Violino
5 - Violino
Hermione acordou com uma enorme dor de cabeça, estava meio zonza e não sabia onde estava, seu corpo doía e mal conseguia se mexer. Percebeu que suas mãos estavam amarradas e era a causa da sua imobilização. Olhou ao seu redor e viu que estava numa cabana muito parecida com a sua, porem esta era muito mais antiga e via-se muitas plantas que nasceram dentro dela.
Estava tudo muito quieto, a não ser pelas grosas gotas de chuva da tempestade que caia. Apesar de ter estado desmaiada, sabia que havia se passado muito tempo e tinha plena consciência disso. Queria saber onde estava Ron e se ele já tinha dado por sua falta. A única coisa que conseguia pensar era como é que ela escaparia dessa, deveria estar em algum lugar perto do vilarejo. Ficou em silencio por um tempo até ouvir passos vindo de debaixo do chão, achou estranho e fingiu que ainda estava desmaiada. Percebeu que um alçapão abriu no chão e duas figuras femininas saíram de uma escada que ia pro subterrâneo. Ficou quieta esperando.
– Então é essa a mulher que trouxe? – perguntou a mulher pálida de cabelos negros.
– Sim Antoniet. – respondeu a mulher que a seqüestrou que agora segurava um violino.
– Meu nome é Mégara!
– E o meu Também, ou esqueceu? – a violinista definitivamente não estava com paciência naquele terrível dia.
– Eu já disse pra não me desafiar... – disse com a voz embargada em ódio.
– Como se eu tivesse medo.
– O que faremos com ela? – perguntou Antoniet ainda irritada.
– Nada!
– Como assim nada.
– Ela pode ser preciosa para nos duas, um elo muito forte nos nossos planos. – disse Andy com uma calma que até assustava, como se já tivesse pensado e repensado nisso por muito tempo.
– Odeio quando fica fazendo segredos.
– Você odeia tudo e todos... – murmurou de modo que a misteriosa vampira que saiu do cômodo não escutasse – Oi Hermione, sei que está acordada, não precisa mais fingir.
Hermione abriu os olhos vagarosamente tentando entender como uma mulher como a violinista poderia parecer tão boa fazendo tudo isso de ruim. Era difícil de compreender tanta informação de uma vez só.
– O que quer de mim? – perguntou Hermione sentindo sua voz fraca.
– Eu quero salvá-la, Antoniet não é do tipo que deixa barato quem atrapalha seus planos, e creio que se você e seu namorado não saírem logo daqui, a coisa vai ser feia...
– Está me ameaçando?...
– Estou te avisando, não é simples...
– Nunca é.
– Vou deixar as cordas frouxas, assim simularemos uma fuga, você corre o mais rápido que puder...
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Ron começava a se desesperar, fazia horas desde o desaparecimento de Mione e ele não ficaria em paz enquanto não a encontrasse. Eduarda também estava preocupada, sentia que sua amiga estava em maus lençóis, queria ajudar, mas estava de mãos atadas.
– Onde será que ela foi se meter? – murmurou Eduarda.
– Eduarda, vamos ter que nos separar, é o único jeito de cobrirmos uma área maior para achá-la. – disse Ron olhando para o bosque.
– Sou obrigada a concordar com você. Só que não temos a menor idéia de onde ela pode estar? O que sugere?
– Eu vou procurá-la no bosque, tenho uma intuição que talvez posso encontrá-la. Mas não posso descartar a possibilidade de que ela ainda pode estar no vilarejo. Então você a procura lá. Tudo bem??
– Ok, vamos fazer isso, mas me chame se encontrá-la.
Dizendo isso se separaram indo cada um para um lado, Ron apesar de tentar se controlar estava no seu limite. Queria a todo custo encontrá-la, ele precisava encontrá-la. Ele não sabia se ela tinha sido seqüestrada ou tinha se perdido, não sabia se estava em perigo ou não, essa duvida estava o matando. Nada faria ele parar, só ficaria tranqüilo quando a achasse, nem que demorasse dias.
*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*
Silencio...
Tudo muito quieto, nenhum sinal de Antoniet ou Andrômeda. Meia hora atrás haviam saído e agora esperava o sinal para fugir. As cordas que a prendiam antes frouxas jaziam caídas no chão frio e úmido cheio de musgo. A qual quer momento correria o Maximo que pudesse torcendo para não encontrar nada no caminho.
Uma melodiosa musica começou a tocar.
Seu coração deu um aperto e falhou uma batida quando ouviu aquela canção, imensamente triste, emocionalmente linda e misteriosamente estranha. Com os acordes do violino se levantou e saiu da cabana de pedra milenar.
A canção a seguia, sentiu as lagrimas queimar-lhes os olhos, mas não parou, Mégara Andrômeda disse para não parar, por mais que seu corpo ou alma dissesse o contrario, fizesse o que ela mandou.
Ouviu alguém gritar seu nome ao longe e correu ao seu alcance, correu mais rápido que pôde. Não conseguiu gritar de volta, sua voz não saia, não conseguia falar. A voz foi se dissipando e ela parou. O violino não parava e olhou pro lado aonde a canção vinha, ela sentiu um imenso desejo de segui-la.
Quando foi virar e segui-la a musica parou. Foi como se ela acordasse. Percebeu o quanto seria idiota de sua parte desviar seu rumo. Se a canção parou, era porque logo elas estariam de volta. Agora mais que nunca precisava sair dali.
Viu um vulto ruivo mais a frente, percebeu que sua falta de voz foi embora com a musica e gritou o nome do homem que tanto amava.
Ele mal acreditando no que ouviu se virou e viu o que tanto procurava. Sem esperar foi até ela e sem nenhuma palavra dita a abraçou e aparatou.
Uma sensação horrível passou e ela estava na sua cabana com Ron a abraçando. Apesar de já ter parado de chover e não mais ouvir a musica, seu coração ainda doía de tristeza. Era muito pior que tudo que ela já sentiu Se apertou contra seu amado e ficou assim por vários minutos.
– Você está bem, Mione? – perguntou Ron tentando quebrar o silencio.
– Eu estou cansada, muito cansada.
Ron a pegou no colo e a levou pro quarto, deitou-a no cama e esperou que ela dormisse. Com um feitiço de comunicação ele avisou Eduarda que Mione já estava a salvo.
Medo, muito medo...
Tudo estava escuro e ela secretamente sempre teve medo do escuro. Medo do que não podia compreender, do que não entendia, medo do que sentia do que pensava.
Sozinha...
Não tinha ninguém lá com ela, não se ouvia nada, nem vozes, sussurros ou ruídos... Nada alem do silencio. Silencio temeroso.
Musica...
Novamente a melodiosa musica de violino, aquela que ouviu no bosque. Aquela que tocou sua alma e a encheu de dor.
Sensações...
Nada mais de dor ou tristeza, lá estava ela, brilhante como a lua, tocando seu violino com a alma. Seus cabelos castanhos escuros e a misteriosa rosa negra nos cabelos.
Agonia...
Quanto mais tocava mais via a expressão de dor na face da camponesa vampira.
– Está se sentindo bem?? – perguntou Mione. Ela não ouvia.
Dor...
Um grito ecoou no lugar, ela gritou com o ultimo acorde do violino e desmaiou, Meg estava no chão e Mione não sabia o que fazer.
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Desculpe a demora mas não estou tendo muito tempo pra escrever, as aulas estão acabando comigo. Escrevi esse capitulo só hoje.
Prometo que farei o possível pra postar com mais freqüência...
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