O segredo de Draco Malfoy
-E então Draco, descobriu se o Pobretão está traindo a Sangue ruim? Blaise perguntou ao loiro enquanto iam para o campo de quadribol para mais um treino.
-Você não vai acreditar! Ele caiu!!! Não é que o cenoura ambulante está traindo a Sabe Tudo? Eu até o parabenizaria se ele não fosse tão idiota.
-Ahhh não acredito, Draco! É com a Chang? – Blaise gargalhou ao mesmo tempo em que fez uma cara de nojo – Aquela não vale um sicle furado. Ele não sabe que ela é uma “Caça-Dotes”? Que Mané!!!
-Acontece que o pobretão está se sentindo. Como se o fato de se tornar famoso por causa do Santo Potter o fizesse deixar de ser quem é. Aquele ali pode ganhar todo dinheiro do mundo e vai continuar sempre sendo o pobretão idiota. - Draco praticamente cuspia as palavras.
-Ontem ele apareceu lá na festa. Sozinho. Mas não ficou por muito tempo.
-Que horas? Eu não vi- Perguntou Draco
-Na hora que você tava agarrado com aquela Corvinal gostosona- respondeu Blás rindo.
-Ahh, sei.- Respondeu Draco sorrindo – E ele tava sozinho?
-Sim! A Sangue ruim não estava junto.
-Ela nunca viria. Ela é certinha demais para isso. “Isso infringe às várias normas da escola” - Disse Draco afinando a voz imitando Hermione. -Ela deve ter sido convidada assim como o Weasley e o Potter, afinal são os salvadores do mundo bruxo – Draco disse a última frase com desdém.- O testa rachada não deve ter vindo por causa da Weasley fêmea. – disse Draco com cara de nojo – Mas se o pobretão esteve aqui sozinho, ele deve ter contado alguma mentira para a sabe tudo para vir aqui sem ela. Mais uma coisa a ser usada em meu favor.
-Já sabe o que vai pedir em troca de seu sigilo? Blás perguntou ainda rindo.
-Não sei...Dinheiro ele não tem, prestígio – Draco fez cara de pensativo – o tipo de prestígio que ele tem, eu não quero. Talvez ele me ajude a ser o novo monitor chefe. Quem sabe?- Disse Draco piscando um olho para Blás.- Agora vamos treinar, o jogo com Lufa-Lufa é daqui há duas semanas. E quero ganhar!
Hermione estava sentada em sua cama estudando Runas Antigas, quando ouviu uma batida na porta que dava passagem ao salão comunal de Grifinória.
Alorromora disse Hermione apontando a varinha para a porta. Gina entrou com um sorriso sapeca no rosto.
-Por que não me contou?- Gina perguntou com um sorriso.
-Te contar o quê?- Perguntou Hermione com uma cara de desconfiada.
-Que o Ron dormiu aqui, oras!
-Mas quem te disse que ele dormiu aqui?- Perguntou Hermione cruzando os braços.
-O Harry- disse Gina sorrindo – Ele me disse hoje no café da manhã que o Rony não passou a noite no quarto.
-Ahhh...então é por isso que vocês dois passaram o café da manhã inteiro me olhando como se fossem dois idiotas? - Hermione perguntou séria, Gina balançou a cabeça afirmativamente sorrindo – Estão enganados. Ele não dormiu aqui. – Hermione respondeu de forma simples.
-Como assim?- Gina praticamente gritou – Então onde ele dormiu? A ruiva estava com a boca aberta e os olhos tão arregalados que sua expressão parecia com a de Luna Lovegood.
-Não sei – Hermione respondeu dando de ombros. Quando a Castanha ia continuar ua resposta se deparou com a cara da ruiva. Gina fazia uma cara tão assustada que a Castanha não agüentou e caiu na gargalhada. - Está bem Gi, desfaz essa cara, ele dormiu aqui.
Gina jogou uma almofada em Hermione e começou a gargalhar junto com a amiga. Gargalharam durante um bom tempo até que a ruiva conseguiu falar.
-Você é muito engraçadinha. Mas conta, como foi?
-Como foi o quê, Gina?- Hermione perguntou levantando uma sobrancelha.
- Ah, pára de se fingir de desentendida, Mi. Anda, me conta.
-Gina, você me assusta às vezes, sabia? Não aconteceu nenhuma novidade aqui. Nada que eu não tenha te contado antes. Não há o que contar. -Disse Hermione encerrando o assunto.
-Claro que há uma novidade: a certinha Hermione Granger fez sexo com seu namorado em seu quarto de monitora chefe . Por Merlin, se isso não for uma novidade, não sei mais o que é uma novidade. - disse Gina divertida. – Mas se não quer me contar como foi, não tem problema, eu sei que você tem vergonha de falar certas coisas. – Antes que Hermione pudesse protestar, continuou – Mas me responde uma coisa? Como o Ron te convenceu? Estou orgulhosa do meu maninho.
-Ginevra, você definitivamente me assusta. – respondeu Hermione pasma. – Eu e Ron fizemos um acordo. Ele dormiria aqui, mas em compensação ele não colocaria os pés naquela festa . Ela, sem dúvida, infringe a várias regras da escola.
-Hum, sei, é claro. E aqui não, é claro. – Gina falou como se pensasse alto
Agora foi a vez da Castanha jogar uma almofada na ruiva. Gina pegou a almofada ainda no ar e tacou de volta para Hermione.
- Ah Mionezinha, bem que você poderia me dar uma ajudinha- Gina disse com um sorriso malicioso no rosto.
-Ah, lá vem você – respondeu Hermione divertida. – O que você quer?
-É só um favorzinho. Você poderia me avisar quando o Ron viesse dormir aqui outras vezes. Só Merlin sabe o que eu e Harry precisamos fazer para podermos nos encontrar. Até lançar uma azaração de sono profundo no Ron, o Harry já lançou!
-Ai Meu Merlin! – falou Hermione horrorizada- Vocês têm enfeitiçado o Ron apenas para poderem transar?
-Calma Mione, foi apenas duas vezes, e ele estava meio desconfiado. Das outras vezes foram azarações mais simples, apenas para confudi-lo. Ahh Mione, o que você queria? Já estamos aqui há 45 dias. Eu e Harry não somos iguais a você e o Ron. – disse Gina.
-Meu Merlin! É, é um fato! Eu tenho medo de você. Aliás, tenho medo de você e nisso que você transformou o Harry. – disse Hermione entre divertida e sarcástica. - Eu não consigo acreditar no que eu ouvi.
-Tá bom, mas pára de fazer lenga lenga. Vai me ajudar ou não?
-Quem te disse que o Ron vai dormir aqui novamente?
- Para quem conseguiu te convencer uma vez, ele convence outras. E aí? Vai me ajudar ou não? Perguntou Gina cruzando os braços.
-Está bem- respondeu Hermione derrotada – Mas me promete que não vai mais azarar o meu namorado? Coitado!
-Está bem cunhadinha. - Respondeu Gina levantando e dando um beijo na bochecha de Hermione. - Hum... Estou morrendo de fome, vamos almoçar? Tenho treino de quadribol à tarde. O nosso jogo é daqui a três semanas. Você vai nos ver?
-Eu tenho que ir! O Ron me mata se eu não aparecer por lá para vê-lo voando de um lado para o outro.
Duas Semanas depois
Bom dia, Hogwarts! Sejam bem vindos ao nosso Campeonato de Quadribol deste ano. Hoje é a grande abertura do torneio, um jogo muito esperado: Sonserina versus Lufa-Lufa. Um grande jogo nesse dia lindo de céu aberto. Um céu azul com nuvens lindas...Ei! aquela nuvem não tem o formato de um bufador de chifre enrugado?
-Senhorita Lovegood – disse a professora McGonagall em voz baixa – se atenha apenas à partida, por favor.
-Ohh diretora, desculpe-me, mas é que aquela nuvem é realmente parecida com um bufado de chifre enrugado. Sabe o que isso significa? Teremos um bom dia hoje!
-Está bem senhorita. Mas a partir de agora apenas comente sobre os jogos. Aí vêm os times.
Aí vêm os times que disputarão o jogo de hoje. Do lado esquerdo - pôde ser ouvido várias palmas, gritos e muitas vaias temos o time de Sonserina. Os jogadores são: Goleiro: Davis; batedores: Zabini e Baddock; artilheiros: Pritcher, Harper e Greengrass e como apanhador: Malfoy. Saudações ao time da Sonserina. Do lado direito muitas palmas foram ouvidas, pois a maior parte dos estudantes da Corvinal e todos os alunos da Grifinória estavam torcendo pelo time da Lufa-Lufa temos o time da Lufa-Lufa. Os jogadores são: goleiro: Smith; batedores: Cadwallader, e Whitby artilheiros: Branstone, Hopkins e Cauldwell e como apanhador: Summerby.
A professora Hooch pegou a caixa onde estavam guardadas as bolas do jogo. Chamou os capitães Draco Malfoy e Zacarias Smith. Disse séria:
- Espero um jogo limpo rapazes.
Logo após o aperto de mãos dos capitães, a professora apitou dando início ao jogo.
O time de Sonserina foi esperto e logo ficou com a posse da Goles.
Ahh o Pritcher está com a posse da Goles. Voa rápido esse garoto, mas o time de Lufa-Lufa é muito esperto. Withby lançou um balaço em direção ao artilheiro de Sonserina e... caramba, acho que um zonzóbulo atrapalhou a rota dessa bola. Poderíamos jurar que esse balaço acertaria Pritcher. Mas não importa e a posse da Goles já está com aquela loirinha ali. Qual é mesmo o nome dela?
-Senhorita Greengrass – sussurrou a diretora McGonagall- Dafne Greengrass, senhorita Lovegood.
-Ahh obrigada diretora – respondeu Luna em um sussurro.
então como eu dizia a jogadora e...Gol de Sonserina. Agora a posse está com a jogadora da Lufa-Lufa, Branstone, que passa a bola para Cauldwell. Oh não, aí vem um balaço mandado por Zabini. Desvia menino! Ahhh ele não teve tempo. Infelizmente Cauldwell perdeu a bola que está novamente com a Sonserina. Greengrass pega a goles passa para Harper que faz um looping..Nossa que maneiro esse movimento hein...Engraçado é que esse movimento é muito comum aos zonzóbulos, talvez Harper tenha aprendido com esse animal e...Caramba Gol de Sonserina. O placar está 20 a 0.
Muito acima dos jogadores estava Draco Malfoy. Ele olhava minuciosamente para cada canto do estádio à procura do pomo de ouro. Parecia um felino à espreita de sua caça.
Pela Lufa-Lufa a Branstone pega a Goles que passa para Cauldwell. Nossa! Ela voou baixo, ela passa a bola para Hopkins e ...Gol da Lufa-Lufa. A partida está bastante equilibrada. É o primeiro jogo da temporada e ...Gol da Sonserina. Ihhh olhem o pomo apareceu por aqui. Malfoy e Summerby voam em direção do pontinho dourado. Zabini manda um balaço e... Nossa, Summerby levou um balaço que o tirou da disputa do pomo-de-ouro.
Malfoy voava em direção do pomo. Queria terminar a partida logo sem dar chances o outro time se recuperar. Ouviu quando Luna disse que o outro apanhador estava fora da disputa do pomo. Esticou a mão e...
Sonserina vence! Gritou Luna E pela primeira vez nos jogos, jogaram limpo! Eu falei que o formato na nuvem prenunciava um dia bom
-Já chega senhorita Lovegood. Devolva-me já esse megafone. - Disse a professora McGonagall em um misto de divertimento e irritação.
Os jogadores de Sonserina foram diretos para o salão comunal de sua casa. Lá uma grande festa os esperava, com muita cerveja amanteigada e whisky de fogo. Draco era saudado por todos os seus colegas de casa.
-Draquinhooooooooooooooooooo – Pansy já chegou agarrando o pescoço de Draco e distribuindo beijos em seu rosto. – Eu sabia que você ia ganhar!
-Pansy. Por Merlin , dá para soltar meu pescoço? Você não pode falar sem me agarrar?- Draco falava como se fosse para uma criança de 06 anos. Pansy ficou sem graça e soltou o pescoço do loiro. – Pronto! Assim está bem melhor! Obrigado pelo elogio. Agora dá licença, preciso falar com Zabini.
Draco saiu o mais rápido que pôde de perto de Pansy Parkinson. Achava a garota extremamente pegajosa e ele tinha a sensação que ela tinha piorado nos últimos meses.
-E aí Draco, como se sente, Capitão ? Ganhou sua primeira partida hein- Disse Zabini de forma simpática para o amigo que apenas sorriu e saiu da sala agarrado a uma loira.
A semana que antecedeu o jogo Grifinória x Corvinal passou muitíssimo rápido. Hermione quase não viu os amigos nesse período, pois iam treinar todas as noites. Entretanto se via obrigada a ouvir durantes às refeições os diversos passes que estavam treinando.
O jogo transcorreu normal. Como era de se esperar, Grifinória venceu. Após o jogo Hermione foi até a sala da diretora passar os relatórios de monitoria. Era uma rotina que acontecia quinzenalmente. McGonagall gostava do jeito organizado de sua aluna e como ela demonstrava maturidade em seu “cargo” de Chefe dos Monitores.
-Muito bom, senhorita Granger, o relatório está ótimo, como sempre. Agora precisamos avaliar quais são os monitores que tem o potencial para se tornarem monitores chefes. Eu já pedi aos professores a avaliação deles em relação à nota, comportamento entre outras coisas, mas eu gostaria de saber da senhorita, quais os alunos que indicaria para essa pré-seleção.
Hermione iria começar indicar os nomes dos “pré-selecionados” quando um barulho na lareira desviou sua atenção e da diretora. Uma fumaça verde apareceu e com ela a auror Héstia Jones.
-Desculpe vir sem avisar, Minerva. Mas aconteceu um incidente e precisamos falar com um de seus alunos.
-Sem problemas Héstia, mas o que aconteceu para vir a essa hora aqui? E com quem quer falar?
-Malfoy. O pai dele foi assassinado em Azkaban. - Respondeu a Auror- E Narcisa que estava o visitando quase foi morta também. Levamos a coitada inconsciente para St. Mungus. Ela não parava de murmurar o nome do filho. Quando retomou a consciência a primeira coisa que pediu foi para vê-lo. Gostaríamos de levá-lo agora para lá.
-Merlin – McGonagall estava chocada – Mas como deixaram isso acontecer em Azkaban? Como alguém entrou com uma varinha?
-Não foi com feitiço, Minerva, ele morreu como um trouxa. Parece que foi ordenado por algum Comensal foragido. Lucius estava recebendo ameaças, diziam que sua família era traidora de sangue por causa do depoimento de Narcisa. E hoje em sua visita ambos foram atacados. – Héstia falava tudo rapidamente – Foi tudo muito rápido. Estavam sentados em um banco. O Comensal veio por trás e cortou o pescoço dele. Acredito que Narcisa apenas percebeu quando o corpo de Lucius tombou para frente. Quando virou foi atingida perto do coração. Parece que a lâmina que usaram partiu dentro dela. Os Medibruxos estão tendo bastante trabalho.
Minerva McGonagall ouvia todo relato horrorizada. Encarava a Auror em sua frente com uma expressão aflita, se virou então para Hermione que também ouvia o relato horrorizada.
-Senhorita Granger faça um favor para mim? Procure Draco Malfoy, diga para vir imediatamente à minha sala. Eu irei com ele a St. Mungus.
Hermione já saía da sala quando a diretora completou:
-E senhorita Granger, este assunto se encerra aqui.
Hermione apenas assentiu com a cabeça e saiu da sala à procura de Draco Malfoy. Sentia pena do garoto, embora sempre o tivesse detestado, não havia ficado feliz ao saber que seu pai havia morrido. Ainda mais dessa forma. Foi até o salão comunal de Grifinória pegar o mapa do maroto com Harry.
-Ei Mione – chamou Gina assim que a Castanha entrou no salão – venha comemorar com a gente. A reunião com a Diretora já acabou?
-Já sim – respondeu Hermione pensativa – Mas agora não posso, preciso fazer um favor para a diretora. -Virou-se para o amigo e perguntou – Harry, me empresta o seu mapa? Preciso encontrar um aluno para McGonagall.
-Quem? Perguntou Harry curioso
-Não posso falar nada agora, Harry. Só peço que me empreste, por favor.
Harry correu até seu dormitório e após uma rápida olhada em seu malão pegou o mapa do maroto . Voltou correndo e entregou à Hermione.
-Pronto. Aqui está. Mas depois quero saber por que está tão estranha.
Hermione mal pegou o mapa e saiu correndo do salão comunal. Abriu o mapa e conseguiu localizar o pontinho Draco Malfoy, ele estava na torre do lado leste do castelo entrelaçado com Wayne Hopkins, a artilheira da Lufa-Lufa. “Malfoy com uma mestiça? Ah essa eu quero ver! É por isso que está tão escondido” pensou Hermione.
Hermione abriu a porta que dava acesso à torre de supetão, assustando o casal que estava aos beijos.
-Mas que droga é essa? Droga Granger, o que faz aqui?- Perguntou Draco com raiva.
-A diretora McGonagall quer vê-lo, agora .
-Como sabia que eu estava aqui? – perguntou Draco desconfiado
-Não interessa Malfoy. Ande logo. – Hermione estava saindo da torre – e Hopkins, dessa vez passa. Mas da próxima vez que eu ver você agarrada às escondidas, seja lá com quem for , descontarei 30 pontos de sua casa. E Malfoy, vá rápido. O assunto que a diretora quer tratar com você é urgente.
Quando Draco chegou à sala da diretora, encontrou-a tomando chá com a Auror. Olhou desconfiado para ambas quando disse:
-Queria falar comigo, diretora?
-Sim, meu filho.
Draco logo percebeu que havia alguma coisa errada ali, não apenas pela Granger que estava estranha, procurando-o pelos corredores, ou pelo fato de ter uma Auror na sala da direção, mas principalmente pelo fato de McGonagall ter-lhe chamado de filho .
-Precisa de alguma coisa de mim? – disse erguendo uma das sobrancelhas.
-Na verdade, preciso que venha comigo a um lugar.
-Que lugar? – perguntou desconfiado – Diretora, eu não fiz nada.
-Calma, senhor Malfoy, não estou o acusando de nada. Queira, por favor, se acalmar. Preciso que venha comigo até o hospital St. Mungus. Sua mãe quer vê-lo.
-Mas o que minha mãe está fazendo no hospital? Aconteceu alguma coisa com ela?
-Senhor Malfoy – começou a Auror – Sua mãe estava visitando seu pai em Azkaban. Seu pai foi assassinado e tentaram matar sua mãe. Ela está no hospital e precisamos levá-lo até lá.
Minerva ficou horrorizada pela forma fria que Héstia Jones comunicou o assassinato de Lucius, percebeu que o loiro abriu e fechou a boca várias vezes, como se quisesse perguntar alguma coisa e a coragem lhe fugisse. Minerva notou que os olhos do rapaz brilhavam, talvez excesso de lágrimas contidas, mas sabia que ele não choraria, não ali na frente delas.
-Venha senhor Malfoy, o levarei até sua mãe.
Hermione foi até o salão comunal para entregar a Harry o mapa do maroto. A comemoração pela vitória de Grifinória já estava no fim.
-Ei Mione, vai nos dizer agora o que aconteceu? – perguntou Harry. O rapaz ficou à espera da amiga, havia achado seu comportamento muito estranho e a aguardava para entender o que estava acontecendo.
-Ahh a diretora queria que eu chamasse o Malfoy para ela. Parece que ela precisa conversar com ele. Só que ela queria que eu fosse logo. E aí pedi seu mapa, pois seria um saco ficar o procurando pelos corredores. – finalizou Hermione dando vistas que o assunto se encerrava por ali.
-É realmente seria um saco ficar procurando aquele loiro aguado por aí. Mas o achou? – perguntou Rony desconfiado.
-Achei, dei o recado e vim pra cá. Ei, isso é um interrogatório? – perguntou Hermione. - Vou estudar ok? Vejo vocês mais tarde.
-Mas você não vai jantar? – perguntou Ron
-Não eu comi biscoitos e tomei chá com a professora McGonagall. Estou realmente sem fome. Vou estudar um pouco e depois volto aqui, tudo bem?
Draco chegou ao hospital. Enquanto aguardava a liberação para que pudesse entrar no quarto de sua mãe, permaneceu sentado em um banco de cabeça baixa. Minerva estava ao lado de Andrômeda que já estava a algum tempo no hospital. Elas conversavam em voz baixa com o medibruxo responsável por Narcisa. Disfarçadamente Draco pulou mais um banco, levantou um pouco a cabeça e apurou os ouvidos para escutar melhor a conversa.
-Veja bem diretora McGonagall. Estamos fazendo o máximo para que ela fique viva. Mas ela foi ferida com algum objeto cortante trouxa e parece que esse objeto estava enferrujado. Ela está com infecção, faremos tudo para salvá-la. Só um momento que a enfermeira está me chamando – disse o medibruxo indo em direção a uma menina loirinha vestida de branco que estava na porta do quarto de Narcisa.
Draco baixou a cabeça e a pôs entre suas mãos. Não conseguia acreditar no que lhe estava acontecendo. Seu pai havia morrido assassinado, mas a diretora não quis entrar em detalhes da morte, e agora ouvia que sua mãe havia sido ferida por um instrumento trouxa. “Mas que merda é essa que está acontecendo?” pensou Draco triste. O loiro estava tão absorto em seus pensamentos que não percebeu quando o medibruxo parou à sua frente.
-Senhor Malfoy? – chamou o medibruxo – Sua mãe deseja ver-lhe, por favor, queira me seguir.
Draco seguiu o medibruxo até a entrada do quarto de sua mãe. Lá a encontrou com olhos fechados e pele ainda mais pálida do que o normal. Na verdade, Narcisa parecia mais morta do que viva. Draco se assustou com estado da mãe. Foi até a cabeceira da cama e começou a alisar os longos cabelos loiros de Narcisa.
-Ei, assim eu vou querer que passe a noite aqui, alisando meus cabelos – disse Narcisa em um fio de voz.
-Se quiser eu fico – respondeu Draco, contendo a emoção.
-Não precisa, só em estar agora comigo já me deixa feliz!
Draco alisou o rosto de sua mãe e percebeu que ela queimava em febre.
-Você está com muita febre, mãe. Deixa eu chamar o medibruxo. – Draco estava saindo de perto da mãe quando sentiu sua mão em seu braço.
-Ele já sabe, fica aqui comigo. Eu preciso falar com você. Por isso o chamei aqui.
-Não deve fazer muito esforço – Disse Draco carinhoso.
-Você é um anjo, filho. Sempre cuidou tão bem de mim – disse Narcisa enquanto passava a mão no rosto do filho. – Eu estou morrendo filho.
-Não fale isso mãe. - Draco já não conseguia mais conter as grossas lágrimas que rolavam por seu rosto.
-Shhhhh – Narcisa pôs os dedos nos lábios do filho. – Me deixa falar, eu preciso. Você precisa saber. Não te contei antes, porque fiz um voto perpétuo com Lucius de que nunca te contaria isso. Mas eu prometi ao seu pai que você saberia sobre ele.
Draco estava confuso, pôs as mãos na testa de sua mãe na tentativa de ver se a febre aumentara. “Acho que está delirando, não fala mais coisa com coisa” .
- Mãe, não acha melhor eu chamar o medibruxo?- Perguntou Draco com carinho.
-Não Draco!- Narcisa foi enfática – Sei que deve estar confuso. Não estou delirando, é que é difícil para mim. Te enganei durante 18 anos. Espero que possa me perdoar.
Draco apenas ouvia atentamente o que a mãe falava, se antes achava que ela estava delirando, agora tinha absoluta certeza. Narcisa continuava a olhar nos olhos de seu filho.
-Draco querido, não estou delirando. – Narcisa parou, parecia querer tomar coragem para dizer alguma coisa – O que eu quero lhe dizer é que lhe enganei durante esses 18 anos, pois você passou a vida achando que Lucius é seu pai quando não o é.
Draco ficou estarrecido, sem chão. Era muita novidade para o rapaz no momento. Foi até a poltrona e se deixou cair. Abaixou sua cabeça e a pôs entre suas mãos.
-É mentira! Disse baixinho. – Diz que é mentira.
-Não filho. Me perdoa. – Narcisa chorava.
-Agora tudo faz sentido!!! – Draco balançava a cabeça - Era por isso que ele me tratava como um lixo? - Draco estava furioso - Diga mãe, era por isso?
-Ele não te tratava como um lixo Draco!
-MENTIRA! O rapaz gritou – Ele me tratava como um lixo sim. Nunca me tratou como se eu fosse filho dele. Como faz sentido para mim agora. - Draco estava desesperado, andava de um lado para o outro da sala. - Quem é meu pai? Draco perguntou de sopetão, parando abruptamente de andar.
-Draco, filho. - Narcisa tentava falar
-Eu te fiz uma pergunta senhora Malfoy! QUEM É MEU PAI? Draco gritava, estava fora de si, havia esquecido onde estava e que a mãe estava mal.
Do lado de fora, Andrômeda conversava com Minerva. Minerva sabia que a relação das duas irmãs nunca fora rompida. Embora não fossem de sua casa, as irmãs eram suas alunas prediletas e diretora acabou sendo uma das “ajudantes” para que as irmãs mantessem o contato. Andrômeda aproveitou para contar à Minerva o que a irmã fazia dentro do quarto, pois sua irmã havia lhe contado mais cedo.
Ambas se assustaram com o grito que veio do quarto de Narcisa.
-Merlin que idéia de Narcisa contar isso agora, ela está muito fraca. Não pode se emocionar dessa forma.
-Mas você sabe que Narcisa é uma cabeça dura, Minerva. Também tentei convencê-la de que esse não era o melhor momento.
Ao ouvirem o segundo grito, Minerva falou:
-Vou intervir. Não vou deixar que ele trate a mãe dessa forma.
Minerva entrou no quarto, Draco andava de um lado para o outro. Teve tempo apenas de ouvir:
-Pergunte ao elfo. Chame-o, ele o reconhecerá como um herdeiro. – Narcisa disse em um fio de voz antes de desmaiar.
Draco correu ao encontro da mãe, a abraçou enquanto gritava por ajuda. Logo a sala se encheu de medibruxos. O medibruxo responsável conferiu o pulso da mulher e disse para o seu filho.
-Se acalme, ela apenas desmaiou. As visitas acabaram por hoje.
Minerva pôs a mão carinhosamente de Draco e falou:
-Vamos para a escola. Amanhã voltamos aqui...
n/a: Aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!! Finalmente capítulo novo. Olá galera do meu coração, desculpa a demora em postar o novo cap. É que eu estava em uma nova empreitada, a fic Destinos Opostos. Já leram? Eu tava com os capítulos na cabeça, aí tive que aproveitar. Aos que me mandaram vibrações positivas, obrigado. A cirurgia foi ótima. Estou de olhos novos. A próxima a ser atualizada é Destinos Opostos, ok? Mas pode deixar que não demoro para atualizar essa aqui não. Ahh e queria agradecer ao Claudiomir pela ajuda valiosa nesse capítulo, e a Artemis pela ajuda maravilhosa para escrever o jogo de quadribol. Brigaduuuuuu...Beijos a tod@s!!!
Claudiomir : Obrigada pela ajuda nesse capítulo. Foi de imensa valia! Então...acho que o Rony está realmente traindo a Hermione, mas não é com a Pansy...É com a caCHOrrona Chang (que absurdo, eu não deveria falar assim dos meus personagens...). E é bem possível que o Draco tire proveito disso! Vamos esperar...
Plock Watson Granger: É Plock, acho que o Ron está realmente traindo a Mi... Suas perguntas foram respondidas nesse capítulo viu? Agora vamos ver o que vai acontecer...
Ju Fernandes : É Ju, o Rony está aprontando mesmo!!!!! E ela não pega o Malfoy nem por um decreto!!! (Eu não vou deixar que isso aconteça, para aumentar sua curiosidade, eu já tenho, pronto há meses, um diálogo entre a Cho e o Draco. Ele a fez praticamente chorar,...Ela não faz o tipo dele...)
Deh Malfoy : Oi Deh, a razão que eu acho para o Rony estar fazendo todas essas coisas é que a fama subiu à cabeça, não resistiu ter um monte de mulheres o paquerando, e a Cho foi a mais incisiva delas. E prometo que a partir do próximo capítulo vai ter muitas cenas dos dois. Na verdade, a relação dos dois começa no próximo capítulo.
Artemis Granger: Olá querida, MUITO OBRIGADA pela ajuda valiosa neste capítulo. Espero que tenha gostado da partida de quadribol. Espero que tenha adorado esse cap. Aqui também. E fica tranqüila, logo ela vai saber sobre o Ron, de uma forma não muito agradável, mas já já vai saber...E olha, pode deixar que não deixarei de atualizar essa fic. Ela é meu xodozinho...
Serena : Serena, a cirurgia é tranqüila, faça!!!Então, como eu disse para Artemis, ela já vai descobrir, em um ou dois cap. Legal que gostou da cena entre o Harry/Gina/ Mione. Também gostei muito de escrever. E acho linda a amizade entre o Harry e ela. Ela foi maravilhosa na caça às horcruxes, sempre esteve lá, super presente. Achei que mereciam uma cena dessas.
Anna Rosa : Seja bem vinda leitora nova!!!!Como pode perceber, não desisti da fic, é que agora estou também com outra fic. E postei logo dois capítulos. Mas já voltei para cá. Espero que tenha gostado desse capítulo aqui!!!
Queridas pessoas do meu coração, espero que tenham gostado do capítulo. Espero receber bastante, inúmeros... comentários.
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Comentários (3)
Estou sem palavras...O capítulo ficou ótimo, desde a cômica narração de Luna no jogo de quadribol até a tensão dos segundos finais, antes do desmaio de Narcisa.Confesso que essa questão de perda de um pai ou uma mãe me deixam muito triste e foi assim que me senti, angustiada. Quando você descreveu os olhos brilhantes de Draco por causa das lágrimas contidas, me emocionou muito. Senti o que Hermione sentiu ao ouvir a notícia e ao ver Draco tão vulnerável.E essa revelação no final, quem será o pai de Draco? Estou totalmente envolvida por sua história. Bjs
2013-04-11Como assim, Lucius não é o pai dele?! OO indo pro neeeeeeeeeext!
2011-11-06ahhhhhhhhhhhhh que drama lindooooooooooooooooooooo ainda bem que to muitooooooooooooooooo atrsada com a fic... dai ja tem muito pra ler nao precisa ficar esperando.. falando nisso? ja tem nc? vai ter né? juro que nao comecei do final pra saber se tinha kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
2011-10-30