Dois



Como prometido, capítulo novo/ final.

(Não revisado ou corrigido, sinto muito)

--

-Venha – ele disse estendendo a mão para frente, ainda que ela pudesse perceber que só era um gesto para lhe chamar a atenção, perdida há algum tempo, outra vez, nos livros que, ao momento, não eram a primeira coisa que lhe distraiam. – Há mais uma surpresa.

Mas antes que Harry lhe desse as costas, com o intuito de fazê-la segui-lo, a morena estendeu a sua própria e segurou a dele.

De certo modo, com o contato, a tensão entre eles fluiu por seus corpos, mas ela fingiu ignorar que o amigo parecia desconcertado. A sensação de ter a mão queimando a distraída e a fazia obter sucesso ao representar indiferença.

Perguntou até quando aquilo duraria. Era tudo tão sem cabimento!
Por que precisava agir como um robô – coisa sem sentimentos – ao lado de Harry apenas para não ser surpreendida? E de repente se ver encabulada por ser sido pega em flagrante porque o estava olhando. Irremediavelmente Tolo.

Por fim, se afastaram da biblioteca.

Ao apertar a mão dele, lhe sorriu levemente. E ao Harry lhe sorrir de volta, a morena sentiu-se mais como a si mesma, e voltar a encará-lo com curiosidade. – O que está armando para mim, senhor Potter?

-Hm, vejamos se adivinha – ele fingiu ponderar. – Saboroso. E é doce, mas não sou eu – brincou.

-Quase me desaponta – a morena retrucou por sua vez, zombeteira.

-Perdão? Não deveria tratar alguém que sempre deixa as portas abertas para você – afetou indignação. Hermione apenas sorriu.

--

Hermione brincava com o talher sobre o bolo. – O que foi? – O moreno franziu o cenho. – Não está bom? – fez uma careta, buscando um garfo e experimentando um pequeno pedaço do que cortou para Hermione, acrescentou:
–Não está tão mal assim, Herms...

A morena riu com suavidade, fitando-o. – Está delicioso, Harry.

-Parece que não o achou tão “deliciosa” assim, mal pôs uma posta na boca – comentou arqueando as sobrancelhas.

-Só estou pensando em outra coisa.

-Algo que lhe faz perder o apetite – indagou, mas para afirmando procurando seu olhar com preocupação.

-Não me olhe assim – Harry a interrogou com o olhar, e a moça suspirou. – Como se estivesse algo errado comigo... Não há nada – acrescentou. - Só estava pensando em uma forma de agradecê-lo.

-Não há necessidade – o moreno comentou como se o que falara lhe ofendesse. – Não fiz o que fiz para que me desse algo em troca.

Hermione o ignorou. – E eu já sei de que forma – comentou ao se erguer.

Em instantes estava abaixando-se um pouco para ficar com os olhos sobre os dele. Segurando seu rosto entre as mãos, lhe beijou com suave e demoradamente o canto da boca e, com um sorriso meio nostálgico, afastou-se.

-Obrigada, meu amigo – murmurou acarinhando seus cabelos desordenados. - Apesar de eu apenas ter desejado (algo como) isto – tocou o canto da boca dele, como se quisesse apagar que tocara ali com os lábios, como se tirasse uma mancha. Uma que não se encontrava ali - de presente.

-O que quer dizer? – perguntou parecendo confuso.

Hermione poderei ter se desconcertado ou pensando que o afastamento físico entre eles finalmente houvesse surdido efeito, de modo que Harry já não a compreendia com um olhar ou um gesto, muito menos suas palavras. Não foi assim.

-Eu só desejava... desejo um abraço, Harry. Eu trocaria todos os livros que poderia desejar de sua biblioteca por ele – esclareceu com simplicidade, fitando-o com condescendência.

Harry deixou escapar uma exclamação que pareceu à amiga um “oh” sem jeito. Ele se ergueu e abriu os braços, lhe oferecendo uma risada nervosa.
A morena mordeu o lábio inferior, mas logo sorriu agarrando-se a ele como era seu desejo desde que entrava naquela casa e o vira todo melindrado, sem lhe oferecer os habituais abraços – já cortados, há tempos, de sua “lista de contatos” utilizada entre eles – ou um rápido beijo na bochecha – definitivamente riscado.

Será que agora era a hora de chamá-lo de “idiota” e beijá-lo?, Hermione fechou os olhos deixando seu rosto no ombro de Harry, apertando um pouco mais – sem intenção – os braços ao redor dele, de maneira que agora já estava na ponta dos pés.

Ela deixou que o que quer que estivesse reverberando por todo seu corpo, ao contato, se acalmasse antes de tornar a falar, sem pretensão de se afastar ainda.

-Oh, céus, sabe há quanto tempo não nos abraçamos?

-Há eras? – ele arriscou, murmurando em seu cabelo. Apenas feliz por tê-la novamente completando seu abraço.

Ficaram por muito tempo ali.
E talvez tenham ficado assim, abraçados, por mais algumas eras. Para equiparar à ausência.

Fim
--
Na.: Pois é, aqui estou eu, postando na surdina... xD
Ah que saudade (hei, você, sei que sabe quem é... Não queira me matar xP)!
Vou lhes contar... Eu sei que eu fui meio “Cruela” ao fazer isso, mas cara... sei lá, gostei de vê-los assim. Apenas um par... De Amigos? Confidentes? Apaixonados?
Apenas um par.
Acho que vocês escolhem o que acontece. Ou melhor, a imaginação de vocês.
A minha já foi há muito tempo... rs.

Provavelmente esse final como todo esse capítulo é conseqüência da música tristonha (se supõe) que estou ouvindo.

Ah, e quanto ao “presentinho 2” do Harry, era um bolo.

Ps.: Será que eu consegui escapar da morrer? o.o
Tenho a sensação que não...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.