A cerimônia de encerramento.
O dia seguinte amanheceu chuvoso, mesmo estando em pleno verão. Todos os alunos teriam que arrumar seus malões, carregar suas corujas, sapos ou qualquer tipo, e se dirigir para a Cerimônia de Encerramento, feita por Dumbledore que ia anunciar quem ganharia a Taça das Casas.
- Nem consigo imaginar que será nossa última vez aqui. – comentou Sirius, dobrando sua última peça de roupa para colocar no malão.
- Quantas coisas passamos por aqui, não?! – disse Remo
- Muitas! – riu Tiago.
- Seria tão chato se não tivéssemos a capa, não é mesmo? – disse Sirius
- Seria chato se não tivéssemos nos conhecido. – falou Tiago, pedindo um abraço em grupo, com um gesto.
- Por acaso alguém se lembra da lei número um dos Marotos? – perguntou Remo.
- Apoiar, em qualquer circunstância, uns aos outros! – responderam todos.
- Eu quero mudar essa regra – disse Sirius de repente.
- Por quê? - perguntaram
- Eu quero: Marotos até que a morte nos separe!
- Nem ela! – brincou Tiago.
Eles riram.
- Bem – continuou ele – Obrigado Almofadinhas, Aluado e Rabicho, pela mais simples e verdadeira amizade que alguém pode ter!
- Ah... qual é...tá até parecendo que a gente nunca mais vai se ver! – comentou Sirius – Quando o Pontas casar, vamos fazer uma festança daquelas!
- Espero mesmo! – censurou, rindo.
- Eu vou mesmo ser padrinho? – perguntou Rabicho, seus olhos até brilhavam.
- Mais é claro! Quero todos! – respondeu Tiago.
- Acho que já está na hora de descermos. A Cerimônia já vai começar! – anunciou Remo.
***
- Sentem-se e acalmem-se crianças! – disse Dumbledore quando os alunos começaram a se sentar
- Ei! Têm adolescentes aqui! – gritou Sirius na mesa da Grifinória
- Certo Sr. Black. Sentem-se crianças e adolescentes! – corrigiu Dumbledore, sorrindo.
Todos cessaram.
- Mais um ano que termina! E com ele, fica a saudade e a alegria de mais um ano realizado.
Todos ouviam atentamente. Lílian e Tiago estavam abraçados. Sirius estava do lado de uma menina que o convidara para um breve passeio nos jardins noite passada. Remo e Naná, em pontos extremos.
- Antes de entregar a Taça para a casa campeã esse ano, eu gostaria que vocês nunca se esquecessem o quanto aprenderam com seus professores e é claro, com nossos amigos. Eles não só nos ajudam a entender simples feitiços, como nos ensinam a respeitar, amar e aprender o valor de uma verdadeira amizade. Por isso, lembrem-se disso quando estiverem precisando de ajuda, ou até então quando quiserem apenas, zoar! – e baixou seus oclinhos meia-lua para os Marotos.
Houve um estrondoso barulho de palmas e assobios. Dumbledore erguera a mão:
- Muito bem, muito bem! – disse com energia – A Taça!
Houve um silencio. Todos estavam ansiosos para saber quem iria levar.
- Durante todo o ano, Lufa-Lufa, Corvinal, Grifinória e Sonserina deram o seu melhor. Seja dentro da sala de aula, ou fora. Mas é claro, aquela que se destacou mais... foi a Grifinória!
Urros de felicidade explodiram na mesa da Grifinória. Dumbledore bateu palmas e todo salão se transformou nas bandeiras vermelho e dourado com o pomposo leão da Grifinória.
Os alunos pulavam, berravam e assobiavam. Tiago e Sirius se abraçaram tão forte que quase caíram.
Sonserina olhava, enraivecida para a mesa ao lado.
- Parabéns, parabéns Grifinória! Vocês mereceram! Parabéns pelo ótimo monitor-chefe que já tiveram: Remo Lupin!
Mais palmas, e gritos, todos direcionados a Lupin, que estava vermelho vivo. Sirius e Tiago davam tapas em sua cabeça.
- E parabéns, é claro, ao time de quadribol que não perdeu nenhum jogo nessa temporada: Tiago Potter, Sirius Black, Mattew Mcgorner, Jennifer Smith, Annie Laund, Julie Foster e Kenneth Phanton. – anunciou Dumbledore.
Todos aplaudiram o time de quadribol.
- Obrigado, obrigado! – agradeceu Sirius, fazendo uma reverência no meio do barulho.
- Mas nenhum time é bom se não for comandado por uma pessoa de pulso firme e total talento. Em outras palavras: Tiago Potter.
Muitos vieram ao seu encontro dar parabéns. Mas Dumbledore interrompeu outra vez:
- Muito bom, Potter. Parabéns pela equipe. Agora tenho o dever de lhe informar que seu nome ficará gravado na sala de troféus por melhor apanhador!
- O q...? – Mas sua voz foi abafada pela alvoração. Ele arregalou os olhos para Lílian, que começara a gritar e a chorar, pendurando-se em seu pescoço.
Agora até algumas meninas da Sonserina batiam palmas. Lufa-Lufa e Corvinal, também estavam em festa, quer dizer, antes Grifinória do que Sonserina.
***
- Eu não acredito! Olha como ele brilha! – comentou Tiago, ao ver um troféu com seu nome gravado.
- “Tiago Potter – melhor apanhador” – leu Lílian, comovida. – Você não faz idéias de como eu estou orgulhosa de você!
Ele riu, ainda com a cabeça encostada no vidro, vendo o troféu de ouro brilhar.
- Espero que nosso filho sinta o mesmo! – disse ele, após alguns minutos.
A sineta tocou. Era hora de irem embora para o Expresso Hogwarts.
- Ah, não! – gemeu Tiago. – Só mais um pouquinho.
- Ah, vamos Tiago. Não será a última vez que verá. É o seu nome. Poderá vir aqui sempre que quiser!
Ele olhou, então, pela última vez o troféu através do vidro já embaçado.
- Vamos. – chamou Lílian segurando sua mão.
Eles encontraram a multidão que sorria e chorava no Salão Principal. Todos pegariam as carruagens e chegariam até o trem.
Lílian e Tiago foram abraçados até uma das carruagens, uma das últimas que sobrara.
Sirius, Remo e Pedro apareceram de repente, ofegantes e vermelhos.
- Por Merlim! O que aconteceu? – perguntou Tiago, preocupado.
- Precisamos conversar. – disse Sirius, muito sério.
- O que aconteceu? – perguntou.
Eles olharam para Lílian.
- Ok! Vou pegar a próxima carruagem com minhas amigas. A gente se vê no trem! – disse sorrindo para Tiago e indo em direção á carruagem que estava prestes a partir, cheias de garotas, inclusive Naná e Katie.
- Agora me falem. Anda!
- Bom...é que, a gente quis aprontar com o Ranhoso antes... – relatou Sirius, ofegante.
- O que? – interrompeu Tiago.
- Olha, era só zuação, entende...pela última vez. – respondeu com um leve tom de desculpas na voz
- Tá...mais parece que não deu muito certo, né?
- É...bem, é aí que está o problema. A gente pegou o Mapa do Maroto, pra procurar ele...
- E o que? – perguntou Tiago, assustado.
Eles se entreolharam.
- O Filch pegou a gente com a mão na botija. – disse Remo, de um fôlego só.
- O que? – perguntou um Tiago furioso. – Mas vocês conseguiram de volta, certo?
Eles balançaram a cabeça.
- Eu não acredito. O mapa! Nossa maior relíquia! Mas ele não sabe realmente o que é, né?
- Não. O Pedro consiguiu dizer “malfeito feito” á tempo.
- Bem, felizmente ele não faz a mínima idéia de como usar. – disse Remo.
- E como foi que vocês escaparam? – perguntou Tiago
- Sorte que eu tinha uma bomba de bosta no bolso. Joguei no chão e demos no pé. – relatou Sirius.
Eles ficaram em silêncio esperando Tiago falar:
- Bom...que bom que ele ficou aqui, não é mesmo? Afinal, foi o lugar onde ele nasceu. E para que iríamos querer um mapa de Hogwarts, se estamos indo embora?
- É! – concordaram.
- Ainda bem que você não ficou chateado, cara! – disse Sirius, colocando a mão no seu ombro.
- O que me deixa triste, é que no final das contas, não conseguimos pegar o Ranhoso! – exclamou Pedro.
- Não esquenta, a gente acerta as contas com ele no trem! – disse Tiago, sorrindo marotamente, subindo na última carruagem que sobrara.
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