De volta a Hogwarts
Finalmente as cartas de Hogwarts chegaram e nelas além dos costumeiros avisos havia também um que pedia aos que fossem regressar a escola (pois com a volta de Voldemort e a morte de Dumbledore, muitos não retornariam) mandassem uma coruja de confirmação.
- E agora, o que nós fazemos, pois a mamãe não vai querer nos deixar parar de estudar! – disse Rony.
- Pera aí! Vocês não vão voltar a Hogwarts? – perguntei e pareceu que Rony tinha percebido que falou mais do que queria.
- Gina você sabe que eu tenho que resolver muitas coisas e por isso talvez não voltemos a Hogwarts. – disse Harry.
- Sabe Harry estive pensando sobre isso e acho que seria mais sensato se voltássemos, afinal lá nos podemos ter mais o que pesquisar. – disse Mione.
Harry olhou pra mim e eu percebi que era pra eu sair, pois eles iriam falar sobre algo que eu não podia saber. Então dei um beijinho nele e saí.
Quando eles chegaram à sala depois de um longo tempo, Harry me disse que eles decidiram voltar, mas que precisavam conversar com o quadro de Dumbledore para pedir que ele dissesse a professora McGonagall que eles precisariam sair ocasionalmente do castelo para resolver os tais problemas. Não nego que fiquei muito feliz com a notícia, afinal assim eu poderia ficar perto do Harry.
E finalmente chegou o dia 1° de setembro. Nós fomos para a estação escoltados por membros da Ordem (Lupin, Tonks, Moody, entre outros). Quando chegamos percebi que a quantidade de alunos que estavam ali era bem menor do que em qualquer outro ano que estive em Hogwarts.
- Bom, é melhor vocês entrarem. – disse Lupin.
- Muito cuidado com o que fazem. – papai disse.
- Não se metam em encrencas. – mamãe falou já com lágrimas nos olhos.
- Fiquem atentos e qualquer coisa nos avisem. – disse Lupin.
- Cuidem-se e lembrem-se de não mencionar nada importante por carta. Elas podem ser interceptadas. – lembrou Moody.
- A gente se vê galera! – disse Tonks.
E fomos em direção a Hogwarts.
Nada de muito interessante aconteceu durante a viagem, apenas encontramos Luna e Neville que ficaram na cabine com a gente.
A cerimônia de seleção foi bem rápida, tendo em vista a pouca quantidade de alunos novos.
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- Lembre-se que precisamos falar com o quadro de Dumbledore. – disse Harry no dia seguinte durante o café da manhã.
- Mas pra falarmos com ele precisamos pedir permissão à professora McGonagall. – lembrou Hermione.
- Hoje temos aula de transfiguração, podemos falar com ela depois da aula. – disse Rony.
Depois eu dei um beijinho no Harry, mas ao olharmos em volta percebemos várias pessoas nos olhando, nós coramos e fomos para nossas respectivas aulas.
À noite Harry me disse que a professora McGonagall tinha deixado que quando Dumbledore aprovasse, ele, Rony e Hermione poderiam sair (embora ela não tenha gostado nem um pouco da idéia).
- E eu?! – perguntei abismada pensando que ele tinha se esquecido de mim.
- Gina, eu te avisei que não poderia te contar tudo e essas saídas terão relação com as coisas que eu não posso te contar. – disse Harry me lembrando que eu havia aceitado isso.
- Mas Harry... – eu disse começando a sentir que me faltava o chão, que nessas saídas eu poderia perdê-lo e lágrimas começaram a brotar dos meus olhos.
- Meu amor, por favor, entenda que eu não posso contar certas coisas a você. – ele disse começando a se sentir culpado.
- Eu não quero te perder. – eu disse me abraçando a ele.
- Gina... – e ele me abraçou com força tentando me consolar.
E nos seus braços eu sentia o conforto e a proteção que precisava para viver e aos poucos fui me acalmando. Então eu o beijei.
- Me desculpe por agir assim, eu não quero ser mais uma preocupação pra você. – eu disse de cabeça baixa e extremamente envergonhada.
- Sinceramente, eu não sei o que te dizer. Só sei que por mais que isso não tivesse acontecido, eu ainda me preocuparia com você. – ele disse levantando o meu rosto e me olhando nos olhos.
- Não precisa se preocupar. – eu disse forçando um sorriso – Eu sei me cuidar.
- Então você também não precisa se preocupar comigo. – ele me disse sorrindo – Eu também sei me cuidar.
Ficamos ali abraçados por um bom tempo. Sentia que precisava dele mais que tudo no mundo, mas percebi que ele também parecia se fortalecer com aquele abraço.
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