Capítulo 1;




Capítulo Um
ou
Ciúmes









The story by Peter Owens
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A cold me to come spine. I can hear my soul for his claim. Where are you? Where are you? And increasingly I feel lost and far from finding me. I am alone and without love for you.






Os passos avançavam por entre as passagens que os pés do meio gigante inseriam na neve. A Floresta Proibida nunca estivera tão tenebrosa. As árvores pareciam esconder um segredo a cada passo e nunca poderiam prever o que realmente aconteceria após cada um deles. Hagrid seguia em passos largos, levando um lampião seguro pelo braço direito que mantinha-se esticado à frente. Peter seguia-no de perto, arrastando um enorme caixote de madeira, da onde de quando em quando se ouviam barulhos agudos e podiam-se ver movimentos ágeis. O inverno chegara avassalador, agora que o Natal se aproximava. Puxar o caixote estava sendo uma tarefa um tanto difícil nas presentes circunstâncias: o frio, o peso, as dores no corpo. Hagrid voltou a face peluda para o rapaz e disse com o que podia-se ser considerado um sorriso.
- Está tudo bem, Peter? - O rapaz limitou-se a balançar a cabeça em afirmação, mesmo que não fosse cem por cento verdade. Aos poucos deixaram os arredores da Floresta Proibida, deixando para trás a insegurança que o lugar por si só apresentava. No lado direito do rosto Peter trazia um enorme vergão, em função de um arbusto espinhoso no qual se arranhara, mas este já havia se esquecido do ferimento a muito. Atrás de si, trazia o grande caixote, o qual as mãos do rapaz já haviam cansado de arrastar.
- Acho muito bom que venha me ajudar, Peter! - Disse o grandalhão, quando ele e Peter estavam a poucos passos da cabana do mesmo.
- Não é nada, Hagrid. Gosto de ajudar, além do mais, passar as festas no castelo é um tanto chato, já que o Salão da Grifinória está quase vazio. - Disse com um meio sorriso, enquanto passava uma das mãos por entre os fios de cabelo molhados pela neve e pelo suor, sujos também em função do trabalho que exercera na Floresta. Parou de andar, empurrando a caixa para mais perto do meio gigante que não demonstrou esforço algum em erguê-la, deixando-a perto da porta. Voltou-se então para o rapaz, dando-lhe uma palmada no ombro. Naquele momento Peter sentiu seus tornozelos afundarem na neve, muito mais do que já estavam.
- Você é um bom rapaz, Peter. Me ajudou a tirar essas criaturas indefesas do frio. - Hagrid disse parecendo emocionar-se com o fato de terem salvado a vida daquelas criaturas. Peter conteve um riso, aquiescendo e voltando as orbes esverdeadas à caixa, aonde havia um resquício de fumaça. Como ele bem sabia aquelas criaturas não tinham nada de indefesas.
- Bom... Vou voltar para o castelo. - Tentara recuar alguns passos, recolando as luvas e pondo as mãos dentro dos bolsos da roupa suja, mas fora interrompido pelo meio gigante.
- Nem um chá? - Hagrid parecia esperançoso na pergunta. Era fato que o gigante apreciava a companhia do garoto, já que esta era uma das raras companhias que possuia. O rapaz sorriu, um sorriso completo e sincero.
- Não. Hoje não. Quero procurar a Emma, tenho que falar com ela. - Disse, perdendo-se momentaneamente em pensamentos enquanto observava o castelo que perdia-se em meio a paisagem branca que se formava. Deteve-se ao ver o sorriso esboçado no rosto do grandalhão. - Como amigos. Somos só amigos agora. - Acrescentou rapidamente, mas Hagrid pareceu não acreditar muito na afirmação de Peter.
- Se é assim, vá. Mas passe antes na enfermaria, tem que tratar desse corte. - O gigante disse bondoso e apontou com o grande dedo indicador para o corte que se formara na bochecha do rapaz e só então este se lembrara do ferimento. Levando a mão ao rosto, Peter tocou-o, fazendo uma leve careta.
- Ok... Eu te vejo amanhã, Hagrid. - Despediu-se do amigo, seguindo em meio à brancura da neve, na direção do castelo. A caminhada até o grande e imponente castelo de pedra fora breve e logo o rapaz estava posicionado em frente às grandes portas de carvalho. Estremeceu. As vestes ainda estavam úmidas pela neve e cheias de lama, grama, pequenos galhos e junto a perna direita havia um pedaço da calça que se encontrava chamuscado e parcialmente corroído pelas chamas.




The story by Emma Summers
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I still feel its absence. Only God knows how I feel. Why not me? Why does not make me happy? Things are complicated between us, nothing is as easy as one day off. I still love you and believe that this will not change.




Estava completamente afundada em uma pilha de travesseiros que havia afanado de cada cama presente do dormitório feminino, o qual ela e as amigas dividiam, e fitava o teto sem piscar. Uma lembrança lhe veio a mente e essa não era das mais agradáveis.

Flashback

Abraçou as pernas que mantinham-se sobre a poltrona mais próxima à lareira. Apesar de estar coberta por casacos e cobertores ainda estava com frio. Segurou firmemente com as mãos a caneca na qual o chocolate quente que tomava se encontrava e fitou o líquido quente e adocicado por uns breves instantes antes de levá-lo à boca. Não notara a chegada do rapaz ali. Ele descera as escadas do dormitório masculino. Provavelmente não conseguira dormir, mas ela nem o vira para começo de conversa.
- Emma... Precisamos conversar. - A voz chegou aos seus ouvidos e ela ergueu o rosto, estática. Era Peter. Ela estava evitando aquela conversa a muito, mas agora ela seria inevitável. Indicou a poltrona à frente da dela para que ele se senta-se.
- Sim, Peter. Nós precisamos. - As palavras desprenderam-se de seus lábios sem muita convicção nem interesse naquilo que elas próprias anunciavam. Ele sentou-se. Os cabelos estavam jogados levemente para o lado de um jeito tão bonito que ela sentiu-se hipnotizada por breves instantes, desviando o olhar para o chocolate quente em seguida.
- Emma... Eu quero que você saiba que eu não te esqueci. - Ele não parecia saber por onde começar. Ela ergueu os olhos para ele.
- Eu também não te esqueci. Não é o que quero, nem o que pretendo. Eu só quero que você confie em mim. - Se ele não sabia por onde começar, ela sabia. Sabia que ele lhe escondia alguma coisa e que esta podia por tudo a perder, mas ela precisava saber que a confiança dele era depositada nela. Não adiantava existir amor sem existir confiança, ao menos era isso que ela achava.
- Eu não posso te contar. - Ele desviara o olhar dos olhos da garota para pronunciar a frase. Ela suspirara, ainda o observando. Sentiu pena dele, por um momento. O que seria de tão importante que ele não podia lhe contar? Fechou os olhos e virou levemente a cabeça para o lado oposto ao dele, suspirando. Precisava ser forte agora.
- Peter, enquanto não existir confiança entre nós não pode existir algo sério. - Pelo que ela podia se lembrar a conversa prolongou-se por umas duas horas e, a sua maneira, ela estava conseguindo levar as coisas de uma maneira mais sutil e leve. Queria saber o que era, mas caso ele não estivesse disposto a contar ela queria manter a amizade que ainda existia entre eles.
- Emma... Você aceita namorar comigo? - Porque sempre quando tentava ser legal demais ninguém a levava a sério? Aquela não era uma das conversas mais amigáveis que estavam tendo, mas sim uma conversa séria, na qual poderiam decidir o futuro que a relação entre eles iria tomar.
- Peter, você tem certeza que não quer me contar? Eu posso sentir que há uma coisa que você não quer contar à ninguém... - Ela respirara fundo e tomara mais um gole do chocolate quente, em uma tentativa de esquivar-se do real objetivo de suas palavras.
- Emma... Eu já lhe disse que não posso contar. Se você não quer acreditar eu acho que é melhor que não fiquemos juntos. Podemos ser somente amigos. - Agora era ele que sugeria tal opção. Eles haviam terminado a pouco menos de dois anos e desde então os laços de amizade entre os dois não foram abalados, mas o real sentimento existente nunca murchara dentro de seus corações.
- É... Talvez seja o melhor, já que você não confia em mim. - Deixou o chocolate quente sobre uma mesinha próxima e abandonou os cobertores na poltrona, subindo as escadas do dormitório feminino sem olhar para trás.

Flashback's End

Emma virou-se de lado apoiando a bochecha em um dos travesseiros. Era engraçado: Eles haviam terminado já fazia dois anos, mas ainda continuavam se falando como amigos. Quantas vezes a garota tivera aquela saudade inconsolável dos abraços dele? De seus beijos e de suas palavras carinhosas? Ela soltou um suspiro. Ainda o amava, mas sabia que ele lhe escondia algo e aquilo impedia de dizer todas as verdades sobre seus sentimentos. Levou uma das mãos ao rosto, a fim de tentar sair de seus próprios devaneios. Impulsionou o corpo para a frente, saindo da cama. Sentiu seus pés irem de encontro ao chão gelado. Ainda que estivesse de meias podia sentir o chão frio. Torceu o nariz, indo até o banheiro. Ajeitou as vestes em frente ao espelho e olhou seu rosto que ainda mantinha aquela expressão preguiçosa. Abriu a torneira, fazendo uma concha com as mãos e jogando a água acumulada ali em seu rosto, o que deixara sua franja levemente molhada. Puxou uma toalha de rosto e secou a face, antes podendo sentir uma brisa gélida cortar-lhe a face, esta que entrava por uma das janelinhas entreabertas do banheiro. Voltou ao quarto e calçou os sapatos, rumando até a porta e descendo as escadas. Passou pelo Salão Comunal, mas uma voz lhe fez parar.
- Emma, você viu a Joanna? - Era Noah. Ele e Emma eram amigos desde o primeiro ano em Hogwarts. Companheiros de casa, ano e ideais. A garota parou de andar e fitou-o com um olhar matreiro.
- Você está procurando minha irmãzinha Joanna? - Disse com um sorriso esboçado na face. Noah corou.
- Ah... E-eu fiquei de ensinar História da Magia para ela. - Noah respondera sem jeito, tropeçando nas palavras. Emma rira.
- Merlim! Então você é o gracinha que vai dar aulas pra ela? - As palavras simplesmente soltaram-se dos seus lábios. Noah corou fortemente e Emma levou ambas as mãos à boca enquanto arregalava os olhos. - Eu não devia ter falado isso. - Disse enquanto Noah passava uma das mãos pelo cabelo.
- Tudo bem... Foi bom ouvir isso... - E por mais impossível que isso fosse ele corara mais ainda. Emma sorriu, como se encoraja-se o amigo.
- Olhe lá, hem. Ela é minha irmã! Antes vem ela, depois os amigos. - Falou fazendo uma expressão brava. Noah riu e aquiesceu em concordância. - Ela falou que ia estudar com você na biblioteca. Eu pensei que vocês tivessem combinado. O que ainda está fazendo aqui? - Perguntara sem muito entender.
- Combinamos sim, mas é que... Eu não me lembro... Estava nervoso... Noah arregalou os olhos levemente. Emma o conhecia bem e entendeu que o nervosismo dele era a queda que ele estava sentindo por sua irmã caçula. Sentiu-se animada com a idéia de que Noah pudesse namorar com sua irmã. Quem melhor do que ele para a Joanna? Ela sorriu.
Certo. Ela está lá, esperando por você. Vou com você até a metade do caminho. Vê se convida ela pro baile. Vou dar uma volta pelos corredores daí... Não estou muito afim de ir. - Falou Emma. Noah sorriu e estendeu-lhe o braço, sendo que ela passara o braço sob o dele. Ambos passaram pela passagem do Salão Comunal e puseram-se a caminhar pelos corredores.
- Então, er... Digamos que eu goste da Joanna e ela goste de mim... Tudo bem pra você né? Afinal sempre ouvi você contando de sua irmã caçula e acho que deveria pedir-lhe permissão... - Falou ele sem olhar para ela. Emma o fitou e riu.
- Vá em frente, mas se a magoar já sabe. - Ela disse, sendo que Noah arqueou ambas as sobrancelhas, fingindo estar assustado.
- Sim senhora. Imagine quando for pedí-la em casamento! - Ambos riram.




The story by Peter Owens
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You became my air, Emma. I am alone among those who know and know. I want to be with you once again. Not so only for a few more moments. I want you to have to again, as before. You and I have my own. One soul.




Escondeu as mãos nos bolsos grandes da calça que trajava, soltando um suspiro enquanto transpassava as imensas portas de carvalho. O frio estava mais ameno ali, mas não fazia tanta diferença já que suas vestes se encontravam ensopadas e em um estado deplorável. Empunhou a varinha e secou o tecido, embora estivesse gelado até os ossos e só um banho quente poderia lhe esquentar. As roupas estavam extremamente sujas por vaguear na floresta. Ótimo. Se procurasse Emma daquela maneira ela diria que ele estava doido e poderia até mesmo não querer falar com ele. Considerou a opção de subir até o Salão Comunal, tomar um banho quente e trocar-se para então procurá-la. Passou pela entrada do Salão Principal e tentou espiar pela fresta da porta, mas não conseguira vislumbrar muita coisa. Àquela noite seria feita uma festa para aqueles que permaneceram no castelo e naquele momento a decoração estava sendo providenciada. A experiência de Peter lhe dizia que esta não seria uma reles festinha, já que nada em Hogwarts era simples demais. Traçou então todo o caminho até o Salão Comunal, o que acabou por se tornar uma caminhada longa e cansativa. Entrara, por fim, no local e acenara para um grupinho de alunas do sexto ano.
- Hey! - Exclamou acenando para elas, enquanto essas davam a ele acenos alegres. Subiu célere a escada em espiral e entrou no dormitório dos septimanistas, atravessando rapidamente o mesmo e entrava no banheiro. Enquanto despia-se e colocava-se sob a água quente ponderou a hipótese de chamar Emma para o baile daquela noite, afinal nenhuma outra companhia lhe aprazia tanto. E por mais que negasse, ainda era apaixonado por ela. A cada dia esse sentimento se multiplicava de maneira assustadora. Como gostaria que as coisas fossem descomplicadas! Sabia que ela nutria algo por ele também. Não era um rapaz tolo e não estava alheio à situação deles de tal maneira a não perceber isso, mas ele ainda não podia aproximar-se. Tinha receio de que se o fizesse nunca receberia o perdão dela. Tinha consciência de que o que fizera era grave, mas era sua única saída. Ele não podia enganar a si mesmo, nem enganar a garota. Ela sabia que ele ocultava algo embora não soubesse a natureza real do seu segredo. Ela era a única ali que sabia que ele era adotado, a única com quem partilhara tudo, menos o seu segredo. Saiu debaixo do chuveiro e secou-se rapidamente, vestindo-se com roupas confortáveis e quentes. Disparou para a saída, desceu as escadas, ao mesmo trajeto.
- Peter! - Alguém lhe chamara e ele virou-se, fitando o mesmo grupinho de garotas com quem falara à pouco.
- Sim? - Perguntou passando a mão entre os cabelos úmidos, acabando por deixar-lhes extremamente desarrumados.
- Já tem par pro baile? - Perguntou uma delas, arrancando risinhos esganiçados das colegas. Peter piscou algumas vezes, tentando entender e então forçou um sorriso sem graça. Ele era um rapaz à moda antiga. Achava que o rapaz deveria convidar a moça. Machista? Talvez sim, talvez não. Talvez somente excesso de romantismo. Levou a mão à nuca e considerou uma resposta que não fosse mal educada.
- Bem... Se eu tiver sorte com a Emma, terei par sim... - Piscou maroto, ignorando o muxoxo e saiu dali rapidamente. Tomou um atalho que bem conhecia por entre as passagens secretas. Atalho esse que a própria Emma lhe mostrara quando esses ainda eram namorados. A passagem saía relativamente próxima aonde deveria ser o salão comunal lufano. Respirou fundo e virara o corredor seguinte, ainda em tempo de ouvir a última sentença: Sim senhora, imagine quando for pedí-la em casamento!. Obviamente não compreendeu de que a frase se referia ao futuro relacionamento entre Joanna e Noah. Uma onda de ciúmes lhe acometeu e ele sentiu vontade de expulsar aquele que mantinha o braço dado com a sua Emma dali a pontapés. Deveria ter imaginado! Mais cedo ou mais tarde ela se interessaria por outro. Cruzou os braços à altura do peito, pigarreando alto, enquanto franzia o cenho em desaprovação.


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N/A: O resto do capítulo virá em breve, juro! =D

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