Capítulo I





Manual de Instruções, queijos e outras coisas
Ou Capítulo I


- O Brad McKenzie é o meu cantor preferido – disse Emmy – Se eu tivesse um filho, dava pra ele o nome de Brad McKenzie Jr.

- Brad McKenzie? Parece nome de farmácia – Marlene fez voz de falsete – “Drogaria McKenzie’s, em que posso ajudá-lo?”

Emmy mostrou a língua para Marlene, ignorando seu comentário e virando-se para Lily.

- Por que você tá tão calada, Lils?

- Tava pensando no que você disse – fez uma breve pausa. – Eu gosto do nome Harry. Se eu tivesse um filho, ou um marido, gostaria que ele se chamasse Harry.

- Então o que você acha de dar uma chance para o Harry Stuart do primeiro ano? Gordinho, branquelo, o SONHO DE CONSUMO hein?

- Vai se fuder, Emmy ¬¬

Emmeline chorava de tanto rir, quando Dorcas e Alice chegaram na Sala Comunal.

/.../


Gina olhou impaciente para o relógio e se levantou da poltrona em que estava.

- Hei – disse, parando o primeiro que passava. -, você viu o Harry?

Ela ouviu passos. Virou-se para trás.

- Serve aquele ali? – respondeu o primeiro que passava, apontando para as escadas do dormitório masculino, que o moreno descia despreocupadamente.

- Harry! – disse, chegando perto e selando os lábios nos dele. – Estava procurando você.

- Eu também estava te procurando. – ele disse, mentindo.

- Feliz aniversário de um mês, amor! – Gina se precipitou, abraçando-o e atropelando as palavras dele.

- Ah... Pra você também! – ele respondeu, apressado: se esquecera completamente.

- Não podia ser mais perfeito – ela sequer notou que o menino pareceu ser pego de surpresa: seus olhos brilhavam. – Eu ouvi nossa música no rádio hoje cedo.

- Nossa música? – ele deixou escapar.

- Não acredito que você não lembra da nossa música, Harry! – exclamou a ruiva com cara de desapontamento.

- Claro que eu me lembro, meu amor! Jamais esqueceria de algo tão importante – disse piscando. – A gente se vê hoje à noite na Sala Precisa, pra eu te provar – sussurrou em seu ouvido, fazendo a menina arrepiar-se.

- Você preparou alguma coisa?

- Você vai ver.

Ele deu um beijo nela e se afastou passando a mão nos cabelos, num gesto de puro nervosismo.

“Pô, em que buraco eu me meti”.


/.../



- HERMIONE!

A garota, que estava concentrada na leitura de um livro, demorou a levantar o rosto.

- HEEEEEEEEERMIONE!

- Psiiiiiiiiiiu! – chiou Madame Pince.

- O quê você quer? – ela indagou, toda grossa: estava lendo e ele, a perturbando.

- Preciso do seu Viratempo. – ele teria tentado persuadi-la, mas estava demasiadamente desesperado.

- O QUÊ? Não!

- Eu preciso – ele repetiu -, perdi uma aula de Poções porque tava conversando com o Dumbledore, e você sabe como eu tô mal em Poções.

- Harry...

- Eu PRECISO. – ele disse pela terceira vez.

- Você sabe que eu nem devia ter esse Viratempo ainda.

Harry assentiu com a cabeça.

- Então – ela concluiu, receosa. -. Eu não posso, Harry.

Ele apoiou a cabeça nas mãos e fincou os cotovelos na mesa, adivinhando corretamente que Hermione perceberia seu desespero nesse gesto.

- Mas já que você precisa tanto...

- Ah Mione, você vai salvar a minha vida!

- Seja rápido – ela já tinha se arrependido. -, e Harry – acrescentou -, tome cuidado. Não - seja - visto.

- Você é a melhor, Mione – ele agradeceu. – Agora, pode ir lá pegar pra mim? Eu não posso subir no dormitório das meninas, sabe.

Ela fechou o livro que lia com força, levantou a contragosto e de tão nervosa esqueceu o pergaminho com suas anotações na mesa da biblioteca.

/.../



Harry correu para a primeira sala vazia que encontrou no corredor deserto do primeiro andar, a pequena ampulheta de ouro bem segura em seu bolso. Trancou a porta, e não se preocupou em olhar para os lados enquanto girava a parte móvel da coisa em sua mão, de tão absorto em pensar nas possíveis músicas que poderiam ser dele e de Gina, e pior, aonde ir para encontrá-las.

“Talvez seja ‘Sexy Wizards’ das Esquisitonas, afinal é a banda favorita dela. Mas não, isso não tem nada a ver com a gente, por que seria? Ah Merlim, existem MILHÕES de músicas no mundo! Será que é alguma música trouxa? Vai ver ela ouviu e achou bonitinho. Sei lá, não acho muito a cara da Gina escolher uma música trouxa pra representar o nosso... ahn ... relacionamento...”

E então ele voltou a atenção para o objeto dourado que estava em sua mão, quando se deu conta: “Quantas vezes eu girei essa porra?”

Abriu a porta, pensando quanto teria voltado. Correu para as escadas, mas não viu o coraçãozinho que Gina lhe fizera no corrimão, com o canivete de Fred. ” Devo ter voltado mais de um mês”, pensou, quando alcançava os degraus do Saguão de Entrada. ”Talvez um pouco mais. Um mês e meio. . O que acontecia era que os vestígios da vida dele na escola não estavam ali. Resolveu continuar a andar. Alcançou os jardins e parou. Respirou e olhou em volta, assustado, vendo o que parecia Hogwarts, mas não aquela Hogwarts em que ele estudara. Tentou encontrar a diferença: as árvores continuavam as mesmas, o lago parecia ter exatamente o mesmo tamanho, a cabana de Hagrid estava no mesmo lugar, mas alguma coisa parecia terrivelmente diferente.

Não via ninguém em lugar nenhum. Que dia da semana seria?

Procurou o caminho do Salão Comunal da Grifinória, achando que com certeza haveria alguém lá, quando de repente, uma garota desnorteada que vinha correndo e bufando parou a dois metros dele com uns grandes olhos verdes arregalados e a boca entreaberta de espanto. Subitamente, essa boca começou a falar.

- JAMES? JAMES? OH MEU MERLIM, É VOCÊ JAMES? MAS COMO? EU ESTAVA LÁ DOIS MINUTOS ATRÁS GRITANDO COM VOCÊ! TÁ DE BRINCADEIRA COM A MINHA CARA? E QUE OLHOS SÃO ESSES? OH – ela levou as mãos à boca – VOCÊ SABE APARATAR? POR QUE RAIOS VOCÊ NUNCA ME CONTOU? E COMO VOCÊ CONSEGUIU APARATAR AQUI? TEM FEITIÇOS, E... – ela não parecia querer parar tão rápido. “Onde é o botão de desligar dessa doida?” ele pensou. “Se bem que é até bonitinha, se falasse menos...” E sem que ele percebesse um sorriso malicioso brotou no canto de seus lábios. - QUE SORRISO É ESSE JAMES? VOCÊ TÁ TIRANDO UMA COM A MINHA CARA, SÓ PODE.

- Oi, desculpa, mas eu não sou o James. Dã.

- Você acha que só porque eu sou ruiva eu sou idiota? Mó preconceito, pô.

Lily ouviu a voz muito familiar de James vindo de trás dela.

- Lilizinha, minha gatinha, volta aqui agora que a gente não terminou nossa conversa!

Ela olhou pra trás, e quando o viu, arregalou os olhos. Do ângulo em que estava, Harry tinha a visão do recém-chegado quase completamente obscurecida pela garota, que se virava com incrível rapidez para olhar de um para o outro.

- ... que? – foi o que ela conseguiu dizer, depois de um tempo razoável. James deu de ombros e competou:

- Jo.



N/A e respostas aos comentários: coming soon ;*







A gente precisa dormir nosso soninho de beleza pô (?)

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