Capitulo 14



N/A: MIL DESCULPAS PELA DEMORA!!

Capitulo 14


Enfermaria de Hogwarts, janeiro de 1977.


A fumaça roxa envolveu a eles e quando ela desapareceu, o lugar onde antes estiveram os 9 adolescentes se encontrava vazio, como se eles nunca tivessem estado ali.


-Agora sim, o tempo vai voltar ao seu lugar. - disse o diretor.


Marotos e M.A.L.'s começaram lentamente a desviar o olhar do lugar onde estiveram antes. Prongs colocou um braço em volta dos ombros de Lily e a ruiva se apoiou nele, buscando conforto. A outra mão dele foi parar no bolso do casaco, onde encontrou algo que não estava ali antes.


-O que é isso? - perguntou James, tirando a mão do bolso e trazendo junto o pedaço de pergaminho.


-Só olhando pra saber. - disse Lily, sem se importar muito de ter deixado James a abraçar, na verdade ela até estava gostando e muito da sensação de ter James abraçado a ela.


James abriu o bilhete. Conforme lia, seus olhos se arregalavam e ao terminar, ele lançou um olhar mortal a Peter, um preocupado a Sirius, um culpado a Remus e um cheio de amor e de cuidados para Lily.


-O que diz ai? - perguntou Sirius curioso.


-É um recado do Harry... - respondeu Prongs.


-O que diz? - perguntou Lily.


Papai.


Me disseram várias vezes que eu não deveria dizer nada a vocês. Mas se eu não fizer isso, estou perdendo de vez a última chance que eu tenho de ter uma infância feliz.


NÃO confie no Peter. Ele é um traidor, um comensal da morte. Por culpa dele você e a mamãe vão morrer. Por culpa dele Sirius vai passar doze anos em Azkaban. Por culpa dele Remus vai viver sozinho por muitos anos, acreditando que não merece ser feliz.


Eu não podia deixar que isso acontecesse de novo.


Por favor, acredite em mim.


Seu filho,


Harry.


******


Sala do Diretor, Janeiro de 1997.


-Temos que ter certeza que isso não vai alterar o futuro. - disse Remus – Mas... como fazemos isso?


-Eu tenho uma ideia. - disse Ted.


-E qual é essa ideia? - perguntou Dumbledore.


-Nós podemos mandar uma carta-feitiço pra eles. - respondeu o metamorfomago.


-Uma carta feitiço? - perguntou o diretor.


-É! Daqui mesmo. - disse Ted – colocamos um feitiço de esquecimento na carta, mandamos ela para a sua sala e Hogwarts se encarrega de apagar a memória de todos.


-Foi exatamente isso o que fizemos. - disse o quadro do diretor Dippet.


-Mas porque temos que fazer isso?! - exclamou Harry – porque não podemos mudar o que aconteceu?


-Porque nós não sabemos em como vai resultar essa mudanças, meu rapaz. - começou ma argumentar o diretor.


-É, Harry, mudar a história daquele ponto no tempo pode ser desastroso. - continuou Remus – você pode nem nascer. Dizer a eles que vão morrer pode fazer eles quererem viver a vida o mais possível, ter você e cuidar pra que nada aconteça, ou deixá-los tão preocupados que você pode nem nascer. E se você não nascer, Voldemort não teria deixado de existir por tantos anos, e estaria reinando com ainda mais força do que tem hoje.


-É isso mesmo, Harry. - disse Ted – as consequências podem ser muito piores do que você imagina.


-Não... - murmurou Harry, lágrimas escorriam por seu rosto – eu não tinha pensado nisso... eu só queria... só queria...


-Ser feliz. - respondeu Lily – você vai ser, papai. Nós somos prova disso. Você VAI vencer, e VAI ser feliz. Muito feliz.


Harry se abraçou a Ginny, continuando a chorar, enquanto Ted, Dumbledore e Remus preparavam a carta-feitiço que eles iriam mandar para o passado.


Minutos depois, Harry tinha parado de chorar, mas continuava abraçado à ruiva. A carta estava pronta, e Ted usou a lareira da sala do diretor para mandá-la sem perigo.


*****


Diretoria, Janeiro, 1977.


Albus Dumbledore estava em sua sala, depois de ver os Viajantes voltarem ao tempo deles, e deixar os Marotos sozinhos. O tal bilhete deixado por Harry o intrigava e muito. O garoto não deveria ter feito aquilo, as consequências poderiam ser desastrosas, mas ele, Albus Dumbledore, não podia fazer nada daquele tempo, não sem ter certeza de como isso interferiria no futuro do mundo bruxo.


Eram esses os pensamentos do maior bruxos de todos os tempos. Albus estava tão envolvido em suas colocações que nem sequer percebeu uma conhecida fumaça laranja surgir de sua lareira.


Lentamente a fumaça laranja cobriu toda a lareira, começando a escapar de dentro do envelope que ali surgia. Os quadros na diretoria, ao contrário do diretor, percebiam o que estava acontecendo, e juntos pediam ao castelo, à magia que fazia de Hogwarts tão mágica quanto era, para que o pedido emitido pela carta fosse concebido.


Dumbledore continuava pensando em como fazer para o bilhete não alterar o futuro do mundo. E de um momento para o outro, seus pensamentos se voltaram para a questão do jovem Snape, que havia caído desacordado a vários dias e ainda não havia acordado. O que o diretor não conseguia lembrar, por mais que se esforçasse, era COMO o jovem Snape tinha ido parar na enfermaria.


De um segundo para o outro, o imenso problema causado pela viagem temporal de alguns alunos havia desaparecido completamente de sua mente. Para só voltar muitos e muitos anos depois, quando esses mesmos alunos voltassem no tempo.


******


Sala Comunal Grifinória, 1977.


-Como você pode fazer isso com a gente, Peter! - brigava James – eu achei que você era meu amigo! Um irmão! Um maroto!


-Ma-mas James! - tentava se defender Wormtail – eu não sei do que você está me acusando! O que foi que eu fiz?


-Como você teve coragem de entregar eu, a Lily e nosso filhinho para aquele maldito bruxo das trevas! - continuou gritando Prongs.


A essa altura, metade dos grifinórios já estava reunida na sala comunal, olhando sem entender o que se dizia ali. Padfoot e Moony também olhavam zangados para Peter, tendo lido a carta mandada por Harry.


-E ainda por cima ME acusar de ser o traidor! - continuou Sirius.


-COMO você teve coragem, Peter? - perguntava Remus – nós sempre dissemos que os Marotos estão a cima de tudo!


A briga continuava. Os três marotos se revoltando contra Peter. Ninguém ali percebia que lentamente uma fumaça laranja entrava por uma fresta no buraco do retrato.


-É! - concordou Lily – eu sempre soube que você não combinava com os marotos, mas chegar ao ponto de nos entregar? Eu nunca achei que você pudesse ir tão baixo!


-Como você pode, Peter! - gritou James.


A essa altura, a fumaça já havia se espalhado por toda a sala, e foi bem nesse momento que a magia se fez, e todos esqueceram a visita dos Viajantes do tempo, assim como a carta escrita por Harry, que se queimou por conta própria, no bolso de James – sem, contudo, queimar a roupa dele.


-Porque é que você está gritando comigo? - perguntou Peter, completamente confuso.


-Você sabe muito bem! - continuou James, tentando se lembrar do porque.


-Não, eu não sei! - se defendeu o maroto loiro – porque?


-Por... ah! Sei lá! Eu nem lembro mais... - deu-se por derrotado o animago cervo – provavelmente era uma coisa boba como uma tarefa de casa ou algo assim...


-Tarefas de casa não são bobas! Nem inúteis! - brigou Lily – e porque todos estão reunidos aqui? Não tem nada pra se ver aqui!


Como se nada tivesse acontecido, os Marotos, Lily, Alice e Marlene foram cada um para o seu lado. Sem sequer se lembrar que há poucas horas eles haviam sido coroados os bagunceiros mor de Hogwarts, e que demoraria muitos anos até que surgisse alguem capaz de tirar esse título deles.


O que eles também não lembravam, é que James e Lily havia feito uma trégua, e que em meio a ela Lily havia se apercebido que não o odiava, mas que James realmente era uma pessoa maravilhosa.


Mais um ano teria que vir, antes que Lily se desse conta disso novamente. Para o azar de James.


*****


Sala do Diretor, 1997


-Está feito. - disse o Diretor – e isso também explica porque eu não me lembrava da estadia de vocês nesse ano. Já que eu meu lembro perfeitamente da visita que os Marotos e as M.A.L.'s fizeram ao ano de vocês.


-Eles não vão mais se lembrar de mim? - perguntou Harry.


-Não, Harry. - respondeu Remus tristemente – mas nós sempre tivemos a sensação de que tinha alguma coisa faltando, naqueles últimos anos de Hogwarts, como se nós tivéssemos nos esquecido de alguem muito importante. E eles te amaram. Te amaram desde o momento em que Lily descobriu que estava grávida.


-Bom... - disse Scorpius – acho que agora é hora da gente ir pra casa, não é mesmo? Nossos pais devem estar furiosos com a gente. Principalmente o meu!


-O senhor está correto, Sr. Malfoy. - concordou o diretor – é hora dessa pequena viagem de vocês terminar.


-Antes, Professor. - disse Ted – eu preciso falar com a professora McGonagal.


-É mesmo? - perguntou Remus curioso.


-É! Foi o padrinho quem pediu. - respondeu o metamorfomago.


-Muito bem. O senhor pode ir falar com ela, mas volte aqui assim que terminar.


-Claro. - disse Teddy antes de sair da sala.


-Quanto a vocês, eu peço que os senhores se despeçam já, e sem recados sobre o futuro. - aconselhou Dumbledore.


Harry, Ginny, Ron e Hermione abraçaram Lily, Scorpius, Albus e James. Harry até mesmo cumprimentou sua futura filha pelo namoro, mesmo já tendo ouvido histórias sobre ele ser contra o romance no futuro. Conhecer o loiro, realmente conhecer o loiro, fez com que Harry percebesse que Scorpius Hyperion Malfoy só tinha a aparência dos Malfoy e não o temperamento ou os preconceitos pelos quais a família era conhecida no tempo do moreno.


Quando Ted voltou, Minerva McGonagal estava junto com ele. A cara da professora era uma mistura de alívio, já que seus alunos haviam finalmente voltado, e resignação, pois ela agora tinha uma tarefa a cumprir, que apenas ela e Ted conheciam.


Ted chegou já se despedindo. O adeus à Hermione, Ron e Ginny foi apenas um abraço e um até logo. Quando, porém chegou a vez do metamorfomago se despedir de Harry, ele o puxou para um canto antes de cochichar ao ouvido dele:


-Padrinho... tá, você ainda não é o meu padrinho, mas vai ser. E pra você chegar lá você ainda vai ter que lutar muito, Harry. Mas saiba que vai valer a pena. Realmente. Você vai finalmente conseguir paz. E felicidade. Não esquece. O que já aconteceu não pode ser mudado. E nós, eu, a Lil, o Jay, o Al e até o Scorpius, somos prova de que a vitória está do seu lado. Se cuida.


Depois de se despedir de Harry, Ted olhou para Remus, seu pai. A vontade de contar tudo aquele homem, que deu a vida para que houvesse a possibilidade de um futuro melhor, voltou mais forte do que nunca. Sem dizer palavra, o metamorfomago se jogou nos braços do licantropo, abraçando-o com força. Uma lágrima caiu dos olhos do Lupin mais novo.


Remus ficou temporariamente chocado com a profundidade dos sentimentos que ele podia sentir saindo de seu futuro filho, mas logo se recuperou, o abraçando de volta. Uma lágrima solitária também deixou o olho âmbar do lobisomem, que expressava ali todo o amor que ele já sentia por seu filho, mesmo que ele ainda nem estivesse nos planos do Lupin mais velho. Minutos se passaram, antes que um deles resolvesse se soltar do outro. E então, lentamente, eles se soltaram. Nenhuma palavra foi dita. Mas nenhuma era realmente necessária. Eles sabiam o quanto um significava para o outro.


Depois dessa despedida, os Viajantes do tempo se reuniram dentro da lareira do diretor, como o Harry do tempo deles havia feito tantos dias atrás, quando foi devolver os Marotos a seu tempo devido. De lá de dentro Ted se posicionou, um novo vidro de poção roxa em sua mão. Olhando uma última vez para seu pai, o metamorfomago soltou a poção no chão. Disse Tempurus futurus, 2022 e então eles se foram, envoltos em uma intensa fumaça roxa. Era a vez de Minerva McGonagal fazer a parte dela e apagar a memória de todos. Menos a dela.




N/A: Então... esse é o penultimo cap... espero que tenham gostado!!!


É tão triste saber que ja tá acabando... mas é assim mesmo, né?
se alguem tiver ai tiver algum pedido, sobre a história, alguma cena que queria que tivesse e não teve, coloca no comentário e quem sabe voces não recebem capitulos extras??


É isso! DEIXEM COMENTÁRIOS!!!

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