Conselho de pai.
Tiago desceu na plataforma 9/5 onde encontrou Lady, a elfo doméstica de sua casa. Ele desaparatou junto á ela. Sentiu um frio na barriga, e quando abriu os olhos reconheceu sua enorme casa, e agora, mais do que nunca, sentiu que amava a “Mansão Potter”
- Filho! – berrou a Sra. Potter, quando ouviu o barulho da cozinha – Olha só como você está! Tão magro! – ela era muito elegante. Trajava vestidos longos e brilhantes, com vários brincos e colares de ouro. – Ué? Cadê o Sirius? – percebeu, assim que soltou o filho.
- Ele não vem.
- Mais ele odeia passar o Natal na escola.
- Ele comprou uma casa.
- Ah bom, mais pelo menos ele vem pra festa né? Que aliás, já está quase tudo pronto! Chamei o primeiro-ministro e sua esposa, que já marcaram presença, os Mad, os Disease, os...
- Mãe! – interrompeu Tiago.
- Ok! Já parei! Desculpa! Vá tomar um banho e descansar um pouco agora! Seu pai já vai chegar.
- Tá.
Tiago subiu, tomou banho e tentou descansar em sua cama. Seu quarto era muito grande com vários posters de times de quadribol. E uma foto muito grande estava no centro. Ele, Sirius, Remo e Pedro sorriam para a fotografia, aparentemente muito felizes. Embaixo estava escrito: “Eterno Marotos” com letras de mão fina e douradas que sumiam e apareciam por vezes.
Ele ficou contemplando a fotografia por um longo tempo, relembrando de quando a fotografia fora tirada. Lá mesmo, no quarto de Tiago, eles improvisaram um feitiço para todos terem um igual e para durar anos e anos. Lembrou-se também da barraca que armavam no jardim, e á noite se transformavam em animagos. Um sorriso passou pelo rosto de Tiago, mais uma lágrima também deixou rastros. Resolveu esvaziar um pouco sua cabeça lendo: “Quadribol através dos Séculos”. Ele folheou várias vezes o livro, tentando ao menos absorver uma palavra que seja, mais sem sucesso. Com raiva jogou o livro na porta, onde esta se abriu no exato momento e o pai de Tiago apareceu.
- Desculpe se estou atrapalhando!
- Não pai! – falou Tiago levantando-se da cama assustado com a chegada repentina. – Pode...pode entrar! Desculpa!
O pai de Tiago era muito parecido com o filho. Ambos usavam óculos e o rosto tinha o mesmo formato. Os cabelos já eram brancos e a pele estava enrugada.
- Sua mãe me disse que Sirius não veio, suponho que seja por isso que você jogou o livro? – perguntou pegando o livro do chão e sentando-se na cama, ao lado do filho.
- É...! – respondeu de voz fraca.
- Quer conversar? – era visível a tristeza no rosto do filho.
- Sobre...
- Sobre isso. O que está acontecendo? Você brigou com o Sirius?
- Ele brigou comigo!
- Porque?
Tiago respirou fundo. Precisava mesmo desabafar com alguém. E ninguém melhor que seu próprio pai.
- Você lembra que eu te disse de uma menina chamada Lílian?
- Sim! Você ama ela, desde mais novinho.
- Pois é! Eu consegui ficar com ela esse ano!
- Meu filho isso é ótimo!
- É...mais se eu soubesse que isso me tragaria tantos problemas...
- O Sirius achou que começou a ficar de lado?
- É! – ele afirmou com a cabeça. – Mais não foi só o Sirius! Por um momento todos os meus amigos se rebelaram contra mim, e até ela!
O pai de Tiago não perguntou o porque disso ter acontecido porque sabia que o filho talvez, não queria comentar. Ele apenas percebeu a situação e disse:
- Você não é obrigado a ficar com todos no mesmo momento e dar atenção também. Mas temos que saber dividir tudo, e no tempo certo! Não podemos jogar nossos problemas em cima de um, se o problema é do outro. Mais creio que, se foi apenas uma dessas discussões de amigos, vocês tem que passar por isso, para perceber o quanto vale a amizade e o amor! Ás vezes temos que enfrentar barreiras para descobrirmos se nosso teto está pronto para uma ventania, forte!
- Acho que essa ventania já passou e levou tudo. – disse Tiago com amargura.
- Então reconstrua sua casa, mais dessa forte, e prepare-se!
A animação de seu pai fez, pela primeira vez em semanas, Tiago dar um sorriso sincero. Conversar com ele havia lhe esclarecido tudo: fazer mais do que fez para reativar a amizade, não podia mais. Então, mesmo triste e chateado ele iria construir sua casa novamente.
***
Ás sete horas Tiago desceu as escadas para cumprimentar os convidados. Ele trajava terno e gravata, muito elegante. Sua mãe estava com um vestido dourado muito chamativo e seu pai um smoking.
A festa estava muito movimentada. Elfos servindo quitutes de tudo quanto é jeito e pessoas muito famosas com conversas chatas.
- E então Potter...o que pretende fazer? – perguntou o primeiro-ministro
- Bom, gosto muito do Departamento de Mistérios, mais acho que quero ser Auror!
- Auror! Que ótimo! – exclamou sorrindo – Não vai ser difícil, pelo que soube, você é um dos melhores alunos de Hogwarts!
- Ah...é...! – respondeu um pouco tímido.
- Tenho certeza que um dia trabalharemos juntos, rapaz! – falou dando tapas em suas costas.
- Ministro! Que ótimo vê-lo aqui! E este deve ser o filho dos Potter! – disse Chris, chefe da Seção de Artefatos Trouxas.
- Er...com licença – disse Tiago, desvencilhando-se de mais uma conversa chata.
Ele vagou pela festa e de vez, entrava em algum grupo para conversar. Mais não ficava por muito tempo pois, só falavam de política. Resolveu dar umas voltas pelo jardim. Reparou na lua e viu que era lua cheia.
“Aluado teve estar tendo uma noite difícil” – pensou.
- Filho, porque não está lá dentro? – ele ouviu alguém perguntar ás suas costas.
- Ah, não estou muito á fim mãe...
- É chato sem seus amigos, né?
- É!
- Não fique assim querido! Se forem seus amigos de verdade eles vão aparecer!
- Bom...eu vô subi, então.
- Não vai ficar nem mais um pouquinho?
- Desculpa mãe!
- Tudo bem!
Ele subiu as enormes escadas muito rápido, para não ser vítima de assuntos chatos. Chegou em seu quarto e trancou a porta. Tomou um banho e vestiu seu pijama. Tentou dormir, mais o barulho lá fora era inevitável. Não demorou a começar se relembrar das festas junto com os Marotos: Tiago pegava a Capa de Invisibilidade e todos iam se divertir com os convidados que não entendiam o porquê de seus canapés estarem voando pelo salão. E como seria bom se Lílian estivesse com ele agora, aproveitando a festa.
- Pára Tiago! Depois de tudo que você vez por ela! – ele falou para si mesmo alto. – Pára de ficar se lamentando. Acabou tão rápido como começou... – sua voz falhou a dizer essas palavras. Ele não queria ter dito, mas no fundo, sabia que era verdade.
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ps: é sempre bom ouvir pai e mãe!!
iuasyauishaishauish
;)
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