Capítulo 10.
Harry dobrou a carta amassada e colocou-a cuidadosamente no bolso. Aquelas palavras escritas em um momento de ataque era o que ele tinha que esquecer - mesmo que estas mostrassem nada mais do que a pessoa pensava realmente, e era triste saber que era isso que Hermione imaginava dele.
Rony tinha ido atrás dele, com medo de que fizesse alguma besteira, com o intuito de parar somente quando enxergasse os dois conversando civilizadamente. Harry olho o amigo pela última vez e murmurou:
- Vou atrás dela.
- Não pode! - ouviu Rony alertando, enquanto corria para o quadro, impedindo-o de passar - a próxima aula é de Snape! Você vai receber detenção! Sabe que ele te marca desde seu primeiro dia, Harry...
- Receberia cem detenções se fosse preciso! - ele falou em voz alta em resposta. Passou pelo quadro.
"Droga, droga, vezes droga!", pensava no caminho, enquanto corria somente com a camiseta por fora da calça e um sapato, chamando a atenção de alguns estudantes que caminhavam silenciosamente em direção ao Salão Principal. Ele precisava ouvir as palavras finais de Hermione, e tinha certeza de que aquelas não eram. Sua amiga tinha as características mais marcantes que ele pudera ver em alguém, e até agora ela sempre o surpreendia com suas atitudes.
Viu uma garota de cabelos fofos na frente e a puxou pelo braço.
- Até que enfim te alcancei! - ele disse sem a encarar no rosto, com medo de ver Hermione com os olhos inchados e evrmelhos por sua causa.
- Está atrás de mim? - indagou uma voz diferente, porém Harry só olhou o brasão "Potter Fede" que a garota usava abaixo do símbolo do uniforme da Sonserina e continuou:
- Desculpe, eu achei que era outra pessoa. - e voltou a correr.
Virou o corredor que dava acesso à grande porta de carvalho. Parou de correr. Olhou à sua volta. Os estudantes jovens andavam pra lá e pra cá conferindo tarefas, uns apressados, outros conversando alto e rindo. Levou as mão ao rosto, e tirou-as rapidamente. Tentou identificar o rosto de Hermione em alguns daqueles que tinham os cabelos castanhos e fofos. Sem sucesso. Ele tinha que pensar em algum lugar, algum jeito...
"Na mesa da Grifinória". Era óbvio que ela estaria! Se não fosse por algo realmente importante, Hermione nunca desviaria sua rota matinal. E Harry não estava com ela para acompanhá-la.
Correu até lá o mais rápido que pôde, achou Hermione isolada em um ponto da mesa comendo apressadamente, foi até ela.
- Preciso falar com você. - informou da maneira mais rápida que pôde, temendo sua resposta.
- Eu não. - ela se levantou, deixando o presunto enfiado no garfo e partiu dali com seus livros e sua casual bolsa marrom que se pendurava em seu ombro.
- Espere. - ele a puxou pelo braço.
Tão perto que um podia sentir o calor do outro. Se encararam nos olhos, verde encontrando o castanho. Ele percebeu que absolutamente sentia falta daqueles olhos castanhos felizes, mesmo que não fizesse tanto tempo que havia os encontrado. A garota era tão doce, e o encarava com tanto ódio e tristeza! Hermione sacudiu o braço para ver se Harry a soltava.
- Preciso-falar-com-você. - disse pausadamente, entre os dentes, sua boca entreaberta bem próxima da dela.
E ele teria a beijado, se não soubesse que ela o esbofetearia e o azararia pelo resto de seus dias por ter beijado-a em frente à todos no Salão Principal.
- Absolutamente ao contrário de mim! - ela tentou tirar o braço das mãos dele mais violentamente.
Ele a soltou, sabendo que ela não fugiria com lágrimas nos olhos. No seu íntimo sabia que uma hora ou outra teria que ter uma conversa sincera, frente à frente, com o amigo.
- Por favor. - pediu, os olhos vacilando - vamos conversar no lago, pelo menos pra colocar as coisas em ordem. Eu preciso falar com você, Hermione.
Ela parou de encarar o chão e olhou-o, tristemente. Acenou com a cabeça e foi andando na frente dele.
- Agora. - ele pegou-a pelos braços e a virou para encará-lo - me diz o que está acontecendo. - pediu, sério.
Ela o olhou, irônica, um sorriso crispando nos lábios finos.
- Então... você não sabe. - ela disse, tentando manter o sorriso irônico, mas tudo aquilo já estava entalado na garganta e querendo sair para fora.
- Não, eu não sei. - completou, sincero.
- Então... você não sabe por que eu fiz todo aquele escândalo. - ela concluiu, esperando que ele realmente dissesse o contrário. Céus! Ele não via que era horrível repetir a história milhares de vezes?
- Não. - respondeu mansamente, concentrando em manter seus olhos afastados dos lábios de Hermione.
- Então... você não sabia que beijou Cho Chang no dia das bruxas quando disse que iria tomar banho? - ela continuou, sarcástica.
Harry continuou a olhá-la, indignado.
- Então... você não sabe como é amar tanto e depois saber que essa pessoa saiu beijando por aí? Você não sabe como é ter que ouvir suas palavras mesmo estando longe de ser o ouvinte? Você não sabe como é... RESPIRAR O MESMO AR QUE VOCÊ, MESMO QUE ESTEJAMOS MAIS LONGE DO QUE EU QUERIA QUE ESTIVÉSSEMOS! - as lágrimas escorriam livremente pelo seu rosto enquanto ela gritava, sem chamar a atenção dos demais alunos que não se encontravam ali - Admita! Agora adimita que você não sabe! Vamos! Quero ouvir! Você não sabe como é olhar as colinas verdes que se encontram com o céu e lembrar dos seus olhos, quando sorriam pra mim! Você não sabe o que é tentar te esquecer, quando tem sempre um céu à noite me lembrando de que seus cabelos são escuros? Você não sabe, não sabe como é! - respirou ofegante, tentando se acalmar, continuando com a voz trêmula - Eu nunca... nunca pensei que essas palavras poderiam sair da minha boca, mas, sabe? Agora vejo... que não me arrependo! Falei nem metade do que eu estou sentindo agora! Você realmente não sabe! Não tente me explicar!
N/A: Gente...eu sei... vocês devem pensar... que escritora louca... para assim, de repente! Mas é que eu tô cheia de coisas pra fazer, entaum... continuem comentando e obrigada pelos elogios!!! Um bjooooo!!!!!
edit¹: ok... esse eu mudei um poko bastante ¬¬ axo q agora fiko lekal.. q agarração d braço, neh?? huahauhauuha =DD* 16/11/05
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