O SEGREDO DE FIERCE, O ELFO
Capítulo Nove:
O SEGREDO DE FIERCE, O ELFO
O dia seguinte amanheceu mais frio do que os anteriores, Harry tomou o café da manhã tranquilamente enquanto aguardava Hermione chegar ao salão, ela fora até a torre de Grifinória buscar um livro.
_Achei! – ela disse enquanto Rony terminava de tomar seu café. – Ernesto sabia aonde estava, Frei Gorducho havia o pegado para ler esses dias e esquecido na sala de Feitiços.
_E o que tem de tão interessante para você estar assim? – Harry perguntou enquanto os pratos desapareciam das mesas.
_Livros sempre animaram a Mione, Harry, não é novidade – Rony falou em tom sonolento.
_Hum, bom... poucos livros chegaram a noticiar os feitos do Império da Fênix – Hermione disse agitada – Esse livro é o que mais fala sobre o assunto, além de muito raro é o que mais chega perto da realidade na batalha entre os Cavaleiros das Morte e o mundo bruxo.
_Se é assim – Rony falou olhando para o livro grosso e encardido – Vamos ver o que tem ai então.
Hermione abriu o livro aonde havia uma pequena marcação em tinta vermelha e ali havia um grande texto, a maior parte escrita a mão, em tinta também vermelha.
_Vou ler – ela disse antes de desviar um olhar à Harry.
O IMPÉRIO DA FÊNIX
Poucos bruxos, jovens, astutos e recém formados por Hogwarts teriam tanta audácia e jovialidade ao enfrentar fortes e antigos cavaleiros das trevas.
Movido pelo desejo de sempre manter a paz no mundo, o jovem Alvo Percival Dumbledore decidiu formar um seleto grupo para combater o que vinha assustando a população nos últimos anos.
Para isso pediu ajuda a recém ave que havia ganhado, uma lendária Fênix, de nome Fawkes.
Viajando por cidades, vilarejos e lugares quase desconhecidos, Fawkes encontrou cinco bruxos, de habilidades, ambições e poderes diferentes.
Alguns não estavam dispostos a lutar contra as trevas, arriscarem suas vidas, ainda mais pelo fato de estarem conquistando respeito no mundo mágico. Dumbledore convenceu os cinco a virem até Londres e se unirem antes que a luta entre Durmstrang e Bounstouns começasse.
Unidos por Fawkes, os membros decidiram batizar o grupo como Império da Fênix, sendo Império sempre o nome dado a grupo de bruxos naquela época.
Eles também queriam alguém que liderasse e assim corresse os maiores riscos, o que nunca aconteceu.
Louis Armstrong, o mais inteligente e esperto de todo o grupo criou todas as estratégias nos combates e que em ato funcionaram perfeitamente.
Ele aprendeu com os outros poderes que desconhecia e ensinou formas de raciocínio, o que fez de outro membro, Nefas Winter Scott, um dos principais.
Ambicioso por riqueza e com um conhecimento de feitiços invejável, ele ensinou aos outros, de forma escassa, alguns dos grandes feitiços que fizeram do Império um grande grupo.
Lebran Betrayal, o mais ousado, possuía formas de persuasão e de se infiltrar em lugares impossíveis, por sua grande habilidade de comunicação. Betrayal ficou famoso por sempre planejar jogos com a mente, o que confundiam os inimigos e os tornavam mais fracos.
Narrow Aslan Raid, o mais promissor de todos os seis membros do Império foi o que realizou os mais famosos atos, sempre astuto e humilde, ele reunia um pouco de todos, legítimo membro da casa que o formou em Hogwarts, Narrow chocou o Império depois que a guerra contra os Cavaleiros acabou e foi o primeiro ao sair.
Inteligente e dono de poderes desconhecidos, Narrow desapareceu semanas depois e desde então a última imagem sua registrada vem de quando realizou uma visita à Dumbledore há décadas.
O quinto membro e talvez o mais perigoso, Tumus Lake, foi o mais difícil de participar do Império, ele era conhecido por seus roubos e suas grandes façanhas mesmo diante do pior dos bruxos, ele assustava à todos por sua mentalidade agressiva e por nunca temer a morte ou a dor, sempre conseguindo o que desejava.
Quando Alvo Dumbledore uniu todos, o mundo bruxo se negou a aceitar que precisassem de ajuda, o Ministro principalmente. Ele lutou contra o Império pois achava que isso diminuiria sua imagem de poder e controle sobre os atos que vinham acontecendo.
O Império da Fênix durou apenas sete meses e depois nunca mais se reuniu, alguns dos seus membros são vistos, enquanto outros estão desaparecidos há décadas.
Sempre alimentada por fãs, uma lenda sobre o Império diz que eles podem se reunir uma última vez caso o mundo bruxo precise novamente, e que isso juntamente com alguns fatos históricos no mundo da magia, como a abertura da perigosa Arena das Almas Perdidas, o desfecho de algum ritual poderoso como o de Midna e a chegada de um bruxo tão poderoso como jamais se viu antes, desencadeariam o momento mais perigoso e feroz da história.
Lendas à parte, o Império foi visto pela sociedade bruxa como um novo recomeço e seus membros ganharam honrarias por anos, devido aos seus feitos contra às trevas.
Hermione olhou para Harry e Rony e respirou fundo.
_Tumus e Narrow – Rony falou – Não conhecemos eles. – Harry balançou a cabeça negativamente enquanto Neville e Luna passavam próximos, em direção a mesa de Corvinal.
_São da Lufa-Lufa – Hermione disse fechando o livro quando Filch pareceu tê-lo visto – Betrayal pertencia à Sonserina, Louis e Dumbledore à Grifinória, Nefas deve ter pertencido à Corvinal, estes seriam da Lufa-Lufa.
_Dumbledore sempre prezou a igualdade, a justiça – Harry falou – Ele iria querer um pouco de cada no grupo.
_Claro – Hermione suspirou – Temos que pesquisar sobre Tumus e Narrow, saber mais sobre eles.
_Nefas disse que o mapa poderia dizer o paradeiro do próximo membro – Rony murmurou - Eu não me lembro de alguém ter comentado.
_Muito menos eu – Harry falou enquanto Simas e Dino deixavam a mesa em direção aos jardins.
_Vamos à biblioteca – Hermione disse se levantando e tentando esconder o livro em sua camisa de frio.
O salão principal estava muito movimentado aquela manhã, os alunos chegariam à noite para a festa de seleção e os preparativos finais estavam sendo colocados.
O caminho para a biblioteca estava cheio de bruxos que Harry desconhecia, eles pareciam inspetores e estavam realizando feitiços em portas, janelas, estátuas e quadros, verificando se havia algo de irregular ou perigoso.
_Biblioteca! – Hermione disse a uma bruxa gorducha quando os parou.
Harry adentrou a biblioteca e imediatamente Madame Pince os olhou por cima dos óculos pequenos, enquanto alguns livros voavam pelos ares em direção aos seus lugares.
_Não sujem, não baguncem, não demorem e não deixem um arranhão sequer em qualquer livro meu! – ela falou rudemente, antes de ir até um aluno da Sonserina que parecia não encontrar o livro desejado.
Quando Hermione e Rony partiram rapidamente para um corredor cheio de livros sobre bruxos importantes e seus feitos na história da magia, Harry ouviu cochichos às suas costas e uma mão o puxou para um canto escuro da biblioteca, aonde ficava apenas uma mesa redonda.
Harry olhou para trás para ver quem era e não avistou nada.
_Harry Potter – uma voz falou debaixo da mesa e Harry tentou ver alguém, mas não havia nada ali – Se abaixe por favor.
Harry olhou ao redor para ver se Madame Pince não estava por perto e se abaixou.
A figura de Dobby surgiu rapidamente e logo puxou uma carta das vestes amarelas que trajava.
_O Prof.Tolkien pediu que eu lhe entregasse – ele falou em voz baixa – Tenho que ir!
Harry apanhou a carta ao mesmo tempo que o elfo desapareceu.
_Potter! – Madame Pince exclamou distante – O que está fazendo?! – esbravejou furiosa.
_Deixei cair minha pena – Harry mentiu se afastando da mesa e indo até Rony e Hermione.
_O que pensa que está fazendo! – Hermione resmungou nervosa – Você vai nos complicar!
_Desculpa – Harry falou sem importância – Olhem – e mostrou a carta que segurava.
_Quem mandou? – Rony perguntou enquanto colocava um livro velho na estante.
_Tolkien – Harry respondeu em voz baixa – Dobby acabou de me entregar.
Hermione olhou para Harry rapidamente, antes de apanhar outro livro.
_Leia logo! – disse.
_Menos Srta.Granger! – Madame Pince resmungou em uma estante do outro lado.
Harry abriu a carta depressa, feita em um pergaminho novo, e leu:
“Nefas avisou a todos que o Mapa da Loucura lhe forneceu a localização do próximo membro, um tal de Tumus Lake, tentem procurar algo sobre ele e me tragam na aula de amanhã, iremos atrás dele no próximo fim de semana.”
Tolkien
_Coincidência não? – Rony disse olhando ao redor – Que viemos parar aqui. – e desviou um olhar sinistro para Hermione.
_Vamos procurar! – ela disse.
Harry guardou a carta em seu bolso e foi para outra estante, aonde haviam muitos livros laranja e vermelho.
_Psiu! – uma voz murmurou próxima e Harry olhou para Rony e Hermione, um pouco distantes. Eles estavam apenas vendo páginas em livros. – Psiu! Potter! – e se virou para o outro lado. Ali estava apenas uma cabeça flutuando assombrosamente no ar, a cabeça de um dos elfos de Nefas, Fierce. – Venha comigo, por favor!
_Não posso! – Harry murmurou.
_Preciso lhe contar uma coisa – Fierce cochichou – É muito importante, venha Potter!
Harry olhou para Rony e Hermione mais uma vez e vendo que estavam ocupados foleando longos livros se virou para Fierce.
_Vamos para aonde?
_Aqui – o elfo respondeu e uma mão surgiu no ar. – Pegue!
Harry tocou a mão enrugada e pequena e sentindo, com uma velocidade assustadora, ser tragado por uma viagem cheia de imagens de corredores e bruxos caiu em um lugar que não ia há muito tempo.
Caira em uma sala cheia de troféus, agora com um chão coberto de pisos verdes escuros, alta, bonita e com vários quadros, todos vazios. As luzes estavam apagadas, apenas uma vela estava em chamas, e muito distante, perto da porta.
Estantes e mais estantes estavam por todos os lados, medalhas e mais medalhas penduradas. Harry pode ver o troféu do Torneio Tribruxo no topo de uma das mais altas estantes ali.
_Desculpe – Fierce disse – Te trazer até aqui... mas seus pais me pediram!
Harry olhou para Fierce profundamente e respirou acelerado.
_Meus pais?
_Sim – Fierce disse apontando para um banco de madeira que havia ao fundo da sala, aonde dois bruxos estavam sentados, vestindo branco e sorridentes.
_Venha Harry – sua mãe disse se levantando.
Harry correu a abraçá-los, não os via já há alguns dias.
_Temos algo para contá-lo – Tiago disse depois do abraço. – Sente-se – pediu mostrando o banco. – Lílian, acho que você poderia.
_Sim – e ela olhou de Fierce para Harry, os olhos verdes e belos – Quando você tinha apenas um ano, eu e seu pai dividíamos um elfo com outra família, a dos Prewett. Cada dia ele servia uma casa, e depois que aquela noite de Halloween aconteceu – e ela ficou pálida de repente – Pensávamos que o elfo também havia morrido, mas felizmente – e ela olhou para Fierce mais uma vez – Descobrimos está noite que ele está vivo.
Harry encarou Fierce por um momento, chocado.
_Fierce cuidou de você até que Hagrid chegasse – Tiago continuou – E está noite, sob o poder de verdadeiros donos de Fierce ele nos revelou uma coisa que dificilmente conseguiríamos saber e que Dumbledore ainda não foi informado.
Harry se sentia mais gelado a cada instante.
_Há uma maldição – Lílian falou, e seus olhos estavam brilhando muito – Que Voldemort conseguiu realizar através de um ritual de magia muito antigo, que nos força a ficar separados.
O estômago de Harry revirou nesse momento, queria dizer algo, mas nenhuma palavra saía.
_Ele sabe que o poder de ligação entre sua mãe e você já era extremamente forte quando ainda estávamos mortos, agora que voltamos à vida, ele sabe que isso o tornara muito mais forte.
_O ritual que ele usou – Lílian prosseguiu – Nos faz ficar doentes toda vez que ficamos juntos, nos enfraquece, como se um roubasse a energia do outro. Conversamos com Horácio antes de vir aqui, e ele nos aconselhou a viajar até a Noruega para visitar um criador de poções que poderia desfazer a maldição, e estamos partindo para isso, para podermos continuar com você no final, no momento mais importante.
_Serão alguns meses – Tiago disse – Até nos recuperarmos de uma vez e podermos continuar a viver juntos, como sempre deveria ter sido.
_Meses? – Harry repetiu com a voz fraca.
_Não se abale querido – Lílian falou acariciando o rosto de Harry. – Nós queríamos nos despedir, voltaremos o mais breve possível.
_Temos que ir – Tiago disse ficando de pé – A maldição está fazendo efeito, Voldemort sabe que estamos juntos.
_Sim – Lílian disse se levantando devagar, parecendo cansada – Um abraço.
Harry abraçou sua mãe e seu pai e logo em seguida eles caminharam até a porta, aonde acenaram e partiram.
Adoraria ter lhes contado que havia conhecido Beaversdam, seu avô, mas se ficarem juntos os fazia mal, não queria isso de forma alguma.
_Voldemort está tentando afastar todo mundo que eu amo.
_Não é só isso Sr.Potter – Fierce disse se sentando no banco de madeira enquanto as pernas pequena balançavam. – Eu tenho um segredo pra contá-lo.
Fierce olhou profundamente para Harry, como se estivesse lendo o que havia atrás dos olhos e Harry sentiu um arrepio nesse momento, como se algo gelado tivesse caído sob sua cabeça.
No instante seguinte Fierce levou sua mão até um pedaço de pano que estava pendurado em suas vestes e puxou uma caixinha negra, com uma serpete de ouro cravada ao centro, muito bem polida.
_Isso lhe pertence – ele disse e sua voz ecoou de forma sombria pela sala.
_O que é isso? – Harry disse apanhando a caixinha.
_Sangue – Fierce respondeu com a voz suave – Na noite que Você-Sabe-Quem caiu, eu apanhei um pouco do seu sangue, pois você iria precisar quando fosse enfrentá-lo uma última vez.
_Precisar? – Harry repetiu e sua voz também saiu suave.
_Minha família descende de velhos elfos que produziam rituais mágicos para seus donos, e aprendi muito ao longo dos anos.
_E vou fazer exatamente o quê com isso? - Harry perguntou vendo a serpente de ouro reluzir sob a luz da vela distante.
_Quando o senhor for lutar contra Você-Sabe-Quem, eu irei com o senhor, e com este sangue produziremos um ritual muito poderoso, um dos últimos que aprendi antes de ser afastado da minha família.
_Você tem certeza que sabe fazer?
_Sim – Fierce respondeu, paracendo preocupado agora – Leve isto com o senhor, estará mais seguro. Eu o guardei todos esses anos sob um feitiço que somente vai ser quebrado quando eu permitir, mágica de elfo; Leve e não mostre isso para ninguém, guarde este segredo até o dia que precisarmos, o Lorde das Trevas não pode imaginar sobre isso, então ninguém além de nós poderá saber, nenhum risco deve ser corrido.
_Tudo bem – Harry disse abrindo a caixinha e vendo que havia um sangue vermelho escuro dentro de uma pequena bolha quase transparente.
_Devo voltar Sr.Potter – Fierce disse descendo do banco – Sempre que precisar me chame.
_O.k – Harry disse guardando a caixinha – Ah! – exclamou antes que Fierce partisse – Me leve de volta por favor!
Assim que Harry adentrou a Torre de Grifinória, Hermione e Rony, prontos para a festa no salão correram em sua direção.
_Aonde esteve?! – Hermione esbravejou enquanto os alunos partiam para o salão.
_Filch me pegou desprevinido e me pediu para ajudá-lo com umas estantes nas masmorras.
_Sabia que Pirraça não iria suportar! – Rony disse tentando arrumar o cabelo – Harry, vá logo, coloque outra roupa, a festa vai começar daqui a pouco!
Harry correu até o dormitório e trocou de roupa, guardando a caixinha no lugar mais seguro que tinha, perto da sua Obvilliate.
Junto com Hermione e Rony desceu apressado para o salão, e ele estava lotado, as quatro mesas quase que completamente lotadas e a dos professores cheia. Harry conseguiu ver Hagrid e SibilaTrelawney parecendo ansiosos ou incomodados com algo enquanto Flitwick olhava fixamente para a porta de entrada.
Harry se acomodou entre Gina e Simas quando as portas de carvalho se abriram e Minerva, sendo seguida por dezenas e dezenas de alunos caminhou em meio as mesas de Lufa-Lufa e Grifinória em direção ao Chapéu Seletor, que parecia mais velho que nunca.
Houve um momento de silêncio e então um rasgo surgiu à copa e Dumbledore se sentou um pouco mais ereto em sua cadeira.
Já não são as mesmas magias
Que permeiam nossas mentes
E nos fazem acreditar em gnomos
Os dias brancos serão nossa escapatória
Quando de todos os lados à escuridão nos assustar
Sabiamente os que nos são alicerces
Serão o único teto e quando jovens bruxos aceitarem a divisão
Um novo caminho será aberto
Sem entrada e saída, os quatro fundadores um dia entenderam:
Godrico Grifinória disse aos que enfrentavam com valentia
Que no final eles seriam recompensados como ninguém
Rowena Corvinal temia por aqueles que ensinara e falava
Que os de grande inteligência seriam as luzes nas trevas
Helga Lufa-Lufa sem receio da dor e do fim afirmava
Que aqueles que soubessem se unir seriam os vitoriosos
Salazar Sonserina queria o reconhecimento e por seu sangue
Todos que lutassem apenas por si seriam os vencedores
Ensinados sobre a mais pura magia, as paredes de Hogwarts
Resistiram aos dias escuros e com os portões abertos
Enfrentaram a luz que nascia, distante, mas reveladora
Eu prometi estar até quando precisassem
E com promessa cumprida
Deixo meu coração nesta minha última seleção
De um chapéu velho, mas que os trouxe até aqui
Dividi-los ei e isso os definirá de aqui por diante, até o fim.
Dumbledore se pôs de pé imediatamente, uma surra de palmas surgiu em polvorosa, mas ninguém falava nada, nem se entreolhavam e muito menos se mexiam. Todos estavam encarando o Chapéu Seletor, sem dúvida essa fora a mais sombria canção que ele fizera nos últimos anos.
_A última canção dele – Hermione cochichou estarrecida – Ele não selecionara mais.
_Isso quer dizer alguma coisa ruim? – Rony indagou assustado enquanto uma menina loira, de olhos escuros e pele rosada caminhava para a seleção.
_Eu não sei – Harry respondeu inseguro – Mas foi um pouco estranho.
_Bastante – Dino comentou.
_O Chapéu nunca se enganou antes, ele diz e de certa forma acontece - Gina falou.
_Sonserina! – o Chapéu enunciou e a menina de bochechas rosadas correu para a mesa cheia de bruxos vestindo verde e prata.
Quando a seleção terminou as mesas se fartaram de pratos e Harry se lembrou que eles sempre eram feitos por elfos, o que lhe levou à Fierce e o seu segredo.
Distraído todo o jantar, quando Dumbledore dispensou todos, somente se levantou da mesa quando Hermione o chamou pela terceira vez.
_O que aconteceu? – ela perguntou enquanto um grupo de alunos da Corvinal seguia seu monitor-chefe.
_Nada – Harry respondeu depressa, mais do que gostaria – Estava pensando na canção do Chapéu. – o olhar que Hermione desviou a Harry nesse momento foi desconfiado, o que de certa forma era preocupante.
_Ele realmente quis dizer algo com aquilo – Rony falou – Eu nunca tinha visto ele deixar tantas pistas em tantas frases, ele era mais sutil antes.
_Não há mais sutilezas por aqui – uma voz disse próxima e ao se virar Rony ficou defronte à Malfoy, acompanhado de dois bruxos altos e gordos, que tinham os olhos fundos pelo rosto fofo.
_Não temos tempo para você Malfoy! – Harry disse voltando a andar.
_Mas vai ter em breve Potter, não pense que as coisas mudaram depois da guerra.
_Se não mudou – Harry disse fitando Malfoy – Quem perde é você!
_E porque Potterzinho?! – os dois bruxos gordos riram forçadamente.
_Porque agora sei aonde a magia pesa mais – e com isso Harry saiu, Draco riu alto propositalmente, mas logo parou quando um monitor-chefe da Lufa-Lufa o olhou atravessado.
A maioria dos alunos de Grifinória dormiu assim que voltaram do jantar e apanharam seus horários com um monitor do quinto ano.
Harry deitou em sua cama e por um tempo longo demais ficou encarando o teto, podia ouvir Rony roncar na cama ao lado. Incomodado, se levantou e olhou para ver se ninguém estava acordado. Indo até aonde guardava a sua Obvilliate desfez o feitiço que havia produzido para esconder a caixinha preta e a apanhou.
Rony resmungou algo alto em sua cama, mas logo virou para o lado e adormeceu novamente.
Harry encarou a cobra de ouro ser iluminada com a luz que vinha da janela e a abriu mais uma vez.
O sangue balançou dentro da bolha e logo parou, parecendo uma poção antiga.
Guardando-a novamente refez o feitiço para esconder e se virou para a janela, os campos de Hogwarts estavam verdes e belos, muito diferente de quando ocorrera a guerra há várias semanas.
Poderia ter visto um vulto caminhando em direção a Floresta Proibida, mas parecia que se tratava apenas de um gato, muito semelhante ao que Minerva se transformava. Como estava muito longe não teve a certeza do que era e perdeu o interesse.
Voltando para a cama, se cobriu e tirou os óculos, na manhã seguinte, na primeira oportunidade que tivesse perguntaria à Hermione e Rony o que eles haviam descoberto sobre Tumus Lake e talvez um novo desafio começasse.
PS: Comentem e votem por favor!!! Muito obrigado por lerem!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!