O IMPÉRIO DA FÊNIX



Capítulo Trinta e Dois

O IMPÉRIO DA FÊNIX


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Harry pulou por entre dois raios lançados por Comensais que pareciam zonzos e correndo na mesma direção que Snape partira prosseguiu o mais rápido possível. O caminho que o ex-professor seguira era definitivamente muito escuro e longe de todos os outros bruxos, Harry não se preocupou se seria uma emboscada pois Snape parecia estar fugindo realmente e ali seria um bom lugar para se esconder.
Adentrando uma área aonde as rochas eram muito altas e perigosas viu um grande lago distante e diante do frio daquela noite não acreditou que Snape poderia ter mergulhado somente para fugir, e por isso poderia ter tomado o rumo de uma ponte fina de pedra que havia muito ao fundo e levava a um lugar escuro, com algumas torres de pedra.
Harry correu ao lado do lago vendo o seu reflexo brilhar ali enquanto a lua quase cheia imperava no céu e assim começou a atravessar a fina e perigosa ponte, não sabendo o que encontraria na escuridão a seguir.
Indo devagar para não tombar e cair no lado viu um flashe correr atras de si e ao se virar para ver quem era foi atingido no peito, sendo atirado para longe e caindo nas águas gélidas do lago.
Parado no meio da ponte, imponente e com seu olhar frio e impiedoso estava Severo Snape, a varinha apontada para Harry, os olhos negros fitados no alvo.
_AVADA KEDAVRA! – ele gritou e Harry imediatamente mergulhou vendo o raio verde passar ao lado da sua orelha e explodir distante.
Continuando a nadar até que conseguisse alcançar uma rocha escapou de outros três raios verdes e vendo uma saída mais a frente temeu que na hora que fosse sair podesse ser um alvo fácil para Snape. Sendo assim, projetou uma bolha em volta da sua cabeça e com o ar recuperado disparou dois raios estuporantes e uma Maldição Imperdoável, enquanto corria para fora do lago.
Ficando de pé na rocha que encontrara viu um raio de fogo vir na direção da sua cabeça e se abaixando foi surpreendido por outro raio que o atingiu no peito, fazendo-o rodopiar por cima da rocha e cair na beira do lago no outro lado.
“Ele está lutando pra valer!” – Harry pensou antes de se levantar e um trovão verde explodir no lugar aonde estava.
_CRUCIO! – Harry berrou ofegante e nada aconteceu, a figura escura de Snape pulou por cima de uma rocha e disparou um raio vermelho que com o desvio de Harry atingiu as águas do lago.
Harry se virou correndo para longe da direção do lago e pode ver dois Sereianos furiosos perto da água.
Harry olhou para a rocha aonde Snape estivera e não o viu ali, sentindo algo frio lhe agarrar no pescoço foi puxado para trás, Snape o havia lhe agarrado pelo pescoço, a varinha apontada para a sua cabeça.
_Não achou que pudesse me vencer não é Potter – murmurou no ouvido de Harry friamente – Não acreditou que fosse mais habilidoso que eu não é? – e Harry sentiu seu pescoço doer muito quando a mão gelada de Snape lhe apertou. – Membros da Grifinória podem ter valentia nos duelos, mas não possuem a frieza dos Sonserinos que tanto é necessária na hora da vitória.
Snape riu muito baixo e apertou a varinha contra a cabeça de Harry.
_Eu vou lhe matar Potter – e sua respiração acelerou, algum barulho estava acontecendo mais atrás, alguma coisa estava se aproximando – O Lorde virá aqui hoje a noite para acabar com você de vez, mas eu não acredito que ele terá essa oportunidade e depois de tudo o que você armou para aniquilar os Comensais dúvido que ele se importe que algum de nós faça isso por ele – a respiração de Snape ficou ainda mais acelerada – E ele não iria querer manchar as suas mãos com um sangue mestiço – a varinha apertou ainda mais a cabeça – E todos que estão aqui terão o espetáculo que querem ver, e o ponto máximo do show será quando descobrirem seu corpo morto, boiando pelas águas do lago, misteriosamente – e Snape riu um pouco alto, o barulho das águas do lago se agitando cada vez mais forte – E Dumbledore verá toda sua confiança naquele que sobreviveu ser morta em poucos segundos. – Snape ficou quieto por alguns segundos e então apenas enunciou: - Avada Kedavr... – uma explosão de água aconteceu atrás e Harry foi solto bruscamente. Uma enorme onda engoliu Snape com uma força brutal e ganhando a forma de um Sereiano soltou um berro que junto com uma ventania atiraram Harry para trás.
_ACABE COM ISSO HARRY POTTER! – a voz que soltara o berro pediu e diante daquele monstro de água sete Sereianos surgiram cercando Snape e no mesmo momento Harry elevou a sua varinha, o ex-professor completamente enxarcado e aparentemente chocado.
_AVADA KEDAVRA! – Snape pulou para o lado desviando da Madição e um Sereinao que seria atingido mergulhou no lago. – SAÍAM POR FAVOR! – Harry pediu e todos os Sereianos se afastaram rapidamente, o tridente iluminado apontado para Snape. – AVADA KEDAVRA! – Harry gritou novamente, mas Snape saiu correndo por um pequeno buraco na proteção feita pelos Sereianos.
Um deles, o mais velho de todos disparou um raio do seu tridente e Snape foi atingido nas costas, rodopiando no ar e caindo diante de todos.
_COVARDE! – Harry berrou e então agitou a sua varinha, a menos de dois metros de Snape, apontando para a sua face – AVADA KEDAVRA! – o trovão verde cruzou o ar velozmente e o atingiu em cheio, fazendo-o voar para longe e cair na beira do lago.
Uma explosão de água disparou ferozmente e engolindo Snape tudo ao redor ficou verde por instantes e então uma explosão aconteceu no céu, os sereianos lançaram raios dos seus tridentes e o corpo de Snape foi lançado muito alto, sendo atingido por esses raios e desaparecendo nas explosões a seguir.
_É o fim – Harry falou olhando para os sete Sereianos.
_Agora é com você Potter – o Sereiano mais velho falou e Harry fez um aceno positivo com a cabeça.
Após a vitória Harry saiu correndo pelo mesmo caminho que voltara e chegando próximo da onde as lutas contra os Comensais estavam acontecendo ouviu alguém gritar: “Avada Kedavra” muito alto e então pulou as últimas rochas a tempo de ver um raio verde atingir Nefas no peito e ele ser atirado para trás, caindo no chão em seguida, morto.
Tumus saltou de uma rocha disparando um raio de fogo que atingiu as pernas do Comensal que matara Nefas e lhe dando um chute no rosto apontou a varinha para a testa do mesmo gritando, absolutamente nervoso: - AVADA KEDAVRA! – o Comensal caiu no chão como uma pedra atirada no ar e assim a sua morte foi vista por todos os outros membros do Império.
Havia apenas um Comensal vivo ainda, o de cabelos brancos que ninguém conseguira abater.
Dumbledore disparou uma feroz língua de fogo que rodopiou o bruxo e com grande facilidade o mesmo se libertou, agitando a sua varinha em seguida e atirando velozmente um raio verde que atingiu Dumbledore em cheio e o mago voou no ar bruscamente, caindo diante de todos, morto igual a Nefas.
No mesmo instante do assassinato todos os bruxos que estavam ali, Louis, Tumus, Narrow, Quim, Tonks, Moody, Betrayal, Hermione, Rony, Luna, Alceu e Harry elevaram as suas varinhas e berraram: - LÓCUS CÁVERES! – treze dragões negros dispararam no ar e cercando o Comensal de cabelos brancos o atingiu causando explosões de fogo que dispararam por todos os lados.
O Comensal caiu no chão em chamas e logo em seguida explodiu em sombras negras, desaparecendo em seguida.
Harry disparou a correr em direção ao corpo caído de Dumbledore e se abaixou, as vestes na altura do peito do mago estavam com uma grande mancha de queimado. Os olhos abertos e opacos confirmavam a morte pela pior das Maldições Imperdoáveis, e parecia não haver qualquer tipo de esperança ali.
Harry ouviu uma bela e triste canção se aproximar e assim olhou para o céu, uma fênix se aproximava rapidamente, trazendo consigo um objeto pequeno.
As lágrimas de Hermione, Luna e Tonks caíam pelo chão rapidamente, Alceu estava de joelhos, tão pequeno como uma criança olhando para Dumbledore com imenso pesar.
Tumus estava tão nervoso que não conseguia parar um segundo andando de um lado para o outro resmungando palavras frias.
Narrow, muito chocado, se abaixou por um instante e fechou os olhos do mago com um passar da varinha por cima.
_Você conseguiu meu grande amigo – falou em voz baixa enquanto a canção de Fawkes se aproximava cada vez mais rápido – O Império da Fênix voltou, e assim como acabamos com os Cavaleiros Negros há muitos anos, agora não há mais Comensais vivos.
Tumus trazendo o pequeno corpo de Nefas o colocou ao lado de Dumbledore e houve um silêncio rápido, de lamento, enquanto Fawkes pousava ao lado do corpo de Dumbledore e sua canção abençoava aquele momento, trazendo um pouco de fé há aqueles que não conseguiam enxergar a luz em um momento tão escuro.
Harry apanhou o objeto que Fawkes trouxera e com um toque da varinha o ampliou, a Penseira que Dumbledore dera a Harry surgiu diante de todos e o silêncio continuou por um instante.
_Ele suspeitava que isso poderia acontecer – Narrow disse apontando a sua varinha para a cabeça de Dumbledore e retirando fios prateados, pondo-os na Penseira vazia em seguida.
_Afastem-se agora – Betrayal pediu triste e todos se afastaram com pressa.
O corpo de Dumbledore começou a ser rodeado por uma longa camada prateada que saiu da Penseira e uma explosão de luz iluminou todo o céu, o tornando todo prateado, um raio disparou do céu e atingindo o peito do mago o fez ficar branco-perolado, assim como um fantasma. Todas as lágrimas nos rostos dos que sofriam secaram e flutuando no ar o corpo começou a se transformar em uma fumaça que rapidamente adentrou a Penseira.
Todo o clarão ao redor velozmente foi sugado para a Penseira e em poucos segundos tudo se tornou escuro novamente.
A Penseira brihou ao mesmo tempo que Harry sentiu alguém lhe puxar para longe da explosão do objeto, que causou uma rápida chuva prateada que logo foi levada por uma forte ventania.
Em meio aos vinte e seis Comensais que haviam sido mortos ali estava o corpo de Nefas, pequeno e inocente, com os olhos agora fechados.
Fawkes abriu as suas asas e voou até muito alto, desaparecendo em seguida, partindo para o mesmo lugar aonde a chuva prateada fora.
Infelizmente Snape não fora o único que encontrara o fim aquela noite, Dumbledore e Nefas também e Harry sentia-se muito desprotegido agora pois o maior mago dos últimos tempos acabara de morrer e Midna não estava mais consigo.
_Ele era irmão de Dumbledore – Moody falou muito próximo – Elevian Percial Vulfrico Brian Dumbledore – O único irmão de Dumbledore. – Moody continuou – Alvo relutou em matá-lo quando teve a chance e infelizmente como todos os Comensais são ele foi impiedoso contra um bruxo do seu próprio sangue.
Houve um silêncio aonde apenas podiam-se ouvir os passos dos guerreiros deixando aquele lugar triste e então Tonks perguntou, triste e ainda chorando:
_Harry, e Snape, eu vi você indo atrás dele.
Harry lhe olhou rapidamente e respondeu, sentindo-se muito fraco por dentro:
_Não se preocupe com isso Tonks, Elevian era o único que restava.
E no mesmo instante chegaram ao caminho aonde os bruxos do mundo inteiro caminhavam para o Penhasco, prontos para presenciar a luta final.
Harry parou por um instante se lembrando de que tudo começara depois da guerra nos terrenos de Hogwarts com Dumbledore indo até o vilarejo aonde Betrayal morava.
_Ele não vai pode ver não é – Harry falou a Rony e Hermione enquanto o restante continuava – Não vou podê-lo ver sorrir quando a nossa vitória finalmente ter sido alcançada. – e os olhos de Hermione se encheram ainda mais de lágrimas.
_Mas ele morreu feliz também – Rony disse abalado – O que ele mais queria era reunir o Império e como Narrow disse, ajudarem em tudo antes que a luta final chegasse. Eles colocaram um fim nos aliados de Voldemort e esse era o segundo maior sonho de Dumbledore, além de poder ver Voldemort morto.
_Eu só espero que ele não vá para a Arena – Hermione disse enxugando as lágrimas, embora fosse inútil – Aquela vampira disse que se morrêssemos iríamos para lá.
_E também disse que se vencermos Voldemort todos ali seriam libertos – Harry falou com pressa – Se ele for para a Arena também será liberto quando Voldemort for morto.

Assim que Harry olhou para o caminho que o levaria ao Penhasco viu dois bruxos correndo em sua direção e em meio há tantos não reconheceu que eram seus pais.
Sua mãe logo lhe saltou em um abraço, assim como seu pai.
_Ouvimos falar sobre os Comensais, todos estão comentando lá em cima, sobre o fim deles.
_Harry, isso é verdade? – Tiago perguntou muito aflito.
_Sim – Harry respondeu triste, os membros do Império parados ao seu lado.
Lílian olhou para cada um ali e parecia procurar alguém que ainda não vira.
_Aonde está Dumbledore – ela perguntou dividida entre desespero e felicidade.
_E Nefas? – Tiago indagou em seguida encarando Harry por alguns segundos, ele parecia já ter percebido o que havia acontecido, mas relutava em admitir para isso mesmo. – Harry, ouvimos falar sobre mortes do nosso lado também, ficamos preocupados que fosse com você, mas o que está havendo, aonde estão os outros?
Harry olhou para sua mãe e seu pai e balançou a cabeça negativamente.
Lílian, chocada, abraçou Tiago chorando e então Hermione e Tonks choraram ainda mais.
_Elevian – Moody disse abatido – Matou Alvo.
_E Corconut à Nefas. – Tolkien complementou.
Tiago e Lílian não disseram nada, as lágrimas em seus rostos caíam enquanto Fierce se aproximava lentamente, quase cabisbaixo e parecendo já saber o que acontecera.
_Voldemort deve chegar aqui em poucos minutos – Quim falou preocupado – Eu lamento ter de dizer isso Harry, mas eu espero que você esteja preparado.
Harry olhou para seus pais e disse:
_Nossa vingança – e Fierce chegou aos seus pés – E não farei isso sozinho – e olhou para Alceu e depois para seus pais novamente. – Eu peço que vão na frente, Alceu fique por favor, na hora certa nos veremos no pico do Penhasco de Spartan Cairo.
Todos se entreolharam e temerosos se viraram para seguir os últimos bruxos que partiam para o pico do Penhasco.
Após o momento em que apenas Alceu, Fierce e Harry estavam ali, Harry se virou para o pequeno bruxo e disse:
_Você leu o que estava no livro que Hermione lhe entregou não?
Alceu acenou positivamente com a cabeça.
_Eu imaginei que ela lhe pediria para ler antes de mim. – Harry se abaixou para ficar na altura de Fierce e Alceu e continuou – Você sabe que é o descendente de Gryffindor, aquele que enfraquecera as trevas no momento mais perigoso.
_S-Sim – Alceu confirmou.
_Voldemort será morto por mim – Harry falou antes de Fierce tremer com essa fala – Você começara a batalha – Harry disse há Alceu – E então meus pais irão aplicar os golpes que deixarão Voldemort quase a beira da morte e assim eu o apunhalarei com a foice.
Harry olhou para Fierce e o elfo retirou de dentro das vestes velhas a pequena caixinha com a bolha de sangue de Voldemort dentro.
_Ele também pode saber – Fierce disse mostrando a bolha há Alceu.
_Em que momento usarei isso Fierce? – Harry indagou.
Fierce olhou ao redor e vendo que não havia mais ninguém ali, respirou fundo e respondeu:
_Enquanto seus pais atacam Voldemort você derramara o sangue na foice, tendo certeza de que ele caira sob a figura da cicatriz que há, a foice ficará diferente depois disso e você poderá atacar Voldemort.
_Diferente como? – Harry perguntou preocupado.
_Eu não sei exatamente – Fierce respondeu – Mas você percebera o sinal e então procure dar a punhalada na testa de Voldemort.
Harry encarou Alceu por um instante e depois Fierce.
_Porque na testa?
_Você poderia atingi-lo em qualquer lugar e o efeito será o mesmo, mas se você quer definitivamente se livrar da cicatriz que tem na testa é melhor que faça isso. – Fierce entregou a caixinha com a bolha de sangue e continuou – Se você quer tirar essa marca do seu corpo para sempre, a única oportunidade acontecerá hoje a noite.
_Farei isso – Harry disse conferindo a bolha e a guardando em um dos bolsos. – Alceu – disse agora olhando profundamente nos olhos do pequeno bruxo – Não use nenhuma Maldição Imperdoável ou Azaração Mortal contra Voldemort, nós precisamos ter certeza de que ele estará de pé quando a foice lhe atingir.
Alceu fez sinal positivo com a cabeça e Harry sorriu rapidamente, ele parecia tão amedrontado como Harry não o vira desde que o conhecera, mas confiava nele e tinha certeza que as chances de Voldemort sair vivo do Penhasco de Spartan Cairo eram quase impossíveis.
_Senhor – Fierce falou tremendo muito agora. – E a foice, o senhor não a trouxe? Não a vejo em lugar nenhum.
Harry olhou para os céus escuros e após avistar a lua quase cheia se voltou para Fierce, lembrando da direção que Fawkes surgira.
_Na hora certa estará aqui Fierce, não se preocupe – e sorriu por um segundo – O tipo de magia em que depositei minha confiança para essa noite nunca falha, mesmo perante a pior das circunstâncias.
_Eu também confio no senhor – Fierce falou tímido.
_O mundo inteiro confia – Alceu disse no momento seguinte, sorrindo pela primeira vez desde que chegara ao Penhasco de Spartan Cairo.
Assim que Harry se levantou e soube que era inevitável seguir o caminho que via pela frente viu algo se aproximando pelo céu e então olhou para Fierce, ele parecia assustado agora, mas Alceu parecia reconhecer o que era.
_Uma Fênix – ele falou muito baixo.
Harry esperou até que a ave se aproximasse e então quando ela pousou diante dos três foi até ela e viu que ali estava amarrado um rolo de pergaminho, rapidamente retirou e abriu, reconhecendo a letra no mesmo instante.

Caro Harry

Se você está lendo essa carta é porque os meus temores aconteceram e infelizmente não poderei caminhar com você até o destino final.
Devo admitir que se alguém nesse mundo tinha o direito de me matar era meu irmão, pois ele é o único bruxo vivo que ainda possue o meu sangue.
Talvez eu ainda lhe devesse uma dívida não pagável com Galeões, mas eu não espero que você entenda que certas dívidas possam ser pagas com a vida.
Ao ler essa carta pode ter absoluta certeza de que sigo meu destino feliz com a união do Império da Fênix e com tudo que lhe ensinei, além de tudo o que você conquistou por si próprio.
Voldemort enfrentara as conseqüências de uma vez por todas e mesmo não estando ai para presenciar isso, admito que meu coração adormece em paz e que minha maior esperança será realizada.
Fico também feliz que todos os seguidores do mal tiveram um fim justo e que seus pais poderão ser vingados do que aconteceu há tanto tempo.
Parto e trago comigo a esperança de poder rever Minerva e muito honrado de tudo o que o mundo bruxo suportou até hoje.
Antes do fim, gostaria de lhe fazer alguns pedidos antes de partir.
Por favor peça a Quim que faça pessoalmente um convite a Tumus para que ele assuma a direção de Hogwarts e eu também gostaria que você, após se tornar um auror, lecionasse Defesa Contra As Artes Das Trevas nem que fosse por apenas um ano.
Diga a Luna Lovegood que Neville Longbottom possui uma chance de voltar a vida logo após a derrocada de Voldemort, e que junto com as almas perdidas da arena ele pode ser liberto do dementador que o transformou.
Peça à seus pais que acolham Alceu e que ele vá para Hogwarts, como descendente de Gryffindor, ninguém melhor do que ele em Grifinória e assim, possivelmente será o capitão mais jovem que o time de quadribol já teve.


Alceu sorriu nesse momento parecendo realmente alegre com a notícia.

Gostaria de pedir, finalmente a você Harry que não perca a esperança, a força e a coragem diante do perigo que lhe aguarda, o maior desafio da sua vida começara em poucos minutos e assim como confio em você, temo pelo que possa acontecer.
Não estarei ao seu lado dessa vez e muito menos poderei comemorar essa vitória, que será a maior vitória de todas, mas jamais se esqueça Harry, que em nossos corações essa luta jamais morrera e mesmo quando ela encontrar o seu fim, o novo sol que nos abençoara será por toda eternidade infinito e curador de todos os males que possam surgir das trevas.
Eu confio na sua vitória Harry.

Alvo Dumbledore, seu amigo.


Harry olhou para Fierce, depois para Alceu e por último para Fawkes, enrolando o pergaminho ouviu passos se aproximarem e no mesmo instante olhou para quem chegara.
_Harry, você é o homem mais fabuloso que já conheci na vida.
Harry se levantou e saiu a correr para um grande abraço em Hagrid, que agora parecia muito mais velho, barbas e cabelos brancos e o pouco do rosto que podia ser visto bastante enrugado.
_Todos estão esperando pelo espetáculo – ele falou enquanto as lágrimas se perdiam na barba – Estou muito ansioso admito, mas não como seus pais, eles estão definitivamente orgulhosos.
Harry sorriu enquanto Fawkes voava em direção ao Penhasco.
_Vamos todos então, Voldemort estará aqui em poucos minutos e a espera de todos será recompensada com a maior das vitórias, como o próprio Dumbledore disse.
Harry olhou para o caminho que deveria seguir e começando a andar viu a família Weasley se reunindo ao restante dos milhões de bruxos que estavam ali.

_Nós temos certeza de que você se saira muito bem! – a Sra.Weasley disse com os olhos úmidos abraçando Harry em seguida – Todos passamos por momentos tão cruéis e tudo isso é tão injusto que mal consigo entender a razão de estarmos aqui. Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado não merece ver o rosto das famílias que ele quase destruiu.
_Será melhor assim Molly – o Sr.Weasley disse após cumprimentar Harry – É bom que ele caía na frente de todos os que tinha a intenção de dominar.
_Você entende Arthur! – a Sra.Weasley exclamou – Eu temo pelo que possa acontecer, eu não suportaria ver mais alguém morrendo hoje. Dumbledore e Nefas... – e ela abraçou o Sr.Weasley chorando muito.
_Se aquele patife tentar te encostar uma mão nojenta daquela que seja, nós acabamos com ele viu – Gui falou e Carlinhos ao seu lado assentiu com a cabeça.
_Q-Quê?! – Percy exclamou ao lado de Gui após ver algo que estava se aproximando e Harry ao se virar ficou defronte a Gina. Pálida, com várias manchas pelo rosto e os cabelos totalmente brancos.
Harry lhe abraçou no mesmo instante e juntos caminharam até a família Weasley.
_Eu jamais deixaria de apoiá-lo nesse momento – ela falou e pelo menos a sua voz era exatamente igual a da Gina de antes – E já não sinto tantas dores mais, não depois de tudo que já aconteceu.
Harry abraçou Gina mais uma vez e olhando para ela atentamente disse:
_Prometa que ficara longe de toda a batalha.
_Não se preocupe – o Sr.Weasley disse no mesmo instante – Isso eu posso lhe garantir.
_Harry – Hagrid falou aos prantos – Acho que não há mais como esperarmos, Você-Sabe-Quem está a caminho, e é melhor que você esteja por perto quando isso acontecer, você mais do que ninguém sabe o que fazer.
_Certo! – Harry falou sentindo seu coração bater muito forte agora, não podia negar que estava amedrontado.
Após poucos minutos caminhando Harry chegou em uma parte daquele lugar que terminava em um longo penhasco com uma ponta longa e ao redor disso todos os milhões de bruxo aguardavam em silêncio, crianças, adultos, bruxas e bruxos, absolutamente assustados com o que poderia acontecer a qualquer momento. Assim que Harry chegou a esse lugar apenas ele e Alceu seguiram pelo caminho com o penhasco na ponta, ficando bastante distante dele, e apenas aguardando.
A respiração de Harry e Alceu, assim como a de todos ali estava acelerada como nunca e o silêncio parecia aterrador, não se ouvia nada, nem sequer um ruído. Apenas milhões de olhos parados em dois bruxos, um tão pequeno que mal podia ser visto pelos que estavam distantes.
Harry olhou para o negro céu por um instante e apenas pensou:
“Não falhe por favor.” – e então uma explosão aconteceu no céu, um mar de fogo surgiu de fora a fora e o pavor dominou à todos, as crianças foram protegidas por seus pais e um raio negro de fogo caiu do céu na ponta do Penhasco de Spartan Cairo, tomando forma aos poucos, perante os olhos saltados e apavorados de todos, Voldemort havia acabado de chegar, pronto para a sua batalha final.

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