OS TESOUROS DE HOGWARTS
Capítulo Vinte e Cinco:
OS TESOUROS DE HOGWARTS
_Quero voltar a Hogwarts – Harry disse a Rony e Hermione enquanto a lareira ao lado explodia em altas chamas. – Tenho coisas para pegar.
Rony fitou Harry por um instante e depois olhou para Hermione.
_Uma última vez? – ele indagou inseguro.
_Podemos fazer – Hermione falou enrolando o pergaminho com o nome dos Comensais – Vinte e oito – disse logo em seguida. – Snape é o último da lista.
Harry desviou um olhar para a lareira e enquanto um elfo passava por perto, ele apenas encarou Harry e por um instante as chamas na lareira se enfraqueceram.
_Os Centauros estão protegendo a escola agora – Harry disse – A caçada aos Comensais continuara durante o dia de amanhã, deixaremos os que estão presos em Azkaban por último, porque assim já começamos lá mesmo a matar os Dementadores.
_Isso tem ajudado muito – Rony disse – Eu ouvi Quim dizer a Moody que a situação está muito mais tranqüila depois que os Comensais começaram a ser mortos.
_O que é ruim também – Hermione falou muito preocupada – Sempre que estamos vivendo tempos calmos, Voldemort surge do nada e tudo fica abalado novamente.
Harry balançou a cabeça positivamente.
_Vou dormir – disse se levantando – Logo pela manhã iremos a Hogwarts.
_Apenas nós três? – Rony perguntou.
_Sim – Harry respondeu – Avisarei a Tonks antes, ela poderá contar à todos. – e Harry caminhou pela sala em direção ao quarto aonde iria dormir.
A noite correu de forma fria e tempestuosa, a chuva caia fortemente do lado de fora e tudo parecia muito tranqüilo em Bounstouns.
Assim que a manhã chegou e Harry, ao lado de Rony e Hermione tomaram café da manhã, Harry partiu para uma lareira próxima e juntos viajaram para Hogwarts.
Caindo cada um em uma lareira diferente do castelo devido aos feitiços de proteção impostos.
Harry abriu seus olhos depois da viajem e saiu em uma sala próxima do Salão Principal.
Abrindo a porta caminhou corredor a fora e seguiu para o Salão, tudo muito silencioso, vazio e aparentemente perigoso.
_Harry Potter? – uma voz disse atrás e Harry se virou. – O senhor por aqui?
_Precisei vim pegar as minhas coisas – Harry respondeu à Dobby. O elfo estava muito machucado e parecia triste.
_Você tem se castigado Dobby? – Harry perguntou e o elfo assentiu com a cabeça – Pensei que você tivesse parado com isso depois que saiu da casa dos Malfoy.
_É que Dobby precisa lhe contar uma coisa – e lágrimas escorreram pelo rosto enrugado do elfo – Mas não podia sair daqui, os feitiços não deixam que elfos abandonem o castelo.
_Mas Dobby, podia ter pedido para alguém me dizer, mandar uma carta.
_Não tenho conseguido – Dobby disse – E é muito importante.
_Venha – Harry disse adentrando a sala novamente, haviam sofás ali e poderiam conversar melhor. – O que é tão importante?
_Há muitos anos Harry Potter – Dobby começou – Existia um bruxo, assim como o senhor, que teve os poderes de Midna e lutou contra as trevas, e morreu fazendo isso.
Mas ele derrotou seu inimigo também – Dobby secou suas lágrimas e continuou – Mas ele só conseguiu isso porque deu uma poção venenosa ao seu inimigo e já fraco o matou da pior forma.
_Ele teve Midna? – Harry repetiu.
_Sim – Dobby respondeu – Quando Midna foi deixada pelos criadores do ritual, existiam duas gotas de orvalho. Uma Joseph Gringolberg tomou e outra você.
_Mas Dobby, é apenas uma história.
_Não, não é senhor – Dobby disse depressa – Apenas os elfos sabem o que estou contando, é uma história amaldiçoada e Dumbledore nem faz idéia sobre isso, assim como Você-Sabe-Quem.
_A poção – Harry falou e os olhos verdes e grandes Dobby pareceram ficarem maiores por um instante – Qual era?
_O senhor pode fazê-la.
Harry não disse nada, apenas continuou ouvindo.
_Existem sete ingredientes no castelo, chamados tesouros de Hogwarts – Dobby olhou ao redor e continuou, em voz baixa – Com esses tesouros você pode fazer a poção e usá-la em Você-Sabe-Quem. Joseph deixou um ingrediente antes de morrer, em cada lugar importante do castelo e com isso você poderá refazer a poção.
_Ninguém sabe sobre isso? – Harry perguntou chocado.
_Apenas elfos – Dobby respondeu calmo.
_E você sabe quais são os sete lugares?
Dobby assentiu com a cabeça.
_Floresta Proibida, na árvore com a perigosa Mancha Vermelha, na Câmara Secreta, as quatro salas comunais e a sala dos Loucos Mortais.
_Como?
_Ninguém sabe como chegar ou entrar lá – Dobby falou – Além de um elfo puro de coração. – Dobby se levantou e disse ainda mais baixo – Apenas aqueles com corações puro da maldade e de todas as trevas podem entrar na sala e não ficar loucos.
_Você terá que me levar até lá – Harry disse – Essa poção pode ser a forma certa de que não haverão falhas na luta final.
_O senhor pode contar comigo Harry – Dobby disse parecendo aliviado – E se realmente quer fazer, eu aconselho que comece pela Floresta Probida, de todos os ingredientes é o mais fácil de ser pego.
_Certo – Harry disse – Preciso achar Rony e Hermione primeiro, você pode contar isso a eles enquanto vamos para a Floresta.
Harry se levantou e ao lado de Dobby deixou a sala caminhando para o Salão Principal, aonde lá estavam Rony e Hermione impacientes.
_Cai nas masmorras – Rony disse bravo – Perto da sala da Sonserina.
_Precisamos ir a Floresta Proibida – Harry falou – Dobby contara tudo a vocês.
E Harry caminhou para fora do Salão, Dobby falando muito logo atrás.
Nos terrenos de Hogwarts haviam vários Centauros, cada um em um local diferente, sérios e centrados.
Quando Harry saiu do castelo um dos Centauros o avistou e saiu correndo em sua direção.
_Aconteceu algo Potter? – ele perguntou encarando os outros com um olhar fulminante.
_Não – Harry disse – Eu apenas preciso que você me leve até a árvore da Mancha Vermelha. – o Centauro se afastou surpreso e apenas fez um sinal para um outro Centauro distante, que retribuiu o aviso.
_Colocarão outro em meu lugar – ele se voltou para a Floresta e disse: - Venha Potter, não é longe, mas o caminho é espinhoso.
Harry, Rony, Hermione e Dobby saíram a passos largos atrás do Centauro e Rony não parava de falar um minuto, dizendo que se fosse realmente verdade, tudo seria mais fácil no final.
_Ele ficou animado não – Hermione comentou assim que passaram por paredes de espinhos com extremo cuidado.
_Espero que não haja aranhas – Rony falou trêmulo – Eu ainda, bom, ainda não sou apaixonado por elas. – Harry riu nesse momento.
_Ali Potter – o Centauro avisou parando de repente e apontando para uma árvore distante, com uma longa e vertical linha vermelha de fora a fora do seu tronco.
Harry reforçou a luz da sua varinha e se aproximou, Dobby ao seu lado, trêmulo de emoção.
_Cuidado – Harry falou quando levou sua varinha até a mancha e começou a passar por cima dela e queimá-la.
Assim que as chamas cobriram a mancha, faíscas começaram a despencar por todos os lados e sendo apagadas por Rony e Hermione apenas um enorme buraco ficou a vista.
Harry desviou um olhar para Dobby e enfiou a mão no buraco, era gigantesco, parecia um cômodo monstruoso e escuro.
_Já volto – disse adentrando o buraco e então caiu em meio a escuridão e em rochas, vendo apenas um pequeno foco de luz sob um saquinho quase transparente e muito velho.
Harry caminhou pelo escuro até ele e apanhou, era realmente muito frágil, mas bonito. O pó era brilhante e prateado e com a luz sob ele, era encantador.
Guardando em um dos bolsos, saiu do buraco na árvore e todos lhe olharam curiosos.
_Achei – e mostrou o saquinho à todos e Rony abriu um enorme sorriso.
_É verdade então – ele falou e Dobby lhe olhou com uma cara feia. – Podia não ser – disse antes de começarem a andar novamente.
Assim que deixaram a Floresta Harry agradeceu o Centauro e adentrou o castelo novamente.
_Qual o próximo lugar? – Hermione perguntou.
_Bom – Harry falou – A sala da Sonserina está perto.
_E como vamos fazer para entrar lá? – Rony perguntou e como resposta Dobby fingiu engasgar-se.
_Vamos – Harry falou e os quatro caminharam até as masmorras, adentrando a escuridão e indo em direção a sala de Sonserina.
Dobby fez poucos movimentos na entrada e logo todos adentraram.
_Não mudou muito não foi – Rony disse olhando para tudo com marasmo.
_Aonde pode estar esse ingrediente? – Harry perguntou à Dobby.
_No calabouço perto do dormitório masculino – Dobby respondeu.
_Só espero que não tenhamos que enfrentar cães de três cabeças – Rony falou rindo de si mesmo logo em seguida.
_O bruxo que fez isso já sabia que muitas coisas deveriam ser enfrentadas, ele não quis dificultar ainda mais a reunião dos ingredientes. – Hermione falou antes de adentrarem a longa sala de Sonserina e caminharem para o dormitório masculino, aonde havia um grande tapete verde na entrada.
Dobby fez movimentos com as mãos e depois que o tapete voou para o lado marcas começaram a surgir no chão e um calabouço foi se revelando.
Harry fez um movimento com a sua varinha e o calabouço com um barulho de ferrugem arrepiante se abriu. Harry caminhou para dentro da ecuridão e com a luz da sua varinha viu um pote pequeno, com duas cascas dentro.
_Uau! – Hermione exclamou quando Harry lhe mostrou – Devem ser as últimas cascas da árvore Norte de Sante Rosado.
_O que é isso? - Rony perguntou fazendo cara feia.
_Uma famosa árvore da Irlanda, que foi extinta há séculos, e que todos a idolatravam pelo feito de ter concedido milagres à muitos.
_Corvinal agora? – Harry perguntou enquanto eles deixavam a sala.
_Pode ser – Rony disse e pelos próximos minutos eles atravessaram todo o castelo, chegando a bela Torre de Corvinal.
_Prefiro aqui do que lá – Hermione disse assim que passaram pela entreda e chegaram a bonita e muito bem iluminada sala comunal da Corvinal.
O dormitório masculino era um pouco distante comparado ao feminino, mas logo encontraram o calabouço. Estava escondido por debaixo de três camadas de pedras, então Harry teve que descer muitas escadas até a sua varinha iluminar algo que poderia ser o próximo ingrediente.
Havia uma pena colocada dentro de uma caixa de vidro, uma pena azul e branca, que era definitivamente uma das coisas mais lindas que Harry já vira.
_Nossa – Rony falou assim que Harry lhe entregou a caixa.
_Três tesouros – Dobby falou e então eles deixaram a confortável sala e caminharam para a sala comunal de Lufa-Lufa, que ficava em um dos corredores mais movimentados e elegantes de Hogwarts.
Haviam muitas estátuas ali, e logo adentraram pelos muito túneis até chegarem a grande e realmente elegante Torre dos Lufa-Lufa.
Haviam muitos tapetes pela sala então Harry demorou até encontrar o calabouço, e mesmo assim, tomou um grande susto quando Frei Gorducho saiu debaixo de um tapete e com um livro em mãos apenas continuou a flutuar.
Ainda mais difícil que na torre de Corvinal, corredores em forma de barris tiveram que ser atravessados, mas logo Hermione encontrou o ingrediente em uma pequena sala longe de Harry.
_Pele de dragão – ela disse assim que entregou um pedaço de pele seca e muito grossa.
_Iremos a Torre de Grifinória agora – Harry disse – Mas terei que voltar lá depois.
A sala comunal da Grifinória estava como sempre, e o calabouço fica perto de uma mesa cheia de livros.
Diferente de Corvinal e Lufa-Lufa, o ingrediente estava muito fácil de ser encontrado e Rony logo o trouxe até Harry, animado por ter conseguido.
_Pêlos da raposa do mar – Hermione disse – Uma raposa que desapareceu há muitos anos e que muitos diziam ser responsável pela loucura daqueles que a viam.
_Acho melhor deixar a Câmara por último – Harry disse seguro – Aquele é um dos últimos lugares que eu gostaria de pisar.
_Isso quer dizer que teremos que ir a sala dos Loucos Mortais agora – Rony falou temeroso.
Harry desviou um olhar para Dobby e logo eles deixaram a sala de Grifinória.
Dobby estendeu seus braços e Harry, Rony e Hermione o tocaram, de repente tudo ficou escuro e extremamente frio, até caírem em uma sala toda feita de gelo e com vultos voando por todos os lados.
_Vamos fazer isso logo! – Rony disse ficando azul de frio.
Era tudo muito escuro e a varinha na mão de Harry tremia tanto que a luz não conseguia iluminar nada direito.
_Tem certeza que estamos em Hogwarts?
_Sim – Dobby respondeu à Hermione.
Tudo era muito silencioso, mas Harry conseguia ouvir vozes nos vultos, e eles voavam por todos os lados.
_ALI! – Rony gritou em meio a escuridão, tremia tanto que a sua varinha apagara.
Harry correu pelo gelo, sem medo de tombar, até o que ele estava apontando e então viu uma pequena pedra vermelha presa no gelo.
_FILIPENDO! – Hermione gritou e o seu raio causou um buraco no gelo, fazendo a pedra cair no chão enquanto o buraco era imediatamente coberto por gelo novamente.
Dobby saltou da onde estava e Harry apenas sentiu seus pés deixarem o frio até caírem no corredor da sala de Flitwick.
_Não posso acreditar que aquela sala existe – Hermione disse absurdamente pálida – É horrível.
_Vocês tem um coração puro – Dobby disse – Senão tivessem teriam se transformado em uma daquelas almas e jamais poderiam sair de lá novamente.
Rony desviou um olhar apavorado a Hermione.
_Câmara Secreta – Harry disse e olhou para Dobby rapidamente – Não vou lá há algum tempo.
_Espero que a Murta também tenha deixado o castelo – Rony disse enquanto caminhavam para o banheiro.
Assim que chegaram ao silencioso e vazio banheiro Harry disse palavras ofidioglotas e as pias se separaram novamente, deixando o túnel a vista.
Harry saltou rapidamente e caindo pela escuridão sentiu ossos baterem as suas costas e se levantou, a Câmara estava exatamente como quando vira em seu segundo ano.
Assim que Dobby chegou todos continuaram e passando pelas entradas chegaram a câmara em si.
_Uau – Rony disse ao ver o esqueleto do Basilisco caído pelo chão.
_Esse lugar é enorme – Hermione resmungou – Pode estar em qualquer lugar.
_Não – Dobby disse assim que começaram a caminhar em direção a figura de Salazar Sonserina ao fundo, gigantesco. – Está ali. – e ele apontou para a boca da estátua, da onde o Basilisco saira.
Harry correu por entre os ossos e foi até a boca. Receoso enfiou sua mão e não sentiu nada além de um pequeno pedaço de pergaminho.
_É só isso o que tem – disse mostrando o pergaminho rasgado ao restante.
_E é talvez o mais importante – Hermione falou – Ai diz como se faz a poção – e ela apanhou o pergaminho velho e surrado e leu:
“Adicione a pena de Corgmignan e espere até que o azul tome conta da poção, depois coloque a primeira casca da árvore de Sante Rosado e mexa em sentido contrário ao relógio. Adicione os pêlos da raposa, cada um em cada ponto do caldeirão e cuidado para não deixá-los se juntarem até que após uma hora se passe. Coloque a segunda casca de Sante Rosado e juntamente a pele de dragão, tome muito cuidado pois pode ser muito perigoso, a união dos ingredientes é de extrema importância, mas pode causar gravíssimas explosões.
Coloque a pedra de Rehu e a acoberte com o pó de Filly, mexendo duas vezes para a esquerda, mais três vezes para a direita e esperando que se passe quarenta minutos. A poção terá uma cor avermelhada ao final e parecera como suco de abóbora, para enganar a vítima.”
Os olhos de Rony estavam tão saltados que Harry pensou que ele estava se sentindo mal.
_Uma das poções mais complicadas que já vi – Hermione disse preocupada.
_Você consegue? – Harry perguntou antes de olhar para o crânio do basilisco.
_Vocês terão que ser muito pacientes – ela falou – E acredito que fazer isso na sala de Poções é a melhor escolha.
_Certo – Rony falou ainda pasmo – E vocês querem fazer isso quando?
_Quando for o momento certo Rony – Harry falou – E já sei quem vai dar essa poção a Voldemort – Dobby estremeceu nesse momento.
Rony e Hermione encararam Harry definitivamente ansiosos.
_Tolkien voltara para o lado de Voldemort apenas para libertar Betrayal da Imperio, mas como o próprio Tolkien me disse, ele conseguiu fazer Dumbledore beber uma poção para enfraquecê-lo tamanha a sua força de influência perante as coisas. Betrayal estará do nosso lado depois que Tolkien o libertar, mas ele não voltara para ficar conosco, ele continuara com Voldemort para no momento certo fazê-lo beber essa poção.
_E então você matá-lo? – Rony perguntou.
_Naturalmente – Harry falou também pensando que com o sague de Voldemort que Fierce lhe dera conseguiria realmente ter tudo o que precisava para vencer Voldemort de uma vez por todas. – Acho que podemos voltar, preciso pegar algumas coisas na Torre da Grifinória e então levaremos todos os ingredientes para Bounstouns.
_Não – Hermione falou e olhou para Dobby – Acho melhor que ele guarde.
Harry também olhou para o elfo que assentiu com a cabeça.
_Estara seguro com você? – perguntou encarando o elfo.
_Sim senhor – Dobby respondeu.
_O.k, vamos sair logo agora – Rony falou – Tenho medo da Murta voltar.
PS: E assim começamos a Semana da Magia!! O primeiro que comentar esse capítulo recebera por e-mail o nome dos últimos capítulos da fic.
Esse cap é importante porque ele explica a poção que será feita no final e será um momento inesquecível, de muita apreensão e reviravolta, algo que nunca escrevi antes.
Espero que tenham gostado e o Cap.26 vai ser muito melhor!
Abraços e amanhã temos o novo capítulo, comentem!! :D
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