Segredos
7 – Segredos
Devagar ele entrou na cabana, mas parou na porta. Reconheceu com facilidade o lugar. Há muito tempo atrás teve encontros escondidos com Mégara Antoniet Black Rose enquanto o pai dela reunia mais seguidores para seu plano insano, que agora era Antoniet quem queria concluir.
Não sabia ao certo quanto tempo havia se passado, mas o lugar estava muito diferente, o que queria dizer que era mais do que ele imaginava. Ela estava sentada na poltrona em frente à lareira apagada, no braço da poltrona estava uma morena muito bonita, elas falavam num tom muito baixo. Não sabia como agir, mas manteve sua postura arrogante a todo momento.
Seu olhar se encontrou com de Antoniet e por um segundo pensou ter visto a sombra de um sorriso passar na face pálida de sua amada.
– Apolium... – murmurou ela.
– Creio que tenha me invocado por algum motivo.
– Sim.
– Qual??
– Saberá na hora certa, não quer sentar??? – Perguntou com o olhar longe e sobre o olhar intrigante de Andrômeda.
Apolium aproximou-se e sentou numa poltrona em frente à dela, ficaram se encarando por uns instantes, Andrômeda saiu da sala e eles nem sequer notaram tal fato, um olhando nos olhos do outro.
– Muita coisa mudou, não se encontra nada mais como era. Nossa raça enfraqueceu, hoje chegamos e ser tidos como inferiores aos bruxos. – começou Antoniet.
– É deprimente.
– Muito, mas irei acabar com esse insulto.
– É só por isso que me invocou, me trouxe de volta, o seu noivo morto?
– Eu o traria de um jeito ou de outro, mas não seria agora se eu não precisasse tanto de você...
– Como sempre sou indispensável para você... – sorriu cínico.
– É apenas necessário no momento, não me venha com essa pretensão. Não se esqueça que te trouxe da morte, posso muito bem levá-lo de volta.
– O que devo fazer??
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Rony estava desesperado não sabia o que fazer. Tentava a todo custo manter a calma, mas isso se mostrava quase impossível devido às circunstâncias, Hermione parecia dormir tranquilamente, respirava lentamente inconsciente que não poderia acordar. Ele precisava achar uma solução. Qualquer uma. Lembrou-se das mulheres do bosque, as vampiras, pois isso ele já tinha notado, talvez com alguma insistência elas poderiam ajudá-lo, ele até prometeria abandonar a missão, nada relativo ao trabalho valia a pena a vida de sua musa.
Pegou o casaco, pois o frio do outono já havia começado, deu uma ultima olhada na Mione e cobriu-a com o edredom, fechou todas as portas e janelas da cabana, Eduarda teria que entender, provavelmente entenderia quando visse o estado da amiga.
Apesar de já estar de manha, ainda estava meio escuro, o céu nublado não ajudava em nada na sua busca. Entrou no bosque e com cinco minutos de caminhada viu que as arvores começaram a ficar mais juntas, assim a iluminação também diminuía. Foi com um grito de raiva que percebeu que havia perdido o caminho.
Não desistiria, estava com a varinha, acharia o caminho de volta, mas agora precisava encontrar logo onde diabos estava aquelas mulheres.
Andou mais depressa e mais convicto, tinha um objetivo, salvar a Mione, ele conseguiria, nem que fosse pagando com sua por sua própria vida. Chegou numa clareira no meio do bosque quando chegou a uma hora de caminhada. Já era dez da manha. Esta clareira não era igual as outra que viu quando tinha se aventurado pelo bosque nas ultimas vezes, essa era macabra. Parecia que a vida ali acabara junto com os crânios e esqueletos esquecidos ali. As roupas apodrecidas que vestiam esses esqueletos se mostravam bem conservadas, e mostravam também que eram de uma época remota, muito antiga.
Havia umas ruínas, o que pareceu que um dia já foi um altar, pedras marcadas com runas, palavras escritas em latim e línguas mortas.
Parecia que até os animais não gostava de lá, não se ouvia nada, nem os pássaros, completamente... nada.
Ficou na defensiva.
Andou mais um pouco, reparou em tudo, sentia que algo tinha de estranho naquele lugar. Se aproximou do que era pra ser um altar e viu um esqueleto pequeno, provavelmente de uma criança. Metade de seu corpo estava debaixo da terra junto com o braço esquerdo, a posição lhe dava a impressão que a criança segurava algo. Movido pela curiosidade ele começou a cavar como as mãos, logo pegou uma pedra pontiaguda para ajudar.
Era de couro de dragão com pedra preciosas pequenas incrustadas, um livro muito pesado. Mas estranhamente ele estava impecável, algo difícil de entender. Pegou-o com cuidado, parecia uma relíquia.
Abriu-o lentamente levemente encantado com a beleza de tal artefato. Sentiu-se estranho, não era um simples livro, era um diário. Na capa tinha as letras M.A.B.R no lado direito inferior escrito em dourado.
Abriu numa pagina escrita.
Não sei o porquê, parecia ser tão certo, o que poderia dar errado? Hoje era para que eu triunfasse, não era para estar na minha cabana sendo cuidada por uma reles criança pobre.
A questão é que essa criança tem me ajudado, aparentemente ninguém daria nada por ela,mas ela conhece coisas que eu nunca imaginasse existir. Não pude ignorar esse fato. È órfã. Assim que me dispor de tudo que ela sabe será um bela banquete. Uma presa perfeita.
Ela me proferiu um feitiço, o melhor deles. Não me faz imortal, mas me faz dormir por anos com meu corpo intacto e vivo. Como se eu estivesse congelada. Quando acordar, meu relógio de vida volta a correr como um mortal que sou. Não sei quando tempo terei para concluir meus planos, terei paciência.
Ron terminou de ler aquilo levemente assustado, não sabia o porquê, mas aquilo não era nada bom...
Folheou mais algumas paginas.
Estou muito próximo de meus objetivos, Consegui um caixão para descansar por esses anos sem ser perturbada. Qualquer um que achar não ousará viola-lo, algo a ver com trouxas ter medo que os mortos voltem. Tolice. Mas é um disfarce genial.
Já sei como usar o feitiço, fiz uns cálculos também... A noite perfeita pro meus planos só reaparecerá daqui a mais ou menos mil anos, é muito tempo, mas sei que não o sentirei passar.
Preciso acertar muitas coisas, deixar-me preparada.Tayná, a garotinha que me ajuda garante que tudo dará certo.
Só lamento deixar tudo que mais me importa para trás, mas é para um bem maior.
Estava bem claro, tudo rodava em torno de um plano, um plano insano e perigoso.
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Eduarda acordou meio estranha, parecia que quase não tinha dormido, levantou-se e foi tomar um banho para despertar melhor. No chuveiro deixou a água escorrer livremente pelo seu corpo, fleches do que poderia ter sido um sonho veio a sua cabeça.
...Ela saiu de casa...
...Seguiu ordens...
...Feitiço muito antigo...
...Um erro...
...Libertação...
...Um homem...
...Uma vida...
Queria muito saber o que aquilo poderia lhe dizer, queria saber o mais rápido possível o que era esses sonhos estranhos que vinha tendo, precisava falar com a mione, era muito importante que tivessem uma conversa. Calmamente saiu do chuveiro, pegou uma toalha para se enxugar e trocou de roupa.
Foi em passos lentos andando pela cabana.
Antes de ver a Hermione decidiu por tomar um café quente, mas teve que fazer pois já acabada.
Nem pra fazer café o Ronald não serve!!!
Ela por mais que não quisesse admitir, via em rony um grande amigo, só que ninguém podia saber de uma coisa dessas, não sabia bem o porquê, mas queria mantê-lo como um inimigo dentro de casa.
Tomou seu café e não comeu nada, se dirigiu para o quarto ao lado para ver Hermione, pouco importava se Rony estava lá ou não. Para sua surpresa ele não estava, as cortinas ainda estavam fechadas e o quarto parcialmente claro. Hermione estava sozinha na cama. Se aproximou e se sentou na beira da cama, balançando de leve o braço da amiga.
– Mione...
Nada, ela dormia tranquilamente e parecia que nada poderia perturbá-la.
– Mione, acorda dorminhoca... Já está tarde.
Eduarda começou a se assustar, Não fazia idéia que a historia de Rony poderia ser mesmo tão grave. Hermione nunca teve um sono tão pesado.
– Mione, – elevou a voz – Acorda agora, já está muito tarde e você não é disso. – nada. Se levantou e pegou um copo de água e jogou no rosto dele, ela pareceu não sentir. – Ah não... Não pode ser...
Saiu correndo de casa pra ver se algum habitante sabia algo sobre isso. Sentia muito por deixa a Mione sozinha mas ela precisava de ajuda. Correu o mais rápido que pode, mas nada deu certo. Parecia que quanto mais corria mais o vilarejo ficava distante.
Mas então ela o viu, era uma figura sombria, vestida de preto, moreno, alto e olhos azuis, quase cinzas. Tinha uma beleza quase sobrenatural.
– Ola... – ele disse.
– N-Não tenho tempo pra conversar agora, tenho que ir...
– Sou Apolium...
– Desculpe, mas tenho...
– Não tem... – Disse ele olhando nos olhos dela profundamente, fazendo arfar. Era hipnotizante. – Você é linda...
– Eu tenho que fazer...– disse com a voz fraca, apenas sussurrou. Ele a pegou nos braços num abraço reconfortante e ela se esqueceu de tudo. Ele tinha um poder incrível sobre ela.
– Venha comigo. – Ele a chamou. Ela não soube como nem porque o seguiu. Os olhos, algo naqueles olhos não a fazia desviar. – Está segura comigo.
Deitou ela na grama do bosque e começou a beija-la.
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Harry voltava pra casa, Gina estava passando alguns dias com ele, ela estava tomando banho e ele muito cansado, havia trabalhado o dia inteiro. Mas também estava muito preocupado com Rony e Mione, sentia que algo estava acontecendo e ele não podia fazer nada. Esperou na cama Gina sair do banho. Logo a ruiva saiu.
– OI meu amor!
– Oi Harry, voltou cedo hoje... – disse enxugando os cabelos com a toalha.
– Pois é, não me sentia bem, é como se estivesse acontecendo alguma coisa.
– Senti isso o dia inteiro também. – disse Gina interessada.
– Nada me tira da cabeça que é com o Ron ou com a Mione, é essa falta de noticias...
– Podemos passar lá e ver como estão... Temos alguns dias de folga, logo será nosso casamento.
– EU acho uma ótima idéia. Estou muito preocupado...
– Calma amor, não é nada. – disse dando um beijo nele.
Em três horas eles já haviam partido.
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Ron ainda estava estupefato com que havia lido, ainda não acreditava, Só que algo o chamou a atenção, uma coisa muito estranho em uma das paginas. Ele soltou o diário horrorizado. Saio correndo, não podia sair de perto da Mione mais... Era questão de vida ou morte.
Quando passou correndo viu uma poça de sangue perto de uma arvore. Se aproximou e levou um susto com que viu. Ela estava quase nua e desmaiada.
Eduarda estava tão pálida que parecia morta.
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Espero que comentem...
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