Gramado I



Capítulo 13 – Gramado I: A Exploração.
-BOM DIA! – cumprimentou Luna, eufórica.
-Bom dia, Luna.
-Nossa quanta felicidade… Achei que tivesse gostado de ficar aqui… - Falou Hermione, sentindo-se um pouco decepcionada, já que Bento foi a cidade escolhida por ela.
-Não se sentia mal, Hermione. Eu amei aqui! Não estou feliz pela mudança de município, mas sim pela data de hoje!
-Hoje? Merlin! É véspera de Natal! – Harry disse, batendo com sua mão na testa.
-Já? – perguntou Gina, incrédula.
-Pois é!
-Vamos indo pra central de rede Flu… - dizia Neville.
-Mas eu também me esqueci e nem vi presentes ainda! – Hermione sentia-se irresponsável.
-A gente vê isso em Gramado! Lá não é uma cidade conhecida pelo Natal? Então!
-Ótima idéia, ruivinha! Deixamos as coisas no hotel e vamos passear pelo centrinho em busca de presentes! – coordenou Harry.
-Boa idéia, cara! Daí quando chegarmos lá combinaremos um lugar de encontro depois das compras.
-Certo! Posso dar um presente adiantado pra nós? – perguntou, timidamente, Neville.
-Você já comprou? – perguntou Luna – Nem eu comecei a ver isso. Me lembrei do data hoje.
-Gente, não é nada de mais… Eu estava pesquisando sobre nossos hotéis e descobri que no nosso de Gramado haverá uma festa natalina, com jantar e tudo mais… Então reservei os ingressos da entrada. – todos estavam de boca aberta – Mas se vocês não quiserem, eu posso cancelar…
-NÃO! – gritaram os cinco em uníssono.
-Que ótima idéia, Neville! Muito obrigada! – Hermione abraçou o amigo, sendo seguida pelos outros, que faziam o mesmo.
-Obrigada, amorzinho! Foi o melhor presente que eu já ganhei! Obrigada a todos por estarem aqui comigo! – Luna tinha os olhos marejados, o espírito natalino estava contagiando os amigos, que correram para um abraço em grupo.
-Então… Prontos para a nova aventura? – perguntou Harry, animado.
-Com certeza! Nos vemos em Gramado! – Ron entrou na lareira, sendo seguido pelos outros.
Aos poucos, eles foram saindo e limpando-se para vislumbrarem o magnífico hall de entrada do hotel.
-Wow! Ótima escolha, Luna! – admirou Gina.
-Se o café da manhã for tão bom quanto a beleza do hotel, estamos muito bem!
-Maninho, se agüenta aí, que já vamos almoçar!
-Vamos dar entrada. Só que eu fiz reservas como tinha sido combinado antes… quarto para as garotas e para os garotos.
A cara de desapontamento foi geral. Na época, eles não previam que iriam querer passar o Natal do lado dos namorados e das namoradas.
-Será que não conseguimos pedir outro quarto? – sugeriu Neville.
-Em época de Natal vai ser difícil, mas podemos tentar…
-Bom dia, senhoras e senhores. Possuem reserva?
-Bom dia. Temos dois quartos reservados em nome de Luna Lovegood.
-Dois quartos com três camas de solteiro cada?
-Isso.
-Tudo certo, só peço que esperem a camareira arrumá-los.
-Moça, a senhora possui algum quarto duplo disponível? Estávamos pensando em ocupar três aposentos ao invés de dois.
-Sinto muito, estamos praticamente lotados, é alta temporada aqui, mas vou procurar no sistema por alguma coisa.
-Obrigada.
-Senhorita Lovegood?
-Sim. Sinto dizer, mas só temos um quarto pequeno, só dá pra uma cama de casal. Por ser muito pequeno, ninguém quer utilizá-lo, mas está à disposição.
-Nós queremos sim. Pode ajeitar os três quartos então.
-Obrigada. Aqui estão as chaves. São todos no quinto andar.
-Eu que agradeço.
-Pessoal, boas e más notícias! – anunciou a loira.
-Diga! Conseguiu o quarto? – perguntou Ron.
-Sim, conseguimos um no mesmo andar dos outros. Só que…
-Só que… - esperava Harry.
-A moça disse que ele era bem pequeno e apertado, mas dá pra pôr uma cama de casal lá dentro. Então só temos que decidir onde cada um fica.
-Acho que o Ron e a Mione têm de ficar no apertado!
-Por que nós, Gina?
-Vingança pelo carro…
-Ora, sua pirralha!
-Hey, hey! Deixa minha namorada, Ron. Vocês bem que vão gostar ficarem juntinhos no quarto, então fica quietinho…
-Vamos subir para deixar as malas e depois saímos para almoçar. – sugeriu Neville.
Fizeram tudo como programado e, após um belo almoço tradicional da região com muito galeto, foram perambular pela cidade para conhecer alguns pontos e lojas.
-Acho que podemos nos encontrar ali na Igreja São Pedro daqui umas três horas. Que tal?
-Por mim tudo bem, Harry. Só uma pergunta: todo mundo está com dinheiro trouxa, não é?
-Sim. – todos responderam depois de verificarem bolsos e bolsas.
-Então até daqui a pouco na igreja.
-Até! Só não se atrasem que depois temos de voltar pro hotel. O jantar começa às oito horas.
-Certo, Neville. Até!
Passado o momento de compras, os amigos encontraram-se em frente à igreja, carregados de sacolas de tudo quanto é tipo loja. A curiosidade era tanta que sempre havia alguém tentando espionar a sacola de outro durante o caminho de volta.
-Luna, sabe se no hotel tem algum corujário para eu enviar os presentes dos meus pais?
-Não sei te dizer, Mione. Mas vamos perguntar na recepção quando chegarmos.
-Hey, quando entregaremos os presentes? – perguntou Ron, afoito.
-Calma, maninho. Está curioso, é?
-Eu queria ver o que todos vão receber…
-Podíamos combinar de, depois da festa, irmos para um quarto entregar os presentes de todos.
-Ótima idéia, Harry. Só sinto informar que no nosso ninguém mais cabe… - debochou Hermione.
-Pode ser no nosso. – falou Neville.
-Tudo bem, então. No Neville! – exclamou Ron.
-Chegamos. Já vou perguntar sobre as corujas.
-A gente te espera, Luna. – disse Gina.
-Bom dia, moça. O hotel tem serviço de entrega internacional por corujas?
-Sim, senhorita. Mas como é época de Natal estamos com sistema de fila, porque muita gente está enviando presentes. Deseja por seu nome na lista?
-Sim, na verdade seriam 6 pessoas na lista.
-Só me diga os nomes e o endereço dos presentes. Podem deixar as sacolas aqui que nós despachamos. Ah, será cobrada uma taxa extra por viagem, por isso preciso do número do quarto.
-Tudo bem. Pode ir anotando o meu: Luna Lovegood, quarto 517. Entregar para Xenofílio Lovegood na Inglaterra.
-Certo. E os outros?
-Deixe eu chamá-los. Gente, venham dar seus nomes e pacotes para a moça mandar pela coruja!
-Obrigada, Luna! Hermione Granger. Entregar para Família Granger na Inglaterra.
-Seu quarto, por favor? Cobramos uma taxa por esse serviço.
-Ah sim, desculpe. Quarto 530.
-Obrigada.
-Ronald Weasley, quarto 530. Entregar na Toca para Molly Weasley, na Inglaterra.
-Ginevra Weasley, quarto 521. Entregar no mesmo local do Ronald.
-Neville Longbottom, quarto 517. Entregar para Augusta Longbottom, na Inglattera.
-Harry Potter, quarto 521. Entregar no mesmo local do Ronal e da Gina.
-Obrigada.
-Harry! Não era pra ficar comprando coisas pra nossa família!
-Mas, amor, vocês são a minha família! Seus pais sempre me acolheram, sou muito grato.
-Vamos nos arrumar, então?
-Vamos.
-Às sete e meia nos encontramos no corredor para irmos até o salão?
-Sim, Mione.
-Mas e os convites, Neville?
-Calma, Ron. Eles estão comigo. Até mais.
-Até.
Às dezenove e quarenta e cinco, as mulheres terminaram de se arrumar e foram para o corredor, onde três rapazes as esperavam eufóricos.
-Por que elas sempre demoram? Eu estou com fome e curioso sobre esse Natal! – dizia Ron enquanto caminhava de um lado a outro.
-Calma, o jantar é só às vinte horas. Temos tempo ainda… - Neville tentava acalmá-lo.
-E nunca se esqueça, Ron: elas demoram, mas sempre valeu a pena esperá-las. – disse Harry dando uma piscadela.
-Espero que tenha valido a espera, então, senhor Potter. – disse Gina, caminhando a passos lentos até os rapazes. Ela deixara os cabelos ruivos soltos sobre os ombros nus e usava um vestido verde tomara-que-caia que realçava suas formas. A boca de Harry despencou, porém ele logo levantou do sofá de espera para recebê-la, ajoelhando-se e beijando sua mão.
-Você está linda, senhorita Weasley. Valeria a pena esperar uma eternidade por vê-la.
-Obrigada, Harry. Você de terno ficou muito elegante também.
-Desculpem a demora. Estava procurando meu colar de pedras Crisocola de Israel, dizem que afasta maldade. Se eu conhecesse antes, poderíamos ter usado durante a Guerra. – falava Luna, porém só Harry, Gina e Ron a escutavam, incrédulos. Neville estava em devaneios, sem nenhuma reação, até que pegou as mãos da loira, beijando-as. (N/A: essa pedra existe mesmo! Ela tem uma cor muito divertida, um azul estranho! Aqui tem umas fotos: http://segredodaspedras.blogspot.com/2008_04_01_archive.html).
-Estás maravilhosa, Luna. Parece um anjo que veio me abençoar. – Luna corou levemente, contrastando com seu vestido preto e seu colar cujas pedras possuíam tons azulados.
-E a Mione, hein? Eu acho que vou lá no quarto ver se ela está bem…
-Não precisa, Ron. Já estou aqui. Desculpe a demora. – Ron, que estava de costas para o local do seu quarto, virou-se abruptamente ao ouvir aquela voz, mas o pior mesmo foi manter o equilíbrio após ver a beleza que Hermione irradiava aquela noite. Um vestido vermelho que marcava bem suas curvas e dava movimento ao caminhar da moça, além do cabelo preso em coque com alguns fios ondulados soltos.
-Você quer que eu desmaie?
-Como assim, Ron?
-Com sua beleza, amor. O vestido ficou muito bem em você. Aliás, você fica bem com qualquer coisa!
-Obrigada, Ron. Você também está muito bonito nas roupas trouxas.
-Já que estamos todos aqui, vamos para o salão.
Foram andando, Ron e Hermione ficaram mais atrás sussurrando um no ouvido do outro.
-O terno ficou ótimo.
-Obrigado. Você também. Já disse que fica linda com qualquer roupa.
-Você também… Apesar de eu preferir sem roupa. – Hermione continuou andando e piscou um olho pra ele, que estacou, olhando-a abobado.
-Nunca mais fale isso assim em público, senão eu posso não me controlar, senhorita Hermione Jane Granger. – disse Rony quando a alcançou, fazendo a namorada rir.
O salão estava cheio de gente, tanto trouxas quanto bruxos, por isso os rapazes decidiram usar ternos. Muitas crianças brincavam, famílias sorrindo e conversando. Um perfeito ambiente de Natal, sem guerras e sem a rotina de todos os anos. O melhor era a vista. As paredes do local eram todas envidraçadas, assim todos poderiam apreciar as ruas iluminadas da cidade, os papais-noéis pendurados nos postes. A única coisa que faltava para os amigos era a tradicional neve, não estavam habituados a verão em época de natalina.
Para alegria maior de Ron, a comida estava excelente. Comeram apreciando toda aquela culinária, todo aquele ambiente e a companhia dos amigos até que as doze badaladas marcaram o início da verdadeira comemoração. Depois de muitas conversas, ninguém mais agüentava a curiosidade dos presentes, por isso decidiram voltar aos seus quartos para pegar as sacolas e irem até o quarto do Neville e da Luna.
Já no aposento marcado, faltava decidir quem começaria.
-Acho que o Neville começa, já que ele deu a idéia da janta. – disse Gina.
-Mas o que uma coisa tem a ver com outra? – perguntou o rapaz.
-Nada, mas é um pretexto… - finalizou a ruiva.
-Ok. – Neville foi dando seus presentes e desejando um feliz natal a todos. Gina ganhou uma canequinha cheia de chocolates dentro. Harry ganhou um colete à prova de azarações básicas. Ron ganhou uma caixa cheia de doces. Hermione ganhou uma agenda mágica para organizar seus compromissos do próximo ano.
-Luna, seu presente é o mais diferente do resto. Para que ele apareça você tem de ler esse bilhete com o coração. – Neville passou o papel com as escritas que ela leu:
-“On the first day of Christmas, my true Love sent to me a partridge in a pear tree” (No primeiro dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou uma perdiz numa árvore de peras). – Nesse momento surgiu um pequeno tablado ao lado de Luna onde havia uma árvore com peras e uma perdiz voando ao redor dela. Ela olhou encantada do presente para o namorado e continuou.
-“On the second day of Christmas, my true Love sent to me two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No segundo dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). – No mesmo tablado que continha a árvore, surgiram duas pombas acompanhando a perdiz.
-“On the third day of Christmas, my true Love sent to me three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No terceiro dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). – Três galinhas foram adicionadas.
-“On the fourth day of Christmas, my true Love sent to me four calling birds, three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No quarto dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou quatro pássaros cantando, três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). “On the fifth day of Christmas, my true Love sent to me five golden rings, four calling birds, three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No quinto dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou cinco anéis de ouro, quatro pássaros cantando, três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). “On the sixth day of Christmas, my true Love sent to me six geese a-laying, five golden rings, four calling birds, three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No sexto dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou seis gansos chocando, cinco anéis de ouro, quatro pássaros cantando, três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). – E tudo isso ia aparecendo.
-“On the seventh day of Christmas, my true Love sent to me seven swans a-swimming, six geese a-laying, five golden rings, four calling birds, three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No sétimo dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou sete cisnes nadando, seis gansos chocando, cinco anéis de ouro, quatro pássaros cantando, três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). “On the eighth day of Christmas, my true Love sent to me eight maids a-milking, seven swans a-swimming, six geese a-laying, five golden rings, four calling birds, three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No oitavo dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou oito servas ordenhando, sete cisnes nadando, seis gansos chocando, cinco anéis de ouro, quatro pássaros cantando, três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). “On the ninth day of Christmas, my true Love sent to me nine ladies dancing, eight maids a-milking, seven swans a-swimming, six geese a-laying, five golden rings, four calling birds, three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No nono dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou nove senhoritas dançando, oito servas ordenhando, sete cisnes nadando, seis gansos chocando, cinco anéis de ouro, quatro pássaros cantando, três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). – Ninguém agüentava mais esperar aparecer todo aquele zoológico, mas Luna estava incrivelmente feliz.
-“On the tenth day of Christmas, my true Love sent to me ten lords a-leaping, nine ladies dancing, eight maids a-milking, seven swans a-swimming, six geese a-laying, five golden rings, four calling birds, three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No décimo dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou dez lordes saltando, nove senhoritas dançando, oito servas ordenhando, sete cisnes nadando, seis gansos chocando, cinco anéis de ouro, quatro pássaros cantando, três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). “On the eleventh day of Christmas, my true Love sent to me eleven pipers piping, ten lords a-leaping, nine ladies dancing, eight maids a-milking, seven swans a-swimming, six geese a-laying, five golden rings, four calling birds, three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No décimo primeiro dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou onze flautistas tocando, dez lordes saltando, nove senhoritas dançando, oito servas ordenhando, sete cisnes nadando, seis gansos chocando, cinco anéis de ouro, quatro pássaros cantando, três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). “On the twelfth day of Christmas, my true Love sent to me twelve drummers drumming, eleven pipers piping, ten lords a-leaping, nine ladies dancing, eight maids a-milking, seven swans a-swimming, six geese a-laying, five golden rings, four calling birds, three french hens, two turtle-doves and a partridge in a pear tree” (No décimo segundo dia de Natal, meu verdadeiro amor me enviou doze tocadores de tambor, onze flautistas tocando, dez lordes saltando, nove senhoritas dançando, oito servas ordenhando, sete cisnes nadando, seis gansos chocando, cinco anéis de ouro, quatro pássaros cantando, três galinhas francesas, duas pombas-rolas e uma perdiz numa árvore de peras). – Assim, completou-se o tablado, para alívio de muitos presentes – Neville, é lindo! O melhor presente que já recebi! Muito obrigada, meu amor.
-Você merece. Achei que fosse gostar.
-Sim, qualquer coisa bizarra combina com a Luna – sussurrou Ron ao ouvido de Hermione.
-Minha vez, então. – exclamou a loira. Todos ganharam amuletos dos mais variados tipos, só Hermione que recebeu um livro… sobre o poder das pedras e plantas.
Gina deu a Neville uma pequena algibeira que o ajudaria na coleta de amostras de plantas. Luna ganhou um penduricalho com o símbolo do Feng Shui. Hermione uma miniatura de um elfo doméstico sorrindo, e, abaixo dele, escrito: “Salve a Rainha dos Elfos!”. Ron ganhou um novo par de luvas de goleiro. Harry uma caixa grande, em forma de coração, escrito: “Para o meu amor, com o mais doce sentimento” e, ao abrir a caixa, viu os bombons dispostos em uma conformação formando as seguintes letras: TE AMO.
-Onde conseguiu esse elfo, Gina? Adorei!
-Você é famosa aqui no Brasil também, Hermione.
-Amor, eu adorei os bombons! Também te amo, minha ruivinha!
Hermione deu ao Harry uma miniatura de uns botes de rafting, a Gina um livro de dicas para os NIEMs, a Neville umas sementes de frutas nativas, a Luna um par de brincos e a Ron a melhor vassoura do mercado, a Nimbus 2009. Harry decidiu comprar uma cesta cheia de guloseimas para seus amigos casais: Neville e Luna, Ron e Hermione. Para Gina ele deu um colar de ouro com um pingente enfeitiçado: ora aparecia uma foto deles abraçados, ora os dizeres “Eu te amo”.
-Harry! É lindo! Como você conseguiu isso? Deve ter sido caro, você não devia ter se incomodado.
-Nunca é um incômodo para você, Gina. Isso não é nada comparado ao que eu sinto.
-Posso ir então? – perguntou Ron.
-Sim.
-Então primeiro lugar, Feliz Natal a todos! – Ron deu um colete cheio de bolsos, estilo pesquisador, para Neville, um vídeo-game com todo equipamento do jogo Rock Band para Harry e Gina, além de uma caneca com os dizeres: Para meu Melhor Amigo. Para Luna, uma camiseta de lembrança da cidade que Ron tinha magicamente enfeitiçado, com a ajuda de Hermione, para que tivesse uma foto dos seis estampada.
-Hermione, o seu presente vai ser um pouco diferente também. Eu realmente não sei como começar, tentei ensaiar, mas nada parecia bom a sua altura… Então não ligue pro meu gaguejar e minha falta de palavras, por favor. – ele pegou as mãos da menina e puxou-a, fazendo ela se levantar. – Sabe não sei ao certo desde quando sinto isso, só sei que tive certeza no quarto ano. Mas desde os onze era difícil estar separado de você. O pior é que me minha infantilidade quase fez eu te perder no sexto ano. Já no sétimo, estávamos numa guerra, mas foi maravilhoso sentir seus lábios pela primeira vez. Decidi que, se saísse vivo, daria um jeito de te ter pra sempre… de sentir sua boca novamente. Mas eu demorei quase um ano para isso graças ao trabalho e minha falta de coragem. Te encontrar no Chile foi tão bom… O dia depois da casa do Harry foi o melhor de todos da minha vida, porque desde lá eu te tenho para me fazer cada vez mais feliz. Sei que poderíamos ter mais tempo de namoro, mas já te conheço o suficiente para querer passar o resto da minha vida ao teu lado, amor. – ele se ajoelhou – Então, eu só te pergunto: Você quer viver o resto da sua vida ao lado do ruivo bocó que só faz burrada, mas que te ama mais que tudo? Você casa comigo, Hermione Jane Granger? – ele mostrava uma aliança.
Hermione estava estática, abria e fechava a boca sem saber o que responder, até que respirou fundo, encontrando coragem nos olhos angustiados do seu amado.
-Eu nunca fui digna de tanto amor, Ron. Eu te amo com a mesma intensidade. E eu adoraria passar o resto da minha vida ao seu lado. A pergunta é: você agüenta mesmo uma cabeça-dura como eu? – Ron deu um salto, pegando a moça em seus braços e depositando vários beijos em sua face.
-Eu agüento, sim! Será um prazer.
-Você me deu o melhor presente de Natal! Eu amei a aliança, o pedido e a perspectiva de estar ao seu lado.
-Você me deu a melhor vassoura que poderia ter na vida, mas ela não me deixou mais feliz que o seu “Sim”.
Assim, cada um parabenizou os noivos e voltou ao seu quarto, pois no outro dia teriam vários locais turísticos para visitarem.

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