-la? Nessa hora ele reagiu a esse pensamento. Quem disse que ele teria alguma chance?
Lupin olhou ao redor. Estava na sala de estar da mui antiga e nobre casa dos Black. A tape;ária que Sirius tanto odiava estava bem diante de seus olhos. Ele procurou o nome de Regulus. Sabia que o de Sirius estaria ao lado se não tivesse sido apagado. Ao deparar-se com a mancha que seria Sirius percebeu que duas linhas saiam dele e ligavam aos nomes de Celene e Jacke. E o nome de Sirius havia voltado para a tapeçaria. Remus nunca entendeu direito o porque de Sirius ter sido cortado. E por que Harry não estava incluído na tapeçaria?
Remus voltou apensar em Naj. O modo delicado dela. O jeito introvertido e tímido.Isso o havia encantado. Mas ele tinha certeza que ela não ia querer nada com ele. Principalmente depois que soubesse de sua doença.
- Nossa, então essa fumaça preta que ta enchendo a sala ta saindo da sua cabeça. –falou Jacke sentada em uma poltrona atrás dele.
Remus não havia percebido ela entrar e tomou um baita susto quando ela falou.
- Você era mesmo um dos marotos? Cadê a sua confiança em si mesmo? Largou no outro mundo junto com a Nymphadora? –perguntou Jacke
- Não... Olha você não sabe do que esta falando... –falou Remus
- Você ta gostando da Naj. Eu sei do que estou falando. –falou Jacke
- Ta, você sabe... Mas o que entende da situação? –falou Remus sentando-se ao lado dela
- Entendo que eu conheço seu filho melhor que você. Acha mesmo que o Teddy vai te julgar por estar apaixonado ou se apaixonando? Não vê que ele já percebeu o modo como olha para a Naj? –perguntou JAcke
- Ele percebeu? –perguntou Remus
- Percebeu. E ta torcendo para que você fale com ela. Só não pode falar nada contigo porque teve que sair correndo para uma reunião de aurores no Ministério. –falou Jacke
- Ele cresceu sem um pai. –falou Remus
- E ta tendo a oportunidade de ter um pai agora. Eu sei o que é isso. O meu morreu logo depois do meu nascimento. Acha que não vou aproveitar que ele ta de volta? –falou Jacke
- Acha que o Teddy vai aceitar uma aproximação? –perguntou Remus
- Acho que ele esta esperando que você se aproxime dele. –falou Jacke
- E a Naj? –perguntou Remus
- A Naj é muito gente boa. Apesar de Griffinoria. Eu e a Perse éramos da Sonserina. A Naj, a Sofia e a Gaya eram da Griffinoria. –falou Jacke
- Eu fui da Griffinoria. –falou Remus
- Bem, vou ter que ser mais direta. Acha mesmo que sua Licantropia seria desculpa para ela te dar um fora? Isso não combinaria em nada com a Naj. –falou Jacke
- Como sabe? –perguntou Remus
- Eu conheço a Naj a muitos anos. Ponho minha mão no fogo de que ela não vai achar isso um empecilho. –falou JAcke
- Perguntei como sabe da minha licantropia. –falou Remus
- Sabendo. Segredo de estado. Sabe, os marotos eram nossos ídolos. –falou Jacke
- Isso significa que fizeram coisa ilegal. Legilimens? –perguntou Remus rindo
- Não é de todo errado aprender Legilimencia como autodidata. –falou JAcke
- E mais quem sabe desse meu segredinho? –perguntou Remus
- Bem, acho que a Naj já sabe. A Perse ta te chamando pelo nome? –perguntou Jacke
- Sim. Me chama de Lupin. –falou Remus
- Ou ela não sabe ou tava mais preocupada em zoar com o cãozinho. Se ela souber vai te zoar ate cansar. Se prepara para os apelidos tipo lobinho, focinho mensal, saquinho de pulgas selvagem... –falou Jacke
- O que sugere... para... conq-quist-tar a Naj? –perguntou Remus
Jacke abriu um enorme sorriso.
- Vou ser uma cupido!!!! Bem, a Naj é romântica. Mande flores. Com um cartão bem bonito. –falou Jacke
- So isso? –perguntou Remus
- Claro que não! Esse é o primeiro passo. Têm outros. Mas vamos devagas com o andor porque o santo é de barro. Você pode elogiar a forma como ela participou da reunião. E se oferecer para ajuda-la a escolher os feitiços isolantes. –falou Jacke
- E por que não falar diretamente que eu a achei simplesmente fantástica? –falou Remus
- Porque não vai dar para prever a reação. Nem sempre é possível ser tão direto. Vamos com calma e primeiro uma aproximação mais sutil e discreta, ta bem, lobinho? –perguntou Jacke
- Lobinho? –perguntou Remus
- A Perse não é a única sonserina da Ordem... –falou Jacke
- Nossa... –falou Remus
- Bem, normalmente seriam enviadas rosas vermelhas. Mas nesse caso acho que você impressionaria mais se fosse original. Que tal Petúnias? –perguntou Jacke
- Ela gosta de Petúnias? –perguntou Remus
- Acho que sim... –falou Jacke
Jacke sacou a varinha e conjurou um cartãozinho vermelho e dourado.
- Que Salazar não me veja usando tais cores, ou ele vai me cozinhar no caldeirãozinho dele lá no inferno... –falou JAcke
- O cartão é bonitinho... –falou Remus
- Mais griffinorio impossível. Bem, vamos para a mensagem. –falou Jacke
- Que tal “Me impressionei com a forma com que participou da reunião. Acho que é uma garota muito determinada e especial, para a pouca idade...” –falou Remus
- Não que chama-la logo de fedelha, não? –perguntou Jacke
- Parece que estou chamando ela disso? –perguntou Remus
- Em outras palavras “Você é uma fedelha, mas é mais esperta que o normal.” Tente algo um pouco menos cronológico. –falou Jacke
- Me sugere...Eu não estou em condições de pensar em nada. –falou Lupin
- “Cara senhorita Lazaretti, gostaria de saber se posso participar da seleção de feitiços isolantes. Acho essa matéria fascinante e seria uma excelente oportunidade de saber mais a respeito. Fiquei impressionado com sua participação na reunião, foi discreta e ao mesmo tempo destacou-se por sua inteligência e astúcia. Abraços. Remus J. Lupin”. O que acha? –perguntou Jacke
- Perfeito... Vamos enviar? –perguntou Lupin
- Obvio que sim. Mas com a sua letra. Vou conjurar o vaso de Petúnias. –falou Jacke
- Vaso? -perguntouLupin
- Um vaso dura mais do que algumas flores. E fará ela lembrar de você por mais tempo. E mais vezes. –falou Jacke
- Garota, você puxoua esperteza do seu pai. –falou Remus
- Sou Sonserina. O ponto forte é a astúcia. –falou Jacke conjurando um belo vaso de Petúnias roxas.
Anexaram o cartão ao vaso e a coruja de Albus entregou-o na casa de Naj. Logo depois , retornou com a mensagem de que se encontrariam no dia seguinte para conversar sobre a seleção dos feitiços.

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