Sirius e Persefone



Sirius andava de um lado para o outro na casa dos Gritos. Encontrava-se em seu quarto pensando em Persefone. Será que conseguiria amar aquela garota que havia voltado como Perse? Eram tão diferentes... Não fisicamente. Mas psicologicamente não pareciam a mesma pessoa. A Perse que ele conhecia era patricinha, mas se importava com os sentimentos dos outros. Não era tão mimada. Essa ele via como mimada e egoísta. Alguém que exigia ter o que quisesse na hora que quisesse... E ai de quem não cumprisse. Onde tinha parado aquela Perse que ele tanto amou?

Levantou-se e pegou a rede de floo até a casa dos Malfoy. Ao sair da lareira, deparou-se com Lucius Malfoy bebendo licor na frente da lareira usando um robe verde e pantufas de oncinha.

Sirius olhou aquilo espantado. Lucius olhou para os próprios pés e só nessa hora percebeu que havia pego os chinelos errados.

- Sem piadinhas, Black! O que veio fazer aqui? -perguntou Lucius Malfoy

- Não sei... -falou Sirius

Lucius olhou-o, medindo-o. Onde estava aquela altives que Sirius exibia para quem quisesse ou não ver?

- Imagino que seu problema seja uma garota de 1,78m e cabelos loiros. Terceiro quarto à direita. -falou Lucius apontando para a enorme escada de mármore atrás de si. Sirius levantou-se sem falar nada e seguiu para o local indicado. Entrou no quarto sem bater, deparando-se com um comodo claro e bem iluminado, com uma cama enorme no centro e aparentemente bem confortável, apesar de todo rosa. Sentada em um canto, numa escrivaninha, estava Persefone. De costas para ele.

- Olá, Lestrange! -falou Sirius

A dor de ter sido traído por aquela garota aparentemente frágil subiu completamente em sua garganta.

- É Noodstrong! Meu último sobrenome é Noodstrong, Black! -falou Persefone sem virar para olhá-lo.

- Olha para mim! -falou Sirius

Persefone continuou imóvel segurando algo na mão.

Sirius caminhou até ela e a virou na marra. Viu que o rosto da garota estava avermelhado, molhado.

- Remorso? -falou Sirius debochado

A jovem soltou-se dos braços de Sirius.

- Me deixa em paz, Black! Não temos mais nada! -falou Persefone

- Muito fácil falar, não? -falou Sirius

- Vai embora! -gritou Persefone

- Não vou embora enquanto não conversarmos! Enquanto eu não despejar sobre você o mal que me fez! -falou Sirius

- O Mal que eu te fiz? Eu matei minha irmã! Perto disso, o que fiz com você não é nada! -falou Persefone

Sirius ficou olhando-a boquiaberto.

- Eu te amava, sua fedelha mimada! -falou Sirius

- E eu não te amava! Eu nem te conhecia! Acorda! Você tava morto! -falou Persefone

- Você tava morta! E eu te trouxe de volta à vida! -falou Sirius

- Eu não me lembro de nada do que você me contou! Isso agora só existe em você, Sirius! Me deixa em paz! -falou Persefone

Sirius observou o pequeno objeto trouxa na mão dela.

- Não sabia que os Malfoy te deixavam brincar com testes trouxas de gravidez... É diver... -falou Sirius só se dando conta do que falava no final.

Persefone empalideceu.

- Quem é o pai? -perguntou Sirius

Persefone deu um tapa no rosto dele.

- Não é da sua conta. Agora sai daqui! -falou a loira

- Isso você me deve! -falou Persefone

- Draco não pode ter filhos... Vamos ver se advinha, Black! Agora fora daqui! -falou Persefone

Os olhos da menina se encheram de lágrimas.

- Eu vou ser pai? -falou Sirius

- Eu vou ser mãe com 15 anos! -falou Persefone

Sirius a abraçou e ela chorou como criança.

- Eu tô com medo, Sirius! Eu não sei o que vou fazer... -falou Persefone o abraçando

- Você não tá sozinha... Eu tô aqui... Fica calma. Não vou te largar. -falou Sirius

- Desculpa por ter sido uma idiota tão grande. Você não merecia aquilo. -falou Persefone

- Nós vamos superar isso juntos, tá bom? -falou Sirius

Persefone concordou com a cabeça.

- Eu vou ser pai... Pode imaginar como isso é bom? -falou Sirius

Persefone o abraçou com mais força. Ficaram ali, abraçados, apenas sentindo um o carinho do outro por horas.

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